segunda-feira, 30 de março de 2009

Desertificação: Portugal morto ou outro olhar do interior


Oleiros é um dos concelhos mais envelhecidos do país e da Europa. Terá cerca de 100 jovens para 400 idosos, segundo a especialista em Geografia Humana, Fernanda Cravidão, que aponta como casos idênticos Vila de Rei, Mação e Alcoutim.
Para a professora da Universidade de Coimbra, uma escola reconvertida em capela mortuária representa «o Portugal morto materializado». «Tem essa carga simbólica. As escolas já estão a servir para centros de idosos, agora morgue é o fim da linha», exclama a especialista, com trabalho desenvolvido na área da geografia da morte.
Porém, considera que se dramatiza demasiado e que a solução passa por olhar para o interior de outra forma, tirando «partido daquilo que temos». «Aquele discurso de povoar o interior, subsídios para casais e coisas desse tipo, é tudo muito bem intencionado, mas não resulta. A mobilidade do interior para o litoral é desde sempre. Esse é um discurso perdido», afirma.

«Tentar levar para lá a população que saiu é contra-natura»

Para Fernanda Cravidão, pretender levar para os concelhos do interior os índices demográficos de há 20 ou 30 anos é «uma utopia». «O mundo rural deve ser encarado de outra forma hoje, como espaço de lazer, turismo de cargas brandas e agricultura biológica», exemplificou, defendendo que as crianças devem ser levadas das escolas das cidades para saberem o que é um pinheiro e como se cultivam as batatas.
«Tentar levar para lá a população que saiu é contra-natura», diz, referindo-se ao desenvolvimento de uma sociedade industrializada, consumista e globalizada, que não está disposta a abdicar de um modo de vida onde tudo é de acesso fácil.
«O censo de 2011 o que nos vai mostrar é uma diminuição da população e julgo que também vai mostrar que continuam a desaparecer pequenas aldeias em favor da capitalização de muitas sedes de concelho», antecipa.

E as causas do despovoamento?

No mesmo sentido, antevê um envelhecimento cada vez maior, «sobretudo nesses concelhos: Oleiros, Mação, Sertã e um aumento das sedes de concelho devido a um efeito de sucção das áreas à volta».
«Oleiros, sede de concelho, poderá ter perdido menos habitantes ou estabilizado nos últimos anos, mas à custa de uma certa sucção das áreas envolventes. Terá lugares que terão menos 50 por cento da população», indica.
As causas do despovoamento são remotas. Dificilmente um país de reduzidas dimensões e fracos recursos passaria incólume por uma vaga de emigração para a Europa e uma guerra colonial, a que se sobrepôs uma mobilidade para o litoral, nos anos 60, que ainda não parou.

Concelho perdeu 14 por cento da população

A criação de universidades e institutos politécnicos no interior do país, a seguir ao 25 de Abril, travou um pouco a perda de população em Castelo Branco, Covilhã, Vila Real, Montalegre, Viseu e Bragança, bem como o regresso de pessoas das ex-colónias.
A investigadora admite que, tal como os outros, o concelho de Oleiros terá perdido população desde os anos 50/60. «Tudo leva a crer que a população no concelho seja menor em 2009 do que em 2001», refere, acrescentando: «Esses concelhos perdem população, não porque as pessoas se vão embora - porque já não há gente para sair -, mas porque os idosos morrem.»
Em 2001, o concelho tinha 6.677 habitantes. A estimativa publicada em Março de 2008 apontava para 6.552. Entre 1991 e 2001, perdeu 14 por cento da população (mais de mil pessoas).
No mesmo período, os concelhos que registaram maiores perdas foram São Vicente (19,5 por cento), Boticas (19,1), Penamacor (18,0), Alcoutim e Montalegre (17,5), Gavião e Vila Velha de Ródão (17,4), Carrazeda de Ansiães (17,2), Vinhais (16,4), Meda, Almeida e Mação (16,1), Castanheira de Pêra (16,0) e Vimioso (15,9), segundo dados cedidos à Lusa pelo professor João Luís Fernandes, da Universidade de Coimbra.

