quarta-feira, 7 de maio de 2014

REGADIO DA COVA DA BEIRA: FACTOR DE COESÃO

 
 
O investimento superior a 300 milhões de euros continua aquém das expectativas mas os autarcas de freguesia reafirmam a firme convicção de que a obra pode potencial “a coesão territorial e estratégica”. Mas é preciso que alguém assuma a liderança de uma aliança vencedora. O presidente da Câmara de Penamacor está disponível e assumiu-o no debate público sobre o regadio, realizado em Três Povos.
 
O investimento superior a 300 milhões de euros continua áquem das expectativas mas os autarcas de freguesia reafirmam a firme convicção de que a obra pode potencial “a coesão territorial e estratégica”.
Mas é preciso que alguém assuma a liderança de uma aliança vencedora. O presidente da Câmara de Penamacor está disponível e assumiu-o no debate público,sobre o Regadio da Cova da Beira,realizado pela RCB.“Deixando as questões políticas de lado, creio que neste momento é possível defender o território e criar coesão”. “Estou disponível para em conjunto com a Associação de Desenvolvimento do Regadio desenvolvermos uma estratégia comum que nos permita ir ao próximo Quadro Comunitário de Apoios buscar verbas para a agricultura,” afirmou António Beites.
“O Regadio deve ser um factor de união em torno do desenvolvimento do território”.
Opinião de todos os autarcas de freguesia que também estão de acordo quanto ao abandono a que foi votado o território. Em causa os caminhos destruídos pela construção do empreendimento.Hélder Marrucho, preside à Junta de Freguesia de Alcaria e disse que “os caminhos da freguesia e uma conduta de distribuição de água potável ainda estão por arranjar. É importante que os trabalhos sejam realizados antes da recepção definitiva da obra do Regadio”, alerta.
“O Regadio é economicamente sustentável mas há questões como a manutenção dos caminhos e a limpeza de caudais ecológicos que é necessário resolver no imediato”, verbalizou Rogério Palmeiro, autarca na Capinha.
Preocupado está ainda José Fiens. O autarca da Fatela deixa um lamento:”Quem realizou a obra do Regadio nunca se articulou com as Juntas de Freguesia”.Para Guilhermino Nogueira o desespero é outro:“O Regadio ficou em zona de mato. Há lá bons terrenos nos Enxames mas os empresários ainda não se instalaram”.
Seja como for o “importante é cooperar e desenvolver estratégias pois na minha freguesia há muitos agricultores interessados em regar”, refriu Pedro Mesquita da Pêroviseu. Por fim, todos de acordo numa ideia chave transmitida por Paulo Silveira dos Três Povos.“
Só uma estreita cooperação entre os atores locais permitirá o desenvolvimento do território”.
O Regadio da Cova da Beira como factor de união, até nas críticas aos donos de uma obra importante para a região mas cuja conclusão não se traduziu na realização de trabalhos de conservação de caminhos e ligações destruídas pelo regadio.


Autores: Paulo Pinheiro & Dulce Gabriel in "Rádio Cova da Beira"

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