terça-feira, 30 de novembro de 2010

Penamacor : Secretário de Estado do Turismo vai estar na vila dia 8


O secretário de Estado do Turismo vem a Penamacor ver aquele que é considerado o maior madeiro de Natal do País.

Bernardo Luís Trindade aceitou o convite da Assembleia Municipal para nas terras do lince debater questões ligadas ao turismo. O painel de convidados tem provas dadas ligadas ao sector numa jornada de trabalho para apontar caminhos que possam tirar o concelho do esquecimento a que está votado.

No dia 8 de Dezembro, tradicionalmente marcado pela chegada do madeiro à sede de concelho, o cortejo onde os tractores substituíram os carros de bois vai ser observado pelos vários actores ligados ao turismo convidados para o colóquio. Da Naturtejo à Região da Serra da Estrela passando pelo Inatel, todos os especialistas do sector vão contar as experiências que estão a ser feitas em cada território.

O ponto de partida vai ser feito de Penamacor para descobrir que afinal há factores comuns entre todas as freguesias do concelho raiano e um desses factores está inteiramente ligado às tradições do Natal e em particular ao madeiro. Independente do tamanho, do esforço e dedicação dos populares e das horas que leva a arder em cada aldeia.

O financiamento ao investimento no turismo tem sido preconizado pelo Turismo de Portugal, uma estrutura pública que tem por missão promover a valorização e sustentabilidade da actividade turística nacional. Cabe igualmente ao Turismo de Portugal, onde está inserido o concelho de Penamacor através do “Centro de Portugal”, prestar apoio técnico e financeiro às entidades públicas e privadas do sector do turismo e ainda gerir os respectivos instrumentos de apoio financeiro ao investimento.

Num país de contrastes, o concelho de Penamacor apesar de ter potencialidades carece de oportunidades para que possa fazer uma aposta forte no turismo. Numa coisa todos estão de acordo, maiorias e oposições, políticos e empresários, o concelho tem um legado histórico de quem vive em vales e encostas, da Malcata à Estrela que abraçam o habitat único do Lince Ibérico.

O turismo é visto por muitos como a tábua de salvação, para desencravar os 555 quilómetros quadrados de território.

Os vários actores ligados ao turismo sabem que o trabalho diário é um exercício complicado, na medida em que surgem questões processuais que esbarram em impeditivos de ordem política. O secretário de Estado do Turismo lembra os apoios criados para projectos de natureza empresarial que assumem como prioridade a concretização dos objectivos do Plano Estratégico Nacional do Turismo.

Penamacor continua a não tirar partido de estar rodeada de aldeias históricas e a empresa municipal, com capitais públicos e privados que tanto se falou foi apenas mais um projecto que não avançou.

Na presença do governante a Assembleia Municipal de Penamacor quer salvaguardar o emblemático de tradições. O madeiro é uma dessas tradições que, com o abandono das populações podem vir a perder-se. António Cabanas, vereador na Câmara de Penamacor fez uma abordagem antropológica desta tradição. Referiu na altura que “o assunto não daria pano para as mangas”, contudo o sociólogo, soube ir muito para além da roupagem etnográfica do fenómeno.

A Região de Turismo da Serra da Estrela tem tido um papel preponderante na divulgação de Penamacor e integrou o concelho na Rota das Antigas Judiarias, dado que “o turismo cultural é a aposta da região ao mesmo tempo que vem homenagear o povo judaico”.

Na Rota judaica da Península Ibérica estão obrigatoriamente locais como Penamacor. A Região de Turismo deixa o grande desafio ao turista a percorrer estas localidades para ficar a conhecer a história judaica, dado que são referência das antigas comunidades sefarditas. Percorrer a Rota das Judiarias é reviver um passado antiquíssimo e a passagem por Penamacor implica necessariamente uma referência a António Ribeiro Sanches., nascido em Penamacor.

No próximo dia 8 de Dezembro mais que descobrir Portugal, um país que vale por mil importa trazer o turista a descobrir as terras do lince.

Autor: Jaime Pires in "Diário Digital Castelo Branco"

NEVE ENCERROU ESCOLAS E CORTOU ESTRADAS, A23 ESCAPOU


Frio veio para ficar

À hora de fecho desta edição, a neve parecia dar tréguas no Norte do Distrito, depois de uma manhã de segunda-feira que cobriu de branco os concelhos da Covilhã, Fundão, Belmonte, Penamacor e outros pontos mais altos, nomeadamente em Oleiros, onde há estradas cortadas.

Na Covilhã, as escolas fecham esta terça-feira devido à neve, anunciou a Câmara local em comunicado, tendo em conta "um agravamento das condições climatéricas com queda de neve a partir dos 400 metros de altitude".

Em colaboração com a Proteção Civil municipal "a câmara irá proceder ao encerramento dos estabelecimentos de ensino pré-escolar e escolas do 1º ciclo da rede pública, durante o dia 30 de novembro", refere o comunicado.

O município do Fundão também decidiu na segunda-feira encerrar as escolas do concelho durante a tarde para que os alunos pudessem regressar a casa mais cedo.

(…) A notícia continua na íntegra na edição impressa do Jornal.

In jornal "Gazeta do Interior"

Artesanato de Penamacor como prenda de Natal

A Biblioteca Municipal de Penamacor expõe a partir de quarta-feira um conjunto de trabalhos de artesanato de Raquel &Raquel, título escolhido por duas jovens, Ana Raquel Campos e Raquel Calamote, para apresentarem os seus produtos.

Até ao final do mês de Dezembro, as duas residentes no Concelho mostram e vendem no átrio da Biblioteca, malas, bijutaria diversa e lembranças para quem ainda procura prendas para oferece no Natal.

Ainda a propósito do Natal, a Biblioteca vai mostrar uma exposição de presépios de 20 de Dezembro a 9 de Janeiro, no seguimento do respectivo concurso. Ainda no ambiente da quadra, na Hora do Conto e Oficina de Encantar a Biblioteca preparou para os jardins-de-infância e escolas básicas a história Um presente de Natal, de Christina Butler e Tina Macnaughton, seguindo-se a Oficina de Encantar Cristais de neve.

In jornal "Gazeta do Interior"

CORTE DE MAIS DE DOIS MILHÕES NO ORÇAMENTO PARA 2011

Câmara de Penamacor aperta o cinto

Apesar da contenção a Câmara não abdica dos apoios às famílias e às pessoas mais carenciadas




A Câmara de Penamacor aprovou o orçamento para o próximo ano, na sessão autárquica realizada quinta-feira, com três votos a favor, da maioria socialista, e dois votos contra, dos vereadores da Coligação Todos por Penamacor. Assim, o orçamento para 2011 ascende a 14 milhões 761 mil euros, de onde resulta uma redução superior a dois milhões em relação ao orçamento deste ano, que foi de aproximadamente 17 milhões de euros.

(…) A notícia continua na íntegra na edição impressa do Jornal.



Críticas face a "despesismo e endividamento"

Oposição critica orçamento

As críticas ao orçamento e grandes opções do plano surgiram, naturalmente, dos vereadores da oposição, com Jorge Crucho a destacar, por exemplo, que "a despesa corrente de investimento é maior que a despesa de capital, o que não é um bom sinal"

(…) A notícia continua na íntegra na edição impressa do Jornal.

In jornal "Gazeta do Interior"

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

LIGA COVIFIL – 11º JORNADA

Na viragem do campeonato o destaque da jornada vai para a vitória que a Atalaia do Campo alcançou em Pedrógão de S. Pedro, por 2-1 e para a goleada que o Alcains infringiu ao V. Sernache, por 3-0. A ADEP continua muito personalizada e a comandar com todo o mérito, com mais seis pontos que o segundo classificado.

Na viragem do campeonato o destaque da jornada vai para a vitória que a Atalaia do Campo alcançou em Pedrógão de S. Pedro, por 2-1 e para a goleada que o Alcains infringiu ao V. Sernache, por 3-0. A ADEP continua muito personalizada e a comandar com todo o mérito, com mais seis pontos que o segundo classificado.

A ADEP não deixou os seus créditos por mãos e foi a Proença-a-Nova vencer, num terreno muito difícil, por claros 3-0. O primeiro golo foi dividido por Vasco e Ricardo Costa mas finalizado por Pedro Silveiro, resultado com que se chegou ao intervalo. Na segunda parte a equipa de Hugo Andriaça soube gerir o resultado e na parte final do encontro arrumou com a questão da conquista dos três pontos, com um segundo golo de Ricardo Costa, apontado aos 85’ e o terceiro de Esquiva sobre o minuto 90.

Em Pedrógão de S. Pedro a equipa da casa está a ficar longe daquilo que era expectável que fizesse no campeonato. Recebeu a formação de Atalaia do Campo e, por aquilo que foi possível saber-se, usou de poucos argumentos para fazer melhor neste jogo. A equipa de Trindade adiantou-se no marcador, por intermédio de Carlitos, à passagem do minuto 25, resultado que se manteve até ao intervalo. Na segunda parte a Atalaia voltou a marcar, com um bonito golo de Fábio Brito, quando o relógio assinalava 63 minutos de jogo e, praticamente arrumava com o jogo. A equipa de Xana ainda esboçou uma reacção final que se traduziu na obtenção de um golo apontado, em período de compensações, por intermédio de Neves.

