quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cinco mil passaram pela feira de Megre



A Feira de Coleccionismo e Veículo Antigo chamou muita gente a Águas e poderá voltar no próximo ano.

Dos carros que cabem na palma da mão aos que têm abrigo na garagem, foram muitas as razões para passar no último fim-de-semana pela quinta da família Megre, em Águas. A aldeia do concelho de Penamacor recebeu cerca de cinco mil pessoas durante os dois dias da Feira de Coleccionismo e Veículo Antigo, que José Megre iniciou em vida e que o filho Ricardo tem vindo a prosseguir.

A ideia foi inspirada em Inglaterra, onde o fundador do Clube Aventura frequentou o curso de engenharia automóvel. José Megre juntou uma colecção invejável de miniaturas, brinquedos e outros objectos, que foi trazendo das viagens que fez pelo mundo. Alguns encontraram a sua casa em Águas, a aldeia onde foi sepultado. Mas há outros que continuam em Lisboa, como a preciosa colecção de Dinky Toys, as miniaturas de veículos de origem inglesa.

Ricardo Megre, o filho de José Megre e actual presidente do Clube Aventura, diz que para já esta colecção não vem para Penamacor devido à falta de meios de segurança para a salvaguardar. A colecção é de tal maneira rica que Ricardo Megre não tem dúvidas em dizer que podia originar um museu do brinquedo.

A Feira de Coleccionismo e do Veículo Antigo nasceu em 2008 e este ano contou com a presença de mais visitantes, clubes e passeios.

“Tenho estado a ouvir muitos conselhos de pessoas experientes para ver se consigo melhorar isto de ano para ano”, diz Ricardo Megre ao Reconquista.

A continuidade da feira depende da resposta do público, que nas três edições tem vindo a crescer paulatinamente. Mas também são precisos os apoios, que vêem sobretudo da Câmara Municipal de Penamacor e algumas empresas.

Em relação à autarquia “se não fosse o apoio que têm dado era impossível eu estar a fazer este projecto, que é bastante dispendioso”, assume Ricardo Megre.

Apaixonado pelas viagens e o coleccionismo, José Megre casava as duas actividades na perfeição. Ricardo Megre recorda que o pai aproveitava sempre para trazer umas lembranças dos sítios por onde passava. Mas às vezes os souvenirs só conseguiam chegar ao destino de contentor.

Autor:José Furtado in jornal "A Reconquista"

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