O funeral realizou-se na terça-feira para o cemitério de Santo António dos Olivais em Coimbra.
In jornal "A Reconquista"
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) afirmou em Penamacor que o investimento inicial previsto no Proder - Programa de Desenvolvimento Rural – “está hoje reduzido a muito pouco”.
Alfredo Marques recorda que o montante inicial de 1.700 milhões de euros de investimento para a região centro ficou substancialmente reduzido, devido à incapacidade dos privados em concretizar os seus investimentos.
O valor real da execução “estará numas centenas de milhões e se estes se realizarem já não é mau”.
Para Alfredo Marques falta uma política global de aproveitamento dos fundos comunitários, afirmando que um dos erros crassos dos programas atuais é separar os fundos da agricultura de todos os outros.
“Com cada um na sua capelinha é completamente impossível ter uma política integrada”, concluiu o responsável.
O presidente da CCDRC considera que nos 25 anos que passaram desde a adesão à então Comunidade Económica Europeia o desenvolvimento do interior “foi contraditório e nunca obedeceu a uma estratégia. E investimentos feitos sem estratégia são dinheiro deitado à rua”.
Alfredo Marques iliba as autarquias deste diagnóstico, afirmando que era impossível aos municípios fazer mais do que fizeram.
O responsável da CCDRC diz ainda que há uma tendência “desenfreada” para a centralização em Lisboa, que tem vindo a piorar. No entanto assume que a regionalização “deve estar no fim da linha”, devendo ser dada a prioridade a uma reorganização geral do Estado e à promoção das associações de municípios.
In "Diário As Beiras"
O vice-presidente da Câmara de Penamacor, António Cabanas (PS), destacou hoje que "em matéria do interior até Salazar foi melhor que os governos pós-25 de Abril", ao criticar a falta de medidas de desenvolvimento, que ele e outros responsáveis consideram urgentes.
António Cabanas falava na sessão de abertura do seminário Desenvolvimento Regional e a Desertificação Rural no Contexto Transfronteiriço, promovido em Penamacor pela União de Sindicatos do Distrito de Castelo Branco (USCB).
O autarca frisou que condena o regime fascista, "não me interpretem mal", sublinhou, mas traçou a comparação para destacar a gravidade "a que chegou a centralização do Estado".
Para o autarca, "em matéria do interior, até Salazar foi melhor que os governos do pós-25 de Abril, apesar das vicissitudes e defeitose nem vale a pena falar deles porque foram muitos". Seja como for, "para o mundo rural, Salazar pelo menos tinha políticas, coisa que não temos tido nos últimos anos", destacou.
O vice-presidente de Penamacor teme que as medidas de austeridade agravem o fecho de serviços públicos e defendeu que, em vez disso, se avance com a regionalização "para a região se desenvolver", apontando como bons exemplos "os arquipélagos da Madeira e dos Açores".
Entre 2004 e 2009, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o distrito perdeu oito mil habitantes, destacou Luís Garra, presidente da USCB, que também defendeu a regionalização e pediu "maior coesão na distribuição de fundos comunitários".
Do total dos projetos aprovados ao abrigo do sistema de incentivos às empresas, do Quando de Referência Estratégico Nacional (QREN), "o distrito de Castelo Branco tem um peso de 2,4 por cento", referiu, com o meio rural praticamente deserto de população e empresas.
O cenário português contrasta com o da raia espanhola, onde, por exemplo, na região da Extremadura. Aí, "65 por cento da população vive em meio rural, muito acima dos 18 por cento da média espanhola", destacou Ramón Barco, sindicalista das Comisiones Obreras (CCOO) de Espanha.
Sendo certo que "não pode haver estabelecimentos com poucos alunos, também não se atraem famílias para os territórios se o ensino obrigar a percorrer muitos quilómetros diariamente. Há uma proximidade mínima que tem que ser garantida", sublinhou.
A existência de escolas é uma das peças de marketing territorial que Anabela Diniz defende para repovoar as áreas rurais, "mas não se o pode confundir com publicidade: o marketing territorial é a criação de medidas". A investigadora aponta a ligação da região a outras, dentro e fora do país, com laços sociais, culturais e económicos, por forma a criar redes com escala que permitam o desenvolvimento de negócios.
De acordo com Anabela Diniz, "não falta gente que investiga e traça estratégias", mas falta muitas vezes, "atenção de quem governa" para as soluções apontadas: "se não houver mais gente na região e nos territórios rurais, nada feito", concluiu.
In jornal "Expresso"
Emparcelamento da Benquerença ficou a meio e está a promover o abandono do campo. Ninguém sabe de quem é a terra. Os agricultores querem alargar as explorações e não conseguem
O TRACTOR avança lentamente sobre o prado verdejante da Quinta das Morgadas, na Benquerença, concelho de Penamacor. António Farias anda a preparar o pasto para as ovelhas, destruindo as touceiras de juncos que invadiram o prado, durante o Inverno. O depósito com o herbicida está atrelado ao tractor, enquanto um ajudante vai aplicando o produto com o pulverizador.