ORA AI ESTÁ A LIGA PIORNOS NA SUA FASE FINAL

Depois da primeira jornada da Liga Piornos, que este domingo arrancou em Pedrógão e no Fundão, Alcains e Águias do Moradal ficaram mais próximos e em melhores condições de poderem discutir, entre si, a conquista do título. Ficaram separados apenas por um ponto e deixaram o Fundão e Pedrógão a uma distância significativa.
No Municipal do Fundão a equipa da Desportiva tinha que vencer o Alcains para poder acalentar a esperança de ainda se poder intrometer na discussão do título. Sabia-se que não era tarefa fácil mas também todos se recordam da vitória que os fundanenses obtiveram à quinze dias atrás perante este mesmo conjunto. Foi com essa mesma vontade que os fundanenses abordaram este jogo. Criaram boas oportunidades para poderem marcar, mas, ao contrário do que aconteceu no jogo de à quinze dias, a bola não quis entrar na baliza de Beirão, umas vezes por mérito do guardião alcainense e outras por que a bola preferiu esbarrar nos ferros ou sair ao lado ou por cima. João Paulo, que foi a figura do outro jogo, por ter apontado os dois golos da vitória, nesta partida voltou a ser um homem em foco, mas desta feita por não ter conseguido concretizar nenhuma das quatro boas ocasiões que a equipa lhe criou. O zero zero não espelha o que se passou no relvado, mas o Alcains, que optou por fazer um jogo mais directo e no erro do adversário, conseguiu tapar os caminhos da sua baliza e, quando o não conseguiu os remates dos donos do terrenos não acertaram no alvo. O futebol mais elaborado dos fundanenses permitiu que João Paulo, João Lisboa, Óscar Menino e Rui Paulo desperdiçassem lances de golo eminente enquanto que a equipa de Alcains apenas uma vez teve ocasião flagrante de marcar, quando Khonné enviou a bola ao poste. Como dizia o repórter da RCB no final da partida, a haver um vencedor esse vencedor só podia ter sido a Desportiva do Fundão, mas em futebol nem sempre o melhor consegue traduzir essa supremacia em golos e em pontos. O Alcains acaba por conquistar um ponto, como reconheceu o seu técnico no final da contenda, mantém a liderança, embora tivesse ficado apenas com um ponto de vantagem sobre a equipa do Estreito. Os fundanenses, ao não conseguirem o triunfo ficam bastante mais longe de poderem chegar à discussão do titulo.
Em Pedrógão a equipa da casa ainda tentou ombrear com o Águias do Moradal, mas a equipa do Estreito não lhe proporcionou as condições para o poder fazer. Foi um jogo com índices muito baixos de rendimento, com as duas equipas a gerirem o tempo e a procurarem eventuais erros do adversário. A formação de António Belo, apesar de tudo ainda foi aquela que mais fez para vencer a partida o que acabou por acontecer. Valadas correspondeu muito bem a um cruzamento da direita, aproveitando a falha de marcação que os centrais lhe deviam ter feito. Estava decorrido o minuto 74 e o Estreito ficava na frente do marcador e ficava com a tranquilidade necessária para não deixar fugir a oportunidade de somarem os três pontos. Com este triunfo a equipa do Pinhal ficou apenas a um ponto de distância do Alcains e em óptimas condições para discutir o campeonato com este seu valoroso adversário. Ao Pedrógão restará dignificar a camisola do clube no que resta desta fase final, visto ter ficado a uma distância significativa dos primeiros.
O Alcains passou a ter 28 pontos, Estreito ficou com 27, Fundão com 20 e Pedrógão com 18.
No próximo fim-de-semana o Alcains recebe o Pedrógão e o Águias do Moradal vai servir de anfitrião à Desportiva do Fundão.
Autor: José Joaquim Ribeiro in Rádio Cova da Beira

sexta-feira, 27 de março de 2009

Treinador do Pedrógão em contenção verbal

Chana não vai falar mais das arbitragens

O treinador do Pedrógão, que está impedido de comandar a sua equipa do banco nas duas primeiras jornadas da fase final (em casa com o Estreito e em Alcains), em face de um castigo de 25 dias aplicado pelo Conselho de Disciplina da AF Castelo Branco, prometeu na última 2ª feira, aos microfones da Rádio Cova da Beira (RCB) não falar mais esta temporada de arbitragens.
Aliás, os quatro treinadores finalistas do campeonato, mostraram, no programa desportivo daquela estação, intenção de utilizar contenção verbal nesta fase decisiva da prova.
Autor: Artur Jorge in jornal A Reconquista

A vida de António José

De ganhão a cantoneiro da limpeza

Ajudou a construir os alicerces da escola primária e 17 anos depois volta a pegar no carro do lixo, que conduziu durante 13 anos, para limpar as ruas de Penamacor.


António José olha para as crianças à saída da escola do 1º Ciclo de Penamacor mas as mesmas não imaginam que está ali o homem que ajudou a construir os primeiros alicerces do estabelecimento de ensino.
Aos 86 anos recorda o tempo em que integrou a equipa dos homens que cavaram e ergueram os alicerces da então moderna escola do 1º Ciclo de Penamacor. Na altura era uma obra de grande envergadura composta por várias salas de aula distribuídas por dois pisos. Mas a vida de António José, nascido de uma família de três irmãos na freguesia de Pedrógão de S. Pedro não foi fácil, num tempo onde tudo faltava e a miséria em que estava mergulhado o país não deixava alternativas.
António José foi daqueles que soube adaptar-se às dificuldades da vida e à sobrevivência de quem tem que levar a vida para a frente.
Cedo veio trabalhar para Penamacor. Pertenceu ao grupo de guardadores de rebanhos, andou com uma junta de vacas com um arado, cavou a terra, de pá e picareta abriu valas de água e serviu as casas dos senhores da altura.
Encostado à bengala, António José lá vai recordando esse tempo da profissão de ganhão, em que elevou a fasquia a um ponto que outros apenas podiam imitar. Tratava as coisas pelo nome porque conhecia como ninguém as tarefas que lhe estavam destinadas. Passou ainda pela garagem Petronilho como ajudante de camioneta, tendo a tarefa de carregar e descarregar os veículos pesados.
Os últimos 13 anos da vida activa foram como cantoneiro de limpeza na Câmara Municipal. Eram quatro que dividiam o trabalho, onde de manhã varriam a estrada principal e de tarde as ruas circundantes da vila.
Passados 17 anos, desafiamos António José a voltar a pegar no carro e a conduzi-lo pelas ruas de Penamacor. Se tão bem aceitou melhor o fez. Os tempos são outros bem sabe e recorda que durante 13 anos trabalhou neste sector sem nunca ter ouvido falar na política dos três “R”, de Reduzir, Reciclar e Reutilizar. O lixo era simplesmente varrido e apanhado para os contentores. Sempre de olhos postos no chão de Penamacor nunca teve a sorte de encontrar nenhum objecto valioso nem tão pouco uma moeda de réis.
Hoje vive da reforma que apesar de pequena é o maior bem que adquiriu de uma vida de trabalho. A ligação a esta terra é tão grande que nela nunca quis sair. Actualmente é utente da Santa Casa que lhe presta todos os cuidados de apoio domiciliário.
António é a traça típica dos homens da raia, com atitude, uma vida de trabalho, anfitrião da causa comum, é alma portuguesa e das estórias de uma vida, o tempo não chegaria para as contar todas. Saiu do concelho apenas para cumprir o serviço militar no Quartel de Infantaria de Castelo Branco. Aprendeu a ler e escrever e concluiu a quarta classe já em Penamacor. Numa velhinha escola, porque a actual foi ele que a ajudou a erguer, e por estar a paredes meias com o cemitério, diz com sorriso que “ainda lá foi algumas vezes fazer o jeito”. Pediam-lhe para lá ir ajudar a “mete-los dentro” e lá vinha uma gorjeta.

