terça-feira, 30 de março de 2010

PEDRÓGÃO VENCE FUNDÃO


Depois de duas derrotas, o Pedrógão regressa às vitórias com um grande golo de Hélder Correia a dar os três pontos frente a um Fundão que vendeu cara a derrota…
Nos dois confrontos da fase regular, a equipa do Pedrógão havia batido sempre a Desportiva por um golo sem resposta e era com expectativa que se aguardava a reacção do Pedrógão após duas derrotas seguidas na prova, algo inédito esta temporada.


A equipa forasteira entrou bem no jogo, tentando surpreender os comandados de Xana com lances em velocidade pelas alas mas foi o Pedrógão a fazer o primeiro remate á baliza num livre na esquerda e com Caronho a rematar por cima.
Na resposta, Chiquinho ganha a bola a um contrário e atira por cima da barra do Pedrógão.
O primeiro grande “bruá” de golo vai surgir aos 12’ quando Tony fica só com João Augusto pela frente mas de forma incrível, atira por cima com tudo para marcar.
De novo a resposta vem pelos pés da dupla João Mateus-Ricardo Morais com o atacante fundanense a rematar cruzado com muito perigo junto ao poste esquerdo da baliza do Pedrógão.
Apesar de não ter golos, a partida era agradável, bem jogada e com espaços para ambos os conjuntos procurarem o golo mas a tarde não esteve de feição aos ataques de ambas as equipas.
O Pedrógão sempre que dispunha de lances de bola parada, criava perigo e aos 26’, o livre na esquerda de caronho vai encontrar Mário Pina mas o capitão do Pedrógão deixa-se antecipar, na cara de João Augusto e não consegue o golo.
Aos 31’, eis de novo a resposta, agora por Chiquinho que remata com espaço na esquerda da área mas o esférico sai á figura de Tiago Ramos.
Em cima do intervalo, surge um ataque pela esquerda e o cruzamento de Leonel sai para David Marques mas este atrapalha-se e não chega á bola e depois na recarga, é João Augusto a não facilitar.
A segunda parte prometia pois o Pedrógão queria ganhar, tal como a Desportiva mas nos primeiros 10’ após o intervalo, o futebol desapareceu, com muita bola pelo ar, mau futebol e algum excesso que Luís Cruz deixou passar, não estando disposto a ir ao bolso mas lances com Rui Reis ou Mário Pina, mereciam sanção disciplinar.
Com tanto equilíbrio entre os dois conjuntos, só um lance de génio ou uma infelicidade defensiva poderiam pender a balança para uma das partes e aos 11’, Hélder Correia, ganha espaço e a mais de 30 m da baliza, enche o pé com a bola a bater á frente de João Augusto que nos pareceu mal batido e estava inaugurado marcador.
O Fundão tenta então pegar no jogo, sem nada a perder e aos 18’, Ricardo Morais remata com muito perigo junto ao poste direito da baliza da equipa da casa e já com Ricardo Santos em campo, é do ex-Unhais da Serra, o grande tiro em arco aos 25’ que permite boa defesa de João Augusto a evitar o golo dos da casa.
A partir desta fase, pareceu haver uma quebra na equipa visitante a nível físico mas a tarde era de enorme desinspiração na frente de ataque dos da casa.
Os derradeiros lances de perigo vão surgir nos últimos 5’ de jogo, primeiro aos 40’ quando o recém-entrado David Almeida faz um trabalho brilhante na esquerda e depois de sentar Tiago, atira á base do poste direito e já em descontos, João Morais que costuma entrar muito bem nos jogos, ganha na área e remata ao poste esquerdo e já com João augusto fora da jogada, e de baliza aberta, remata para fora.
Em suma um resultado que acaba por premiar um Pedrógão que foi feliz na forma como chegou ao golo, continuando na luta e só dependendo de si para vencer a prova…
MVP: Hélder Correia acaba por ser a figura do jogo, muito seguro na defensiva, e teve mérito na forma como acreditou e com uma “bomba”, deu os três pontos á sua equipa…
PEDROGÃO: A equipa parece ainda não se ter recomposto dos dois desaires, com um meio-campo algo desinspirado e um ataque em tarde não, foi a defesa a ser a melhor parte da equipa e foi o seu lateral a carimbar a vitória, muito importante para as aspirações da equipa da casa…
ADF: Deixou muito boa imagem, vendendo cara a derrota e jogando sempre á procura de outro resultado mas acaba por sofrer frente ao Pedrógão, a sua terceira derrota da temporada em outros tantos jogos e agora resta fazer como no Pedrógão e continuar a honrar a camisola fundanense…
Luís Cruz teve um trabalho muito positivo, com alguns erros é verdade, quer técnicos, quer disciplinares mas que no computo geral, não mancham uma actuação facilitada pelos atletas de ambos os conjuntos…
Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

segunda-feira, 29 de março de 2010

Memórias de outros tempos


A equipa de futebol da nossa terra na época 1986/87, encontrada por acaso aqui.

DISTRITAL DE CASTELO BRANCO

Após a jornada deste domingo nova mutação no comando do campeonato distrital, fase de apuramento de campeão. O Águias do Moradal venceu a Atalaia, que partia para esta jornada no primeiro posto, e assumiu a liderança com mais dois pontos, que este seu adversário.


O jogo do Estreito, como já era previsível que acontecesse, teve muito períodos de muito equilíbrio, mas também teve outros em que a superioridade da equipa do Estreito foi por demais evidente. Na primeira parte as duas equipas arriscaram pouco nas jogadas juntos das áreas adversárias, numa cautela que se entende – estava em causa o primeiro lugar da classificação - , todavia, aquela que ainda assim ia arriscando mais era a equipa da casa. Teve uma primeira perdida, aos 13 minutos, por David, depois de uma boa incursão de Vieira pelo lado esquerdo. Aos 27 minutos, David tentou colocar fora do alcance do guardião da Atalaia só que este, com uma estirada fantástica defendeu para a frente. Como a bola ficou ali à mercê, Esteves, entrou de rompante e na recarga atirou para o fundo das redes. Era o golo que o Águias já tinha feito por merecer. Nos últimos 10 minutos da partida Joca arriscou tudo no ataque, fazendo entrar Pina para o lugar de Sérgio Garcia, antes já tinha substituído Bruno Correia por Zé Luís, um jogador mais móvel. António Belo, perante esta ameaça, fez o que lhe competia, fazendo entrar Prata para reforçar a zona central da sua. Com esta alteração, António Belo não permitiu que a Atalaia criasse uma única situação de golo eminente e foi a sua equipa quem acabou por chegar ao segundo tento. Já passava um minuto dos 90, a bola sobra para Gonçalo Guerra, tinha o caminho aberto para bater Valezim mas preferiu assistir Vieira que sobre o lado direito, já dentro da área, rematou para o fundo das redes, fazendo o golo que a equipa muito tinha feito por merecer.


Em Pedrógão de S. Pedro a equipa da casa venceu mas os fundanenses fizeram o suficiente para não terem saído do Campo Tenente Manuel Morais vergados à derrota. O único golo da partida foi apontado por Hélder Correia, aos 56´, num lance em que o guardião fundanense não terá feito tudo o que estaria ao seu alcance. Na parte final do encontro a equipa do Fundão ainda enviou duas bolas aos ferros da baliza do Pedrógão, mas o resultado que fica é a vitória do Pedrógão de S. Pedro.


Quem não teve grandes dificuldades nesta jornada foi o Vitória de Sernache. A equipa de Simões Gapo goleou o Oleiros, por 5-0 e aproxima-se dos mais sérios favoritos. Na partida desta tarde, Santili abriu o activo e assinou, também o segundo da sua equipa, Tiago Farinha fez o 3-0 e Rabâa fez os dois últimos, num jogo que acabou por não ter história.


Na frente da classificação passa a figurar o Águias do Moradal, com 34 pontos, seguido da Atalaia, com 32, Pedrógão 31, Sernache 28, AD Fundão 24 e Oleiros 18.


O campeonato regressa no dia 03, sábado de Páscoa, com a Atalaia a receber o Sernache, o Oleiros a jogar com o Pedrógão e o Fundão a defrontar o Moradal.




Apuramento de finalista da Taça de Honra




O Teixosense deu um passo muito importante para poder ser o finalista da Taça de Honra, José Farromba. Ao ter vencido o seu mais directo adversário, os teixosenses passaram a desfrutar de uma vantagem de 5 pontos, uma margem confortável para os comandados de Paulo Serra. A vitória na partida só aconteceu no último minuto do encontro.


A Lardosa somou a primeira vitória desta faz, vencendo o Vilarregense por 1-0, com o único golo do encontro a ser apontado aos 77’, por Miguel, num jogo apenas para cumprir calendário e entreter os jogadores.


