segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mais um passeio pelo nosso património

Durante as curtas férias de Agosto, tivemos oportunidade de pegar na bicicleta e dar mais um pequeno passeio por uma pequena parte do nosso património histórico comum.
Aqui fica mais uma vez o testemunho para que o passar do tempo não o apague da nossa memória.

Primeira paragem: Fonte da Pia


Ainda corre um pequeno fio de água numa das bicas.

Vista geral do espaço circundante.

Pormenor da placa alusiva à data da sua construção (1896).

Em direcção à Ribeira das Taliscas, descendo pela Fonte da Prata, o estado do caminho é este.

Encontra-se praticamente intransitável até para quem segue a pé.



O estado do pontão não é melhor, encontrando-se também bastante degradado.

Vista da ribeira para norte do pontão.

Vista da ribeira para sul do pontão. À esquerda pode ver-se o "moinho de baixo".

A ribeira junto ao moinho.

Pormenor junto à entrada do moinho.

Entrada do moinho.

O seu interior.






Exterior do moinho, onde se podem ver os orifícios de saída da água.

Pormenor de um desses orifícios.

Junto a qualquer moinho de água, ou azenha, há sempre um açude. Este fica um pouco a norte do pontão e ainda se encontra em razoável estado de conservação.








Depois de passarmos pela aldeia de Bemposta, fizemos uma paragem junto à ponte romana que se encontra coberta pelo mato.

Com um pouco de esforço, consegue-se observar o arco que ainda resiste.

Para acabar o passeio, fica mais uma imagem panorâmica da mais bela aldeia de todas.

sábado, 29 de agosto de 2009

No imaginário criativo do costureiro Luís Vaz

Luís Vaz é um nome que marca um espaço na moda nacional. Com um vasto leque de clientes em todo o país, é na Benquerença que este criador de moda desenha e fabrica roupa com glamour e sofisticação.

CHAMA-SE Luís Vaz, tem 42 anos e é na pequena aldeia de Benquerença, no concelho de Penamacor que tem o seu ateliê. É ali, no meio do quase nada que dá asas à imaginação, que cria roupas para um vasto leque de clientes que se espalham um pouco por todo o lado.

Na infância, e depois de concluir a quarta classe, os pais do agora costureiro e estilista preocupados com a sua educação resolveram enviá-lo para o Seminário do Verbo Divino no Tortosendo. “Eu gostei muito da experiência, pois aprendi a tocar guitarra, acordeão. Foi uma verdadeira escola de aprendizagem. Depois do nono ano ou seguia para o Seminário de Fátima, ou então tinha que sair... Eu não tinha vocação para padre (risos)”, revelou ao JF.

Ao longo do seu percurso académico tirou vários cursos, um dos quais foi o curso de design no IADE. A partir daí nunca mais parou, até que um dia resolveu ir para Lisboa, onde exerceu outras actividades. Por lá, na capital, experimentou um pouco de tudo, desde DJ, decorador... enfim as loucuras da época.

Luís Vaz sempre foi extravagante, provocador... um excêntrico na sua juventude. Era novo demais para regressar à terra que o viu nascer. A Benquerença era “tímida” e pouco apelativa. Não correspondia nem pouco mais ou menos às expectativas deste jovem criador. Sempre gostou de desafiar as regras vigentes da pacata freguesia, do concelho de Penamacor. A liberdade que o costureiro sentia era de certa forma rebelde, de tal forma, que os habitantes, por vezes não o entendiam. Não foi fácil essa relação porque aqueles que o criticaram apenas desejavam ser igual. A audácia, a singularidade deste adolescente ajudou a despertar uma freguesia para um “olhar” mais indulgente.

Luís Vaz não é um produto massificado nem tão pouco embalado, mas sim, um ser único no seu universo. Dono e senhor de uma sensibilidade própria, pura e ao mesmo tempo austera. Estas são qualidades que fazem do estilista um excelente contador de histórias nas peças que produz e idealiza e que reflectem o iluminismo e do romantismo de que tanto gosta.

Aos 29 anos regressa às suas origens para concretizar um sonho: abrir um ateliê de moda na aldeia. “Eu, em Lisboa, não tinha oportunidade de abraçar este projecto, porque não possuía condições económicas para o fazer. Digamos que fui obrigado a regressar para dar início a um sonho que eu não poderia continuar adiar. Só na Benquerença tinha estas condições, como por exemplo uma casa”, recorda.

