segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ESTREITO – 2 PEDRÓGÃO – 1

No jogo da jornada as expectativas não saíram defraudadas. Viram-se duas equipas a praticar bom futebol, uma boa arbitragem e incerteza no resultado até final, factores que demonstram a qualidade existente nos dois conjuntos e o porquê de serem segundo e primeiro classificados…

Foi numa toada de equilíbrio que o jogo se iniciou e nem as rápidas transições ofensivas protagonizadas quer pelos pupilos de António Belo, quer pelos comandados de Alexandre Gaspar, conseguiram criar lances de golo através de lances de bola corrida.
Só de bola parada o conseguiram fazer e o Pedrógão foi mesmo o primeiro a causar sobressaltos. Ao 7º minuto Caronho de livre levou a bola até á pequena área local onde o seu companheiro David chegou ligeiramente atrasado para a emenda, e ao minuto 18 seria a vez de Gil Duarte responder com um cabeceamento rente ao poste, após livre apontado por Vieira.
Estes dois lances deixam entender que o equilíbrio era total, mas não era bem assim. De facto os donos do terreno tinham mais posse de bola mas isso não correspondia depois a melhor produção ofensiva, porque do outro lado estava uma turma compacta e muito organizada que permitia circulação do esférico por parte do adversário até à entrada da sua área, mas para aí entrar é que era o cabo dos trabalhos! Mas não só… O Pedrógão atacava bastas vezes o meio campo contrário, onde invariavelmente era mais preciso nos desarmes e imediatos ataques à baliza de Manuel Silva, que no entanto não foi chamado a qualquer intervenção melindrosa.
Face a estes condicionantes, com as defensivas a serem mais fortes que os ataques, a meia distância foi tentada por Gonçalo Guerra que viu um seu remate com selo de golo ser devolvido pelo poste esquerdo da baliza de Tiago à passagem do minuto 32. Era a primeira grande situação de golo da partida, mas nem este lance desfez o equilíbrio até que chegou o minuto 45…
Prata calcula mal o tempo de salto a uma bola bombeada para perto da sua área e fez depois falta clara sobre um adversário. Livre directo a cerca de 10 metros da área mesmo à medida de Caronho, que com um remate pleno de força e colocação transformou no primeiro golo da tarde. E que golo fantástico este que levava o Pedrógão em vantagem para o intervalo!
Para a segunda metade mais do mesmo… Muito equilíbrio, e só mesmo os lances de bola parada para causar frisson. Nove minutos após o reatamento Gonçalo Guerra, mais uma vez de meia distância, rematava a rasar a trave após livre apontado por Vieira e o Estreito não conseguia mais que isto, até que António Belo mexeu no seu xadrez…
Tiago Paulo, um regresso que se saúda, entrado ao intervalo dava já mais profundidade atacante ao seu corredor, mas foi a entrada de Zé Augusto (73`) que agitou e alterou o rumo dos acontecimentos.
De facto este veloz avançado seria fundamental na reviravolta que o jogo havia de sofrer.
Dois minutos após estar em campo restabeleceu a igualdade após mau alívio da defensiva forasteira e 5 minutos volvidos acreditou numa jogada que muitos pensavam perdida face ao passe a rasgar efectuado por Vieira, ganhou a linha de fundo, levantou a cabeça, e cruzou tenso para Rui Paulo Rafael, à ponta de lança, cabecear para o fundo das redes de Tiago.
Era a festa caseira perante o desalento forasteiro, que tinha agora de correr em busca do prejuízo nos 10 minutos que restavam até aos 90 regulamentares.
Contudo essa tarefa não se afigurava nada fácil. O Estreito ganhou definitivamente o controle do jogo e nem a expulsão de Tiago Marques ocorrida aos 87`fez mossa na estrutura do pinhal que gerindo bem o jogo e as emoções, garantiu a conquista dos três pontos.
Foi enfim uma vitória muito suada por parte do Estreito, perante um Pedrógão que se pode orgulhar do excelente jogo realizado, especialmente até ao 75º minuto…
Quanto ao trabalho da equipa de arbitragem chefiada por Ricardo Fontes, apenas uma palavra… EXCELENTE.
Autor: João Perquilhas in "Rádio Cova da Beira"

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