Em Valverde a equipa de Micas, provavelmente já sem qualquer motivação, não foi além de um empate perante o Unhais da Serra, o último classificado deste campeonato. 1-1 foi o resultado deste encontro que também só serviu para que se cumprisse calendário.


Teixosense tem agora 28 pontos, Proença 23, Valverde 21, Vilarregense 11, Lardosa 6 e Unhais 3. No regresso do campeonato, dia 03 de Abril, vão jogar: Proença – Valverde, Unhais – Lardosa e Vilarregense – Teixosense.



Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

quinta-feira, 25 de março de 2010

Freguesia de Penamacor com animação

Amêndoas da Páscoa com cultura em Benquerença

A Semana Cultural de Benquerença regressa no próximo domingo com um programa variado e a burricada no último dia.

É assim há 11 anos sempre que a Páscoa se aproxima. Na freguesia de Benquerença os naturais desta aldeia do concelho de Penamacor são brindados no regresso à terra com cultura. Este ano não é excepção e o programa da Semana Cultural da Benquerença volta a apostar na variedade já a partir do próximo domingo.

A iniciativa organizada pela Associação Desportiva, Cultural e Recreativa de Benquerença começa este domingo, dia 28, às 16 horas, com uma arruada dos Bombos do Ourondo. Na primeira noite o palco fica por conta do Grupo de Cantares da Meimoa, que se apresenta a partir das 21 horas. E é sempre a esta hora que os convidados dos dias seguintes vão por lá passar.

O teatro volta a ser um dos protagonistas da programação com “Um poder chamado palavra” pelo Teatro Azul, de Nuno Miguel Henriques, na noite de segunda-feira. Na terça-feira será a vez do Váatão Teatro, de Castelo Branco, apresentar “Favas são favas”.

O último dia do mês de Março terá humor com Hugo Sousa, que ficou conhecido do grande público com o “Levanta-te e Ri” da SIC.

O fadista Zé da Câmara canta na Casa do Povo de Benquerença na noite de 1 de Abril e no dia seguinte o Grupo El Camino leva a música e dança rumba ao público da Benquerença. E da noite ficamos falados, porque a Semana Cultural de Benquerença termina à luz do dia, com a burricada a passear do adro da igreja da aldeia até ao santuário da Senhora da Quebrada, com partida às 11 horas. À chegada haverá feijoada, com arraial e concertinas para fazer a digestão ao longo da tarde.

Durante toda a semana os visitantes da aldeia podem ainda conhecer os bordados da Gina e o cantinho da Melita, as exposições que este ano marcam o programa.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Crianças e jovens

Penamacor com comissão de protecção

Com Rádio Cova da Beira

Abril é o mês previsto para o arranque da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do concelho de Penamacor, anunciou recentemente a vereadora da Acção Social na autarquia penamacorense.

Citada pela Rádio Cova da Beira (RCB), Ilídia Cruchinho garantiu que “já estão eleitos todos os elementos que farão parte da comissão alargada”.

Penamacor era dos poucos concelhos do distrito de Castelo Branco sem uma comissão deste género, em parte pela existência de outras respostas.

“Durante uns tempos achámos que não era necessário uma vez que o concelho tinha uma instituição, o Instituto Pina Ferraz, para dar resposta a este tipo de problemas, mas ultimamente e depois de um levantamento feito pelo gabinete de acção social chegámos à conclusão que havia muitos casos que se enquadravam nas competências de uma comissão", refere Ilídia Cruchinho em declarações à RCB.

Pela frente espera-se muito trabalho, já que foram sinalizados pelo gabinete de acção social da autarquia 40 casos em todo o concelho.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Biblioteca

Quem vende livros vai a Roma

A Biblioteca Municipal de Penamacor recebe de 29 de Março a 12 de Abril uma feira do livro usado, com preços entre os 50 cêntimos e os 10 euros. A ideia partiu da catequista Gorete Brito, que com os seus catequizados do 7.º e 8.º ano quer reunir dinheiro para uma viagem a Roma.

In jornal "A Reconquista"

Instituto nasceu em Penamacor há quase 60 anos

Uma vida a olhar pelas crianças

O Instituto Pina Ferraz acolhe crianças e jovens em risco, que têm nele o lar que não encontram na família biológica. Os responsáveis defendem que é preciso trabalhar junto das famílias para que estas assumam o seu papel.

O portão e a “muralha” são bem conhecidos dos penamacorenses, mas apostamos que serão poucos os que sabem como é o dia-a-dia ou a missão do Instituto Social Cristão Pina Ferraz. A instituição fundada por Carlota Pina Macedo e Ornelas, que desde 1952 acolhe menores em risco, é hoje a casa de 25 crianças e jovens. São sobretudo rapazes, mas as raparigas também são acolhidas porque pretende-se evitar a separação de irmãos e irmãs.

João Frazão é o rosto da instituição há mais de 40 anos, tempo suficiente para ver muitas crianças passarem à condição de adultos e presenciar as mudanças que o tempo impôs à sociedade.

Vocacionado para receber menores do concelho, o Instituto Pina Ferraz começou a acolher jovens de outras origens, à medida que as carências a nível local iam diminuindo. Mesmo assim os menores do concelho de Penamacor são hoje cerca de metade dos protegidos e quatro vieram de fora do distrito.

Os estatutos dizem que a instituição pode apoiar todas as faixas etárias, mas a vocação está nas crianças em vez dos idosos “até porque a vila de Penamacor estava bem coberta nessa parte com a Misericórdia e o Lar D. Bárbara Tavares da Silva”, explica João Frazão.

Os menores chegam ao instituto pela mão da Segurança Social, tribunais ou comissões de protecção de crianças e jovens. As situações que os levam até lá são fáceis de imaginar.

As vagas são geridas em colaboração com o centro distrital de Segurança Social, explica a directora técnica do lar.

“Existem orientações para que os jovens não sejam deslocalizados e fiquem mais perto da sua área de residência, para que possam manter os contactos com a família biológica”, diz Silvia Machado. Essa proximidade é também útil para que os técnicos possam trabalhar com as famílias, preparando-as para, caso seja possível, receberem de volta as suas crianças. Mas esta vertente é ainda pouco explorada.

“Há uma certa falta de coordenação entre tudo isto, porque por um lado quer-se que o acolhimento seja o mais curto possível e que a criança possa regressar para o seu meio natural de vida. Por outro lado, se o meio natural de vida não for trabalhado ela não pode voltar em tão pouco tempo como seria desejável”, explica Silvia Machado.

Quando o regresso à família biológica ou a ajuda dos padrinhos deixa de ser uma opção viável entram em campo alternativas como a adopção ou a preparação para a autonomia, dando neste último caso aos jovens perto da idade adulta as condições para que possam decidir a sua vida. Isto acontece, por exemplo, a partir dos 13 anos.

Dentro da instituição o esforço passa por proporcionar uma vida tão normal quanto possível. Os rapazes e raparigas do Instituto Pina Ferraz estudam nas escolas do concelho, praticam desporto no clubes locais, andam nos escoteiros, frequentam a catequese e até já houve alunos no pólo da Academia de Música e Dança do Fundão.

Para Silvia Machado “se existe uma protecção excessiva dentro das paredes da instituição acaba por se criar uma vivência que é artificial”. Ao fim ao cabo é uma grande casa de família, onde também se cumprem regras como estudar, arrumar a roupa no armário ou ajudar a levantar a mesa depois refeições.

O dever de responsabilidade também passa para os pais e sempre que possível os menores passam as férias com a família, para não quebrar laços.

“Os menores não pagam absolutamente nada. A única coisa que nós vamos exigindo à família é que os vistam e calcem, precisamente para manter essa responsabilização”, salienta João Frazão.

Os jovens podem permanecer até aos 21 anos na instituição, mas hoje em dia é normal saírem antes de perfazer os 18 anos, porque muitos optam por ir estudar para fora por falta de oferta educativa no concelho.

Certo é que quem passa pelo Instituto Pina Ferraz acaba por lá voltar. E em quase 60 anos de história são muitos os que têm o instituto no seu percurso de vida. É o caso do director da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, Fernando Raposo, ou Bruno Pereira, o jovem militar de Castelo Branco que em Junho de 2007 foi notícia ao ser alvo de uma emboscada durante o cumprimento de uma missão no Afeganistão.

“Por mais tempo que estejam sem aparecer quando aparecem é com saudade. E isso é reconfortante”, diz João Frazão.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"


Ficheiro aúdio: João Ferraz e Silvia Machado - Instituto Pina Ferraz

Aranhas


Josés convivem há 26 anos

Os josés juntaram-se no último fim-de-semana na freguesia de Aranhas para um convívio que já leva 26 anos. O encontro realiza-se no dia do pai, que é também o de S. José, ou então no fim-de-semana a seguir, como foi o caso.