As primeiras encomendas começam a surgir. O engenho e a magia do criador são desenvolvidos no pormenor, no glamour no toque pessoal que imprime a cada peça de roupa. “Eu tanto trabalho para mu-lheres como para homens. Outras das vezes sou eu que vou ao encontro dos meus clientes de norte a sul do país”.

Seja como for, o costureiro faz as delícias de uma clientela que gosta de luxo. É uma máquina de ilusões, ajudando-os a concretizar os seus sonhos. “Para resistir a esta interioridade é necessário trabalhar muito sobretudo com qualidade. A nossa região precisa deste tipo de serviços. Ao longo dos tempos a mudança de comportamentos foram-se alterando, hoje, as pessoas preferem ter uma peça de roupa exclusiva”, explica o criador.

Se tivesse que vestir uma figura pública, Luís Vaz escolheria Catarina Furtado. “Em meu entender é uma mulher com traços verdadeiramente portugueses. Escolheria outras figuras femininas e masculinas do mundo do jornalismo, teatro e da televisão” reiterou ao JF.

Para além da moda e das dezenas de desfiles que já realizou, actualmente dá formação em áreas tão distintas, como a história do penteado, do traje e da moda, das artes, desenho geral, decoração de interiores… Esperamos que a tesoura que utiliza para cortar os tecidos continue a ser um instrumento de sucesso a partir de uma aldeia que hoje o admira, não só pelo seu talento, como pelo bom gosto em tudo aquilo que constrói.

LWS é a marca da sua roupa. É assim, que Luís Vaz comunica e interage com as pessoas criando peças de roupa híbridas, animalescas, cheias de glamour e sofisticação. As clientes agradecem este talento e ele a escolha de quem gosta de vestir o que desenha e costura.

Autor: Pedro Silveira in "Jornal do Fundão"

OBJECTIVO SER CAMPEÃO

O Pedrógão de São Pedro iniciou, ontem, os trabalhos tendo em vista a próxima temporada. São dez reforços, num plantel que continua a ser liderado por Alexandre Gaspar.

Tiago Ramos, guarda-redes, (ex-ADF), os defesas Pedro Ferreira e Ricardo Santos (ex-Unhais da Serra), Hélder Correia (ex-ADEP) e Pameirão (ex-ADE), os médios Tony e David (ex-Unhais da Serra), Flávio (ex-Teixosense) e João Morais (ex-ADF), para além de Mateus (ex-ADEP), são os reforços do Pedrógão, a que se juntam oito atletas da temporada passada.

O objectivo é ambicioso, esta temporada, os olhos do treinador da equipa estão postos na vitória do campeonato: “este ano o objectivo é alto. O mais alto desde que estou aqui no Pedrógão. Se o ano passado estivemos nos quatro melhores, este ano queremos estar nos seis primeiros e depois queremos muito mais, estar no primeiro lugar”, sublinhou Alexandre Gaspar.

Um plantel que não está completo. Faltam dois jogadores para o treinador ter o grupo definido: “já tínhamos as contratações fechadas. Mas houve alguns problemas com dois jogadores e agora estamos novamente no mercado.”

Quanto aos atletas a ambição também é muita. Mário Pina, que deve ser o capitão de equipa promete aos adeptos “trabalho, trabalho e mais trabalho. Mas o objectivo passa por lutar pelo título. Temos um plantel mais forte e mais maduro.”

Um dos reforços mais sonantes é Hélder Correia ex- ADEP de Penamacor. Um jogador que espera “coisas bonitas do Pedrógão, esta temporada, olhando para os valores e nomes do plantel”, referiu o jogador.

O primeiro encontro de preparação da equipa do Pedrógão é dia 30, no quadrangular da Lardosa. A apresentação é no dia 13 de Setembro frente a equipa de juniores A da ADE.

Autor: César Duarte Ferreira in "Rádio Cova da Beira"

PENAMACOR RECUPERA PATRIMÓNIO HISTÓRICO

Igreja do Convento procura classificação

A Igreja de Santo António está restaurada, mas, agora, são necessárias obras de requalificação do Convento.

