Penamacor perdeu 30 jovens no último ano lectivo por não conseguir formar turmas. No concelho pede-se uma excepção à lei para que o ensino secundário não morra.
Cavaco Silva, José Sócrates, Isabel Alçada e os deputados da Assembleia da República. Estes vão ser alguns dos destinatários de uma moção aprovada na Assembleia Municipal de Penamacor, que defende a criação de uma excepção para que a Escola Ribeiro Sanches possa funcionar com todas as áreas de ensino a partir de 10.º e até ao 12.º ano.
O Conselho Geral de Educação (CGE) de Penamacor propõe à Direcção Regional de Educação do Centro “uma autorização especial para que possam funcionar os cursos sem o número mínimo de alunos legalmente exigido, de forma a garantir mais oportunidades nas ofertas educativas neste concelho”, diz o documento lido durante a assembleia.
O CGE propõe, por exemplo, que na constituição de turmas dos cursos do 10.º ano “se possam agrupar alunos de cursos diferentes nas disciplinas da componente de formação geral” e que na componente específica haja a possibilidade de grupos de turma “com número de alunos inferior ao previsto na lei”.
Aquele órgão lembra ainda que a escola tem recursos humanos suficientes e pode adoptar a proposta “sem acréscimo de custos ao erário público”. É também sugerida a formação à distância, através de videoconferência, até para rentabilizar o investimento feito nos últimos anos nas novas tecnologias, através do Plano Tecnológico da Educação.
O tema chegou à assembleia municipal pela mão do presidente da Junta de Freguesia de Águas. Francisco Barreto, que faz parte do CGE, diz que no último ano lectivo “perdemos 30 alunos e este ano podemos perder mais”. O receio é sustentado no facto de haver apenas 31 jovens a frequentar o 9.º ano. Se não houver alunos suficientes para formar as turmas a alternativa é sair do concelho e no entender de Francisco Barreto “se os jovens vão embora já não voltam”.
A moção acabou por ser aprovada por unanimidade e uniu poder e oposição nas críticas à política de Lisboa em relação ao interior.
António Bento, da Coligação Todos por Penamacor (PSD, CDS, Partido da Terra), diz que a população de Penamacor faz parte dos “marginalizados da democracia portuguesa” e falou de sinais de revolta como os que chegam de Valença do Minho, onde a população contesta há várias semanas o encerramento das urgências do centro de saúde, protestando com o içar de bandeiras espanholas.
“O Governo não se pode demitir de salvaguardar os interesses básicos das populações do interior”, diz o deputado da oposição.
Porfírio Saraiva, do Partido Socialista, afirmou que a culpa da desertificação do interior “é dos diversos governos” e que concelhos como Penamacor não podem pagar uma factura da qual não são culpados.
“Devemos reclamar porque também pagamos impostos (…) nós não podemos calar-nos”, disse o também presidente da concelhia socialista.
O Conselho Geral de Educação (CGE) de Penamacor propõe à Direcção Regional de Educação do Centro “uma autorização especial para que possam funcionar os cursos sem o número mínimo de alunos legalmente exigido, de forma a garantir mais oportunidades nas ofertas educativas neste concelho”, diz o documento lido durante a assembleia.
O CGE propõe, por exemplo, que na constituição de turmas dos cursos do 10.º ano “se possam agrupar alunos de cursos diferentes nas disciplinas da componente de formação geral” e que na componente específica haja a possibilidade de grupos de turma “com número de alunos inferior ao previsto na lei”.
Aquele órgão lembra ainda que a escola tem recursos humanos suficientes e pode adoptar a proposta “sem acréscimo de custos ao erário público”. É também sugerida a formação à distância, através de videoconferência, até para rentabilizar o investimento feito nos últimos anos nas novas tecnologias, através do Plano Tecnológico da Educação.
O tema chegou à assembleia municipal pela mão do presidente da Junta de Freguesia de Águas. Francisco Barreto, que faz parte do CGE, diz que no último ano lectivo “perdemos 30 alunos e este ano podemos perder mais”. O receio é sustentado no facto de haver apenas 31 jovens a frequentar o 9.º ano. Se não houver alunos suficientes para formar as turmas a alternativa é sair do concelho e no entender de Francisco Barreto “se os jovens vão embora já não voltam”.
A moção acabou por ser aprovada por unanimidade e uniu poder e oposição nas críticas à política de Lisboa em relação ao interior.
António Bento, da Coligação Todos por Penamacor (PSD, CDS, Partido da Terra), diz que a população de Penamacor faz parte dos “marginalizados da democracia portuguesa” e falou de sinais de revolta como os que chegam de Valença do Minho, onde a população contesta há várias semanas o encerramento das urgências do centro de saúde, protestando com o içar de bandeiras espanholas.
“O Governo não se pode demitir de salvaguardar os interesses básicos das populações do interior”, diz o deputado da oposição.
Porfírio Saraiva, do Partido Socialista, afirmou que a culpa da desertificação do interior “é dos diversos governos” e que concelhos como Penamacor não podem pagar uma factura da qual não são culpados.
“Devemos reclamar porque também pagamos impostos (…) nós não podemos calar-nos”, disse o também presidente da concelhia socialista.
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