À mesa estiveram 36 josés de Aranhas ou com afinidades a esta aldeia do concelho de Penamacor, relata José António Ramos.

No sábado foi servido um jantar de caldeirada e no domingo houve missa em honra de S. José, com procissão pelas ruas da freguesia.

O encontro terminou com um almoço, cuja ementa foi escolhida por um dos josés, designado através de sorteio realizado no ano passado.

In jornal "A Reconquista"

domingo, 21 de março de 2010

DISTRITAL DE CASTELO BRANCO

Concluída que está a 3ª jornada do campeonato distrital, a equipa da Atalaia do Campo, que venceu esta tarde o Oleiros, por 3-0, manteve a liderança, com um ponto de vantagem sobre o seu próximo adversário, o Águias do Moradal, que nesta jornada derrotou o Pedrógão por 1-0.

Apuramento de Campeão

Foi uma jornada sem surpresas, considerando que as equipas melhor colocadas para discutir o título e que jogavam em casa, venceram os seus encontros.

No Estreito a equipa de António Belo levou de vencida um adversário directo, deixando-o a quatro pontos do primeiro posto. O Águias do Moradal foi quem melhor entrou na partida, como aliás seria de esperar, mas o tempo decorria e o marcador não sofria qualquer alteração, embora não tivessem faltado oportunidades. Foi com o resultado a zero que se chegou ao intervalo. Foi na segunda parte, quando o jogo se revelava menos atractivo que aconteceu o único golo do encontro. Estavam decorridos 62 minutos quando na sequência de um livre, batido sobre o lado direito, a bola foi colocada ao segundo poste onde apareceu Gonçalo Guerra a rematar para o fundo das redes de Tiago, que nada podia ter feito. O Pedrógão ainda tentou chegar-se ao último reduto do Águias mas em defesa da sua baliza os jogadores do Estreito estiveram muito bem.

Na Atalaia do Campo a equipa de Joca não deu quaisquer hipóteses à formação do Oleiros, a Atalaia venceu por 3-0, mas os números até podiam ter sido bem diferentes. O primeiro golo, apontado aos 14 minutos, resulta de uma jogada do jovem João Lisboa, que conduziu pelo lado direito, com a bola a ser cruzada para a zona central onde apareceu Ucha a finalizar com êxito; o 2º golo da tarde foi da autoria de Fábio Brito, aos 35m, que concluiu uma boa iniciativa individual de Carlitos. Foi com este resultado que se chegou ao intervalo. A segunda parte começou praticamente com a obtenção do 3-0, desta feita na conversão de uma grande penalidade que Bruno Cardoso cometeu sobre Ucha e que este converteu de forma superior.

No Fundão foi a equipa do Vitória de Sernache quem primeiro se adiantou no marcador. Estavam decorridos apenas quatro minutos quando o capitão de equipa dos forasteiros, Tiago, encheu o pé para desferir um remate, de primeira, alvejando a baliza contrária e assinando um golo de muito belo efeito. A Desportiva teve ensejo para igualar a contenda mas os remates não encontravam o caminho certo da baliza. O intervalo chegou com o Vitória na frente do marcador. Na segunda parte assentou-se ainda mais a pressão dos fundanenses que teve três boas ocasiões para igualar, sendo a mais flagrante aquela que João Mateus desperdiçou aos 66 minutos. Foi a dois minutos dos 90 que o empate acabou por acontecer e, de alguma forma, colocar justiça no marcador. Foi na conversão de uma grande penalidade, que Ricardo Morais converteu, a castigar corte com a mão de Filipe.

Com estes resultados a Atalaia mantém a liderança, com 32 pontos, seguido do Águias do Moradal com 31, Pedrógão 28, Sernache 25, Fundão 24 e Oleiros 18. No próximo fim de semana o jogo mais importante realiza-se no Estreito, entre Águias do Moradal e Atalaia do Campo, mas o jogo entre Pedrógão e Fundão também se reveste de grande importância, principalmente para a equipa de Xana. O outro confronto da tarde coloca frente a frente o Sernache ao Oleiros.

Fase de apuramento de finalista da Taça de Honra

O Teixosense, ao vencer a Lardosa, por 2-0, manteve-se na frente da classificação. O jogo manteve-se a zero até ao intervalo e foi só no segundo período que os Teixoso se conseguiu superiorizar ao seu adversário. Ricardo Sousa apontou o primeiro e Paulo Costa fez o segundo. A equipa da casa ainda introduziu a bola uma outra vez na baliza da Lardosa, mas o lance, procedido de fora de jogo, foi anulado.

Em Vila de Rei houve alternância no marcador. Marcou primeiro o Vilarregense, por Nuno Alves, aos 31 minutos, na segunda parte, o Valverde deu a volta ao resultado, aos 65, marcou o tento da igualdade, por Hugo Gigante, na conversão de uma grande penalidade e poucos minutos depois foi Ângelo a finalizar uma jogada de contra-ataque. O tento que definiu o resultado final aconteceu no último minuto dos descontos dados pelo árbitro Ricardo Fontes.

Em Proença a equipa da casa não teve grandes dificuldades em derrotar o Unhais da Serra. O primeiro golo foi apontado aos 22m, por Verganista, o 2-0 foi da autoria de Toni, resultado que se registava ao intervalo. Na segunda parte o mesmo Toni aumentou para 3-0 e Samuel apontou o tento de honra para o Unhais à passagem do minuto 80.

O Teixoso lidera com 25 pontos, seguido do Proença, com23, Valverde 20, Vilarregense11, Lardosa 3 e Unhais 2. No próximo fim de semana vão jogar, Valverde – Unhais, Lardosa – Vilarregense e Teixosense – Proença.

Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

quinta-feira, 18 de março de 2010

Imagens da nossa terra










Distrital de futebol discutido ao milímetro

Atalaia passa para a frente

Vai ser ao “milímetro”. Foi assim na última temporada e, ao muito nos enganamos, o título distrital de futebol só será decidido na derradeira jornada da fase final.

Esta semana é o Atalaia do Campo quem mais pode sorrir. Ganhou (3-2) ao Pedrógão e afastou os raianos do 1º lugar. Tem sido a equipa de Alexandre Gaspar a que mais tempo tem ocupado a liderança.

O Estreito, depois daquela entrada em força nesta fase, empatou em Cernache do Bonjardim (0-0). Um ponto ganho ou dois perdidos? O futuro o dirá, mas temos para nós que não é um mau resultado para a formação de António Belo. Por um lado manteve o Vitória a uma distância de quatro pontos e por outro não se atrasou para o 1º lugar (continua a um ponto). Acresce o facto de ser um “bico d’obra” ganhar pontos no Nuno Álvares Pereira.

A 2ª jornada da fase final foi ainda produtiva para a Desportiva do Fundão. Ganhou em Oleiros (1-0) e reduziu de oito para seis pontos a diferença para o 1º classificado. Ainda é uma distância considerável, mas não está ainda fora da corrida, embora a sensação de que o título ficará num dos actuais três primeiros permaneça.

Para o domingo há um Estreito-Pedrógão. Com o Atalaia, que recebe o Oleiros, à espreita.

JACINTO. João Jacinto, que vinha exercendo funções de adjunto de João Laia, é o treinador do Fundão até final da temporada. É um homem da casa e foi escolhido depois de Laia ter acordado a desvinculação e rumado ao BC Branco.

Autor: Artur Jorge in jornal "A Reconquista"

Assembleia

Bombeiros aprovam contas

A assembleia geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penamacor reúne esta sexta-feira, dia 19, para apreciar e votar as contas de gerência de 2009.

A reunião está marcada para as 19h30 na sede da associação.

In jornal "A Reconquista"

Sábado em Penamacor

Biblioteca com poesia

A Biblioteca Municipal de Penamacor vai assinalar este sábado o Dia Mundial da Poesia. A partir das 16 horas o Solar do Conde recebe um workshop e a leitura de poemas pelo grupo Oficina de Poesia, nascido na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Na próxima semana o destaque vai para um workshop de banda desenhada marcado para 27 de Março e integrado no BD Mania, que arrancou em Fevereiro e vai até final de Abril. Ainda neste projecto a biblioteca desafia os jovens entre os 13 e os 20 anos a lerem no mínimo cinco livros de BD. Os melhores leitores terão direito a prémios.

Estas são apenas algumas das actividades da biblioteca, que dedica o mês de Março ao autor Luís Sepúlveda.

In jornal "A Reconquista"

Penamacor

GNR estuda soluções para perda de militares

Reformular o patrulhamento e envolver elementos das equipas de ambiente são algumas das medidas com as quais a Guarda Nacional Republicana pretende colmatar a anunciada perda de quatro militares no posto de Penamacor. A ideia foi deixada ao Reconquista pelo comandante distrital da GNR, que confirma a diminuição do efectivo por passagem à reserva de alguns dos militares que o constituem.