Em Alcains a equipa da casa entrou muito bem no jogo e teve a felicidade de se colocar em vantagem no marcador logo aos dois minutos e meio da partida. Na sequência de um pontapé de canto a bola não foi aliviada pela defensiva do Sernache que permitiu um primeiro remate de Daniel Fernandes, que esbarrou na defensiva e numa segunda chance, Hélio Salvado atirou para o fundo das redes. A equipa do Vitória cresceu no jogo e teve 25 minutos do muito boa qualidade, que só não lhe garantiu o empate por manifesta falta de sorte. Na segunda parte António Joaquim apostou tudo no ataque, reforçando este sector, mas desprotegeu a rectaguarda. O Alcains, que geria o resultado, passou a jogar em transições, aproveitando a velocidade dos seus jovens avançados. Foi desse modo que criou várias situações de perigo junto da baliza do Sernache e foi assim que chegou a uma vitória excessivamente ampliada para aquilo que estava a acontecer no relvado. Aos 70’, num lance junto da área do Sernache a bola é batida contra o braço de Jorge, que, por estar dentro da sua área, o árbitro Ricardo Alexandre considerou que havia lugar à marcação de uma grande penalidade e como Jorge já tinha visto um primeiro cartão amarelo, depois deste lance foi excluído da partida, por dupla cartolina, ficando a sua equipa reduzida a 10 unidades. Betinho, com um toque de classe, fez o segundo golo da sua equipa. Com este golo a equipa do Sernache praticamente desistiu do jogo. O 3-0 nasce de uma transição, com a bola a ser colocada na direita onde apareceu Séninho, completamente sozinho, a finalizar com sucesso. No último segundo do encontro Betinho fez penalti, cortando com o braço um cruzamento de Santolini, mas na conversão o jogador do Sernache rematou muito por cima da barra da baliza. A vitória é justa mas na nossa opinião por números demasiado exagerados.

Em Vila de Rei jogou-se a partida entre Oleiros e Escalos de Cima. O jogo foi deslocado por motivo do Águias do Moradal estar a utilizar o Municipal de Oleiros, para o campeonato nacional da 3ª divisão. O jogo terminou como começou porque as duas equipas não conseguiram encontrar os caminhos da baliza.

Em Vila Velha de Ródão o Vilarregense esteve melhor e por isso venceu por 2-1. A equipa de Nuno Alves marcou aos 20 minutos, por Joca e o mesmo jogador, aos 35 voltou a marcar e deu a tranquilidade que a equipa de Vila de Rei tanto necessitava. Na segunda parte o melhor que a jovem equipa de Chico Lopes conseguiu fazer foi reduzir na conversão de uma grande penalidade.

A equipa de Penamacor está na liderança da Liga Covifil, com 28 pontos e no virar do campeonato, tem seis pontos de vantagem sobre a Atalaia do Campo, que segue na segunda posição ( 22). O terceiro é agora o Alcains, com 19 pontos, o Sernache desceu para o 4º, com 17 seguindo-se Pedrógão e Proença, com 14 pontos. Na próxima jornada o destaque vai para o jogo que se realiza em Alcains, entre o CDA e a Atalaia do Campo.

Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

PENAMACOR: OPOSIÇÃO VOTA CONTRA

O plano de actividades e o orçamento da câmara municipal de Penamacor para 2011 foram aprovados pela maioria e com os votos contra da oposição. Para Vítor Gabriel, vereador da coligação "Todos por Penamacor" este "é um mau orçamento". Domingos Torrão, presidente da autarquia, promete, ainda assim, no próximo ano concluir algumas obras.

Autores: Paulo Pinheiro e Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"

Formação em Penamacor


Novas Oportunidades para mais 150

Valter Lemos voltou à terra natal para entregar diplomas no âmbito do programa Novas Oportunidades. Desta vez o secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional assistiu à distribuição de 150 diplomas em Penamacor, no âmbito de uma formação levada a cabo pelo Centro Novas Oportunidades do Nercab, a Associação Empresarial da Região de Castelo Branco.

Na véspera desta cerimónia em Penamacor decorreu uma outra em Proença-a-Nova, onde foram distribuídos cerca de uma centena de diplomas.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Óbito



Faleceu o “borreguinho”

O seu chapéu preto e o som do acordeão eram já uma imagem de marca do maior madeiro do país. Mas este ano a festa que assinala a chegada do Natal a Penamacor não vai ter a presença do “borreguinho”. António Robalo Pinheiro era uma das figuras típicas da vila de Penamacor, onde nasceu há 77 anos e viveu até ao último dia. O funeral realizou-se na manhã de sexta-feira, dia 19, para o cemitério de Penamacor.
In jornal "A Reconquista"

Exposição

Bemposta em Santiago de Compostela

A exposição de fotografia “Bemposta on the Road”, da autoria de Bruno Melão, está em exibição até ao final do ano em Santiago de Compostela. As fotografias que retratam a freguesia mais pequena do concelho de Penamacor chegam assim à Galiza, depois de já terem estado em exibição em Londres (Inglaterra), Helsínquia (Finlândia), Talin e Tartu (Estónia). Em Espanha a exposição pode ser vista no pub Modus Vivendi.

A exposição que teve a sua estreia em Março de 2008 partiu de uma iniciativa da Associação Domvs Egitanae e chega à Galiza no ano em que a Bemposta assinala os 500 anos do seu foral.

“O grande objectivo deste projecto é alertar para a desertificação humana nas regiões mais desfavorecidas de Portugal”, diz a organização em comunicado.

In jornal "A Reconquista"

Penamacor

Idoso morre no posto da GNR

Filipe Ramos, de 75 anos, foi chamado sexta-feira, dia 19 de Novembro, ao posto da GNR de Penamacor para prestar declarações, mas acabou por falecer.

O filho da vítima, José Ramos, conta que uma vizinha apresentou queixa contra o pai, alegando que, a 22 de Setembro, lhe tinha ido pedir autorização para entrar na sua propriedade para rebocar uma parede, mas que este não só não autorizou como acabou por a agredir. Tudo isto porque “o meu pai disse que a deixava entrar para rebocar a parede com ordem do Tribunal, pois numa obra anterior, tinham-lhe partido umas telhas, mas nunca as arranjaram e ele não queria voltar a ficar de prejuízo”.

Filipe Ramos foi então ao posto. “O meu pai foi à GNR, mas teve de entrar sozinho. A minha mãe queria entrar, mas não a deixaram e fecharam a porta”, conta ao Reconquista o filho.

A GNR confirma que o idoso tinha sido chamado para prestar declarações, mas que se sentiu mal e foi levado de ambulância ao Centro de Saúde de Penamacor, onde chegou já sem vida.

A família não se conforma nem com a queixa da vizinha “que é falsa, pois ela diz que foi assistida no hospital de Castelo Branco, mas não apresenta registos disso”, nem com a morte de Filipe Ramos, que só pode ter sido “devido a uma grande pressão”.

Contudo, a autópsia, realizada em Castelo Branco, conclui que se tratou de “morte natural”, mas o Ministério Público está a aguardar o resultado de alguns exames periciais que estão a ser realizados em Coimbra, para decidir em conformidade.

Autora: Lídia Barata in jornal "A Reconquista"

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quando o silêncio chega para nos reclamar o lugar

A Beira Interior não se consegue renovar. Os óbitos superam largamente os nascimentos. Há municípios onde não se chega a 20 nascimentos num ano. E o saldo migratório continua negativo.

O SILVO
do despovoamento ergue-se por entre a imensidão da Beira Interior, que começa a parecer demasiado grande para os que cá estão. O silêncio trespassa horizontes, a mudez cala o tempo que vai e que colhe gente a este solo. É do alto desta pirâmide temporal que se assiste à erosão demográfica. É desta linha de horizonte que outras se vislumbram, onde se perscrutam os silêncios por esta imensa geografia, onde se procuram os garrotes que façam estancar esta hemorragia. Entretanto, o austero silêncio ganha o terreno. Ano após ano. Dia após dia.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) lançou terça-feira o estudo sobre as estatísticas demográficas relativas a 2009. Por toda a Beira Interior o cenário foi de perda em relação aos dados de 2008. Continua o sentido descendente, com distintas resistências ao embate.

No Pinhal Interior Sul (concelhos de Mação – este pertencente ao distrito de Santarém –, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei) estava contabilizada uma população de 39.805 habitantes, uma quebra de 602 pessoas em relação a 2008. À Serra da Estrela (Fornos de Algodres, Gouveia e Seia) o INE estima uma população de 46.969 indivíduos, que traduz uma perca de 446 habitantes. Na Beira Interior Norte (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal e Trancoso), o cenário é também de perda: 108.006 habitantes, menos 1.045 face à projecção de 2008. Na Beira Interior Sul (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Ródão), a população fixou-se nos 72.471 habitantes, uma perda de 667.

A Cova da Beira (Covilhã, Fundão e Belmonte) a população estimada para final de 2009 é de 90.073 pessoas, uma quebra de 628 habitantes relativamente a 2008. No total, a perda por toda a Beira Interior é superior a três mil habitantes.

A grande contribuição para o severo decréscimo é o saldo natural negativo e não os fenómenos migratórios, como à partida se poderia supor. A diferença entre nascimentos e óbitos é abissal. A não renovação das gerações não é compensada, de forma alguma, por capacidade de captação de população. Pelo contrário, em quase toda a região o saldo migratório também é negativo.

Na Beira Interior Norte a diferença entre nascimentos e óbitos é de 913. Nesta sub-região nasceram 684 pessoas e faleceram 1.598. Na Beira Interior Sul, a diferença negativa é de 600 (561 nascimentos e 1.161 óbitos) e na Cova da Beira 512 (611 nascimentos e 1.123 óbitos). No Pinhal Interior Sul, em 2009, nasceram 219 pessoas e faleceram 749. No concelho de Castelo Branco nasceram 463 pessoas e foram registados 695 óbitos, na Guarda apuraram-se 363 nados-vivos e 483 óbitos, na Covilhã nasceram 375 pessoas e faleceram 617 e no Fundão nasceram 192 pessoas e foram registados 400 óbitos.

