sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Água e saneamento

Câmara de Penamacor pode deixar Águas do Zêzere

O presidente da autarquia diz que os custos do serviço "são incomportáveis para a população que temos".

A Câmara Municipal de Penamacor pondera abandonar a Águas do Zêzere e Côa (AZC) caso a empresa não altere a sua relação com as autarquias. Domingos Torrão diz que os valores cobrados pela prestação dos serviços de abastecimento de água em alta, saneamento e recolha e tratamento de lixo “são incomportáveis para a população que temos”, refere o presidente da câmara penamacorense.
A autarquia está neste momento a cobrar aos munícipes menos do que aquilo que paga à empresa, o que representa um prejuízo para os cofres da câmara.
Segundo dados referidos na assembleia municipal pelo deputado socialista Manuel Joaquim Robalo, tendo como base o orçamento para 2010, a autarquia espera cobrar 317 mil euros aos munícipes mas terá de desembolsar mais de um milhão de euros para a AZC, arcando com cerca de 600 mil euros de prejuízo.
“Se nós fossemos a debitar aos consumidores o custo real da água, pura e simplesmente eram facturas incomportáveis para a população”, diz Domingos Torrão.
Uma das razões do descontentamento das autarquias está na cobrança de água pluvial como água residual, o que inflaciona a conta a pagar.
Domingos Torrão diz que os concelhos foram “empurrados para a Águas do Zêzere e Côa” e por isso têm de reunir e falar a uma só voz nas assembleias-gerais da empresa.
A Águas do Zêzere e Côa é detida a 75 por cento pela Águas de Portugal, tendo como outros accionistas 15 municípios dos distritos de Castelo Branco e da Guarda e a Associação de Municípios da Cova da Beira. Penamacor foi um dos primeiros municípios a aderir e tem uma quota de 0,69 por cento, de acordo com a página da empresa na internet.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

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