Hélder Almeida diz que o posto de Penamacor não é o único do distrito nesta situação, assumindo que gostaria de ter mais meios humanos para responder às necessidades.

“Recebemos um reforço que quanto a mim é insuficiente para as nossas necessidades aqui no distrito, mas é com esse que temos de trabalhar”, diz o comandante.

Em relação a Penamacor, Hélder Almeida afirma que os seus habitantes “podem estar sossegados, mas compreendo a preocupação que sentem”.

Segundo o comandante distrital o posto de Penamacor foi reforçado recentemente, mas os novos elementos não são suficientes para suprir os militares que deixam a profissão.

Hélder Almeida lembra também que apesar da diminuição do número de efectivos no distrito “temos mantido e diminuído a criminalidade em alguns aspectos, apesar de as dificuldades serem cada vez maiores”.

O assunto foi levado recentemente à Assembleia Municipal de Penamacor pela voz do presidente da Junta de Freguesia de Águas, Francisco Barreto.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Projecto avança em Penamacor e Pedrógão

Lar D. Bárbara produz energia

A instalação de painéis solares pretende reduzir para metade os gastos com energia. O centro de dia de Pedrógão produz toda a energia que consome.

Reduzir os gastos com a energia obtendo ao mesmo tempo alguma receita. Estes são alguns dos objectivos do Lar D. Bárbara Tavares da Silva, que acaba de investir na instalação de painéis solares.

A instituição de solidariedade social do concelho de Penamacor gasta no pico do Inverno uma média de seis mil euros mensais em energia eléctrica e gasóleo, entretanto substituído pelo gás. Uma parte desta verba é dispendida no aquecimento de água e só no lar em Penamacor são consumidos cerca de três mil litros de água quente todos os dias.

Com o projecto que já está no terreno “o objectivo é que num prazo relativamente curto esse valor passe para metade”, diz Nuno Lucas, administrador do Lar D. Bárbara Tavares da Silva, referindo-se às despesas globais com energia.

O primeiro passo foi apresentar uma candidatura às licenças de micro-produção de energia, através da qual se obteve luz verde para o lar em Penamacor e o centro de dia da freguesia de Pedrógão de S. Pedro. E assim o lar deixou de ser apenas consumidor para também assumir o papel de produtor de energia.

“Aquilo que nos pagam pela nossa produção de venda à rede é cerca de quatro vezes mais do que o preço que nós pagamos pelo quilowatt que consumimos”, refere Nuno Lucas.

No lar em Penamacor os painéis instalados cobrem até ao momento metade dos gastos de energia, mas em Pedrógão de S. Pedro o edifício é auto-suficiente. Nesta freguesia o sol produz não só energia eléctrica, como também responde às necessidades de aquecimento da água.

De fora ficou a Quinta da Senhora do Incenso, o espaço que o lar também gere e que fica junto à estrada que liga Penamacor ao Fundão, próximo do santuário que lhe dá nome. Segundo Nuno Lucas a candidatura foi rejeitada porque era exigido um contador de baixa tensão quando o da quinta é de média tensão. Uma situação que o lar quer corrigir para apresentar uma nova candidatura e assim aproveitar o sol para produção de energia e aquecimento de água.

Em cima da mesa está também a possibilidade de avançar com um projecto na área da biomassa, a produção de energia através de resíduos das florestas.

“Queremos articular um conjunto de energias alternativas para que esse espaço seja também auto-suficiente na energia eléctrica”, diz Nuno Lucas em relação à Quinta da Senhora do Incenso.

O lar pretende não só reduzir a dependência energética como também ter uma fonte de receita para que não esteja totalmente dependente do Estado.

“Cada vez mais a vida destas instituições tem de ser autónoma, não estando dependente da Segurança Social a 100 por cento, porque não saberemos se no futuro o Estado estará disponível para contribuir com este tipo de apoios”, entende o administrador.

O lar pretende ainda apresentar uma candidatura ao QREN- Quadro de Referência Estratégico Nacional para a requalificação dos seus edifícios, de modo a torná-los mais amigos do ambiente. Uma mudança que passa, por exemplo, pela substituição das caixilharias, para evitar o desperdício da energia dispendida na climatização.

O Lar D. Bárbara Tavares da Silva tem actualmente cerca de 300 utentes, dos quais 111 são internos. Os restantes utentes recebem apoio domiciliário e frequentam os centros de dia em Pedrógão de S. Pedro, Águas, Bemposta, Meimão e Vale da Sr.ª da Póvoa.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Dia internacional

Mulheres da Meimoa em convívio

Oitenta mulheres da Meimoa participaram no jantar organizado nesta freguesia do concelho de Penamacor para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Este foi o quinto ano em que tal aconteceu e segundo a organização representou a maior participação de sempre.

In jornal "A Reconquista"

Benquerença

Semana cultural com programa

Os Bombos do Ourondo e o Grupo de Cantares da Meimoa abrem no último domingo de Março a Semana Cultural da Benquerença, no concelho de Penamacor.

A iniciativa que vai na 11.ª edição volta a ter um programa diversificado com teatro, música, comédia, exposições e a habitual burricada no encerramento a 3 de Abril.

Pela Casa do Povo vão passar a peça “Um poder chamado palavra” pelo Teatro Azul (dia 29), “Favas são Favas” do Váatão Teatro (30), o comediante Hugo Sousa (31), o fadista Zé da Câmara (dia 1 de Abril) e o grupo de música e dança El Camino (2). Os espectáculos começam sempre às 21 horas.

A Semana Cultural da Benquerença é uma organização da Associação Desportiva, Cultural e Recreativa de Benquerença.

In jornal "A Reconquista"

Presidente da Meimoacoop lamenta que as candidaturas tenham sido inviabilizadas

Domingos Bento, o presidente da direcção da Meimoacoop, está revoltado e lamenta que a Cooperativa de Produtores de Queijo da Meimoa não tenha visto aprovada a candidatura que apresentou a fundos comunitários para a duplicação do central queijeira.

Recorda Domingos Bento que a central foi dimensionada para 200 mil litros/ano e no ano de 2009 laborou 400 mil litros, "com graves prejuízos".
A Meimoacoop logo que abriram as candidaturas concorreu com todos os requisitos tendo visto a primeira candidatura chumbada devido a "uma gralha".
In jornal "Gazeta do Interior"

OBRAS NO POSTO DA GNR TARDAM


Torrão reúne com GNR para resolver problema da falta de segurança
A segurança e a falta de militares da GNR está a preocupar os autarcas do Concelho de Penamacor.

O presidente da Câmara de Penamacor tem mantido reuniões com o comandante do Posto da GNR de Penamacor e com o comandante distrital do Grupo Territorial da Guarda Nacional Republicana, com vista a resolver a falta de efectivos no Posto local. A falta de segurança e os focos de criminalidade que poderão aumentar está a colocar a uma só voz os autarcas do Concelho de Penamacor.
O território conta, actualmente, com pouco mais de 26 militares da GNR, um número que será reduzido se os quatro militares que se vão reformar não forem substituídos atempadamente.

Autor: Jaime Pires in jornal "Gazeta do Interior"

PENAMACOR VAI TER CPCJ

A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de Penamacor vai começar a funcionar no próximo mês de Abril com 40 casos já sinalizados pelo gabinete de acção social da autarquia.

Segundo a vereadora com o pelouro da acção social na câmara municipal, a comissão está em fase final de constituição "já estão eleitos todos os elementos que farão parte da comissão alargada, o processo vai agora para a Comissão Nacional e em princípio no próximo mês de Abril faremos a primeira reunião da comissão alargada para eleger o presidente e a comissão restricta começar a trabalhar".
Trabalho é o que não vai faltar. Segundo Ilídia Cruchinho através do gabinete de acção social e juntas de freguesia do concelho já foi possível sinalizar cerca de 40 casos.
Penamacor era um dos 3 concelhos do distrito de Castelo Branco que não tinha constituída comissão de protecção de crianças e jovens em risco "durante uns tempos achámos que não era necessário uma vez que o concelho tinha uma instituição, o Instituto Pina Ferraz, para dar resposta a este tipo de problemas, mas ultimamente e depois de um levantamento feito pelo gabinete de acção social chegámos à conclusão que havia muitos casos que se enquadravam nas competências de uma comissão".
Criada a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Penamacor, Belmonte e Vila Velha de Ródão são agora os dois únicos concelhos do distrito que não têm criado este organismo.

Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"

"É PRECISO AVANÇAR"

Francisco Sapinho pede celeridade à câmara municipal de Penamacor. O presidente da junta de freguesia do Meimão considera urgente que a autarquia avance com uma candidatura a fundos comunitários para a construção de um campo de actividades escutistas naquela localidade.

Francisco Sapinho considera que a criação daquele espaço, já protocolado entre a junta e a associação nacional de escoteiros (ANE) pode ser uma mais valia para aquela freguesia "é deste tipo de iniciativas que o concelho precisa e numa freguesia como a nossa, onde a desertificação se faz sentir, a criação deste campo pode representar uma mais valia nomeadamente no aproveitamento dos nossos recursos e na captação de novos turistas".
O centro de actividades escotistas vai ter as valências de dormitório, cozinha, zonas de refeição e salas de actividades com uma capacidade máxima para 100 pessoas.
Na resposta o presidente da câmara municipal de Penamacor garantiu ao autarca de Meimão que "o assunto não está esquecido". Domingos Torrão acrescenta que "a candidatura a fundos comunitários para a construção do campo vai ser apresentada logo que estejam concluídos os projectos de especialidade o que já não deve demorar muito tempo".

Autor: Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"

terça-feira, 16 de março de 2010

Imagens da nossa terra










DESAFIO FEITO

Domingos Torrão já apresentou uma proposta ao ministério do ambiente para que a gestão da reserva natural da serra da Malcata passe a ser feita em conjunto pelas câmaras municipais de Penamacor e do Sabugal.

Na última reunião da assembleia municipal o autarca considerou que "a reestruturação de serviços efectuada no instituto de conservação da natureza e biodiversidade não criou nenhuma mais valia nem trouxe grandes alterações ao modelo de preservação e funcionamento daquela área protegida".

Face a esta situação, Domingos Torrão garante que já lançou o desafio a quem de direito "para que a gestão da reserva possa ser feita numa parceria entre nós e a câmara do Sabugal e acredito que todos ficariamos a ganhar com uma solução deste tipo".


Autor: Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"

segunda-feira, 15 de março de 2010

ATALAIA VENCE PEDRÓGÃO, EM JOGO ELECTRIZANTE



Atalaia e Pedrógão proporcionaram este domingo um excelente espectáculo de Futebol. Um jogo electrizante, com golos, emoção e jogadas vistosas. Venceu a Atalaia por 3-2, um resultado justo que premeia o crer e a vontade dos comandados de Joca.

O jogo começou praticamente com o primeiro golo da partida. Ainda decorria o primeiro minuto, já Filipe colocava o Pedrógão em vantagem, através de um remate à entrada da área, que não deu a mínima hipótese de defesa a Valezim.
A Atalaia, que entrou a perder na partida, reagiu e assumiu as despesas do jogo. Deu o primeiro sinal de perigo por intermédio de Hugo Brito, aos 6 minutos, na transformação de um livre proporcionando uma defesa apertada a Tiago Ramos.
Aos 14 minutos, Vasco perde a bola para a Atalaia, que rapidamente desenhou um ataque, a bola sobrou para Fábio Brito que, já na área, rematou para uma defesa fantástica de Tiago Ramos. Adivinhava-se o golo da Atalaia, que surgiu aos 15 minutos, num lance de Carlitos que na direita cruzou, colocou a bola no 2ºposte, onde apareceu Bruno Correia completamente solto, a fazer de cabeça o 1-1.
Ainda se festejava o golo da Atalaia e já Fábio Brito estava a fazer o 2-1, decorria o minuto 16, quando o jovem médio da Atalaia, recebe a bola na área e de ângulo difícil, remata cruzado, colocando a bola entre o poste a Tiago Ramos fazendo o 2-1.
Num minuto a Atalaia, conseguia colocar-se pela primeira vez em vantagem na partida.
A resposta dos homens de Pedrógão foi dada por Flávio Cruz, aos 35m, com um remate forte, de muito longe mas muito colocado, permitindo a Valezim uma defesa difícil. No minuto seguinte os comandados de Xana volta a marcar, por intermédio de David, que aproveitou uma falha de marcação da defesa da Atalaia, para de cabeça fazer o 2-2.
O jogo continuava a ser jogada num ritmo elevado, com as duas equipas a procurarem o golo. Aos 37 minutos, reclamou-se grande penalidade na área do Pedrógão, por eventual mão de um defensor forasteiro. Bruno Nave nada assinalou, mas ao que conseguimos apurar, terá mesmo existido motivo para a marcação do castigo máximo. Na sequência do lance, que foi fortemente contestado pelo banco da Atalaia, Filipe Mouro, que estava na condição de suplente, viu o cartão vermelho directo por se ter excedido nos protestos.
O intervalo chegava assim com um empate a duas bolas.
Para a segunda parte, manteve-se a mesma dinâmica de jogo com Atalaia e Pedrógão a disputarem todos os lances com afinco. A Atalaia tinha mais posse de bola, mas o Pedrógão sempre que tinha a bola mostrava-se muito prático nas suas acções de ataque.
O golo que deu a vitória à equipa da casa aconteceu aos 75 minutos. A defesa do Pedrógão faz uma falta à entrada da sua grande área e na marcação do livre, Hugo Brito faz um golo de belo efeito, colocando a Atalaia novamente em vantagem, agora por 3-2.
O Pedrógão acusou o golo e nos últimos 15 minutos foi gradualmente baixando o seu ritmo, por sua vez a Atalaia, foi gerindo a vantagem e com essa gestão garantiu a conquista de três preciosos pontos, frente a um adversário directo na luta pela subida.
Vitória justa da Atalaia, que sai valorizada pela excelente prestação que o Pedrógão teve neste desafio. A Atalaia, teve mais posse de bola, e foi mais forte nos pequenos detalhes, para além de que mostrou sempre mais vontade em vencer a partida.
Quanto a Bruno Nave, o árbitro do encontro, tem um erro aos 37 minutos, aos não assinalar uma grande penalidade na área do Pedrógão, de resto o juiz da partida esteve sempre em excelente plano, acompanhou as jogadas sempre de muito perto e ajuizou correctamente a grande maioria dos lances. Destaque-se o facto de num jogo equilibrado, Bruno Nave não ter tido necessidade de ter mostrado qualquer cartão amarelo. Apenas mostrou o vermelho directo a Filipe Mouro, que estava no banco, por protestos.
Autor: Rui Fazenda in "Rádio Cova da Beira"

DISTRITAL DE CASTELO BRANCO

Está ao rubro o distrital de Castelo Branco. As alternâncias no comando da classificação colocam o campeonato desta época, provavelmente, um dos mais bem disputados de todos os tempos.


O jogo mais importante da jornada teve como palco o Campo 23 de Maio na Atalaia do Campo. Em compita estiveram a equipa que liderava e aquela que passou a liderar a prova. E o jogo não podia ter começado melhor para a equipa do Pedrógão. Logo aos 30 segundos Filipe alvejou a baliza de Valezim com êxito total, abrindo o activo. Com este tento madrugador a equipa da Atalaia do Campo teve que reagir de forma rápida, provavelmente em contraste com a estratégia previamente preparada e essa reacção teve frutos aos 15 e 16 minutos, com dois golos de rajada, o primeiro de Bruno Correia e o segundo de Fábio Brito. Como seria de esperar, até pela qualidade da equipa de Xana, o Pedrógão acreditou que podia fazer melhor e aos 35 minutos chegaria ao empate a dois, num golo de David. Na segunda parte este resultado manteve-se inalterado durante 30 minutos, porém, aos 75m, num livre directo à entrada da área, batido de forma superior por Hugo Brito, o empate foi desfeito, colocando a equipa da casa de novo na frente do marcador. Até final as duas equipas lutaram muito mas o resultado não iria sofrer alterações ( crónica do jogo à parte ).


Em Cernache do Bom Jardim as equipas do Vitória local e do Águias do Moradal não foram além do empate a zero, num jogo equilibrado e com um resultado que não agradou a nenhum dos contendores.


Em Oleiros a equipa da casa apareceu no jogo sem alguns dos seus jogadores mais influentes, ficou reduzido a 10 unidades à passagem do minuto 62 e o Fundão aproveitou para chegar à vantagem, com um golo apontado aos 73’, por Hélder Rodrigues, num jogo quase totalmente dominado pelos fundanenses, que mais uma vez revelaram as deficientes falhas de finalização.


A liderança do apuramento de campeão pertence agora à Atalaia do Campo, com 29 pontos seguido do dueto constituído por Águias do Moradal e Pedrógão de S. Pedro, com 28, Sernache é 4º com 24, o Fundão está em 5º com 23 e o último é o Oleiros com 18 pontos.


No próximo domingo jogam: Fundão – Sernache, Moradal – Pedrógão e Atalaia do Campo – Oleiros.