De registar que na região houve vários municípios que não chegaram a assistir a 50 nascimentos: Oleiros (17 nascimentos), Proença-a-Nova (42), Vila de Rei (20), Almeida (25), Figueira de Castelo Rodrigo (37), Penamacor (25), Belmonte (44) e Vila Velha de Ródão (13).

Neste horizonte de quebra de natalidade, a Beira Interior fica, também fragilizada noutro factor: nos saldos migratórios, quase todos eles negativos. Só a sub-região da Serra da Estrela conseguiu ganhar 30 pessoas entre as saídas e as entradas no seu território. O Pinhal Interior Sul perdeu 72 pessoas para além do seu espaço geográfico, a Beira Interior Norte perdeu 132, a Beira Interior Sul 67 e a Cova da Beira 116.

Cova da Beira: a sub-região mais jovem da Beira Interior

Da leitura do estudo do INE, salta a vista o peso da faixa etária dos cidadãos com mais de 65 anos na estrutura demográfica da região. Onde este fenómeno é mais evidente é no Pinhal Interior Sul, onde 30,3 por cento dos seus habitantes têm mais de 65 anos, o valor mais alto no país. No reverso da moeda lê-se, também, que é neste espaço geográfico que há menos população com idade até aos 14 anos: 10,3 por cento do total dos seus habitantes. Também recorde negativo a nível nacional. Ou seja: por cada habitante com idade até aos 14 anos há três com mais de 65 anos. É na sub-região da Cova da Beira que se encontra a população mais jovem da Beira Interior: 12,2 por cento da sua população tem até 14 anos e 22,8 por cento tem mais de 65.

Na Beira Interior Norte celebraram-se 381 casamentos e dissolveram-se 882, 717 por morte e 165 por divórcio. A Sul, celebraram-se 263 casamentos e dissolveram-se 679, 505 por falecimento e 174 por divórcio. Na Cova da Beira registaram-se 309 casamentos e 711 dissoluções, 517 por morte de um dos conjugues e 194 por divórcio.

Este é apenas o esboço de um retrato. O nosso.

Autor: Nuno Francisco in "Jornal do Fundão"

Vítimas de violência doméstica desconhecem lei

Vítimas não sabem que há leis que as protegem

“O nível de desconhecimento da realidade relativa à violência doméstica é elevado.” É esta a conclusão de um estudo, que será apresentado publicamente até final do ano pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Baixa, que mostra algumas realidades no distrito em relação a esta matéria. Um estudo levado a cabo pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, coordenado por Paulo Peixoto, intitulado “Percepção da violência doméstica no distrito de Castelo Branco”.

No dia em que se assinala o Dia Mundial contra a Violência Doméstica, este estudo, realizado nos 11 concelhos do distrito, mostra que 18,6 por cento dos inquiridos não sabe se existem, em Portugal, leis de protecção às vítimas de violência doméstica e 11,3 por cento tem a certeza que não existem. Há ainda 8,1 por cento que não sabe quem pode denunciar casos de violência doméstica e sete por cento pensam que só a vítima pode denunciar. A maioria dos respondentes (60,3 por cento) não sabe se existem instituições de apoio a vítimas de violência doméstica no distrito de Castelo Branco. “Essa percentagem é particularmente elevada em concelhos mais rurais, como Idanha-a-Nova (86,5 por cento), Belmonte (85,7), e Penamacor (80) e mais baixa em concelhos mais urbanos, como, Castelo Branco (50,3) e Covilhã (54,9)” explica o estudo.

Estes questionários foram realizados nos meses de Abril, Maio e Junho de 2010. O Centro de Estudos Sociais aplicou, nos 11 concelhos do distrito de Castelo Branco, um questionário que incidiu sobre opiniões, atitudes e conhecimento de causa relativos à violência doméstica. O questionário, aplicado sob a forma de inquérito de rua por administração indirecta, foi dirigido a uma amostra estratificada por concelho, por sexo e por idade e permitiu validar 743 inquéritos.

O estudo procurou recolher a opinião sobre a violência doméstica, começando por procurar saber, relativamente a oito actos distintos se os indivíduos os qualificam como actos de violência entre pessoas. Recolhendo todos eles percentagens de concordância acima dos 80 por cento, quando são instados a identificar qual deles configura um acto mais grave de violência doméstica, quem respondeu identifica claramente “Golpear ou castigar fisicamente uma pessoa” (44,2 por cento) e “Realizar actos sexuais com uma pessoa sem o seu consentimento” (31,7 por cento).

O grau de inaceitabilidade da violência doméstica é elevado, com 91,5 por cento dos inquiridos a considerar que a violência em casa e na família é inaceitável em qualquer circunstância e 90,8 por cento a considerar que a violência doméstica é um problema frequente. Uma larga maioria (71,7 por cento) considera a violência doméstica um problema muito grave e 27,1 por cento considera-a um problema grave.

No que respeita à atitude mais adequada a tomar em caso de ocorrência de violência doméstica, a quase totalidade dos inquiridos (94,6 por cento) defende que a atitude mais correcta é “Procurar ajuda”. Confrontados com nove tipos possíveis de ajuda, das quais podiam indicar até três como as mais adequadas para resolver o problema, os respondentes indicam a PSP ou a GNR (em 67,2 por cento dos casos), as organizações (em 45,6 por cento) e a família (em 31,1 por cento dos casos).

Álcool, drogas, falta de dinheiro e emprego são as principais causas

Em termos de identificação dos grupos de risco, os inquiridos consideram que a exposição à violência doméstica é muito frequente ou frequente na ordem dos 70 por cento para os diferentes grupos de pessoas, exceptuando os homens jovens e os homens adultos, caindo, nestes dois últimos grupos, os graus de exposição “muito frequente” e “frequente” para cerca de 40 por cento. A percepção dominante em termos da condição social perante a riqueza e a pobreza é que a violência doméstica afecta todos por igual (62,9 por cento), seguindo-se (com 24 por cento das respostas) a ideia que a violência atinge, sobretudo, os pobres. Igual padrão se regista em termos de zonas de incidência, com 61,6 por cento a considerar que a violência doméstica ocorre com igual incidência no campo e na cidade e 23,9 por cento a sustentar que o grau de incidência é mais elevado, sobretudo, nas cidades e zonas urbanas.

O consumo de álcool e o consumo de drogas são as causas mais identificadas com a ocorrência de problemas de violência doméstica em casa ou na família, seguindo-se os problemas económicos, a falta de emprego, a existência de perturbações mentais, o baixo nível cultural e educativo e os costumes do povo. O grau de relacionamento “está muito relacionado” ou “está relacionado”, em mais de três quartos das respostas com os cinco primeiros factores: Consumo de álcool 97,1 por cento (67,6 na opção “está muito relacionado”); Consumo de drogas 94,7 por cento (64,6 na opção “está muito relacionado”); Problemas económicos 84,1 por cento (29,1 na opção “está muito relacionado”); Falta de emprego 76,5 por cento (22,5 na opção “está muito relacionado”); A existência de perturbações mentais (79,5 por cento), o baixo nível cultural e educativo (63,4 por cento) e os costumes do povo (47,8) são outras das causas apontadas no distrito.

No que respeita à violência conjugal, 20,5 por cento consideram que ambos os cônjuges são igualmente vítimas, mas 77 por cento são da opinião que a mulher é a vítima mais frequente. Por outro lado, 74 por cento dos respondentes crê que o castigo físico aplicado aos filhos não ajuda a educá-los, mas só 33,8 por cento é de opinião que o castigo físico não deve ser aplicado aos filhos em nenhuma circunstância.

Procurando referenciar as situações que os respondentes mais identificam como aquelas em que deve haver denúncia por parte das pessoas afectadas por violência doméstica, foram elencadas 11 situações concretas. Todas elas recolhem elevados graus de concordância no sentido da necessidade da denúncia, oscilando entre os 99,3 por cento em caso de violação sexual e os 72,9 por cento em casos de situações de insultos, depreciação e desvalorização. Das 8 possibilidades elencadas que podem levar as pessoas que são vítimas de violência a não denunciar destacam-se o medo de represálias (74,1 por cento), a vergonha (65,5) e a existência de filhos (35,7).

Em caso de suspeita que alguém estivesse a ser maltratado ou ameaçado, a primeira coisa que os respondentes confessam que fariam (em 42,8 por cento dos casos) seria “ir ver o que se passava” e (em 38,4 por cento dos casos) “chamar a polícia”. Em termos da recomendação que dariam a alguém que lhe contasse que foi agredido por algum familiar ou pessoa com quem vive, os inquiridos confessam que aconselhariam a denúncia às autoridades (59 por cento) e o recurso a uma instituição de ajuda (36,3).

(Texto completo na edição papel)

Autor: João Alves in "Notícias da Covilhã"

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Rancho Folclórico de Pedrógão de S. Pedro


Rancho Folclórico de Pedrógão de S. Pedro em actuação na Semana Cultural de Benquerença no ano de 2004.

Retirado daqui, com a devida vénia ao autor.

EXPOSIÇÃO COLECTIVA DE PRESÉPIOS

No edifíco dos paços do concelho de Penamacor está patente, a partir de hoje até ao final do ano, uma exposição colectiva de presépios. Participam na mostra onze artistas. Os interessados podem visitar a exposição em horário laboral.

Outra exposição em Penamacor, pode ser apreciada na galeria de exposições temporárias do museu municipal. "Traje, ontem", é uma mostra de trajes tradicionais daquele concelho.

Autor: Paulo Pinheiro in "Rádio Cova da Beira"

MAIS DE MEIO MILHÃO PORTUGUESES CERTIFICADOS

Um milhão e 300 mil portugueses estão inscritos em processos de qualificação e 500 mil já alcançaram a certificação. Números divulgados pelo secretário de estado do emprego e formação profissional, em Penamacor.