A Igreja de Santo António, localizada no convento com o mesmo nome, em Penamacor, propriedade da Santa Casa da Misericórdia, recuperou o esplendor de outros tempos. As obras de restauro do templo religioso são inauguradas sábado, numa cerimónia em que estará presente o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, que foi o anterior provedor da Misericórdia de Penamacor, e o Bispo da Diocese da Guarda, D. Manuel da Rocha Felício.

As obras de restauro tiveram início em Abril de 2005, sendo que o restauro terminou em Junho de 2006. O restauro foi, de facto, o mais importante, tanto ao nível da Igreja, como da Sacristia, mas também foram feitas intervenções no que respeita ao levantamento e reposição do chão, o que conduziu a uma intervenção arqueológica.

O provedor da Misericórdia, João Cunha, recorda que por "baixo do chão da Igreja há sepulturas, pelo que foi decidido fazer uma intervenção arqueológica, aproveitando o facto de estarem à vista", com a finalidade de "se saber mais sobre a história".

Adianta que o chão da Igreja "esta assente sobre divisórias em granito, que foram os talhões, existindo 18 sepulturas de cada lado da coxia", para adiantar que as sepulturas "não foram identificadas", até porque "mesmo as ossadas existentes eram muitíssimo poucas".

In jornal "Gazeta do Interior"

Marca "Terras do Lince" foi lançada há um ano



Foi já há um ano que Penamacor criou e registou a marca "Terras do Lince". É um rótulo de garantia de qualidade e certificação, que agora vai ser adoptado por alguns territórios vizinhos de Espanha.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Vale a pena conhecer

Adília Lopes, com origens em Penamacor

A partir de hoje iniciamos a publicação, da responsabilidade de Elsa Ligeiro, sobre personalidades da Beira que Vale a pena conhecer.
Conheci a Adília Lopes num encontro de poesia, em Vila do Conde, organizado pelo Valter Hugo Mãe, há cerca de 12 anos.
Ela, no seu profissionalismo exemplar, tentava dar à plateia mais do que ela estava preparada para receber. Citava Sophia à velocidade da luz, e repetia com a serenidade que sempre lhe conhecemos, experiências tão revolucionárias como a reprodução sexual das pedras.
Devo confessar que naquela tarde ri tanto como nos melhores filmes do Woody Allen. E esta associação não tem nada de inocente. Pois se há uma figura que associo à Adília é o W. Allen, sempre a comentar a sua vida tão vulgar e impossível que só por milagre é igual à nossa.
A única diferença é que a Adília Lopes é uma poeta, como ela muito bem explicou numa brilhante crónica de domingo do Público (17 de Junho 2001).
E uma poeta é a que consegue o impossível, com o esforço concentrado e aplicadíssimo na direcção certa. Daí, na primeira actividade da Alma Azul, em 1999, no TAGV, de Coimbra, ter escolhido a Adília Lopes para substituir o António Lobo Antunes que, numa birra muito comum nele nos anos noventa, recusou conversar com a Anabela Mota Ribeiro.
Acabou por ser o momento mais alto duma semana cheia de notáveis - entre eles, o admirável Ferreira Fernandes - acabando com a Adília seduzindo a sala cheia do foyer do TAGV, com as suas ideias e opiniões, e com a Anabela Mota Ribeiro completamente rendida à inteligência da poeta.
Há um amigo meu, também ele poeta, que sustenta que a Adília Lopes é um produto dos media. Sem qualquer consistência, que o seu único interesse é (foi) a excessiva exposição pública. Nada mais longe da realidade, Adília Lopes tem é a sabedoria dos que têm um pacto com a verdade. E o que espanta na obra da Adília Lopes é a eficácia do caminho que utiliza: o minimalismo poético, muitas vezes o aforismo, cheio de sabedoria popular. Desconstruindo com alegria o pomposo discurso literário. Seguindo Sophia, ela também quer conhecer todo o fenómeno do mundo. E a sua aparente segurança vem da honestidade com que enfrenta a mais delicada situação.
Acredito que o instinto de sobrevivência, notável em todos os grandes criadores, aguçaram o engenho da Maria José da Silva Viana Fidalgo na criação de Adília Lopes. Mas, com generosidade, a Adília paga à Maria José com a melhor das moedas: a honestidade.
Às vezes brutal e suicida, completamente fora deste nosso tempo em que todos preferimos fingir. Especialmente no nosso espaço mais importante: o quotidiano.