Na fase de apuramento para final da Taça de Honra, o Teixosense vingou a derrota que sofreu no seu recinto, perante o Valverde, na fase regular do campeonato, obtendo igual resultado: 0-3. A equipa que agora é comandada por Paulo Serra, que substituiu Mário Pereira no comando técnico do Teixosense, apresentou-se organizada e sou aproveitar as deficientes falhas da equipa da casa, que esteve mal a defender um muito perdulária na hora de finalizar. Aos 18 minutos Samuel abriu o activo, à passagem do minuto 57, Tiago aumentou a vantagem e aos 80 foi a vez de Ricardo Sousa concluir uma jogada rápida, fazendo o 0-3 final.


O Proença recebeu a Lardosa e venceu por 2-0, com o marcador a sofrer alteração aos 21 minutos, com um golo de Acácio. O resultado foi encerrado aos 70’, por intermédio de Fábio Martins.


Em Unhais da Serra o Vilarregense conseguiu marcar aos 28 minutos por intermédio do inevitável Nuno Alves e somou os três pontos.


Nesta fase de apuramento o Teixosense passou a liderar isolado, com 22 pontos, seguido do Proença, com 20, Valverde com 19, Vilarregense 10, Lardosa 3 e Unhais 2.No próximo domingo vão jogar Vilarregense – Valverde, Teixosenses - Lardosa e Proença – Unhais da Serra.




Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

sexta-feira, 12 de março de 2010

Chuva proporciona Verão tranquilo

Só falta encher a barragem da Meimoa

A albufeira do concelho de Penamacor regista o maior armazenamento dos últimos anos, numa altura em que a Marateca e Idanha estão no pico da capacidade.
A barragem da Meimoa, no concelho de Penamacor, é a única no distrito de Castelo Branco que ainda não atingiu o máximo da sua capacidade.
O mês de Fevereiro terminou com as barragens da Marateca, em Castelo Branco, e a Marechal Carmona em Idanha-a-Nova completamente cheias, o que no caso da albufeira idanhense acontece pelo segundo mês consecutivo.
A barragem da Marateca tinha fechado o mês de Janeiro a 96,4 por cento da sua capacidade, mas cedo chegou a cota máxima.
Na albufeira da Cova do Viriato, na Covilhã, nem se pode falar em novidades, visto que se encontra na máxima capacidade há três meses.
Em qualquer dos casos os números do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos comprovam que o armazenamento está muito acima da média para a época, o que também seria de esperar dado ser este um Inverno muito chuvoso.
Nas barragens da Marateca e de Idanha-a-Nova a média pouco ultrapassa os 80 por cento e na Meimoa ronda os 75 por cento. Mas a albufeira penamacorense chegou ao fim de Fevereiro com um armazenamento de 86,5 por cento, ultrapassando pela primeira vez em pelo menos 17 meses a média. E dizemos pelo menos porque as tabelas disponibilizadas referem-se apenas a este período temporal.
Nos últimos meses a barragem do concelho de Penamacor teve uma evolução pouco comum. Em Outubro de 2009 os valores de armazenamento encontravam-se abaixo dos 40 por cento e desde então não têm parado de subir, sobretudo a partir de Dezembro. A partir de então a Meimoa recuperou ao mês cerca de 20 por cento da sua capacidade. A notícia é boa não só para os agricultores que utilizam a água do Regadio da Cova da Beira mas sobretudo para as populações do concelho de Penamacor e de parte do concelho do Fundão, que bebem água da Meimoa.
In jornal "A Reconquista"

OFICINA DA POESIA PROMETE ANIMAR OS JOVENS


Biblioteca de Penamacor celebra Dia Mundial da Poesia

A Biblioteca Municipal de Penamacor vai assinalar o Dia Mundial da Poesia, que se comemora a 20 de Março, com um workshop de poesia e com leitura de poemas pelo grupo Oficina de Poesia.
Todas as actividades vão decorrer na Sala Polivalente, pelas 16 horas.
Através da leitura de poemas pelos próprios poetas, a Oficina de Poesia do Centro de Estudos Sociais/Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, brindará os presentes com uma tarde repleta de surpresas poéticas.
In jornal "Gazeta do Interior"

DE 28 DE MARÇO A 3 DE ABRIL

Zé da Câmara na Semana Cultural da Benquerença

Música, teatro, noite de fados e muitas exposições integram este cartaz cultural. Também a tradicional Burricada não vai faltar.

A Semana Cultural da Benquerença vai, pelo 11º ano consecutivo, chegar e animar toda uma população que anseia por esta altura do ano. É altura de animação nesta Freguesia penamacorense e de se fazer, também, silêncio, que se vai cantar o fado.
O cartaz deste ano já é conhecido e vai decorrer entre os dias 28 de Março e 3 de Abril.
Autora: Inês Monteiro in jornal "Gazeta do Interior"

DISTRITAL – FASE FINAL

Este fim de semana o futsal vai estar em destaque, com as finais das taças AFCB.

As finais começam no sábado, a partir das 16 horas, no pavilhão municipal do Fundão com o futsal sénior feminino. João Abrantes vai ser o árbitro do encontro entre a ADE e o Grupo de Convívio e Amizade nas Donas.
No domingo, às 11h, tem lugar a final da taça AFCB em iniciados, com a ADF – Retaxo, arbitragem de Paulo Antunes, às 15h é a vez dos juniores discutirem o troféu, com Cláudio Santos a dirigir o jogo entre o Estrela das Cortes e o Boa Esperança e às 17h30 começa a final da taça em juvenis. David Veríssimo arbitra o encontro entre a ADF e o Paúl. Todos os jogos no pavilhão municipal de Idanha.
Ainda no futsal, sábado , tem lugar a 12ª jornada do campeonato distrital. Às 17 horas, dois jogos, Ladoeiro – Sporting da Covilhã com arbitragem de Cláudio Santos e o Alcaria – Carvalhal, arbitragem de Paulo Antunes.
Às 18 horas o Cariense recebe o Retaxo com arbitragem de Bruno Duarte e uma hora e quinze depois, o Sernache recebe o Ferro com arbitragem de Teodoro Domingos.
No futebol, segunda jornada da fase final: Oleiros – ADF, arbitragem de Délio Rolo; Sernache – Águias do Moradal, com arbitragem de Ricardo Fernandes e Bruno Nave, dirige o Atalaia do Campo – Pedrógão.
No apuramento do finalista da taça, Valverde – Teixosense, árbitro Mário Rui Gomes; no Unhais da Serra – Vilarregense vai estar Tiago Gonçalves e Ricardo Alexandre vai dirigir o Proença – Lardosa.

Autor: César Duarte Ferreira in "Rádio Cova da Beira"

Sensibilização aposta nas camadas mais jovens

Protecção Civil vai às escolas
O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco está a desenvolver diversas actividades de protecção civil, por todo o distrito, com grande incidência nas escolas, ao longo do mês de Março.
Desde o dia 1, Dia da Protecção Civil, já foram desenvolvidas iniciativas nos agrupamentos de escolas Afonso de Paiva, Oleiros e Ribeiro Sanches, em Penamacor e na Escola Secundária da Sertã. A grande incidência tem sido a evacuação dos estabelecimentos de ensino e para além disso têm sido levadas a cabo outras actividades de protecção e socorro, pelos respectivos corpos de Bombeiros. A Viatura de Planeamento, Comando e Comunicações marca presença nos recintos escolares, para que toda a comunidade se aperceba da forma como são desenvolvidas as ligações, nas diversas ocorrências.
A apresentação de um vídeo institucional e do site da Autoridade Nacional de Protecção Civil, bem como demonstrações por parte das diversas equipas da GNR e PSP, complementam todo o trabalho de sensibilização.
Para o comandante distrital operacional do CDOS este tipo de iniciativas promove uma motivação e articulação entre as escolas e os diversos agentes de protecção civil, para além do estreitar de relações dos municípios, com as autoridades policiais e com os próprios bombeiros.
“O treino faz a diferença e esta aposta das escolas no ensaio da sua evacuação é uma mais-valia para todos. Tudo se faz sem pânico, sem correrias e com muita seriedade e se algum dia for necessário os procedimentos já estão enraizados”, diz o comandante.
Mas, nem tudo está bem. Foram detectados alguns pontos fracos que vão agora ser analisados. Rui Esteves frisa que nalguns locais, o sinal de alarme não é audível em todos os espaços da escola e algumas centrais telefónicas não têm sistema de UPS, o que significa que não funcionam sem energia e isto pode causar alguns constrangimentos.
Por outro lado, é fundamental que cada professor saiba qual é a localização de cada turma, no ponto de encontro, por forma a rapidamente se aperceber se estão consigo todo os alunos que se encontravam na sala.

