É este o valor do empréstimo bancário que a câmara de Penamacor vai contrair ao abrigo do plano de saneamento financeiro aprovado por maioria na última reunião da assembleia municipal.
Embora considere que se tratasse de uma situação expectável, a bancada da coligação “Juntos por Penamacor” absteve-se na votação da proposta mas com o voto contra do líder da bancada. Hélio Silva considera que não foram prestados todos os esclarecimentos sobre esta matéria, tal como consta na resposta dada por uma das instituições bancárias a quem foi pedida uma cotação para este empréstimo “num desses documentos é dito que não foram dadas informações suficientes nem de forma atempada para que se possa apresentar uma proposta e isto acaba por me deixar algumas dúvidas e embora eu entenda que este empréstimo seja necessário o executivo anda a preparar isto há algum tempo mas quando eu vejo uma entidade bancária dar uma resposta destas eu não posso votar favoravelmente o documento”.
Na resposta o presidente da câmara municipal garante que esta operação em nada se assemelha à que foi seguida por outros municípios, como o PAEL ou o fundo de apoio municipal. António Beites refere que o grande objectivo passa por regularizar toda a dívida com o sistema multimunicipal das «Águas do Zêzere e Côa»: “esta proposta não irá acrescentar nem um cêntimo de dívida para a câmara municipal e o que pretendemos liquidar com esta operação é toda a dívida orçamental e não orçamental em termos da facturação que não foi liquidada”.
Com a aprovação desta proposta, o documento vai ser agora submetido para o tribunal de contas e António Beites deixa um exemplo da importância viabilização para a sustentabilidade financeira da autarquia “só a factura dos juros de mora dos meses de Outubro e Novembro representa um custo a rondar os 23 mil euros; é qualquer coisa de incomportável se nós não resolvermos de uma vez por todas as dívidas que existem com a empresa”.
Autor: nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"
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