É Primavera. Os campos parecem rios de flores e o canto dos pássaros ilude o abandono. São cada vez menos os agricultores que resistem. António Farias é um deles. Passou quase metade da vida (vai nos setenta e picos) à espera de melhores dias para a agricultura. Primeiro, à espera do Regadio, que chegou à Benquerença em finais dos anos 80. Depois do emparcelamento. Foram décadas a fio. Muitos dos que partilhavam o sonho, deixaram de acreditar e abandonaram o campo. Outros morreram à espera. António Farias resiste mas também tem vontade de desistir. “Acreditei que a agricultura fosse avante, mas enganei-me”, diz com tristeza, olhando para a terra por cultivar. A estrutura fundiária era um obstáculo ao desenvolvimento e acreditou, (como cerca de 85% dos agricultores da Benquerença), que o emparcelamento ia trazer a desejada mudança. Engano seu!
O Ministério da Agricultura criou o banco de terra, para reorganizar a distribuição dos terrenos, atribuiu alguns lotes, mas abandonou o processo, a meio, deixando muitos hectares ao abandono e muitos imbróglios por resolver. “Após a delimitação da área a emparcelar, que saiu, em Diário da República, quando António Guterres era Primeiro-ministro, deixou de ser possível vender ou comprar na área do emparcelamento”, recorda António Cardoso, que tem uma forte ligação à terra e desejava ampliar a sua exploração.
Cinco anos depois, a transmissão de terrenos, bem como a legalização da posse da terra continuam bloqueadas e há lotes com vários proprietários lá dentro. É uma verdadeira anarquia.
Por: Lúcia Reis in "Jornal do Fundão"
O “derby” Penamacorense - Pedrogão S.Pedro, jogo da 6ª jornada da fase de apuramento do campeão da Liga Covifil, vai ter como árbitro, André Nunes. O encontro está marcado para domingo, e realiza-se às 16 horas, no Estádio Municipal de Penamacor. Na 1ª volta, as equipas empataram a um golo. |
Para as restantes partidas da ronda, o conselho de arbitragem da Associação de Futebol de Castelo Branco, nomeou, Carlos Silva para o Atalaia do Campo – Proença-à-Nova, e Ricardo Alexandre para o CD Alcains – Vitória de Sernache. Entretanto, a contar para a fase de apuramento do finalista da Taça de Honra “José Farromba”, os conselheiros escolheram Luís Máximo para dirigir o encontro, Vilarregense – Escalos de Cima, e Ricardo Fontes, para o Oleiros – Vila Velha de Rodão. Com os jogos marcados para as 16 hores de domingo, folga nesta jornada a equipa do Grupo Desportivo Teixosense. Relativamente ao campeonato distrital de Juniores “A”, disputam-se este sábado, dois, dos três jogos da jornada. Às 16 horas, em Castelo Branco, o Bairro Valongo “B” recebe a UD Belmonte, com arbitragem de Nuno Barroso, enquanto que um a hora depois, Helder Pires vai dirigir o encontro, Vitória de Sernache – AD Estação. O jogo, Sporting da Covilhã – Bairro Valongo “A”, foi adiado para o dia 11 de Maio, às 20 horas, no Estádio Municipal “José Santos Pinto”. No Futsal, começa este sábado, o Play-Off do Campeonato Distrital de Séniores Masculinos, e para as 18 horas, estão agendados os jogos, Casa do Povo do Ferro – Sporting da Covilhã, com arbitragem a cargo de Hélio Rabasquinho, e União Desportiva Cariense – AC Alcaria, com Cláudio Santos. Para a Taça AFCB de Seniores de Futsal Femininos, os encontros realizam-se também no sábado, e o conselho de arbitragem nomeou o árbitro João Ventura, para dirigir a partir das 17h30, o jogo, AD Estação – Bairro do Cansado, e uma hora depois, em Alcains defrontam-se, a Casa do Benfica local e a Casa do Benfica em Belmonte, com arbitragem a cargo de Rafael Martins. |
A inconstitucionalidade é confirmada por um parecer emtido pelo centro jurídico da presidência do concelho de ministros (CEJUR). Desta forma fica sem efeito a intenção do Governo de aprovar um decreto-lei destinado a introduzir portagens em várias auto-estradas scut, entre elas a da Beira Interior.
Para a amanhã está prevista a marcha lenta e buzinão, a partir das 17:30H entre Castelo Branco/Covilhã, inserido na acção que a comissão de utentes da A23,24 e 235 vai efectuar.
O movimento de empresários "Pela Subsistência do Interior" vai aderir ao protesto e tem uma audiência pedida ao ministro da economia.
Autor: Paulo Pinheiro in "Rádio Cova da Beira"