Autor: Jaime Pires in jornal A Reconquista

quinta-feira, 26 de março de 2009

2ª Feira das Energias Renováveis Parte IV

Participaram também os seguintes gentes e meios de Protecção Civil: CDOS de Castelo Branco com uma VIatura de Comunicações, Força Especial de Bombeiros com uma VLCI e uma equipa de Canarinhos, e os Bombeiros de Penamacor Com a Presença do 2º Comandante, Adjunto de Comando e dois Bombeiros de 3ª, tendo como viaturas ums VLCI, Um Bote e uma Viatura de Desencarceramento.

2ª Feira das Energias Renováveis Parte III





2ª Feira das Energias Renováveis Parte II





2ª Feira das Energias Renováveis

Tal como já aqui tínhamos anunciado, teve lugar hoje a 2ª Feira das Energias Renováveis, oganizada pela EB 2/3 - S Ribeiro Sanches de Penamacor.
O nosso amigo e conterrâneo José Luís C. Santos marcou presença e tratou de nos fazer chegar esta foto-reportagem do evento.





quarta-feira, 25 de março de 2009

Portugal no Coração

Faço eco da notícia enviada pelo nosso amigo e conterrâneo José Luís Santos de que por motivos alheios à C.M.Penamacor a data da transmissão do programa "Portugal no Coração", em directo de Penamacor, foi alterada, passando para 25 de Março (hoje).

2ª Feira das Energias Renováveis


Pelo nosso vizinho blogosférico “O Revoltas”, tivemos conhecimento da realização da 2ª Feira das Energias Renováveis na EB 2/3 – S Ribeiro Sanches, em Penamacor.
A feira terá lugar no próximo dia 26 de Março, a partir das 10H00 da manhã. Para os eventuais interessados, deixamos o programa para consulta.

segunda-feira, 23 de março de 2009

LIGA PIORNOS – 2ª FASE

A segunda fase do campeonato distrital de futebol, começa já no dia 29 de Março. O sorteio foi ontem realizado na sede da associação de futebol de Castelo Branco.
O sorteio ditou que nesta primeira jornada, com os jogos a realizarem-se às 16 horas, a Desportiva do Fundão recebe-se o Alcains e o Pedrogão vai receber o Águias do Moradal.
Na segunda jornada a ADF joga no terreno do Águias do Moradal e Alcains recebe o Pedrogão.
Para esta segunda fase as equipas começam com metade dos pontos conseguidos. A classificação está assim ordenada à entrada para esta segunda fase: Alcains 27 pontos, Águias do Moradal 24, ADF 19 e Pedrogão 18 pontos.
Ontem também se realizou o sorteio da taça AFCB de juniores de futebol de 11, primeira eliminatória.
Primeira mão a ser jogada a 4 de Abril vai ter os seguintes encontros: Idanhense – ADF; Sertanense – Desportivo de Castelo Branco e Águias do Moradal – Vitória Sernache. O Sporting da Covilhã ficou isento.
Autor: César Duarte Ferreira in Rádio Cova da Beira

sexta-feira, 20 de março de 2009

Árvores com padrinhos plantadas em Penamacor

Idoso morre em queimada

Um homem de 72 anos morreu carbonizado segunda-feira, dia 16 de Março, em Pedrógão de São Pedro, concelho de Penamacor, na sequência de uma queimada numa zona de mato que o próprio terá realizado.
De acordo com a GNR, tudo indica que o homem tenha caído, ou então tenha sido apanhado pelas chamas, acabando por falecer. Foram os populares que deram o alerta às autoridades, cerca das 20H00, tendo o corpo sido removido pelos Bombeiros Voluntários de Penamacor.
in jornal A Reconquista

Árvores com padrinhos plantadas em Penamacor


Um grupo de jovens está a desenvolver um projecto de adopção de árvores através da internet. Reconquista acompanhou a plantação das primeiras espécies.


A manhã de domingo ainda só vai no início, mas já o velhinho autocarro da Câmara Municipal de Penamacor segue em direcção aos terrenos que a autarquia tem junto à estrada de Espanha, com vista para a Bazágueda. Na bagageira seguem pás, adubos e árvores, que até perto da hora do almoço vão ser plantadas pelos escoteiros do Grupo 163 da Associação de Escoteiros de Portugal, com a ajuda dos Bombeiros e da Câmara Municipal de Penamacor, entre outros voluntários.
Mas a ideia ultrapassa em muito as fronteiras do concelho. À medida que as árvores vão sendo plantadas salta à vista a placa com a identificação da espécie, a data de plantação, o nome do padrinho ou madrinha e a referência ao projecto: “Um abraço a uma árvore”.
Tudo começou em Outubro de 2008 quando um grupo de jovens europeus, a maioria de origem portuguesa, decidiu constituir uma organização ligada à ecologia. A BetGreen (Aposta Verde) nasceu em Bruxelas, cidade onde vive desde há quatro anos António Ferraz de Oliveira. O jovem de 17 anos, que é director-geral do projecto, tem raízes familiares no concelho de Penamacor, em particular numa das suas freguesias.
“Já o avô do meu avô tinha a quinta no Pedrógão de S. Pedro, que ligou a minha infância a Penamacor”, explica numa conversa mantida através do Messenger.
O projecto funciona de maneira simples, com a internet a servir de elo. Basta aceder ao sírio da BetGreen e clicar em “adopte uma árvore”. Depois é só escolher entre cinco espécies.
“Assim que a árvore estiver plantada e fotografada é criado um perfil individual em que estará a informação sobre a árvore, desde o seu nome científico às suas utilizações”, explica. A imagem é renovada a cada dois meses e os 14 euros pagos no acto do apadrinhamento suportam despesas de manutenção e até um seguro para o caso de a árvore secar.
Em Penamacor encontram-se árvores com padrinhos portugueses, mas também do Reino Unido, Holanda ou França. O concelho raiano recebe as árvores, mas a ideia tem ambições europeias. António Ferraz de Oliveira diz que há contactos com Malta e a Grécia, depois de terem recebido o não do ministério do ambiente belga “que afirmou só ter espaços de floresta para criar clareiras”.
O cariz europeu do projecto é uma das razões pela qual se encontra sedeado em Bruxelas.
A Betgreen é uma organização sem fins lucrativos e que com o apadrinhamento de árvores pretende passar uma mensagem mais abrangente.
“A nossa iniciativa funciona também como um primeiro passo, de inspiração, para que a partir de um pequeno gesto cresça algo de maior”. O objectivo é fazer da plantação de árvores um acto mais cívico do que institucional, refere António Ferraz de Oliveira.