PS – Leitura recomendada “Adília Lopes – Obra”, ed. Mariposa Azual 2000
Autora: Elsa Ligeiro in jornal "A Reconquista"

Actividades variadas

Verão activo na biblioteca de Penamacor

A Biblioteca Municipal de Penamacor abriu as portas entre Julho e Agosto a uma série de actividades para jovens, que participaram em iniciativas variadas, da descoberta da história local ao desporto.
Os mais novos tiveram hora do conto, escrita criativa, visitaram as escavações arqueológicas da zona histórica da vila e experimentaram actividades como o rapel ou o slide. Houve ainda tempo para conhecera história de Penamacor, visitar monumentos ou aprender hapkido. Ao todo foram 36 actividades com uma média de 16 participantes em cada, entre os 4 e os 13 anos de idade, refere a organização.
A iniciativa terminou com uma festa em que foram entregues os diplomas e prémios aos frequentadores mais activos, que foram Alecsandra Zasinets (10 anos), João Bernardo (10) e Jorge Bernardo (11), em primeiro lugar, com 28 actividades realizadas.
Inês Simão (9) ficou em segundo lugar com 27 actividades frequentadas e Artur Mirhaliyev (7) frequentou 23 actividades, ficando em terceiro. Os melhores receberam livros e DVD´s.

In jornal "A Reconquista"

Pedrógão

Campo à espera da relva

O assunto volta à baila a cada inicio de temporada, mas no Campo Tenente Manuel Morais o pelado ainda é o chão que dá futebol. Ter um relvado sintético era bom para a qualidade da equipa, dizem os entendidos. “Mas também não foi por isso que no ano passado a equipa deixou de ter prestações bastantes positivas”, lembra o técnico Alexandre Gaspar.
O presidente da Câmara Municipal de Penamacor – homem da terra – está a par da reivindicação que a associação fez questão de repetir em Junho último, quando juntou os amigos na festa dos 30 anos. O Pedrógão está nas competições distritais desde a época 1986/87.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Equipa regressa motivada ao trabalho

Pedrógão quer ser campeão distrital

O quarto classificado na última época introduziu maturidade na equipa e não pretende sair dos primeiros lugares. À freguesia penamacorense chegaram dez reforços mas o plantel não está fechado.
“O objectivo que temos para esta época é alto, mais alto do que nunca desde que estou no Pedrógão”. As palavras são de Alexandre Gaspar (Chana), o treinador do Pedrógão de S. Pedro, equipa que voltou ao trabalho na última segunda-feira com dez caras novas. Estas introduzem a experiência que faltava ao clube, na opinião de quem o dirige dentro de campo. Mas o plantel para o campeonato distrital ainda não está fechado e o técnico pedroguense espera ainda por dois jogadores.
Ao Unhais da Serra o Pedrógão foi buscar o defesa Pedro Ferreira e os médios Tony, Ricardo Santos e David. Do Penamacor vieram o defesa Hélder Correia e o avançado Mateus. Do Fundão chegam o guarda-redes Tiago Ramos e o avançado João Morais. Flávio Cruz vem do Teixoso para o meio-campo e Palmeirão chega da Estação para a defesa.
No clube continuam Ruben (guarda-redes), Filipe, Salavessa, Roque (defesas), João Velho, Caronho, Mário Pina (médios) e Fábio Portugal (avançado).
Chana diz estar consciente da força dos adversários mas também se mostra motivado pelo quarto lugar com que a sua equipa terminou o último campeonato. Nesta nova época quer assegurar a entrada no grupo dos seis primeiros e depois de consolidada a posição o céu é o limite.
“Tudo faremos para que a equipa do Pedrógão possa ser campeã (…) vamos lutar nunca para o ponto mas sempre para os três”, refere o técnico.
Hélder Correia, que vem do Penamacor, assume que estava um bocado saturado dos muitos treinos e viagens que uma equipa da terceira divisão implica “e a minha vida não o permite”. Mas não espera em Pedrógão o descanso do guerreiro e promete trabalhar “para conseguir esses objectivos”.
Mário Pina, que deverá envergar a braçadeira de capitão, promete “trabalhar, trabalhar, trabalhar” para lutar pelo título “porque este plantel está mais forte”.
Apesar da ambição e das muitas entradas o Pedrógão mantém o orçamento do ano anterior. “Tentámos foi reduzir o plantel e arranjar melhores jogadores para equilibrar melhor a equipa”, explica António Pinto, o presidente da colectividade.
O dirigente não é tão efusivo como o treinador na hora de assumir a meta a atingir mas também lá vai ter. “O nosso objectivo é continuar a participar, fazer uma boa época de futebol e tentar aproximar-nos dos primeiros lugares”.
“Toda a gente gosta de ser campeão, mas sabemos perfeitamente que existem boas equipas no campeonato distrital”, diz António Pinto que aponta o Oleiros, Estreito e Atalaia como adversários de respeito.
Os treinos acontecem ao ritmo de dois por semana e no próximo domingo, dia 30, a equipa participa no Torneio da Lardosa, onde regressa a 6 de Setembro. A 10 vai a Alcains e dois dias depois encontra-se com o Benfica Castelo Branco. O primeiro jogo em casa é com os juniores da Estação, a 13 de Setembro.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"
Ficheiros audio para download:

