quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Presidente da República no Distrito

Cavaco inaugura Centro Tecnológico

O Presidente da República, Cavaco Silva, inaugura, no próximo dia 5 de Fevereiro o Centro Tecnológico Agro-Alimentar de Castelo Branco, numa cerimónia em que será apresentado o Cluster Agro-Industrial da Região Centro. O Chefe de Estado visitará ainda a Danone, o Centro de Interpretação da Natureza e as Fábrica Lusitana. Os concelhos de Idanha-a-Nova, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã, Covilhã, Fundão, Penamacor e Belmonte também receberão o Chefe de Estado.

O Centro Tecnológico Agro-Alimentar de Castelo Branco será inaugurado, no próximo dia 5 de Fevereiro, pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Segundo o Reconquista apurou, nessa mesma cerimónia, a realizar na parte da manhã, será apresentado o Cluster Agro-Industrial da Região Centro, o qual ficará instalado nas instalações do Centro.

De acordo com David Justino, assessor de Cavaco Silva, programa definitivo está a ser ultimado e a visita, de dois dias – 5 e 6 de Fevereiro - insere-se no Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras. “Aquilo que poderemos dizer é que o senhor Presidente visitará os concelhos de Castelo Branco, Fundão, Covilhã, Idanha-a-Nova, Penamacor, Belmonte, Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova”.

O programa definitivo só “será dado a conhecer na próxima terça-feira, mas é certo que as zonas da campina e do pinhal serão contempladas”, disse ao Reconquista David Justino, sem querer adiantar mais pormenores.

Entretanto, o Reconquista apurou que a deslocação de Cavaco Silva a Castelo Branco, na manhã de dia 5, inclui também visitas às fábrica Danone (o maior centro produtor de iogurtes da Europa daquele grupo) e Lusitana (produtora de uma das farinhas com maior tradição em Portugal – Branca de Neve). Além disso, ainda em Castelo Branco, o Presidente da República visitará o Centro de Interpretação Ambiental.

No dia 6 de Fevereiro, Cavaco Silva visitará, durante a manhã, o concelho de Idanha-a-Nova. As instalações da Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia daquela vila raiana marcam o primeiro contacto do Presidente da República com a realidade local, seguindo-se uma visita à Cooperativa de Queijos e, de seguida, às fragas de Penha Garcia (as quais constituem um dos pontos mais importantes do Geopark Naturtejo, classificados pela Unesco). A visita à Região prossegue, depois, para Norte, com um almoço na povoação de Janeiro de Cima.

Ainda no dia 6, o Presidente visitará os concelhos do Fundão, Oleiros (fábrica da Pinorval, no Orvalho), Sertã e Proença-a-Nova (17H30 no Centro de Ciência Viva). A visita de dois dias inclui também os concelhos da Covilhã, Penamacor e Belmonte, mas até à hora de fecho da nossa edição ainda não era conhecido o programa.

Visita importante

Joaquim Morão, presidente da Câmara de Castelo Branco, sublinha a importância da visita do Chefe de Estado. “É um marco importante para o nosso concelho. O Presidente da República vai visitar empresas que são referência a nível nacional e internacional, que estão tecnologicamente muito bem apetrechadas, com capacidade para vencer os desafios do futuro”.

Durante a visita, Joaquim Morão, revela que o Presidente da República “tomará conhecimento de uma estratégia que estamos a desenvolver na região centro, que passa pela criação de um Cluster Agro-Industrial, onde colocaremos a vertente tecnológica ao dispor do sector primário”.

No entender do autarca, a visita do Chefe de Estado vai “dar visibilidade a um conjunto de empresas e de equipamentos que a cidade tem no campo tecnológico, as quais são fundamentais para o desenvolvimento de toda a região centro”.

Cluster fundamental

Como o Reconquista anunciou, em primeira mão, o centro tecnológico Agro-Alimentar é uma estrutura, equipada com tecnologia de ponta, que pretende dar resposta aos novos desafios do sector agro-alimentar. O novo espaço, situado na Zona Industrial de Castelo Branco representou um investimento de um milhão 473 mil euros, e tem, entre outros parceiros, o Instituto Politécnico de Castelo Branco, através da Escola Superior Agrária.

É precisamente nesse Centro Tecnológico que ficará alojado o Cluster Agro-Industrial. “Com este cluster vimos reforçar esse sector numa perspectiva de prestar serviços a toda a região centro”, assegura.

No entender de Joaquim Morão este espaço de desenvolvimento surge dentro da “estratégia que estamos a desenvolver para trazer para Castelo Branco pólos tecnológicos e inovadores”. O Cluster, cuja candidatura envolveu cerca de 50 parceiros, entre os quais se destacam o Instituto Politécnico de Castelo Branco, Politécnico da Guarda, Escola Superior Agrária de Coimbra e a Universidade da Beira Interior, teve no Nercab o rosto da candidatura.

Para o presidente da Câmara esta "é uma aposta que terá sucesso e que visa ganhar o futuro. O agro-alimentar e o agro-industrial são duas áreas com futuro, pois o País precisa deles".

Para levar por diante esta estratégia foi criada uma nova Associação, a Inova-Cluster que vai gerir todo o processo. Desta forma Castelo Branco passa a ser o centro de referência daquele sector em toda a Região Centro, assumindo-se como promotor de desenvolvimento. Os parceiros deste projecto terão vantagens na aprovação dos projectos a que se candidatarem. Com a implementação do Cluster poderão vir a ser criados várias centenas de postos de trabalho, directos e indirectos.

Como anunciámos, em primeira mão, o Cluster está suportado num conjunto de fileiras agro-industriais, casos do leite/lacticínios, vinho, azeite, cereais, peixe, carne e a hortofloricultura. De acordo com a candidatura aprovada no Quadro de Referência Estratégico Nacional, “a competitividade daquelas fileiras depende não só do seu desempenho específico, mas também da concertação e no grau de inovação e de eficiência aportado por um outro conjunto de actividades que contribuem para a criação de valor acrescentado e para a diferenciação, nomeadamente: o frio, as embalagens, o marketing ou design”.

O programa de acção do Cluster assenta em cinco projectos âncora a desenvolver: criação de uma marca regional distintiva; Centro Tecnológico Agro Alimentar de Castelo Branco e de Distribuição da Guarda; Qualificação e Inovação das Pequenas e Médias Empresas e na Eficiência na Industria alimentar.

Além dos projectos âncora, a candidatura envolve mais 55 outros projectos complementares. No total e se todos os projectos vierem a ser desenvolvidos a estimativa de investimento ultrapassa os 47 milhões de euros, os quais serão financiados ao abrigo do Quadro de Referência Estratégico Nacional e de outros tipo de financiamento público.

De referir que esta aposta envolve um conjunto significativo de empresas do país, das quais se destacam a Danone, Centauro, Fábrica Lusitana ou Soporcel, por exemplo, além de outras empresas ligadas à produção de leite, vinho, enchidos ou azeite, de toda a Região Centro do país.

Autor: João Carrega in jornal "A Reconquista"

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