Salvar o zambujeiro

Na manhã de domingo foram plantadas azinheiras, carvalhos e zambujeiros. Esta última é uma espécie “quase extinta”, explica António Cabanas. O antigo director da Reserva da Malcata e actual vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Penamacor refere que ainda é possível encontrar alguns exemplares de zambujeiro em Penamacor e Idanha-a-Nova. A árvore caracteriza-se por ser semelhante à oliveira, de tal maneira que há quem a conheça como oliveira brava. Não produz azeitona, mas as bagas servem de alimento a animais.
“Há uma série de espécies como a pereira brava ou abrunheiro bravo que têm uma função importantíssima no ecossistema, sobretudo como alimento para a fauna”, diz António Cabanas.
Em relação ao apadrinhamento de árvores, o responsável autárquico sublinha o papel do projecto não só na valorização do ambiente, como também na aprendizagem que este transmite ao nível da gestão.
Os avós de António Ferraz de Oliveira também ajudaram na plantação. Afinal eles são “a cara do projecto em Portugal”, diz o neto a partir de Bruxelas.

Página da BetGreen em http://www.betgreen.eu/

Autor: José Furtado in jornal A Reconquista

segunda-feira, 16 de março de 2009

JOGO DE TUDO OU NADA EM PEDRÓGÃO DE SÃO PEDRO.


Esta partida ia decidir se seria o Pedrógão ou o Valverde a entrar na 2ª fase do distrital. Um encontro onde a formação de Valverde foi superior, valendo ao Pedrógão a qualidade de Caronho que, a 4 minutos do final, fez o tento do empate e carimbou o passe do Pedrógão para a fase final.


Uma partida que apesar de não ter sido bem jogada, teve muita emoção e uma claque do Valverde que apoiou incondicionalmente a sua equipa, mesmo depois do resultado final não permitir a qualificação.
A frase foi celebrizada por Scolari, mas este era um jogo de "mata-mata". Para o Pedrógão o empate era suficiente, mas o Valverde necessitava de ganhar para garantir a qualificação para a 2ª fase. A formação de Micas, entrou melhor no jogo, e aos 13 minutos criou a primeira situação de perigo, quando Pina solicitou João Alves que descaído para a esquerda atirou às malhas laterais da baliza guardada por Carlos Soares. No minuto seguinte foi Pina que surgiu no meio dos centrais do Pedrógão a rematar ao lado da baliza da equipa da casa. Estes dois lances fizeram a equipa de Alexandre Gaspar arregaçar as mangas e o Pedrógão a partir do minuto 15 conseguiu equilibrar a partida, ganhando inclusive, a espaços, algum ascendente. Aos 24 minutos, Mário Pina remata para defesa de João Augusto. Foi o primeiro sinal de perigo da equipa da casa, que nesta partida denotou muito nervosismo, o que acabou por prejudicar o seu futebol. Mas foi já numa fase de domínio do Pedrógão que surgiu o primeiro tento da partida e para o Valverde. Livre descaído para a esquerda junto ao banco do Valverde, a bola foi cruzada para a área e Ricardo Silva de cabeça antecipou-se à defensiva do Pedrógão e a Carlos Soares e fez o 0-1. Um golo que colocava à condição a formação de Micas na fase seguinte da prova. A partir do golo o Valverde passou a fazer um jogo ainda mais táctico, dando o domínio da partida ao Pedrógão mas fechando a sete chaves todos os caminhos para a sua baliza, e sempre que tinha a bola em seu poder, tentava surpreender a formação adversária. E foi desta forma que aos 36 minutos Flávio ficou isolado mas valeu ao Pedrógão a atenção de Carlos Soares que chegou primeiro á bola e anulou o lance do Valverde.
O intervalo, chegava com a vantagem merecida da turma de Micas.
No segundo tempo, foi mais do mesmo, o Pedrógão a atacar mais, mas o Valverde, com uma equipa sólida, mantinha o perigo afastado das suas redes. Aos 68 minutos o Valverde esteve perto do 0-2, com Pina a rematar de cabeça, já na pequena área, proporcionando uma excelente defesa a Carlos Soares. Alexandre Gaspar alterou o formato da sua equipa e o Pedrógão ganhou mais balanceamento ofensivo, mas a equipa continuava a denotar algum nervosismo, o que a levava a falhar imensos passes e a não chegar com perigo a baliza do Valverde. Até que aos 86minutos, na sequência de um canto, Caronho surge ao primeiro poste e de cabeça desviou a bola para o fundo da baliza do Valverde. Um prémio justo para Caronho, que continua a demonstrar muita classe no Futebol que pratica. Até ao final, o Valverde ainda tentou o segundo golo, mas o Pedrógão não vacilou defensivamente.
Uma partida em que o Valverde foi superior, mostrou ser mais equipa. Ao Pedrógão valeu a qualidade individual de um dos seus jogadores para garantir o empate e o apuramento.
Excelente arbitragem de Bruno Nave e seus pares.
Autor: Rui Fazenda in Rádio Cova da Beira

LIGA PIORNOS – PEDRÓGÃO VAI À 2ª FASE


Com o empate que o Pedrógão alcançou em casa, perante o Valverde, na última jornada da primeira fase de Liga Piornos, a equipa do concelho de Penamacor vai juntar-se a Alcains, Águias do Moradal e A.D.Fundão, para entre os quatro clubes se encontrar o campeão distrital.