Penamacor

Ministro inaugura restauro do Santo António

As obras de restauro da Igreja de Santo António vão ser inauguradas este sábado, cerca das 17 horas. Considerada a jóia da coroa do património do concelho de Penamacor, a igreja distingue-se pela talha dourada que recuperou o brilho de outrora.
Para a inauguração é esperado o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, que estará acompanhado de Valter Lemos. O secretário de Estado da Educação, natural da vila, era provedor da Santa Casa da Misericórdia quando o processo teve inicio.
A partir das 17 horas será celebrada missa, que é presidida pelo Bispo da Guarda, D. Manuel Felício. Depois Carmen Almada fará a explicação do processo de restauro. A cerimónia termina com o descerramento de uma lápide, discursos e lanche no Convento de Santo António.
In jornal "A Reconquista"

Águas

Torrão diz que polémica das termas é política

O autarca considera “estranho” que o caso dê que falar em véspera de eleições.
O presidente da Câmara Municipal de Penamacor diz que a polémica sobre o funcionamento das Termas de Águas é fruto da aproximação das eleições autárquicas marcadas para 11 de Outubro. Domingos Torrão entende que houve aproveitamento político do caso por parte de pessoas “que pretendem denegrir a imagem do concelho de Penamacor”.
O autarca penamacorense não aponta nomes mas lembra o calendário. “O que eu estranho é exactamente nesta altura, em que toda a gente sabe em que pé estavam as termas”, diz.
No inicio de Agosto o chefe de Divisão Ambiental da Direcção Geral de Saúde (DGS) veio dizer que as termas estavam a funcionar ilegalmente e por isso não deviam estar sequer de portas abertas ao público. Isto apesar de ser público que o espaço termal se encontra desde há vários anos em processo de legalização, junto de entidades como a Direcção Geral de Energia e Geologia e o Instituto Geológico e Mineiro, com o qual a Câmara Municipal de Penamacor tinha estado reunida semanas antes para tratar do alvará.
Nos últimos anos as termas têm aberto portas a aquistas em fase experimental, algo que a DGS criticou. Mas segundo o autarca penamacorense “nunca esteve em causa a saúde pública ou algum mau tratamento aos utentes das termas”, lembrando que o processo está a ser acompanhado por um médico hidrologista e a própria Universidade da Beira Interior.
Torrão alega ainda que quando o caso chegou à comunicação social a autarquia se preparava para entregar na Direcção Geral de Saúde e na Direcção Geral de Energia e Geologia os relatórios sobre o processo.
“Toda a gente sabia em que condições estávamos a trabalhar”, diz, recordando que o balneário chegou a ser visitado em 2003 pelo então secretário de Estado Adjunto e da Saúde, tal como reza a placa colocada na recepção do balneário.
Tal como Reconquista noticiou a autarquia reuniu entretanto com a DGS em Lisboa e o processo de legalização segue em frente. Domingos Torrão diz mesmo que no caso do balneários – remodelado há poucos anos – “tem condições tão boas ou melhores do que muitas termas que estão a funcionar”.
Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Natural de Penamacor