Valter Lemos, que presidiu à cerimónia de entrega de 150 certificados de formação de adultos, que decorreu no auditório do ex-quartel de Penamacor, no âmbito do centro novas oportunidades do associação empresarial da região de Castelo Branco, disse que o programa de qualificação lançado pelo Governo em 2005, que também diminuiu a taxa de abandono escolar dos muitos jovens, é" uma grande vitória do país ver que grande parte dos portugueses aderiu de forma extraordinária à sua qualificação ou requalificação neste processo que mobilizou as pessoas. Um movimento que vai continuar".

De acordo com o secretário de estado do emprego e formação profissional, Portugal é hoje um país que já está a ser estudado internacionalmente com este programa "recentemente o director geral da UNESCO para a educação de adultos esteve no nosso país e disse que Portugal é nesta área um exemplo para o mundo".

Os certificados entregues em Penamacor respeitam a reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) escolar e formação modular. Clementina Figueira que concluiu o 9º ano, afirma que esta foi uma oportunidade única na sua vida que agarrou com as ambas as mãos "Foi uma experiência gratificante. Em toda a minha vida nunca tinha tido uma oportunidade como esta. Sinto-me realizada por ter alcançado este objectivo. O próximo desafio é o 12º ano", garante Clementina.

Idalina Sardinha, que concluiu com sucesso o secundário, admite ter inicialmente travado uma batalha para frequentar as novas oportunidades, mas agora sei que a decisão foi a mais correcta "fiquei mais rica em conhecimentos gerais e específicos e ganhei um olhar mais reflexivo sobre todas as áreas da sociedade, mas mais significante foi poder reviver episódios e vivências. Foi o delinear de um livro que nunca pensei escrever", disse Idalina Sardinha.


Autor: Paulo Pinheiro in "Rádio Cova da Beira"

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Portagens: Concessionária da A23 diz que instação de pórticos deverá começar no ínicio de 2011


A Scutvias, concessionária da SCUT Beira Interior disse à Lusa que a instalação dos pórticos para a cobrança de portagens na A23 deverá arrancar no início de 2011, enquanto as concessionárias das restantes três SCUT não avançaram datas.

O Governo anunciou que a cobrança de portagens nas SCUT Interior Norte, Beiras Litoral e Alta, Beira Interior e Algarve terá início até 15 de abril de 2011, mas o ministro das Obras Públicas já disse que se houver condições para que a cobrança comece antes desta data, o Governo trabalhará nesse sentido.

Contactadas pela Lusa, as concessionárias das quatro SCUT afirmaram, por escrito, que ainda não começaram a instalar os pórticos que permitirão a cobrança de portagens.

A Scutvias, concessionária da SCUT Beira Interior, não deu início à instalação dos pórticos, mas afirmou à Lusa que, para que o prazo de 15 de abril seja cumprido, “a instalação física dos pórticos se iniciará no começo do próximo ano”.

A concessionária acrescentou que do quilómetro zero da A23 (confluência com a A1) ao quilómetro 37 (Nó Oeste de Abrantes) “serão instalados três conjuntos de pórticos".

Estes pórticos serão localizados nos sublanços Zibreira/Torres Novas, Entroncamento/Atalaia, Constância Centro/Montalvo – Abrantes.

Entre o quilómetro 37 e o quilómetro 217 da A23 (confluência com a A25 após a Cidade da Guarda) serão instalados 13 conjuntos de pórticos, acrescentou a concessionária.

Estes pórticos serão instalados nos sublanços Abrantes Este/Mouriscas, Mouriscas/Mação, Gavião/Envendos, Fratel/Perdigão, Alvaiade/Sarnadas –Retaxo, Sarnadas – Retaxo/Castelo Branco Sul, Castelo Branco Norte/Alcains, Alcains/Lardosa, Castelo Novo/Fundão, Alcaria/Covilhã Sul, Covilhã Norte/Belmonte Sul, Belmonte Norte/Benespera, Benespera/Guarda.

Fonte oficial da Ascendi, concessionária da SCUT Beiras Litoral e Alta, disse à Lusa que os pórticos ainda não começaram a ser instalados, acrescentando que “os procedimentos concretos para a introdução de portagens ainda estão em negociações”.

A Norscut, concessionária da SCUT Interior Norte, afirmou que está “em negociações com o Estado Português para a integração de portagens na A24”, considerando por isso não ser “oportuno transmitir mais informações” sobre este assunto.

A sul, a Euroscut, concessionária da SCUT Algarve, também ainda não avançou com a instalação dos pórticos.

“Não estão a ser instalados [os pórticos]”, afirmou à Lusa fonte oficial da concessionária, sem acrescentar mais informações.

A cobrança de portagens nas antigas SCUT Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata começou a 15 de outubro.

In "Diário Digital Castelo Branco"

LIGA COVIFIL – 10ª JORNADA

Foi a jornada mais fraca em termos de golos marcados, desde que se iniciou o distrital de Castelo Branco. Nos cinco jogos só se marcaram cinco golos. Dois em Penamacor e outros tantos na Atalaia e um em Escalos de Cima.

Em Penamacor o jogo entre ADEP e Oleiros foi muito fraco, tendo em consideração a qualidade dos intervenientes, o jogo acabou por valer pelos golos marcados, o primeiro num gesto técnico fantástico de Luís Graça e o segundo já em período de compensações. Como seria de prever a equipa da casa teve mais ocasiões para marcar, mas a partida foi sempre disputada a um ritmo baixo e previsível, não levando para as bancadas a emoção que estes jogos deviam levar. A ADEP inaugurou o marcador, aos 24 minutos através de Graça e a confirmação de vitória, que assenta bem aos comandados de Andriaça, só chegou aos 90+2 por intermédio de Manoel. O Oleiros, que estreou no banco João Paulo Natário, como novo técnico, substituindo Francisco Agostinho, vai ter que trabalhar muito para assimilar os novos conceitos de jogo do novo treinador.

Na Atalaia do Campo a equipa de João Trindade venceu bem a partida que realizou com o Teixosense mas a equipa de Paulo Serra foi quem primeiro criou situação para marcar, por Caniço, depois veio ao de cima a qualidade dos jogadores da equipa da casa e, com naturalidade, chegaram à vitória, por 2-0, com Fábio Brito a marcar aos 32’ e André Cunha a finalizar com êxito aos 85’.

Em Escalos de Cima, num jogo que teve mais Alcains na primeira parte, sem que tivesse tirado partido disso, foi a equipa de Paulo Macedo a ter o bilhete premiado, conquistando os três pontos que estavam em jogo, por ter sabido tirar partido das ocorrências que o jogo lhe ofereceu. Ofereceu-lhe um adversário reduzido a dez, por expulsão de Nuno Carvalheiro, a partir dos 63’ ( justo) e da falta que Luís Máximo considerou merecedora de grande penalidade, aos 71 minutos, e que Mata converteu no único golo do encontro. A vitória sofrida mas obtida com inteligência.

Em Cernache do Bom Jardim registou-se empate no confronto entre Vitória e Pedrógão. O jogo não teve muitos lances de perigo mas as duas equipas podia ter vencido o encontro. A equipa do concelho de Penamacor levou a bola ao poste da baliza do Sernache, por Ricardo Santos e a equipa da casa teve alguns lances que podiam ter tido melhor sorte. A formação de António Joaquim ainda reclamou uma grande penalidade, por mão dentro da área do Pedrógão mas Ângelo Correia nada assinalou, por considerar bola na mão e não mão na bola. O resultado de zero zero acaba por se ajustar.

Também em Vila de Rei o resultado não sofreu alterações na partida entre Vilarregense e Proença.

Em termos de tabela classificativa, a Liga Covifil, mantém a equipa da ADEP de Penamacor na frente, com seis pontos de vantagem sobre o segundo, que é agora, isolado, a Atalaia do Campo. A ADEP tem 25 ponto, a Atalaia tem 19, seguem-se V. Sernache com 17, Alcains com 16 e Pedrógão e Proença com 14.

Na próxima jornada o destaque vai para os confrontos entre Alcains e Sernache e para o Pedrógão Atalaia do Campo.

Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

Novas Oportunidades

Valter Lemos entrega diplomas em Penamacor

Cerca de 150 formandos do programa Novas Oportunidades em Penamacor recebem no sábado, dia 20, os diplomas de conclusão dos cursos. A cerimónia está marcada para as 15 horas no auditório do ex-Quartel e contará com a presença do secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Valter Lemos, que é natural da vila.

Os diplomas dizem respeito às formações no básico, secundário e formação modular. Os cursos foram promovidos através do Centro Novas Oportunidades (CNO) do Nercab, a Associação Empresarial da Região de Castelo Branco.

A associação continua a aceitar inscrições no seu CNO e no seu centro de formação, referindo que o grande desafio para 2011 será o alargamento da certificação profissional a todas as áreas da hotelaria e restauração, bem como construção civil e engenharia civil.

Na véspera da entrega de diplomas em Penamacor o Nercab promove uma outra cerimónia em Proença-a-Nova.

In jornal "A Reconquista"

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

POLITIQUICES PREJUDICAM PENAMACOR

Presidente da junta de Penamacor considera que o concelho tem perdido muito tempo com "politiquices". A cumprir o quarto mandato consecutivo, sempre eleito pelo Partido Socialista, Orlando Gonçalves diz que Penamacor tem sido prejudicado com as guerrilhas políticas em que tem estado mergulhado nos últimos anos.

"Tem sido muito prejudicado porque perde-se imenso tempo e paciência que falta para outras coisas". Há 13 anos à frente da junta de freguesia de Penamacor, Orlando Gonçalves está saturado da política e aborrecido com alguns dos elementos que fazem parte da Coligação Todos por Penamacor "eu nunca me mudei, e havia algumas pessoas que mudaram e queriam que eu fosse com eles mas eu não quis, e então para essas pessoas passei de bestial a besta".