Os quatro emblemas apurados vão partir com metade dos pontos conquistados nesta fase, com Alcains e Moradal em melhor posição para poderem discutir o titulo de campeão, ou seja: Alcains parte com 27, Águias do Moradal 24, A. D. Fundão 19 e Pedrógão 18 pontos.
O jogo que se realizou em Pedrógão de S. Pedro foi disputado até ao último segundo, Foi emotivo com o que se passava dentro das quatro linhas e contribuiu para alguma agitação no exterior. A equipa da casa necessitava apenas do empate para conseguir o apuramento, enquanto que ao Valverde só a vitória lhe poderia dar a presença na fase final. A equipa do concelho do Fundão foi a primeira a marcar, por Ricardo Silva, à passagem do minuto 31, na sequência de um livre e só muito próximo do final é que a turma de Xana conseguiu chegar à igualdade, com um golo de Caronho. Foi com este tento que Pedrógão de S. Pedro garantiu a presença na fase final da prova ( crónica do jogo à parte neste site )
No Fundão as emoções também foram grandes, quer dentro quer fora do relvado. Os fundanenses venceram por duas bolas a zero o líder do campeonato, Alcains, num jogo que voltou a ter em João Paulo o homem da partida, por terem sido da sua autoria os dois remates certeiros que estiveram na origem dos dois golos com que venceram o encontro. As duas equipa vão disputar a fase final do campeonato ( crónica do jogo à parte neste site )
O Proença tinha ainda uma palavra a dizer com relação ao quarto lugar da tabela classificativa. Para que os homens de Quim Manuel tivessem possibilidades de chegar ao apuramento tinham, necessariamente que vencer em Oleiros e tinha que ficar à espera que Valverde vencesse em Pedrógão. Ora, como se sabe, não foi nada disso que aconteceu. O Proença perdeu em Oleiros, por 3-1 e o Valverde não foi além do empate em Pedrógão. Era uma tarefa que já se adivinhava complicada, como acabou por acontecer.
O segundo classificado ainda passou por momentos de apuro no Teixoso mas depois lá conseguiu impor-se com um triunfo por 2-3. A equipa do Estreito foi a primeira a marcar, deixou que o Teixosense desse a volta ao marcador mas depois voltou a ter o discernimento para marcar mais dois golos que lhe permitiu somar o 15º triunfo da época e ficar a três pontos do Alcains, quando se iniciar a segunda fase do campeonato.
Sem dificuldades o Vilarregense desenvencilhou-se da equipa de Escalos de Cima, com um triunfo por 4-0, despedindo-se do campeonato em grande estilo, mas muito aquém daquilo que se esperava desta equipa de Vila de Rei. Para quem tanto prometia, a formação de Pedro Sampaio ficou-se apenas pelo 10º lugar com apenas seis vitórias conquistadas.
O que se disse para o Vilarregense também se aplica ao Vitória de Sernache. A equipa de António Joaquim também se despediu em grande estilo do campeonato, mas também ficou muito aquém da classificação que todos esperavam que a turma de Cernache do Bom Jardim viesse a alcançar. O Vitória venceu a Lardosa por claros 5-0, mas em termos de classificação ficou-se pela 7ª. Posição, averbando apenas 8 triunfos nos 22 jogos realizados. Para uma equipa que já passou, com grande sucesso, pela 3ª divisão, e que contou com o apoio incondicionalmente da população, achamos que está na hora de todos quantos trabalham no Vitória, o clube mais representativo da vila, passarem a ter mais e melhores apoios para que de futuro a localidade possa, também, ter uma equipa que lute pelos melhores lugares do campeonato.
Perante o actual quadro competitivo, ficam sem competir oito dos doze clubes que disputaram esta liga piornos. Valverde, Proença, Sernache, Teixosense, Oleiros, Vilarregense, Escalos de Cima e Lardosa. Vão ser mais de cinco meses que os atletas destes clubes vão ficar sem competir. Algo que tem que ser revisto num futuro próximo.


Autor: José Joaquim Ribeiro in Rádio Cova da Beira

sexta-feira, 13 de março de 2009

Rectificação

Alertado pelo amigo José Luís C. Santos, a quem agradeço, informo que o programa da RTP "Portugal no Coração" vai estar em Penamacor no dia 24 de Março, e não no dia 18 como é erradamente referido n'A Reconquista.

RTP em directo da vila

Penamacor no “Portugal no Coração”

O programa da RTP “Portugal no Coração” vai estar dia 18 deste mês, em directo de Penamacor, pelo motivo das comemorações dos 800 anos da carta de foral.

