terça-feira, 6 de maio de 2014

RELATÓRIO DE GESTÃO APROVADO

 
 
A câmara de Penamacor apresenta um passivo na ordem dos oito milhões de euros. Os números fazem parte do relatório de gestão da autarquia que foi aprovado por maioria na última reunião da assembleia municipal.
 
A bancada da coligação “Juntos por Penamacor” absteve-se na votação dos documentos, mas Hélio Silva não escondeu alguma preocupação com os indicadores financeiros, nomeadamente da dívida a curto prazo “isto releva um desequilíbrio enorme e creio que há aqui um longo caminho a percorrer uma vez que esse valor ronda os sete milhões de euros; tem que haver uma grande contenção nos gastos, cortar aqueles que são desnecessários porque senão quando o dinheiro estiver disponível no próximo quadro comunitário corre-se o risco sério de não haver capacidade financeira para se concorrer ao que quer que seja; deixemo-nos de despesas com o futebol porque a gente precisa é de emprego”.
A bancada do PS saiu em defesa dos documentos apresentado pelo executivo. No entanto Nuno Lucas alerta para a existência de vários indicadores que devem ser melhorados “a receita de capital, que já era pouca, reduziu para metade e neste momento é ligeiramente superior a um milhão de euros e assim não vamos lá; os encargos com as instalações é outro aspecto a combater e temos aqui algum caminho a percorrer na diminuição dos custos de funcionamento dos próprios edifícios, nomeadamente com algumas candidaturas que podem ser feitas no sentido de reduzir os custos energéticos”.
O presidente da câmara de Penamacor admite que a questão da dívida a curto prazo limita a gestão corrente da autarquia. António Beites admite, por isso, vir a recorrer a mecanismos extraordinários para ultrapassar a situação “essa situação limita não só a gestão corrente mas o executivo tem de estar preparado para recorrer ao próximo quadro comunitário para efeitos de fazer obra no nosso concelho e por isso estamos a equacionar a adopção desses mecanismos extraordinários”
O autarca acrescenta que a criação de condições para fixar novas empresas é uma das prioridades e, já na próxima segunda-feira, vai ser apresentada à CCDR uma alteração do plano de pormenor da zona industrial de Penamacor no sentido de criar mais sete lotes para empresas “temos empresários que querem investir no nosso concelho e não temos lotes disponíveis apesar de se chegar à zona industrial e aparentemente haver vários disponíveis mas quase todos eles tem encargos e isso inviabiliza a sua reversão para o município; nalguns dos contratos que foram celebrados essa questão também não foi devidamente salvaguardada e por isso temos necessidade de efectuar esta alteração ao plano de pormenor e posso garantir que todo o caderno de encargos referente a essa ampliação, que vai custar cerca de um milhão e meio de euros, também já foi remetido à CCDR para que o seu financiamento possa ser considerado no próximo quadro comunitário.
António Beites sublinha que estes resultados já reflectem o valor total da dívida da câmara de Penamacor à empresa “águas do Zêzere e Côa” que é de 42 por cento do valor total do passivo da autarquia “a questão das tarifas também é uma preocupação para nós mas estamos convictos de que a fusão que está prevista para alguns sistemas multi-municipais pode trazer-nos alguns benefícios”.
 
 
Autor: Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"

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