Orlando Gonçalves, em entrevista ao programa “Radiografias” da RCB, fez uma avaliação ao trabalho desenvolvido por Domingos Torrão à frente dos destinos do concelho "é boa pessoa, muito educado, mas não tem dinheiro, tem feito algumas coisas noutras freguesias, mas em Penamacor muito pouco". O autarca lamenta a falta de investimento na vila nos últimos 13 anos "pouco mudou" e aponta o dedo à câmara uma vez que "a junta de freguesia de Penamacor não recebe duodécimos da câmara municipal como as outras juntas". Sem transferência de verbas ou competências por parte da câmara municipal, a junta de Penamacor vive apenas do Fundo de Financiamento das Freguesias "e a grande fatia é para arranjar os caminhos vicinais".

Para Orlando Gonçalves, a falta de gente é o principal problema da vila de Penamacor onde há ruas inteiras com apenas meia dúzia de casas habitadas "eu não sei o que vai acontecer, as pessoas vão embora e as que ficam vão reparar as casas para quê?, eu acho que daqui a uns anos isto está tudo parado".

Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"

GNR e SEF controlam fronteira de Termas de Monfortinho

Cimeira da NATO reforça segurança


Fronteira de Termas de Monfortinho com vigilância apertada

A fronteira das Termas de Monfortinho é aquela que, no distrito de Castelo Branco vai “filtrar” as entradas no país, de 16 a 20 de Novembro, devido à reposição do controlo de fronteiras neste período, por causa da realização da cimeira da NATO em Lisboa.

Esta operação envolve o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a GNR, apoiados por algumas das mais recentes tecnologias.

O efectivo do SEF vai estar presente em permanência em nove fronteiras de todo o país, designadas por Postos de Passagem Autorizados.

A vigilância é também feita pelo ar, uma situação que foi sentida em Castelo Branco com o helicóptero Kamov a sobrevoar a região.

No distrito de Castelo Branco, onde existem quatro pontos de entrada no país, o posto de passagem autorizada fica em Termas de Monfortinho.

Penamacor, Segura e Salvaterra do Extremo estão identificadas como postos de passagem não autorizada, mas com alguma tolerância para as tarefas rotineiras, de quem trabalha de um e outro lado da fronteira.


Autora: Lídia Barata in jornal "A Reconquista"

Na Beira, o Pai Natal vai ter de safar-se às escuras

As Câmaras, em aperto financeiro, vão cortar nas iluminações de Natal. É a crise visível por omissão... de luz. Fundão não deve ter nada e a Guarda cortou tudo. Covilhã e Castelo Branco vão reduzir

ALGUMAS vilas e cidades da região só poderão mesmo contar com um eventual nevão para as ruas terem um cheirinho a Natal. De resto, luzinhas e estrelinhas luminosas foram demitidas do espaço urbano, tudo a bem da saúde da conta de electricidade das autarquias, bem como do restante orçamento que acarinha decorações natalícias, cujo aluguer e instalação custam milhares de euros.

Eis, portanto, um roteiro pouco luminoso da situação:


Fundão: Ou pouco... ou nada

Na cidade do Fundão, a alternativa é entre o pouco e o nada. Se a autarquia conseguir, em conjunto com a Associação Comercial e Industrial do concelho, inscrever uma verba para o efeito no programa Polis, haverá luzes de Natal, mas apenas na Praça do Município e... pouco mais. Se tal objectivo não for alcançado, não há luzes de Natal. Ponto final. Simples.

Já o tradicional jantar de Natal com os funcionários da autarquia também será substituído por um “lanche-convívio”, o que se traduz numa nova redução de encargos. Apesar de tudo, foi garantido ao JF que será um evento “com dignidade”. As tradicionais lembranças que eram oferecidas, também vão ser substituídas por uns económicos vouchers para os funcionários poderem aceder gratuitamente a vários equipamentos municipais.

A Câmara Municipal do Fundão gastou, em 2009, cerca de 50 mil euros com a iluminação de Natal.


Covilhã com menos luzes

A Câmara da Covilhã vai manter as iluminações natalícias mas face à necessidade de haver restrições financeiras, decidiu cortar substancialmente nos custos e adornar menos ruas. Recorde-se que no ano passado a adjudicação do aluguer de ornamentação de Natal, à firma Bernardino Castro - Serviços Festivos, Ld.ª, representou um investimento de 59.250 euros. Num quadro de crise que, pelos vistos, tende a agravar-se, a autarquia vai gastar, este Natal, menos de metade da verba orçamentada em 2009. É caso para dizer que este ano haverá um ‘apagão’ natalício em muitas ruas da cidade uma vez que apenas a praça do Pelourinho e as artérias confinantes serão contempladas com as tradicionais iluminações que, em boa verdade, tinham merecido a aprovação e eram do agrado, pelo menos, da grande maioria dos covilhanenses. Ou seja, as ruas darão menos brilho e cor a um comércio que há muito se vem lamentando de viver na ‘escuridão’.

Tudo em nome das medidas de racionalização de recursos financeiros.


Guarda sem iluminação

A contenção de despesas vai levar a que a cidade da Guarda fique sem iluminação de Natal este ano, mas a Câmara Municipal associou-se a instituições do concelho e promete acções de animação e de promoção do comércio tradicional.

Segundo a vereadora Elsa Fernandes, responsável pelo pelouro do turismo e da acção social na Câmara da Guarda, este ano, a autarquia decidiu não instalar luzes de Natal nas principais ruas do centro da cidade “por uma questão financeira”.

Justificou que, devido à necessidade de reduzir despesas, o executivo autárquico optou por não instalar iluminação natalícia “porque não iria ter capacidade financeira para fazer uma iluminação como a cidade merece”.

Foi também decidido não realizar o espectáculo que, tradicionalmente, era oferecido às crianças das escolas de todo o concelho, indicou.

Com a decisão, a autarquia vai poupar cerca de 90 mil euros, uma vez que, em anos anteriores, costumava gastar 100 mil euros, referiu Elsa Fernandes, indicando que foi elaborado um programa, em colaboração com outras entidades, onde apenas gastará nove mil euros.

A Praça Luís de Camões, junto da Sé Catedral, “será palco de árvores de Natal decoradas com desejos dos cidadãos” e ali será também instalado um presépio tradicional e funcionará a “oficina do Pai Natal”.


Penamacor ilumina uma rua

O Natal na vila de Penamacor não vai ser às escuras, mas seguirá a tendência dos últimos anos que consiste em gastar menos com a quadra natalícia. A Câmara, presidida por Domingos Torrão, começou há três anos a reduzir a despesa com a iluminação natalícia, no quadro de uma política de contenção que continuará a fazer cortes este ano. “Estamos a reduzir a despesa há três anos. Em 2001, gastámos cerca de 26 mil euros com o Natal, em 2008 gastámos 7 mil e 500 euros e este ano gastaremos ainda menos”, disse ao JF o presidente da Câmara, informando que apenas na Rua 25 de Abril terá iluminação Natal até ao Madeiro, que, recorde-se, é um dos maiores da região. A contenção da despesa associada ao Natal acabou com o tradicional jantar natalício ainda antes de se instalar a crise. “No ano passado, optámos por oferecer um bolo rei e uma garrafa de champagne”, recorda Domingos Torrão.


Castelo Branco reduz

Castelo Branco quer reduzir os gastos com consumo de electricidade neste Natal. Assim, a solução não passa propriamente por reduzir a área com iluminação natalícia mas sim menos luzes colocadas. Em 2009 a autarquia albicastrense adquiriu todo um equipamento de iluminação natalícia, pelo que desse ano que os gastos se resumem aos consumos de energia. A colocação das estruturas é feita pelos funcionários da câmara. “Este ano vamos fazer a mesma coisa, mas vamos diminuir a quantidade de lâmpadas”, explica Joaquim Morão. As duas principais avenidas, a 1.º de Maio e Nuno Álvares, para além da Praça do Município, voltarão a estar animadas com os arcos de figuras de Natal.


Idanha a meio-gás

Em Idanha-a-Nova a autarquia anuncia uma redução de custos em mais de 50 por cento do que tem sido habitual com a iluminação de Natal. Os enfeites serão colocados junto à Igreja Matriz e capelas da vila, onde se realizam as tradicionais fogueiras de Natal, e à Praça do Município. A decisão e custos com a colocação da iluminação nas sede de freguesias está entregues à juntas. “Esperamos gastar menos 50 por cento do que em outros anos. Não esperamos ultrapassar os 20 mil euros de custos”, explica Álvaro Rocha, presidente da Câmara, justificando-se com as medidas de austeridade que também atinge o Poder Local. ”Se não estamos, temos de diminuir os custos com a despesa”, diz.


Vila Velha de Ródão repete

Vila Velha de Ródão reduziu “ao mínimo” os custos com a iluminação de Natal no ano passado, pelo que este ano o sistema que vai ser implementado será o mesmo. Os enfeites são desenhados e concebidos pelos técnicos da autarquia. A área a iluminar compreende as várias entradas para a vila e o edifício da Câmara. A tarefa de iluminar o resto da vila é entregue aos habitantes. “A Câmara disponibiliza de há dois anos para cá enfeites e lâmpadas de Natal para os comerciantes poderem enfeitar as suas montras e as pessoas as suas casas. O material pode ser levantado na Casa de Artes e depois é entregue no final da época”, afirma Maria do Carmo Sequeira, presidente da câmara local. “Os gastos compreende o mínimo possível, por algum material que possa ser adquirido pontualmente, mas nada de significativo”, garante.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Meimoacoop aumenta produção de mel


A Meimoacoop pretende duplicar a produção de mel nos próximos anos. A cooperativa agrícola sedeada no concelho de Penamacor espera atingir em 2010 as 20 toneladas, mas segundo o seu presidente, Domingos Bento, "o nosso objectivo é em muito curto prazo atingir as 50 toneladas, pelo menos".
A meta foi deixada na Feira Nacional do Mel, uma organização conjunta da Meimoacoop, Câmara Municipal de Penamacor e da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

LIGA COVIFIL 9ª JORNADA

Foi uma jornada de empates esta 9ª ronda da Liga Covifil, só o Proença, na condição de visitado, conseguiu somar os três pontos. O Líder ADEP empatou em Alcains a um golo e o Sernache não conseguiu melhor no Teixoso, tendo empatado a zero.