João Baião e Tânia Ribas de Oliveira ficarão em estúdio mas ao longo da emissão serão feitos quatro directos a partir da vila raiana para falar de D. Sancho I, o homem que conquistou Penamacor aos Mouros, reconstruiu a povoação e lhe deu foral.
Em Penamacor estará a apresentadora Cristina Alves e toda a equipa de exteriores, uma vez que cada directo de Penamacor terá um cenário diferente.
O programa terá início por volta das 16H20 e prolonga-se pela tarde de quarta-feira, dia 18.
Para além do executivo, que irá falar da efeméride que está a ser comemorada ao longo de todo este ano, será apresentado um excerto da peça de teatro que está a ser preparada por um grupo de crianças que semanalmente ensaiam na biblioteca municipal.
O programa “Portugal no Coração” será uma oportunidade para a comissão criada para trabalhar e fomentar o programa das comemorações dos 800 anos dar a conhecer ao país o rol de iniciativas que vão decorrer.
Está previsto que os directos sejam feitos do cenário épico do castelo de Penamacor que foi remodelado e reforçado nos reinados de D. Dinis, D. Fernando e D. João I, devido em muito aos constantes conflitos com o reinado de Castela. Hoje o que resta do castelo é a sua torre de menagem, classificada de Monumento Nacional.
Autor: Jaime Pires in jornal A Reconquista

quinta-feira, 12 de março de 2009

José Megre lembrado na Assembleia da República

A Assembleia da República (AR) prestou um voto de pesar a José Megre, tendo sido o deputado socialista, eleito pelo Distrito de Castelo Branco, Jorge Seguro, natural de Penamacor, o primeiro subscritor.
O voto de pesar foi apoiado por todas as bancadas da AR e subscrito pelos deputados Alberto Martins (PS), António José Seguro (PS), Marcos Sá (PS), Hermínio Loureiro (PSD), Nuno Magalhães (CDS-PP), João Semedo (BE), Madeira Lopes (PEV) e ainda por todos os deputados do Distrito de Castelo Branco. Neste voto de pesar foi recordada a vida e obra de José Megre. "O falecimento de José Megre enlutou o desporto nacional, em particular o automobilismo, mas também a Região da sua família, nos concelhos de Penamacor e Idanha-a-Nova e em particular na Freguesia de Águas, onde José Megre construía um Museu do Coleccionismo e do Automóvel, num verdadeiro acervo da sua vida", diz o voto de pesar.

Penamacor Medievo

A pedido do nosso conterrâneo Helder Henriques, divulga-se esta iniciatica da Câmara Municipal de Penamacor.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Minuto de silêncio

José Megre homenageado
A Assembleia Municipal de Penamacor guardou um minuto de silêncio em memória do antigo piloto José Megre, que ficou sepultado na freguesia penamacorense de Águas. O papel de Megre na promoção do concelho foi destacado tanto pelo PS como pela Coligação Todos por Penamacor.
Francisco Barreto, o presidente da Junta de Freguesia de Águas, deixou mesmo desafio para que a câmara entregue a medalha do concelho à família de José Megre a 1 de Junho, o Dia do Concelho.

Autor: José Furtado in Jornal A Reconquista

AD FUNDÃO ESTÁ NA SEGUNDA FASE DO DISTRITAL


Com a vitória que esta tarde conquistou em Proença a Desportiva do Fundão garantiu a passagem à segunda fase do campeonato distrital, juntando-se a Alcains e Águias do Moradal. Fica para a última jornada desta primeira fase a decisão de quem se vai juntar a este trio.



O jogo que se realizou no Campo Senhora da Neves em Proença-a-Nova era decisivo para uma ou para outra equipa. O Proença tinha a vantagem de jogar em casa e tinha o mesmo número de pontos dos fundanenses. Este factor não teve efeitos porque a Desportiva entrou muito forte na partida, conseguindo, logo no primeiro minuto, marcar o primeiro golo por intermédio de João Paulo. A equipa de Quim Manuel ainda encetou uma boa reacção, criando perigo junto da baliza fundanenses, mas, aos 25 minutos, com novo golo de João Paulo, a equipa de João Laia praticamente arrumava a questão do vencedor da partida. Até ao intervalo a Desportiva controlava o jogo e não deixava que o adversário chegasse com perigo junto da sua baliza. Na segunda parte, logo a abrir, os fundanenses voltavam a marcar, colocando o resultado em números que praticamente deixavam pouca margem de manobra para que o Proença tivesse possibilidade de o poder alterar. Foi de novo João Paulo, que faz um hat-trick e com ele ajudou a colocar a sua equipa entre aquelas que vão disputar a segunda fase, de atribuição do título de campeão. O Proença ainda marcou o tento de honra, por intermédio de Nuno Alves, aos 56’, mas Óscar Menino, já em período de compensações, fixaria o resultado final em 1-4.
O líder do campeonato recebeu o Pedrógão, outro dos conjuntos que tem como principal ambição seguir para a segunda fase da prova. Sabendo-se que a tarefa dos comandados de Xana não era nada fácil, era necessário lutar para que pelo menos um pontos fosse conquistado no Trigueiros de Aragão, o tal ponto que falta à equipa de Pedrógão para que se junte aos três emblemas que já garantiram a passagem à segunda fase. O Alcains, embora não tenha feito uma grande exibição, acabou por vencer este seu valoroso adversário, por 3-0, um resultado volumoso e que só foi consolidado em período de descontos. Marcou o primeiro golo, à passagem do minuto 12, por Manoel, descansou à sobra deste resultado até aos 90 minutos e, já em período de compensações acabou por ver o resultado aumentado em mais dois golos. Aos 90+1 um penalty cometido sobre Kohnné, Vieira transformou no segundo da partida e aos 90+4 foi Esquiva a fazer o 3-0 final com um forte remate. O Pedrógão terá que resolver a questão da passagem à segunda fase no derradeiro jogo do campeonato ante o Valverde.
Exactamente em Valverde, a equipa de Micas, ao vencer o Teixosense, manteve intactas as suas possibilidades de seguir em frente. Para o conseguir a equipa de Micas terá que vencer em Pedrógão, na última jornada. Reconheça-se que não será tarefa fácil. Neste jogo a equipa de Valverde fez o que tinha que fazer, por que de outro modo ficava desde logo fora da corrida, venceu por 2-0, com golos de Miguel Duarte, aos 67’, na conversão de um livre e por Fábio, arrumou a questão, aos 72. O Teixosense ainda tentou reagir, mas a expulsão de Foito, aos 80, colocou ponto final nas ambições da equipa de Mário Pereira.
No Estreito a equipa que vai no segundo posto da geral, venceu o Vitória de Sernache, por dois a zero, mercê de uma grande penalidade assinalada aos 70 minutos e convertida por Edmilson e de um livre que Pira converteu em golo, aos 87. Era um jogo que tinha a sua importância, fundamentalmente, para o Águias do Moradal, para evitar que na segunda fase o Alcains não ficasse com um diferença pontual excessivamente desmedida. A boa replica dos comandados de António Joaquim, provavelmente, mereciam outro desfecho.
Nos jogos que serviram, praticamente para que se cumprisse calendário, o Escalos de Cima levou a melhor sobre o Oleiros, a quem venceu por 2-1, com golos de Chico, aos 8 minutos e Beirão, aos 40, para a equipa de Paulo Macedo e Ludvico, aos 45, para a equipa de José Ramalho. Na Lardosa a equipa da casa esteve na frente do marcador mas o Vilarregense acabou por dar a volta ao marcador saindo desta localidade do concelho de Castelo Branco com a conquista dos três pontos.
No próximo domingo realiza-se a última jornada deste campeonato e o que é mais triste é ficarem sem competir oito dos 12 clubes que estão a disputar este distrital. É verdade. No próximo domingo termina a competição para os oito clubes que terminarem o campeonato abaixo do quarto posto. Será que é desta forma que se preserva o futebol distrital e a sua componente formativa? Nós, muito sinceramente, achamos que não.
Ainda se podem fazer várias contas para se chegar ao epílogo deste campeonato. Na última jornada os jogos de Pedrógão e Oleiros vão ser decisivos para se encontrar o quarto clube que vai disputar a fase final.



