sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Penamacor aperta o cinto

Crise suspende eventos com tradição

A suspensão da meia maratona e do magusto da junta são apenas dois exemplos da poupança a que as autarquias foram obrigadas. A iluminação de Natal também vai brilhar menos.

Nem castanhas, nem corridas. A crise que o país atravessa manifesta-se também na agenda de eventos que punham Penamacor nas bocas do mundo ou pelo menos de quem vive no concelho. Este ano o mês de Novembro vai ficar amputado de dois dos principais acontecimentos anuais da vila raiana: a Meia Maratona Tarzan Taborda e o magusto organizado pela Junta de Freguesia de Penamacor.

António Cabanas, vereador do desporto da autarquia penamacorense, justifica a suspensão da prova desportiva com a necessidade de poupar verbas em áreas como a cultura e o desporto, “no seguimento dos cortes que houve para as autarquias”, refere o vereador ao Reconquista. Algo que o orçamento municipal ainda em vigor já indiciava em Dezembro do ano passado, quando a Assembleia Municipal de Penamacor aprovou um orçamento que assumia uma redução na ordem dos três milhões de euros.

A Meia Maratona Tarzan Taborda teve a sua primeira edição em 1999 e era já uma das provas emblemáticas do distrito. No ano passado contou com quase 300 atletas.

A poupança chega também ao futebol, com a Associação Desportiva Penamacorense e a Associação Desportiva de Pedrógão de S. Pedro a terem de fazer contas à vida. Aqui o corte municipal é de 50 por cento para cada uma delas. A Casa do Benfica de Penamacor não recebe apoios, porque deixou de participar em competições.

A necessidade de poupança é também a razão que está na suspensão no magusto convívio organizado pela Junta de Freguesia de Penamacor, confirmou o Reconquista junto de fonte daquela autarquia. No ano passado a festa juntou cerca de 250 pessoas só ao almoço.


Natal poupado


O Natal também vai ter reflexos da crise. À semelhança de outros concelhos, a Câmara Municipal de Penamacor vai poupar nas iluminações, que este ano vão ficar resumidas a uma rua. A informação foi confirmada ao Reconquista pela vereadora Ilídia Cruchinho, que situa os cortes com a iluminação na ordem dos 50 por cento.

O Jardim da República, o Largo do Municipio e o próprio edifício da autarquia não terão este ano a habitual iluminação decorativa, que ficará reservada para a Rua 25 de Abril e a Igreja Matriz. “É onde existe o comércio” justifica a vereadora. O brilho do Natal fica assim apenas pelo madeiro e o concurso de presépios que o município está a organizar.


Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

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