Em Alcains disputou-se o jogo mais importante desta jornada. Começou melhor a equipa de Penamacor, que conseguiu chegar à vantagem aos 19 minutos, por intermédio de Pedro Silveiro. Foi com este resultado que se chegou ao intervalo. Na segunda parte a equipa do Alcains, não baixou as linhas nem baixou os braços, acreditando sempre nas suas capacidades. De tal modo porfiou que, já muito próximo do final, alcançou o tento do empate, através de uma grande penalidade que Nuno Carvalheiro converteu com sucesso. Um empate que acaba por se ajustar ao que se passou no Trigueiros de Aragão.

No Teixoso a equipa da casa entrou muito forte, remetendo o Sernache ao seu meio campo, durante os primeiros dez minutos, embora não tenha criado uma situação de golo eminente, depois a formação comandada por António Joaquim começou a esticar o seu futebol, a ocupar melhor os espaços e equilibrou a contenda, acabando a primeira parte por cima do seu adversário. Neste primeiro período houve três boas oportunidades, uma para o Teixoso, desperdiçada por Caniço aos 10’ e duas para o Sernache, ambas desperdiçadas por Rabaã, aos 21 e 45 minutos. O jogo ganhou muita emoção nos últimos 10 minutos. Os dois conjuntos criaram oportunidades mais do que suficientes para que a partida não tivesse terminado a zero, no entanto, na hora de rematar à baliza as coisas ficaram sempre muito complicadas.

Em Pedrógão de S. Pedro o Escalos voltou a surpreender, como já o havia feito na Atalaia do Campo. A formação da casa até entrou bem no encontro, marcando logo aos 12 minutos por intermédio de Neves, no entanto a equipa terá adormecido à sombra deste golo e, provavelmente, acreditaram que o adversário não tinha capacidade de lhes criar problemas, ora, como se sabe não foi isso que aconteceu, os comandados de Paulo Macedo confiaram nas suas capacidade e chegaram ao tento da igualdade por intermédio de Martins, aos 28’. Para que o escândalo fosse completo, na segunda parte a formação de Escalos de Cima passava para a frente do marcador, com um golo de David, aos 22’. Como seria de esperar a equipa de Xana teve que correr atrás do prejuízo, criando várias situações para marcar, no entanto o tento da igualdade só viria a acontecer a um minuto do final do encontro e através de um auto-golo de Salavessa.

Em Oleiros foi a equipa do Vilarregense, que tem por hábito começar muito bem os seus jogos, a marcar primeiro, por intermédio de Semedo,, no entanto, como já tem acontecido em outras ocasiões, não consegue manter-se coesa e com capacidade para segurar os resultado que lhe são favoráveis. Neste jogo a equipa esteve bem e o Oleiros, que se tem mostrado uma equipa com muitos altos e baixos no campeonato, teve que se aplicar para chegar ao golo da igualdade que surgiu na recta final do encontro, apontado por Humberto.

Na única partida que teve um desfecho diferente, o Proença também teve que se aplicar para conquistar os três pontos ao Vila velha de Ródão. Bruno abriu o activo para a equipa da casa, aos 36 minutos, no entanto a equipa de Chico Lopes, logo na abertura da segunda parte chegou ao empate, por Edu, o Proença conseguiu a vitória com um golo apontado por Tomás aos 70 minutos.
Na Liga Covifil a ADEP, apesar de ter empatado em Alcains, aumentou a distância para um trio constituído por Atalaia do Campo, Alcains e V. Sernache, que partilham a segunda posição. A formação de Pemanacor tem 22 pontos e aquele trio tem 16. Pedrógão e Proença têm 13 pontos, Escalos e Oleiros 7, Teixoso 6 e V.V.Ródão e Vilarregense 4.

Confira aqui os resultado e classificação.

Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

FUTEBOL / ARBITRAGEM

Foram esta sexta-feira conhecidos os árbitros nomeados pelo conselho regional de arbitragem da Associação de Futebol de Castelo Branco, relativos à 9ª jornada da Liga Covifil.

Com os jogos marcados para o próximo domingo, às 15 horas, Ricardo Fontes, vai dirigir o principal jogo da jornada entre o CD Alcains e o Penamacorense. Nas restantes partidas, Luís Máximo, vai estar no Teixosense – Vitória de Sernache; Hélio Tavares, dirige o Proença-à-Nova – Vila Velha de Rodão; Nelson Araújo estará no Pedrogão de S.Pedro – Escalos de Cima, enquanto Délio Rolo, arbitra, o Oleiros – Vilarregense.
Folga nesta ronda, a Atalaia do Campo.


Entretanto inicia-se também este sábado, e sob a égide da AFCB, o campeonato distrital sénior de futsal masculino.Nesta 1ª jornada, o destaque vai para o jogo, Sporting da Covilhã - União Desportiva Cariense. O encontro está marcado para o pavilhão da UBI, às 21 horas, e terá como árbitro de 3ª categoria nacional, Rui Vitório Pedro.

A jornada começa no entanto às 17 horas em Penamacor, com o jogo, Carvalhal Formoso – Casa do Benfica em Oleiros, com arbitragem a cargo de Hugo Garcia. Às 18 horas, Paulo Antunes, dirige no Ferro, o Casa do Povo – AC Alcaria, e às 19 horas em Sernache do Bonjardim, o árbitro de 3ª categoria nacional, Cláudio Santos, dirige o jogo, Vitória de Sernache – Casa do Benfica em Belmonte.

Por falar em arbitragem, referir que o covilhanense, Carlos Miguel Xistra, volta a ser nomeado pela UEFA, para ser árbitro assistente adicional de Olegário Benquerença, na próxima jornada da Liga dos Campeões, agendada para os dias 23 e 24 de Novembro.

O juiz leiriense terá como árbitros assistentes, Bertino Miranda e José Cardinal e como quarto árbitro, Vasco Santos. Para além de Carlos Xistra, foi também nomeado Artur Soares Dias, como segundo árbitro assistente adicional da partida.


Autores: Paulo Pinheiro e Miguel Malaca in "Rádio Cova da Beira"

Penamacor: Cabras no combate às chamas



Já a partir de 2011, a nova “arma” de combate aos fogos florestais na zona raia pode estar no gado.

150 mil cabeças de gado caprino vão ser distribuídos pelos campos da raia, num investimento de 48 milhões de euros associado ao “self-prevention” que vai ainda contemplar a criação de uma empresa com capitais público e privados.

Será esta nova empresa a responsável pela distribuição do gado, assim como, da criação de equipamento. O objectivo é que as cabras, quando estiverem no terreno, possam consumir mato e vegetação que já não irão arder nos fogos florestais. Serão estas cabeças de gado os responsáveis por limpar o próprio mato existente no território.

Há já quem diga que este projecto é uma “revolução” acreditando que não irá falhar uma vez que os animais assumem o papel de “limpadores naturais” dos campos agrícolas abandonados. Com a limpeza da vegetação que serve como alimento ao gado caprino reduz o risco de potenciais incêndios.

O projecto vai agora ser testado como pioneiro nas zonas raianas transfronteiriças, uma vez que irá desenvolver-se em simultâneo no território português e espanhol.

Em Portugal os primeiros animais vão começar a ser distribuídos no distrito da Guarda enquanto que do lado espanhol, será em território de Salamanca.

As cabras ao ajudarem a combater os incêndios, numa grande aposta de preventiva ajudam ainda ao desenvolvimento económico e rural uma vez que este projecto garante a sustentabilidade social, económica e ambiental das regiões abrangidas.

Está prevista a criação de 558 postos de trabalho. Segundo José Luís Pascoal, presidente do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial está prevista a construção de 12 queijarias, uma central de comercialização, 15 lojas e dois matadouros para abate dos animais, um em Portugal e outro em Espanha.

Serão estes investimentos que vão permitir receitas anuais estimadas em 30 milhões de euros.

Autor: Jaime Pires in Diário Digital Castelo Branco

Inscrições abrem segunda-feira

Melhores presépios vão a concurso

Os prémios para os vencedores vão dos 50 aos 200 euros

A Câmara Municipal de Penamacor vai promover este ano um concurso de presépios, aberto à população do concelho e não só. O objectivo “é revitalizar esta cultura associada à época natalícia”, explica a vereadora Ilídia Cruchinho.

As inscrições começam no dia 15 e decorrem até 26 de Novembro. Além da Sagrada Família, as criações têm de incluir os animais, um anjo e uma estrela, diz o regulamento que pode ser consultado em www.cm-penamacor.pt .

A dimensão máxima dos trabalhos é de 50 por 50 centímetros. O resto fica por conta da imaginação dos participantes, que até podem utilizar materiais reciclados.

Os presépios ficarão expostos na Biblioteca Municipal de Penamacor de 20 de Dezembro a 9 de Janeiro, com os visitantes a poderem votar. A avaliação será também feita por um júri constituído por elementos do gabinete de cultura da autarquia, Misericórdia de Penamacor e Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches.

Os prémios para os três primeiros classificados variam entre os 50 e os 200 euros.


Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Magustos

Vale prova castanhas

A freguesia de Vale da Senhora da Póvoa, em Penamacor, organiza dois magustos nos próximos dias. Esta quinta-feira, dia 11, o Centro de Dia da aldeia faz a seu magusto no Largo das Festas de S. Tiago. No domingo, dia 14, é a vez da junta de freguesia promover um magusto aberto a toda a população, no mesmo local. Este último começa pelas 16 horas.

In jornal "A Reconquista"

Penamacor aperta o cinto

Crise suspende eventos com tradição

A suspensão da meia maratona e do magusto da junta são apenas dois exemplos da poupança a que as autarquias foram obrigadas. A iluminação de Natal também vai brilhar menos.

Nem castanhas, nem corridas. A crise que o país atravessa manifesta-se também na agenda de eventos que punham Penamacor nas bocas do mundo ou pelo menos de quem vive no concelho. Este ano o mês de Novembro vai ficar amputado de dois dos principais acontecimentos anuais da vila raiana: a Meia Maratona Tarzan Taborda e o magusto organizado pela Junta de Freguesia de Penamacor.

António Cabanas, vereador do desporto da autarquia penamacorense, justifica a suspensão da prova desportiva com a necessidade de poupar verbas em áreas como a cultura e o desporto, “no seguimento dos cortes que houve para as autarquias”, refere o vereador ao Reconquista. Algo que o orçamento municipal ainda em vigor já indiciava em Dezembro do ano passado, quando a Assembleia Municipal de Penamacor aprovou um orçamento que assumia uma redução na ordem dos três milhões de euros.

A Meia Maratona Tarzan Taborda teve a sua primeira edição em 1999 e era já uma das provas emblemáticas do distrito. No ano passado contou com quase 300 atletas.

A poupança chega também ao futebol, com a Associação Desportiva Penamacorense e a Associação Desportiva de Pedrógão de S. Pedro a terem de fazer contas à vida. Aqui o corte municipal é de 50 por cento para cada uma delas. A Casa do Benfica de Penamacor não recebe apoios, porque deixou de participar em competições.

A necessidade de poupança é também a razão que está na suspensão no magusto convívio organizado pela Junta de Freguesia de Penamacor, confirmou o Reconquista junto de fonte daquela autarquia. No ano passado a festa juntou cerca de 250 pessoas só ao almoço.


Natal poupado


O Natal também vai ter reflexos da crise. À semelhança de outros concelhos, a Câmara Municipal de Penamacor vai poupar nas iluminações, que este ano vão ficar resumidas a uma rua. A informação foi confirmada ao Reconquista pela vereadora Ilídia Cruchinho, que situa os cortes com a iluminação na ordem dos 50 por cento.

O Jardim da República, o Largo do Municipio e o próprio edifício da autarquia não terão este ano a habitual iluminação decorativa, que ficará reservada para a Rua 25 de Abril e a Igreja Matriz. “É onde existe o comércio” justifica a vereadora. O brilho do Natal fica assim apenas pelo madeiro e o concurso de presépios que o município está a organizar.


Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

LIGA COVIFIL

A ADEP está cada vez mais distante dos seus directos adversários e, pelo rumo que o campeonato está a ter, a equipa de Hugo Andriaça vai passear a sua classe na primeira fase da Liga.



No jogo deste domingo, por se tratar de um derby concelhio, era expectável que houvesse mais equilíbrio no confronto entre Penamacorense e Pedrógão de S. Pedro. O resultado diz-nos que não foi nada disso que aconteceu, a ADEP venceu categoricamente, por 4-1 e por aquilo que foi possível perceber, durante o jogo, o Pedrógão raramente criou situações de apuro para as redes da equipa de Penamacor. Manoel, aos 15 minutos abriu o activo e aos 28, quando Hélder Correia cometeu falta para grande penalidade e que acabaria por ser convertida por Luís Graça, o jogo ficou muito mais complicado para a formação de Xana. Na segunda parte o ascendente no jogo voltou a reflectir-se no marcador, com um auto-golo de Pedro Ferreira, aos 73’, ao desviar para as suas redes um remate de Pedro Silveiro. A equipa de Pedrógão ainda reduziu, aos 78’, por Ludvico, mas Manoel voltaria a facturar e a fixar o resultado em 4-1, a três minutos do final do encontro.

Em Cernache do Bom Jardim a equipa da casa levou a melhor sobre outro dos candidatos à vitória no campeonato, a Atalaia do Campo. A equipa de António Joaquim soube aproveitar da melhor maneira o factor casa para se impor, com uma vitória por 2-0. O primeiro golo foi apontado por Tiago, depois de uma boa jogada de Rabaâ, logo aos 5 minutos do encontro. Este golo madrugador deu tranquilidade à equipa da casa e terá perturbado a formação de Trindade. Para consolidar a vitória o Sernache ainda fez novo golo, desta feita por Alan Santolini, que neste jogo não foi primeira opção de António Joaquim, mas quando entrou ainda teve tempo de ajudar a carimbar o triunfo da sua equipa, com um golo apontado aos 64 minutos.

Em Vila de Rei a equipa de Nuno Alves entrou bem no jogo com o Alcains, conseguiu manter o resultado em branco na primeira parte, no reinicio da partida obteve vantagem no marcador mas depois não conseguiu tapar os caminhos da sua baliza para evitar a derrota. André Luís apontou o golo do Vilarregense aos 46, o Alcains chegou ao empate, aos 71’, por intermédio do jovem Luís Craveiro e a vitória do Alcains acabou por resultar de uma grande penalidade cometida por Bruno Santos, aos 78’ e que Nuno Cavalheiro converteu com sucesso.

Em Vila Velha de Ródão a equipa de Chico Lopes conquistou a primeira vitória na Liga Covifil. A “ vitima “ deste sucesso foi a formação de Oleiros que, curiosamente, foi a primeira a marcar no encontro, por intermédio de Theres, aos 18 minutos. O empate deu-se aos 25, por Diogo Santos e a reviravolta no marcador aconteceu aos 37, com um tento de Cunha. Na segunda parte a equipa de V.V.Ródão chegou aos 3-1, aos 55’, de novo por Diogo Santos, mas o Oleiros reagiu e marcou o 3-2, aos 74’ por Esteves e empatou por Tiago Santos, aos 83. A vitória sorriu à equipa da casa com mais um golo de Cunha, desta feita de grande penalidade, aos 88 minutos do encontro.

No jogo de Escalos de Cima não se registaram golos no confronto entre as equipas de Paulo Macedo e Paulo Serra. A formação da casa, que vinha de um resultado positivo alcançado fora de casa, não deu seguimento a esse bom resultado não conseguindo impor-se ao Teixosense, que tudo fez para obter um resultado positivo nesta deslocação.

A ADEP está cada vez mais isolado na frente da tabela classificativa da Liga Covifil. A equipa de Penamacor tem 21 pontos, mais 5 que o segundo classificado, a equipa de Atalaia do Campo e mais seis que Alcains e V. Sernache. A distância para o 5º é já de nove pontos, uma margem que tem tendência em aumentar.

No próximo fim-de-semana o jogo grande da jornada joga-se em Alcains, com esse CDA – ADEP. Os outros jogos são o Proença – V.V.Ródão, Oleiros – Vilarregense, Pedrógão – Escalos e Teixosense – V.Sernache. Vai folgar a Atalaia do Campo

Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

LIGA COVIFIL: 8ª JORNADA

Este domingo (7 Novembro) disputa-se a oitava jornada da liga Covifil (distrital de futebol de Castelo Branco). O conselho regional de arbitragem da AFCB já divulgou os árbitros para os cinco jogos que se realizam às 15:00H.

Jogos e Árbitros:

Sernache – Atalaia do Campo – Carlos Silva

Escalos de Cima – Teixosense – João Brás

Penamacorense – Pedrógão – Ricardo Alexandre

Vilarregense – Alcains – André Nunes

Vila Velha de Ródão – Oleiros – Luís Máximo

Nesta jornada folga o Proença-a-Nova.

Quanto ao torneio de abertura de Juniores A:

Sábado – 15:00H – V. Sernache - ARC Valongo – Nuno Farinha

Sábado – 15:00H – SCC – ADE – Flávio Antunes ( no estádio municipal Santos Pinto)


Autores: Paulo Pinheiro e Miguel Malaca in "Rádio Cova da Beira"

Penamacor recebe feira e fórum nacional de apicultura


Mel não chega para as encomendas

Agricultura e crise são duas palavras que andam quase sempre de mãos dadas. Mas também há oportunidades como a apicultura, que esteve em destaque em Penamacor no último fim-de-semana.

A Meimoacoop pretende duplicar a produção de mel nos próximos anos. A cooperativa agrícola sedeada no concelho de Penamacor espera atingir este ano as 20 toneladas, mas segundo o seu presidente, Domingos Bento, “o nosso objectivo é em muito curto prazo atingir as 50 toneladas, pelo menos”.

A meta foi deixada na abertura da Feira Nacional do Mel, que decorreu no último fim-de-semana em Penamacor numa organização conjunta da Meimoacoop, Câmara Municipal de Penamacor e da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal.

Na base desta estratégia de crescimento da Meimoacoop está a central meleira inaugurada em Julho de 2009, que só até ao final desse ano extraiu cerca de 12 toneladas de mel, número que vai ser ultrapassado apesar de 2010 não ter sido um ano propício ao sector devido à chuva tardia.

Mesmo assim, diz Domingos Bento, “tem estado a correr muito bem e não temos tido mel para as encomendas”.