Autor: José Joaquim Ribeiro in Rádio Cova da Beira

Saúde de Penamacor em foco

Futuros enfermeiros estudam realidade da Raia
Alunos da Escola Superior de Saúde fizeram a caracterização da comunidade de Penamacor em várias vertentes, no âmbito do estágio com vista à licenciatura em enfermagem.
Porque não se pode partir para o tratamento sem primeiro detectar a doença, alunos da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, desenvolveram um trabalho de caracterização da comunidade urbana e rural de Penamacor. O trabalho no terreno começou a ser feito em Dezembro de 2008, nas vertentes da saúde, educação, segurança, ambiente, actividades sócio-económicas e cultura. Com o tema, “Hábitos de Vida e de Saúde no Concelho de Penamacor”, os alunos desde a primeira hora sempre assumiram a humildade científica dizendo que “não se tratar de um trabalho de investigação”.
Com vista à licenciatura em enfermagem, os 10 alunos sabem que a pobreza e a exclusão social continuam a ser fenómenos cujas raízes não são isoladas, por isso trabalharam junto dos agentes activos para poderem caracterizar a comunidade de Penamacor. Tratou-se de um trabalho em grupo para um colectivo que é a comunidade de Penamacor, sem a pretensão de ser um trabalho de investigação nem um diagnóstico do concelho, já que este há muito está feito.
Os alunos da Escola Superior de Saúde realizaram um contacto directo não só com as entidades responsáveis pelas áreas que pretenderam estudar como também com a população residente na Raia. Para isso seleccionaram 20 testemunhos privilegiados na comunidade.
Há problemas que têm origem num conjunto de factores e são esses factores que é preciso conhecer para partir depois para a resolução de alguns problemas sociais.
Devidamente identificados, com cartão de identificação e uma declaração da condição de aluno, o grupo de jovens bateu a todas as portas para caracterizar o modo de vida das gentes que vive num território que nos últimos 50 anos perdeu quase 65 por cento da população residente. O cenário, dentro de 25 anos não se mostra optimista, já que a Agenda 21 Local revelou que se não se tomarem medidas concretas de desenvolvimento poderá existir no total das 12 freguesias pouco mais de 5500 habitantes.
Este trabalho realizado pelos alunos, no âmbito do estágio do curso de licenciatura em enfermagem mostrou as potencialidades e as fragilidades com ideias e caminhos para inverter as fragilidades e potenciar o que de melhor tem o concelho. Na apresentação do trabalho final deixaram algumas reflexões e sugestão.
Em 2006 foi feita a radiografia do concelho em todas as áreas e está documentada no diagnóstico social, uma peça essencial na consulta por parte deste alunos. O diagnóstico social foi na altura um trabalho moroso e complexo, financiado pela União Europeia.
Foi preciso encontrar respostas para os muitos factores que vão desde saber quantos jovens abandonaram a escola antes da escolaridade obrigatória, o desemprego, qualidade de vida, condições das habitações, saúde, justiça, educação, demografia, economia e ambiente.
A vertente da saúde é aquela que mereceu maior atenção, dado que o concelho ainda não dispõe de serviços complementares de saúde, como é o caso da fisioterapia ou especializados em apoio a portadores de deficiência.
No universo de 20 pessoas, sete residentes no concelho enumeraram que as patologias mais frequentes da população centram-se nos diabetes, doenças cardiovasculares, reumatismo e obesidade.
O projecto da Unidade de Cuidados Continuados, aprovado pelo Governo, poderá ser a solução para a questão do internamento a juntar à necessidade de apoio nocturno aos idosos em todas as freguesias e a debilidade das redes de apoio familiar aos idosos o que suscita casos de solidão, é outro dos problemas sociais.
Durante oito semanas os futuros enfermeiros conheceram de perto a realidade concelhia e relacionaram hábitos de saúde, sociais, qualidade de vida à promoção da saúde.