Dia da Mulher

Mulheres da Bemposta fazem a festa

O Dia Internacional da Mulher não passou em claro na aldeia mais pequena do concelho de Penamacor. Na Bemposta reuniram-se 26 mulheres num jantar convívio no salão da junta de freguesia. Carla Santos e Paula Gabriel, que organizaram a festa, conseguiram juntar mulheres de todas as idades. Depois do repasto houve baile até de madrugada e a vontade de repetir o encontro.




In jornal "A Reconquista"

Torrão diz que reserva tem de servir populações

Penamacor quer gerir Serra da Malcata

O pedido voltou a ouvir-se na assembleia municipal do concelho raiano, que quer gerir a reserva a meias com o Sabugal.
Câmara Municipal de Penamacor quer gerir a Reserva Natural da Serra da Malcata em conjunto com o município vizinho do Sabugal. A vontade não é nova mas foi reafirmada pelo presidente da autarquia.
“Continuaremos a dizer aquilo que sempre dissemos: a Reserva da Malcata tem de ser posta aos serviço das populações de Penamacor e do Sabugal e não o contrário”, disse Domingos Torrão na última reunião da assembleia municipal, onde se ouviram críticas em relação à gestão da área natural.
Rui Marcelo, membro da bancada socialista, considera que a Malcata é o maior trunfo do concelho e que por isso “é hora de o rumo desta área ser outro que não o do esquecimento, do fundamentalismo e inactividade”. Na opinião do eleito a Malcata tem de se abrir ao país.
“Faça-se depressa o Lince Parque mas trabalhe-se também em tornar a natureza única da Malcata num bem ao alcance de quem o aprecia e dá valor”, disse Rui Marcelo.
Domingos Torrão entende que com a gestão partilhada com o município do Sabugal – em cujo território também fica a reserva - “creio que ficaríamos todos a ganhar (…) houve a reorganização de serviços e aquilo que vimos foi a saída de técnicos, a saída de equipamentos e sinceramente a melhoria até agora tem sido muito escassa”.
O Reconquista contactou o presidente da Câmara Municipal do Sabugal no sentido de obter uma posição sobre o assunto, o que não foi possível até ao fecho desta edição.
Num discurso virado para o potencial turístico do concelho, Rui Marcelo chamou ainda a atenção para a necessidade de intervir noutros aspectos como a aposta na divulgação através da página da autarquia na internet e acesso gratuito a esta em todas as freguesias ou no reforço da limpeza e reciclagem.

Pedido não é novo

A intenção das câmaras municipais de Penamacor e do Sabugal em gerirem a Reserva Natural da Serra da Malcata não é de agora. Em Janeiro de 2007 o assunto fazia a primeira página do Reconquista, que dava conta da apresentação do assunto na Assembleia Municipal do Sabugal por parte de um deputado municipal daquele concelho. A ideia seria bem recebida em Penamacor, onde as críticas à gestão da reserva – tal como hoje - também tiveram eco.
As autarquias afirmavam à época a necessidade de alterar o plano de ordenamento para incentivar os investimentos no perímetro da Malcata, com Domingos Torrão a afirmar que não queria uma serra apenas para os estudiosos. Por seu lado o então presidente do Instituto da Conservação da Natureza, João Menezes, esclarecia em entrevista ao Reconquista que as autarquias criticavam um plano de ordenamento “com o qual, aliás, concordaram aquando da sua revisão e aprovação apenas há dois anos”.
Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

quinta-feira, 11 de março de 2010

NOVAS SEDES

É este o desejo dos presidentes das casas do Benfica de Penamacor e Teixoso, nos próximos anos. Só depois de novos espaços, os responsáveis ponderam uniformizar a imagem da colectividade.

Para Luís Seguro, presidente da casa do benfica de Penamacor, o espaço actual “não permite pensar em novos projectos. É um espaço muito pequeno e só depois de uma nova sede podemos pensar nisso. Apelo mais uma vez à ajuda da câmara municipal de Penamacor”.

Quanto à casa encarnada do Teixoso, a mudança mais imediata é de instalações, “para junto das piscinas municipais da vila”.

Apesar das mudanças de instalações, para já ainda não vai existir uniformização, visto o “novo espaço ser arrendado”.

Projectos que podem conhecer desenvolvimentos durante o ano de 2010.


Autor: César Duarte Ferreira in "Rádio Cova da Beira"

Os que forçaram a porta para a terra dos sonhos

A pobreza assombrava um país rural encerrado em si sob o manto da ditadura. Pela raia, milhares de portugueses encontraram a saída para França. A guiá-los e a escondê-los estiveram homens como estes.

A NEBLINA dos tempos não deixa ver com total clarividência a plena constelação de desígnios que leva à saída, à escondida amargura do adeus, manifestada em pequenos gestos. Emigrar é deixar para trás, é trocar o rol das infelicidades conhecidas por um travo de sonho. É assim que vai construindo o caminho de saída. É assim que a decisão se vai alimentando, nas agruras do quotidiano, cimentada na escassez de tudo para quase todos. Numa sardinha para três. Para trás ficou um Portugal de ditadura, de pobreza, de uma imensa mágoa, um país de esperança lívida, refém dos seus embargos psicológicos e amarras avulso.

Um adeus é complexo. Aquele adeus por trás deste gesto, deste último olhar para a terra antes de se desaparecer na noite das amarguras. Na noite que está aqui como eterna testemunha, nas longas vigílias a que os Pirenéus ainda distam. Parece uma vida. À frente alguém os leva, os guia nas fintas às polícias portuguesas e espanholas. São eles que os entregarão no seu destino e na volta trarão metade de uma foto que se irá juntar a outra que ficou. Quando a foto se completar, a missão foi cumprida: está em França. Esta foi a história de milhares de portugueses.

O coordenador do Observatório da Emigração, Rui Pena Pires, avançou recentemente no Parlamento durante na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas que entre 70 e 75 mil portugueses emigram cada ano. Sem certezas absolutas, porque não existem dados absolutamente fiáveis que possam dar a escala da exactidão à saída. Mas se o indicador avançando estiver próximo da realidade actual, aproxima-se das médias dos anos 60 do século passado, mas abaixo dos anos de maior emigração. O contexto económico foi e será sempre o factor determinante para este filme. Foi-o a preto e branco, a tons de sépia, onde o salto, a mala de cartão, a pobreza e a quase total ausência de esperança num país amordaçado pela ditadura.

Impelidos para a porta de saída, os caminhos de quem emigra não são lineares. São razões que se somam às razões. Hoje emigram mais jovens com formação académica superior. O espaço Schengen é um livro aberto de oportunidades à distância de um bilhete de avião ou de autocarro, um espaço de liberdade, de mais amplas oportunidades. Emigrar continua a ser uma aventura. Continua a ser saudade, continua a ser ausência sofrida. Mas hoje, os entraves são menores e as oportunidades de mobilidade social superiores. Este Portugal não é aquele Portugal que fomos descobrir na memória da suas gentes. Nestas terras da raia já não escondem homens, mulheres e crianças à espera da melhor altura para dar o salto, ao abrigo do olhar das polícias de Portugal e Espanha, em busca de um trabalho qualquer em França para garantir a sobrevivência. A terra do sonho era demasiado longe, e o receio demasiado perpétuo e demasiado perto. O medo era uma sombra, mesmo de noite. Naquele tempo, por aqui, muitas vezes, a alternativa à pobreza era a própria pobreza.

Segundo o Observatório de Emigração, os homens são maioritários nos principais países de acolhimento de cidadãos portugueses. No Canadá são 71 por cento dos emigrantes portugueses presentes naquele território, 64 por cento em Espanha, 58 por cento na Venezuela, 54 por cento na Alemanha, 55 por cento na Suíça, 53 por cento no Brasil, 52 por cento no Luxemburgo e 51 por cento em França. Apenas no Reino Unido há mais mulheres emigradas do que homens, tendo as primeiras uma taxa de presença de 52 por cento. Em França residem 567 mil cidadãos nascidos em Portugal, 217.540 nos Estados Unidos da América, 213.190 no Brasil, 157.455 na Suiça, 150.390 no Canadá, 136.171 em Espanha, 91.225 na Alemanha, 77 mil no Reino Unido, 53.478 na Venezuela e 41.690 no Luxemburgo.

Fomos ao passado à boleia das memórias de gente que viveu este fenómeno que marcou Portugal do século XX. Fomos às terras do confronto, da passagem, dos passadores de gente em busca do além-Pirinéus. A raia dos medos, dos temores expressos em cada passo, nas noites de caminhada cerradas e encerradas por todas as dúvidas. Da lua cheia no guiar dos passos silenciosos, medidos e temerosos. Nestas serranias que agora pisamos era a luta entre os que forçavam as trancas da porta de saída para a terra das oportunidades e os guardiões do templo, de um templo com muitas salas entregues ao vazio. Da pobreza.