A Meimoacoop começou a trabalhar com os apicultores há cerca de cinco anos, não só na construção da central instalada na freguesia de Vale da Senhora da Póvoa, mas também na criação de uma zona controlada, que abrange os concelhos de Penamacor, Sabugal, Belmonte e Guarda. A inclusão deste último concelho não era aliás um objectivo inicial “só que os apicultores ficaram desapoiados e nós incluímos a Guarda na zona controlada”, explica Domingos Bento. Actualmente há cerca de 200 apicultores nesta zona, dos quais meia centena são associados da Meimoacoop.

Com estes projectos, a cooperativa quer agarrar toda uma fileira “desde o apoio técnico à extracção do mel, embalagem e colocação no mercado”.

Apesar do desenvolvimento de projectos como o da Meimoacoop, a apicultura ainda é uma actividade que está a ser explorada de forma muito tradicional e apenas virada para a produção de mel.

Rui Barreiro, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, sublinha que o sector “tem muitos mais produtos que o mel, não é apenas o mel que traz riqueza aos produtores”, afirmou na inauguração da feira em Penamacor.

O Governo está a apoiar a apicultura através do Proder, o Programa de Desenvolvimento Rural. Este prevê uma comparticipação máxima de 40 a 60 por cento dos projectos de apicultura em espaço florestal em zonas desfavorecidas, abrangendo a compra de colmeias, instalação de apiários e até plantação de árvores e arbustos adequados à produção de mel.

Domingos Torrão, o presidente da Câmara Municipal de Penamacor, diz que a apicultura é uma aposta para um concelho como Penamacor e diz esperar que esta crie postos de trabalho directos “e que não seja apenas um complemento dos rendimentos de cada um”, refere.

Para o autarca esta é uma aposta “que tem de ser feita por todos nós e tem de ser essencialmente dos territórios do interior”.


Terras do Lince é mais-valia


A Meimoacoop comercializa o mel através das marcas Serra da Malcata e Terras do Lince. Esta última foi registada pela Câmara Municipal de Penamacor e começou por dar nome a produtos como o mel, azeite e queijo. Actualmente chega também aos bolos e enchidos tradicionais.

Domingos Bento diz que as duas marcas produzidas pela Meimoacoop têm vendas semelhantes, mas destaca as mais-valias que a Terras do Lince teve na promoção não só do mel mas também do queijo que a cooperativa produz.

Os produtos da Meimoacoop chegam a todo o país graças a um acordo com o grupo “Os Mosqueteiros”, que gere a rede de hipermercados Intermarché e Ecomarché. O queijo é ainda exportado para França, de onde este grupo de distribuição é originário. Com o mel a exportação é ainda complicada, sobretudo porque não há produto que chegue para a procura, nem mesmo no mercado nacional.

“As encomendas aqui podem ser na ordem dos 400 quilos e para a exportação são de 1000 a 1500 quilos de cada vez”, explica Domingos Bento.

Segundo o presidente da Meimoacoop, as grandes superfícies aproveitam esta pecha para colocar mel de menor qualidade no mercado nacional, vendendo através das chamadas marcas brancas um produto que não é mais que uma mistura de mel nacional com mel importado.


Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

RELATÓRIO DA IGAL CHEGA À OPOSIÇÃO

Bancada da oposição na câmara municipal de Penamacor recebeu o relatório final da inspecção ordinária realizada pela IGAL à autarquia de Penamacor no ano 2008.

Há muito que os vereadores da coligação “Todos por Penamacor” pediam à maioria o documento que lhes foi entregue no final da última reunião do executivo onde Vítor Gabriel comunicou que iria escrever uma carta ao Inspector Geral da IGAL a solicitar o relatório "infelizmente temos que nos socorrer de todos os meios que temos para obtermos as informações que necessitamos (...) nada disto seria necessário se esta maioria estivésse disponível para tomar decisões".

Na resposta, António Cabanas, que presidiu à última reunião do executivo, disse que o presidente lhe tinha incumbido a tarefa de entregar, na reunião pública, aos vereadores da oposição o relatório final da Inspecção Geral da Autarquias Locais. Um documento que chegou às mãos dos vereadores da coligação no final do encontro.

Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"

terça-feira, 2 de novembro de 2010

MEL NÃO CHEGA PARA AS ENCOMENDAS

A funcionar há cerca de um ano a central meleira da “Meimoacoop” já produziu cerca de 16 toneladas e escoou a totalidade de produção. Os dados avançados pelo presidente da direcção durante a 9ª feira nacional do Mel que decorreu no último fim de semana no pavilhão municipal de Penamacor.

Para Domingos Bento "estes números comprovam que o sector tem potencialidades de crescimento na toda a Beira Interior e nós esperamos, a curto prazo atingir uma produção de 50 toneladas de mel"

O presidente da direcção da "Meimoacoop" acredita "a organização deste certame pode contribuir para dinamizar um sector que, até agora, continua a funcionar de uma forma artesanal e nós precisamos de lhe dar uma nova vida pois ele ode representar uma mais valia para o nosso concelho".

Domingos Bento acrescenta que, para além do aumento da produção, "a grande aposta deve centrar-se na comercialização" e considera que, nessa área, "a criação da marca “Terras do Lince” foi uma mais valia".

Para Domingos Torrão, presidente da câmara municipal de Penamacor, este certame é "muito importante para o nosso concelho; por um lado permite-nos mostrar aos visitantes todas as nossas potencialidades e, por outro lado, contribuir para fortalecer este sector que pode ter para nós uma importância vital".


Também presente na abertura do certame esteve o secretário de estado do desenvolvimento rural e das florestas. Rui Barreiro sublinha que "para além do mel o sector tem ainda muitas potencialidades que devem ser aproveitadas; este é um sector onde nós podemos trabalhar bem e com maior qualidade do que é feito noutros países, e por isso devemos apostar em outros produtos, nomeadamente nas áreas do bem estar e da cosmética e que podem trazer mais valias para o nosso país".


Autor: Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"

LIGA COVIFIL - 7ª JORNADA

Penamacorense, que venceu no Teixoso, fica isolado no comando da Liga Covifil, depois do empate que a Atalaia do Campo consentiu no seu reduto perante o Escalos de Cima.

Foi esta a grande surpresa da jornada, o empate caseiro da Atalaia do Campo. A equipa de Trindade teve dois grandes adversários pela frente, a equipa de Paulo Macedo e, principalmente, as condições climatéricas que se fizeram sentir durante toda a partida. Rajadas de vento muito intensas que não deixaram os jogadores fazer aquilo que mais gostam. Dir-se-á que o vento estava para os dois lados. Nada mais verdadeiro, no entanto é muito mais fácil defender do que atacar, por outro lado os jogadores da Atalaia, por serem dotados de técnica superior, sentiram muito mais esta adversidade do que os jogadores dos Escalos. Também importa dizer que, embora dotados de boa técnica, os jogadores da Atalaia não conseguiram ter a inteligência necessária para descobrir como ultrapassar estes dois adversários. O resultado de zero zero é justo até porque as oportunidades de golo foram poucas e repartidas e neste caso a bola ou foi rematada para fora ou, nos dois remates com perigo, quer Hugo Pereira quer Martinho, os dois guarda-redes, opuseram-se muitíssimo bem, com boas intervenções.

A equipa da ADEP ainda sentiu dificuldades no jogo que realizou no Teixoso mas soube ultrapassa-las e venceu com todo o merecimento. O primeiro golo do encontro foi da autoria de Pedro Silveiro, à passagem do minuto 9, resultado que se manteve até ao intervalo. Na segunda parte a equipa de Hugo Andriaça chegou ao 2-0, por intermédio de Luís Graça, aos 60 minutos e Manoel, aos 76 arrumou com o jogo, ao marcar o 3-0 com que terminou a partida. Com este triunfo a equipa de Penamacor ficou isolada na frente da Liga Covifil.

Em Alcains a equipa de João Laia goleou a formação de Vila Velha de Ródão, mas o resultado não espelha o que se passou no Trigueiros de Aragão. A vitória é de todo merecida para o CDA já os números são demasiado exagerados. Hélio Salvado abriu o activo, aos 14 minutos de jogo, abrindo também o caminho para o resultado desnivelado que acabou por acontecer. Hélder Rodrigues fez o 2-0, resultado que seria ampliado, por Daniel Fernandes, aos 63m. Na parte final do encontro marcaram-se mais dois golos, um por intermédio de Nuno Carvalheiro e outro pelo jovem Séninho, que tinha acabado de entrar na partida. Como já se disse, uma derrota demasiado pesada para os atletas de Chico Lopes.

Em Pedrógão a equipa de Xana voltou a somar os três pontos, como aliás era expectável, vencendo o Vilarregense por 3-0. Neves abriu o marcador, ainda na primeira parte, na parte final do encontro, aos 83 e 85 minutos marcou mais dois, ambos apontados pelo mesmo jogador. Clemente não desperdiçou as duas ocasiões que se lhe depararam. Vitória justa da equipa do concelho de Penamacor.

Em Oleiros a equipa da casa voltou às vitórias, derrotando o Proença-a-Nova, por 1-0, um golo apontado por Rafael, aos 16 minutos do encontro.

Já se disse que a ADEP ficou isolada na frente da liga Covifil, passando a somar 18 pontos contra 16 da Atalaia do Campo, que está no segundo posto. Na 3ª posição estão agora três equipas, com 12 pontos: Pedrógão, Alcains e V. Sernache, que folgou nesta jornada. O Proença está em 6ª, com 10 pontos e a uma distância considerável já estão Oleiros (6), Escalos (5), Teixoso (4), Vilarregense (3) e V.V. Ródão (1).

No próximo domingo destacam-se dois jogos, o derby do concelho de Penamacor: ADEP – Pedrógão e o Vitória de Sernache – Atalaia do Campo. Jogam também: V. V. Ródão – Oleiros, Vilarregense – Alcains e Escalos de Cima – Teixosense.


Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"