Padre Crespo morre aos 80 anos

O Padre Crespo faleceu no Fundão aos 80 anos de idade. Natural do concelho de Penamacor, António Crespo foi ordenado sacerdote a 10 de Agosto de 1952. Cinco dias depois celebrou a primeira missa, tendo como padrinhos Carlota Pina Ferraz e o professor José Manuel Landeiro, duas das figuras mais importantes da época em Penamacor.
António Crespo iniciou o percurso sacerdotal na paróquia de Vilar Formoso. Passou ainda pelo Seminário do Fundão – onde iniciou os estudos – servindo o Seminário da Guarda e o extinto Colégio de S. José, do qual foi dirigente.
Até à resignação por motivos de doença foi pároco em Marmeleiro, no concelho da Guarda, mantendo no entanto o contacto com a Igreja dentro das suas possibilidades, informa a família.
António Crespo faleceu na noite de 12 de Agosto e foi sepultado em Penamacor na manhã do dia 14, num momento que foi acompanhado pelo Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, bem como o Reitor do Seminário Maior da Guarda e dezenas de outros sacerdotes e amigos.

In jornal "A Reconquista"

Escavações

Meimoa em Setembro

Concluída mais uma campanha em Penamacor a equipa de arqueólogos concentra-se em Meimoa, onde no mês de Setembro começa a terceira campanha de escavações. Nesta aldeia da zona norte do concelho de Penamacor está a ser estudado um antigo lagar de azeite da época romana. Os trabalhos desenvolvidos anteriormente resultaram na abertura de duas áreas a norte e a sul, que agora deverão ser unidas.
Os materiais descobertos “atestam uma ocupação muito precoce por parte dos romanos”, diz a arqueóloga Silvina Silvério.
Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Escavações no Cimo de Vila começam de madrugada

Andar à procura de um alfinete no terreiro



Agosto é mês de arqueologia na zona histórica de Penamacor, onde há vestígios que vão dos alfinetes romanos com cabeça de dragão à grandeza da barbacã que protegeu a vila das invasões.

O relógio que fica mesmo ali acaba de dar o sinal das 6 da manhã, mas junto ao Pelourinho já se trabalha com afinco. Tem sido assim nos últimos cinco verões em Penamacor, vila que amiúde revela algumas surpresas na arqueologia. Primeiro foram os esqueletos com sinais de autópsia. Agora são os muros da antiga barbacã, que os arqueólogos só conheciam da planta desenhada por Duarte D´Armas em 1509.

