quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

À segunda tentativa, o orçamento de Penamacor foi aprovado

Mesmo sem alterações, o orçamento municipal de Penamacor já foi aprovado na Assembleia. Voltaram a ouvir-se críticas, mas maioria deu aval.

APROVADO, pronto a ser executado e sem qualquer alteração relativamente à proposta inicial. Pouco mais de uma semana bastou para que o orçamento apresentado pela Câmara Municipal de Penamacor para este ano fosse aprovado pela Assembleia Municipal, que reuniu em sessão extraordinária na segunda-feira. Ao contrário do que se verificou a 30 de dezembro, desta vez não foi apresentado qualquer requerimento a solicitar escrutínio secreto. É certo que, antes disso, as críticas voltaram a ouvir-se, mas não impediram que a maioria dos eleitos aprovasse o documento. Na votação, feita sob o habitual método de braço no ar, contaram-se, então, dois votos contra (José Aníbal Birra e Nuno Lucas, ambos do PS), sete abstenções e 14 votos a favor, entre os quais vários da oposição.
No momento de voltar a apresentar o documento, o presidente da Câmara, António Luís Beites (PS), adiantou que submetia a proposta sem qualquer alteração por considerar que as obras previstas são “necessárias”, de “grande abrangência” e “estruturantes” para o desenvolvimento do concelho.
Em resposta a críticas anteriores de que o investimento previsto estaria apenas concentrado na sede de concelho, António Luís Beites começou por explicar a importância de cada uma dessas obras e lembrou que há projetos já em curso e outros com candidaturas aprovadas, tendo ainda assumido que a centralidade da vila deve ser reforçada.
Por outro lado, também garantiu que está previsto investimento para as freguesias, tendo enumerado as obras e investimentos a realizar em cada uma das localidades, não deixando ainda de lembrar, em alguns casos, o investimento que ali tem vindo a ser feito.
A questão da dívida foi também abordada, com António Luís Beites a garantir que a 31 de dezembro a mesma era de 4,9 milhões de euros, o que representa uma redução superior a 50 por cento desde o início do mandato.
Ainda assim, a proposta e a atitude do autarca não deixaram de ser criticadas por alguns dos presidentes de junta eleitos pelo mesmo partido, como foi o caso de José Aníbal Birra, presidente da União de Freguesias de Aldeia do Bispo, Águas e Aldeia de João Pires, que começou por alertar que caso fosse alvo de alguma ofensa ou tentativa de agressão faria queixa às autoridades.
José Aníbal Birra considerou que a proposta de orçamento é desequilibrada na distribuição das verbas e lembrou que Câmara não pertence ao presidente do Município, a quem voltou a acusar de falta de diálogo e de recusar ouvir as juntas.
Uma opinião que foi partilhada pelo presidente da Junta de Freguesia de Vale da Senhora da Póvoa, António Bogas, que afirmou que a “ligação estreita” prevista com o município tem sido difícil, mas que está agora a entrar “no bom caminho”.
Um caminho que o presidente da Junta de Freguesia das Aranhas, António Geraldes, também espera que seja seguido com a concretização não apenas das duas obras apontadas pelo presidente da Câmara para a sua freguesia, mas das quatro com as quais se terá comprometido, depois de António Geraldes ter pedido “pelo menos umas oito”.


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