Fomos falar com gente corajosa.

Fomos à raia.

Fomos ao pretérito dos dias.


No tempo em que a PIDE andava por estas aldeias

O SALTO para França custou-lhe 6.500 escudos em 1956. Tinha 18 anos e foi com o pai, que pagou idêntico valor para os guiarem até à terra prometida, onde teriam trabalho e ganhariam o dinheiro que aqui não podiam sequer sonhar. Zona rural sem qualquer escape visível para a pobreza, França era o destino quase certo para a esmagadora maioria dos homens. António Manuel Esteves hoje tem 72 anos e aquele longínquo ano de 1956 está presente na memória como se tivesse sido na última semana. Voltou para Fóios há apenas seis anos. Em França ficaram os filhos e os netos. Voltou para onde sempre queria voltar. Desde aquela noite de Outubro de 1956. Está no ponto de partida da sua história. Mas esta aldeia já não é a aldeia de há meia década. E a realidade social também não.

“Eram tempos de muita pobreza e não era só de pobreza... eram tempos de muito trabalho. Muita gente só se governava aqui do contrabando”. A sua vida no contrabando começou aos oito anos: “nessa idade já trazia azeite de Espanha. Depois trazia seda, luvas... o que ca-lhava, onde podíamos ganhar alguma coisita.” As autoridades espanholas e portuguesas vigilantes destes movimentos na raia nunca conseguiram apreender os carregos e dar problemas a António. “Graças a Deus nunca tive problemas”. Ri. “Para Espanha levava-se naquele tempo muito estanho e para cá trazíamos amêndoa, por exemplo. Era muita gente a fazer isso... era a raia toda... era do que a gente se governava. Ainda bem que temos aqui Espanha, que deu jeito a muita gente”.

Aos 18 anos, o mundo do contrabando ficou arredado e França afigurou-se como o destino para ganhar a vida. O seu pai já tinha tentado quatro vezes chegar lá, mas “foi sempre detido em Espanha e mandavam-no para cá”. Até que à quinta tentativa quis ir com o pai. “Dessa vez passámos bem os dois... e lá fomos governar a nossa vida... mas para passar ainda demorámos bastante tempo. Saímos daqui a 26 de Outubro de 1956, estivemos quatro dias em Pamplona e atravessámos a fronteira para França no Dia de Todos os Santos, a 1 de Novembro. Estivemos mais seis dias dentro de uma casa em França, até que nos vieram recuperar. O passador é que tratou de tudo... levou o tempo que tinha que levar”. Quase sempre com a noite como companhia.

Os 13 contos do salto dele e do salto do seu pai foram amortizados num ano de trabalho em França. E não só. “Ao fim de um ano viemos e comprámos um prédio, que ainda temos aí, por 32 contos. Lá ganhava-se muito mais. Comecei a trabalhar por 125 francos à hora e quando fui para Paris já estava com 180”.

O seu primeiro trabalho foi “a partir pedra numa estrada numa pequena cidade e dali fui para Paris, onde trabalhei em jardinagem o resto da minha vida. Fiz jardins durante 42 anos”. Reformou-se e voltou. O Portugal de hoje é muito diferente. O Portugal que abandonou numa noite de Outono de 1956 “era muito diferente, muita pobreza. Hoje a vida está também difícil, mas vive-se muito melhor do que antigamente. Vivia-se mal, com dificuldades. Saiu daqui muita gente. A primeira fornada fomos nós e depois eram sete ou oito de cada vez. A aldeia ficou sem homens para trabalhar.” Foi uma vida dura em França, que ninguém se iluda. “Ninguém nos dá dinheiro... temos que trabalhar”.

Três anos a fugir da PIDE

A PIDE andava por ali, a farejar os “passadores”, aqueles que levavam os portugueses que queriam ir para França. Houve alguns que conheceram bem de perto as técnicas interrogatórias da polícia política da ditadura. Artur Dias teve a PIDE à perna e andou três anos em fuga à força de um mandato emitido. A sua mulher não teve tanta sorte e esteve 69 dias presa sob custódia.

Antes do mandato de detenção ser uma realidade, Artur foi interrogado pela PIDE duas vezes: “uma vez fiquei absolvido. Da outra vez aplicaram-me uma multa por cada homem que passei”. Por estas “respondi e paguei”. Mas o pior estava para vir.

Recuando nas décadas, até àqueles anos efervescentes na raia recorda que, então, “houve outra denúncia” que coincidiu “quando a PIDE veio também para a Guarda”.

Essa denúncia terá sido involuntária por parte de outro passador que caiu numa armadilha da PIDE que montou com alguns dos seus elementos a fingirem estar interessados em dar o salto e em contratarem os seus serviços. O nome da Artur Dias veio à baila durante a conversa. Ficaram em trabalhos.

“O meu advogado avisou-me: «senhor Artur ponha-se a pau que tem aqui uma denúncia e você vai ser preso»”. A visita da PIDE era uma questão de tempo. E, de facto, não demorou. “Um dia vieram aqui à minha casa e quando os vi acho que até saltei por esta janela”. Artur, 77 anos, homem rijo, olha de soslaio para a janela que está atrás de si. Estamos na sua cozinha, aquecidos pelas histórias e pela lareira. Aí desenrola um interminável rol de acções alavancadas por uma inusual coragem, mas, afinal, tão comum às gentes da raia. A coragem, essa capa dura, era o que lhes permitia ousar procurar, ousar sair. Ousar, apenas.

“Eles vieram aqui para me prender ou para me ouvirem... não estava cá... estava na caça e disseram à minha mulher para me apresentar no posto da Guarda Fiscal de Aldeia do Bispo. Quando cheguei da caça fui lá, mas os elementos da PIDE já lá não estavam. Deixaram o mandato de captura e andei três anos fugido”. Lá vinha a casa, mas sempre com os olhos bem abertos.

Um dia, vi “um cabo da guarda fiscal” a entrar em casa. Na loja que tinha no andar térreo da sua casa estava a sua mulher a trabalhar “Bateu à porta e perguntou «então, o senhor Artur?» A minha mulher disse-lhe que não estava cá”. O guarda fiscal insistiu que queria falar com ele porque “o tinha visto ir agora com uma jarra de vinho para cima”. A mulher insistiu que não era ele, que estaria a fazer confusão com certeza. Acabou por se ir embora, não se sabe se muito ou se pouco convencido. Artur safou-se. Ao fim de três anos, a PIDE acabou por levantar o mandato de detenção.

Artur antes de encaminhar, ele próprio, homens para França esteve emigrado. Não foi uma viagem fácil. Acabou por ser detido pelas autoridades francesas por passagem ilegal da fronteira. Esteve alguns dias detido, e “até engordei”, gracejou. Foi a salto, ele e mais seis. Tinha 19 anos. “Andei lá a trabalhar descalço numa pedreira ainda bastante tempo. Os sapatitos que tinha levado rebentaram. Eu bem queria que o patrão me desse dinheiro para eu comprar uns sapatos”, mas nada... “Ainda andei a trabalhar dois meses descalço” Depois “lá me arranjei”.

Mas Artur não ficou muito tempo em França. Poucos anos depois depois regressou a Fóios. “Quando vim para cá era com a ideia de voltar. Mas o meu pai deu-me aqui um pequeno terreno para fazer a casa e meti-me logo na passagem dos homens”. À chama da memória sentida lembra-se que “ainda levei bastantes homens, comecei a gostar daquilo, arranjei dinheiro para fazer a casa. Sim, ainda arranjei um dinheirito. Nunca quis saber do banco para nada.” Nesta humilde casa, neste sentido momento de encanto por um passado que, subitamente, alguém lhe fez recordar, um regresso àqueles tempos do jovem Artur. De fugas e contrafugas, de dias idos.

Um passado que António Cabanas, vice-presidente da Câmara Municipal de Penamacor, sociólogo já retratou no livro “Carregos”, o contrabando na zona da raia. O interesse sobre este Portugal levou-o a trabalhar diversas fontes. Uma delas foram os arquivos da Junta de Freguesia da Meimoa, onde um facto lhe despertou a atenção. O investigador disse ao JF que quando se requeria um passaporte para se deslocar a França, por exemplo, as autoridades entravam em campo para averiguar “o currículo” e as “referências” do solicitador do documento. O receio levava a que se tentasse apurar, nomeadamente, as condições financeiras de quem pedia o documento. António Cabanas diz que a junta em causa não se comprometia, usando de algumas armadilhas gramaticais como “supomos” ou “julgamos” que tinha condições económicas e que não seria caso de emigração. “A Junta tentava ajudar sem se comprometer”.


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Autor: Nuno Francisco in "Jornal do Fundão"