A pedra destes três muros não tem o aprumo que é visível na torre do relógio. São irregulares e fazem lembrar um qualquer muro numa qualquer quinta ao redor da vila. Mas esta característica é a prova que os muros terão sido construídos devido a uma emergência.
“Parece que resultam da pressa que eles tinham em construir isso”, explica a arqueóloga Silvina Silvério. No local aponta rochedos com marcas de cunhas, que poderão indiciar que na construção da barbacã foi utilizada a pedra que estava mais à mão. Foram ainda encontradas moedas castelhano-leonesas, que ajudam a enquadrar as construções na época.
A indicação é que as estruturas foram construídas no reinado de D. Fernando (1367 – 1383), mas com intervenções até ao reinado de D. João I (1385 – 1433), alvo de construções ou reconstruções. Daí a existência de três muros.
As construções poderão atingir os cinco metros de altura e são para deixar à vista, depois de serem consolidados. O segmento da barbacã que a equipa de Silvina Silvério está a estudar tem cerca de 20 metros de extensão dos cerca de 500 metros originais, que no relato da especialista começavam na torre do relógio e cobriam a parte norte da zona histórica de Penamacor, o chamado Cimo de Vila.
O trabalho desenvolvido pela equipa, financiada pela Câmara Municipal de Penamacor, não se resume ao mês que passam no pino do Verão nas escavações. Há um levantamento documental que fala sobre as estruturas e a relação do rei com o concelho. Documentação “que esclarece definitivamente que o castelo de Penamacor nunca pertenceu aos Templários, foi sempre régio”.
As escavações trazem ainda à luz do dia outros dados sobre o quotidiano de quem andou por Penamacor. “O espólio é muito bom porque apanhamos imenso material cerâmico sobretudo dos séculos XV e XVI, mas também artefactos mais antigos como bronzes romanos e porcelanas chinesas”.
A caixa dos tesouros
No Cimo de Vila os trabalhos acontecem há cinco anos e permitiram a descoberta de 38 esqueletos e inúmeros objectos de várias épocas que ainda hoje continuam a surpreender quem trabalha no local.
Da caixa onde vai guardando estes tesouros a arqueóloga Silvina Silvério retira um fecho em bronze, utilizado no fardamento militar romano. Olhando para este é possível distinguir a cabeça de um dragão. Apesar de a liga metálica ter a espessura de um fósforo, a peça está em bom estado de conservação.
“Ainda estamos numa fase preliminar dos trabalhos, mas temos muitos fechos de fardamento romano e de arreios de animais”, explica a arqueóloga. Estas descobertas sustentam a existência na zona de uma guarnição militar romana, associada à via para Braga e Mérida.
“Quem vem de passagem não deixa tantos vestígios e além disso o índice de ocupação romana aqui à volta é muito grande”, diz a arqueóloga. A presença de zonas férteis para a agricultura e o ouro das minas da Presa também contam.
Entre os objectos há ainda anéis romanos e uma moeda do ano 79 Antes de Cristo.
As peças encontradas deverão fazer parte do Museu Municipal de Penamacor, quando for concretizada a tão esperada ampliação. Mas nos últimos anos têm sido feitas exposições em Penamacor e até em Lisboa, para mostrar o trabalho feito nas escavações.
À semelhança de anos anteriores a equipa coordenada por Silvina Silvério conta também com a ajuda de jovens do concelho, alguns dos quais participam nos trabalhos desde as primeiras campanhas. E nem o facto de terem de estar no terreno por volta das seis da manhã e em época de férias é um contra. “Há sempre gente jovem que quer vir (…) eles empenham-se bastante e voltam todos os anos, o que dá uma certa satisfação”. É assim até perto das duas da tarde, hora em que o calor ganha na batalha com a história. Com ou sem barbacã.



Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mais um pouco do nosso património.

Como já aqui referimos anteriormente, Francisco Pinto da Cunha Leal foi um ilustre filho da nossa terra que relevantes serviços prestou ao País.
É recordado com uma rua “baptizada” com o seu nome, a Rua Eng. Cunha Leal, que vai do “largo da igreja” até “praça do Marrocos” (Praça 25 de Abril). É nessa mesma rua que, de acordo com o que nos é dito pelo nosso conterrâneo Hélder Henriques no livro “Pedrógão de S. Pedro – História, Tradição e Arte” (pág. 105), se encontra a casa (bastante degradada) onde nasceu este estadista e cujas imagens aqui deixamos.

Placa toponímica da rua.

Vista lateral da casa.


Vista em pormenor da janela em estilo "neo-manuelino".
Fachada frontal da casa.
Também na mesma rua, podemos encontrar a casa onde se pode ver uma marca de origem templária. De acordo com o mesmo autor e na mesma obra (pág. 46), este facto poderá remeter as origens da nossa terra para o período medieval (entre o séc. XII e XV).


Esta hipótese de as origens da nossa terra se encontrarem no período medieval é também suportada pela existência deste lagar medieval, junto à zona conhecida como “portal dos carros”. Já anteriormente aqui nos tínhamos referido erradamente a este pedaço do nosso património como um “bebedouro escavado na rocha”. Felizmente, o nosso atento leitor de Idanha-A-Velha, o Joaquim Baptista, alertou-nos para a verdadeira origem do mesmo.

Festas Populares 2009

Mais uma vez, tivemos oportunidade de passar uns dias na nossa terra, a pretexto da Festa de Verão, e confraternizar com amigos e familiares que não vemos todos os dias.
Em resultado disso, publicaremos aqui algumas fotos resultantes desta visita e começamos pelas mais "difíceis" de digerir. Como é habitual, realizou-se o derby futebolístico "Solteiros x Casados", só que desta vez e ao contrário dos anos anteriores os Casados conseguiram levar de vencida os Solteiros por 3 a 2.
Resta a esperança de no próximo ano podermos "vingar" este resultado.

Panorâmica da assistência.

Os atletas.

O árbitro sempre em grande forma.