Autor: Jaime Pires in Jornal A Reconquista

quinta-feira, 5 de março de 2009

Teresa Conceição recorda José Megre


"Passou hoje (27 de Fevereiro) no Jornal da Noite da SIC uma reportagem em homenagem ao falecido José Megre, Beirão de gema, natural da Freguesia de Águas e grande amante do Concelho de Penamacor. Foi graças a ele que o Todo Terreno se expandiu em Portugal, e foi graças a ele que as "Gentes" do nosso Concelho tiveram o prazer de nos dois últimos anos ver os melhores pilotos do mundo de Todo o Terreno na passagem do Transibérico por Penamacor, tendo podido inclusivamente assistir à passagem desses pilotos pela pista "José Megre" nas Águas. O desporto automóvel em Portugal ficou mais pobre, e o Concelho de Penamacor perdeu um filho ilustre que tanto gostava dele."
Texto e vídeo enviados pelo amigo José Luís C. Santo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

LIGA PIORNOS – 20ª JORNADA


Com as derrotas de Proença e Valverde, o grande beneficiado da jornada foi a A.D. Fundão, que venceu o Escalos em sua casa e ascendeu ao 4º posto da classificação geral. E a duas jornadas do final da primeira fase, está tudo em aberto para que se saiba quem acompanha Alcains e Águias do Moradal na luta pelo título.


O líder Alcains dá-se muito bem com a equipa de Quim Manuel. Na primeira volta golearam em Proença por 7-0 e agora, em Alcains, nova goleada, desta feita por 5-0, com Manoel a desperdiçar uma grande penalidade. Pelo que o resultado nos mostra voltou a ser um jogo fácil para a equipa de Hugo Andriaça, que, provavelmente, com a aplicação dos seus jogadores, também terá contribuído para tornar o jogo fácil. O CDA abriu o activo aos 9’ por Dialló, aos 17 Manoel marcou a primeira grande penalidade, fazendo 2-0 e Ricardo Costa, aos 25’, coloca o marcador em 3-0. Na segunda parte, aos 75’, Manoel, de novo na transformação de um castigo máximo, factura o 4-0, o mesmo jogador desperdiça o quinto da tarde, em terceira grande penalidade assinalada, mas o mesmo jogador, passados três minutos, redimiu-se e fixou o resultado em 5-0.
Em Vila de Rei o Vilarregense marcou primeiro, conseguiu aguentar o maior assédio do adversário à sua baliza, mas, como diz o ditado: contra a força não há resistência, a equipa do Estreito, em escassos três minutos virou o jogo a seu favor, conquistando a 13ª vitória no campeonato, mantendo-se, tranquilamente, na segunda posição.
A Desportiva do Fundão conseguiu a conquista dos três pontos, num jogo que não foi bem jogado, mas que serviu, por inteiro, os intentos da equipa de João Laia. A vitória sobre o Escalos de Cima não foi fácil, podendo dizer-se que foi um triunfo muito sofrido. O único golo da partida aconteceu aos 14 minutos, por intermédio de Rui Paulo, que correspondeu da melhor forma a um cruzamento com a conta, peso e medida de Ricardo Morais. Os fundanenses ainda desperdiçaram três boas ocasiões para marcar, mas a equipa de Paulo Macedo também desperdiçou duas boas situações.
O Valverde, que espreitava a possibilidade de chegar ao quarto lugar, não resistiu a um Vitória de Sernache demasiado forte. A equipa de António Joaquim encontrou-se consigo próprio e marcou três golos sem resposta, sendo esta a segunda vez que consegue um resultado tão desnivelado, ( a outra aconteceu na primeira jornada, pelo mesmo resultado, com o Escalos de Cima ). A equipa de Micas terá dito adeus à pretensão de disputar a segunda fase do campeonato.
Como se esperava, o Oleiros levou de vencido a Lardosa, por 3-1, com a particularidade de ter pertencido à equipa visitante a honra de ter inaugurado o marcador. Foi um golo que teve imediata contra resposta. A equipa de José Ramalho reagiu bem ao golo adversário e veio a conquistar um triunfo tranquilo.
No Teixoso a equipa da casa teve o pássaro na mão mas deixou-o fugir. A equipa de Mário Pereira marcou primeiro, por Flávio, mas a formação de Pedrógão de S. Pedro, que não podia perder, sob pena de poder vir a comprometer a sua passagem à segunda fase, reagiu e veio a alcançar o golo da igualdade, que lhe garante o 3ª posto, com mais três pontos que a dupla Fundão / Proença.
Quando faltam duas jornadas para terminar a primeira fase do campeonato, muita coisa ainda está por decidir. Com Alcains e Águias do Moradal a terem presença garantida na fase de discussão de campeonato, sobram dois lugares para quatro pretendentes: Pedrógão S. Pedro (35 pontos), AD Fundão e Proença ( 32 P) e Valverde (28. Obviamente, o Pedrógão tem a tarefa mais facilitada, por ter mais pontos, embora os dois jogos que restam sejam com o Alcains, fora e Valverde em Casa, depois o Fundão, que subiu ao 4º posto, tem que se desenvencilhar de Proença, fora e Alcains, em casa, não sendo tarefa fácil. O Proença, que tem o mesmo número de pontos do Fundão recebe na próxima jornada esta equipa, naquele que pode ser o jogo decisivo, e desloca-se a Alcains, no último jogo do campeonato. O Valverde complicou tudo com o jogo desta tarde. Tem, matematicamente, possibilidades de atingir o 4º posto mas para isso necessita de vencer os dois jogos que restam, Valverde, em casa e Pedrógão fora e aguardar pelos eventuais desaires dos adversários directos. Também podíamos colocar aqui o Teixosense, mas achamos que a tarefa dos comandados de Mário Pereira é bem mais difícil que aquela que se coloca aos restantes emblemas.
O Alcains tem 50 pontos, o Águias do Moradal 42, Pedrógão 35, Fundão e Proença 32, Valverde 29 e Teixosense 28. Destes sete emblemas quatro seguem em frente.


Autor: José Joaquim Ribeiro in Rádio Cova da Beira