
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Câmara diz ser para breve
A mudança abre caminho a uma solução para a sede da Junta de Freguesia de Penamacor.
Os serviços locais da Segurança Social em Penamacor vão ser transferidos para o antigo quartel da vila, confirmou o presidente da câmara municipal. Segundo Domingos Torrão a transferência da Rua Nova de Santo António para o antigo quartel está prevista para breve, o que também abre caminho à mudança de instalações da Junta de Freguesia de Penamacor, um desejo antigo daquela autarquia.
“Assim que os serviços sejam transferidos temos que avançar com a obra, para uma sede que dignifique a Junta de Freguesia de Penamacor”, assumiu o presidente da câmara penamacorense. A sede da junta encontra-se actualmente na mesma rua, confinada a duas salas no piso térreo da Casa do Povo.
Para o antigo quartel foi também transferido há cerca de um mês o departamento de obras da câmara, que funcionou nos últimos anos na antiga sede da Reserva Natural da Serra da Malcata, junto aos Bombeiros Voluntários de Penamacor. Domingos Torrão explica que a intenção é concentrar os serviços no antigo quartel, que foi requalificado há um ano, “por causa da proximidade com a câmara municipal”, mas também porque os munícipes podem encontrar tudo no mesmo espaço, já que o edifício concentra desde há vários anos a repartição de finanças, a conservatória e o tribunal.
A moradia que até agora albergou o departamento de obras poderá vir a ser alienada, tal como outros espaços pertencentes à autarquia, assumiu Domingos Torrão.
Cofre arrombado de madrugada
O edifício da autarquia de Penamacor foi assaltado pela segunda vez em menos de um ano. Apesar do reforço do gradeamento continua a faltar o alarme.
A história repete-se com um guião quase igual ao que aconteceu há meses. A Câmara Municipal de Penamacor foi assaltada na madrugada do dia 20 e o autor ou autores pareciam saber ao que iam. Domingos Torrão, o presidente da autarquia, referiu aos jornalistas que o assalto “foi directo à tesouraria e ao cofre”, tendo desaparecido um valor na ordem dos 1 500 euros. O cofre foi arrombado com recurso a ferramentas e estaria mais recheado que o habitual.
“Ontem por acaso tinha-se feito alguma receita com a loja do cidadão”, afirmou o autarca, que também tinha no cofre os apoios à compra de livros escolares. Ainda segundo o presidente os assaltantes passaram por alguns gabinetes e foram remexidos envelopes com chaves, não tendo desaparecido documentação.
Domingos Torrão avançou ainda que os investigadores do Núcleo de Investigação Criminal da GNR que estiveram na autarquia são os mesmos que foram chamados após o assalto ocorrido anteriormente e que serão da opinião “que se trata da mesma gente”. A autarquia aguarda “que seja dito alguma coisa relativamente à investigação de um assalto ocorrido em Agosto de 2009”, cujos contornos são semelhantes.
Depois do último assalto a autarquia fez o reforço do gradeamento das portas do rés-do-chão. Mas este não se revelou suficiente, já que a entrada deu-se por uma porta das traseiras. A câmara também continuou sem alarme.
“Estávamos a trabalhar na consulta para colocar alarmes e sistema de vigilância”, garantiu o autarca, que pretende avançar rapidamente para a escolha de um sistema de alarme e vídeo vigilância.
O caso continua a ser investigado pela GNR, que até ao fecho desta edição não tinha mais novidades sobre o assalto, apurou o Reconquista junto do posto de Penamacor.
A Câmara Municipal de Penamacor reuniu recentemente com o secretário de Estado da Administração Interna e o posto da GNR na vila foi visitado pelo director geral desta força de segurança. Segundo Domingos Torrão o responsável da GNR esteve na vila “para fazermos a avaliação de algumas obras de requalificação do posto da GNR”. Quanto aos meios humanos o autarca diz ter recebido a garantia que apesar do congelamento de admissões na administração pública “vão continuar a fazer o recrutamento que estava anunciado”, recordando que no distrito há postos muito piores que o de Penamacor.
Presidente da comissão nacional deu posse a membros
Crianças e jovens com mais protecção
O concelho de Penamacor vai começar a analisar possíveis casos de crianças e jovens em risco. Há cerca de 40 situações detectadas, mas a realidade poderá ser diferente.
A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do concelho de Penamacor (CPCJ) acaba de ser constituída e vai começar a trabalhar com cerca de 40 casos em cima da mesa. O número diz respeito às situações detectadas numa primeira avaliação comunicada pelas juntas de freguesia e as escolas do concelho. Mas a vereadora da Câmara Municipal de Penamacor com o pelouro da Acção Social acredita que nem todos se enquadram dentro das chamadas situações de risco. O que existe neste momento, diz Ilídia Cruchinho, é alguma sinalização “não ainda com a visita à casa das pessoas e a chamada a nós desses casos”.
A vereadora representa a autarquia na CPCJ, que conta ainda com representantes de outras instituições ou serviços sedeados no concelho. É o caso da Segurança Social, agrupamento de escolas, associação de pais, centro de saúde, GNR, associações em geral ou instituições de apoio social como a Santa Casa da Misericórdia ou o Instituto Pina Ferraz, sendo esta última a única instituição do concelho que acolhe crianças em risco. Entre os 18 elementos que fazem parte da chamada comissão alargada estão ainda alguns munícipes indicados pela Assembleia Municipal. Quase todos tomaram posse na passada semana, numa cerimónia que contou com a presença do presidente da Comissão Nacional das Crianças e Jovens em Perigo, Armando Leandro.
Da comissão alargada vai sair uma comissão restrita, que terá entre cinco a sete elementos e um presidente escolhido entre os seus pares. É esta comissão mais reduzida que vai analisar as situações em maior profundidade.
Os membros da comissão alargada, que podem reunir todos os meses, terão conhecimento dos casos mas sem acederem ao nome das pessoas envolvidas. “Mas vão ter conhecimento se os casos foram solucionados ou se vão para tribunal”, explica Ilídia Cruchinho.
A curto prazo, diz ainda a vereadora, “temos meia dúzia de casos em que vamos trabalhar, alguns porque já foram detectados pela nossa psicóloga ou pelo gabinete de acção social”.
A comissão vai ter uma pessoa em permanência, para tomar conhecimento dos casos. A câmara assume a responsabilidade, mas Domingos Torrão lembra que este é mais um exemplo de transferência de competências do Estado para as autarquias, sendo também necessária a compensação financeira.
O presidente da Câmara Municipal de Penamacor diz que a autarquia não quer fugir às responsabilidades “mas também é certo que nós não nos queremos substituir em relação ao Estado. E o Estado tem que dizer de uma vez por todas o que é que pensa da sociedade e para onde é que estamos a caminhar”.
Penamacor é dos últimos concelhos do distrito a formar uma CPCJ, mas Armando Leandro não vê nisso um defeito. Para o presidente da Comissão Nacional das Crianças e Jovens em Perigo “as comissões não podem ser instituídas por decreto, mas só quando as comunidades quiserem”. A comissão é independente do poder central e do poder local, mantendo uma ligação ao Ministério Público. Mas o tribunal é o último recurso, para evitar o estigma.
“É uma cultura nova e que se baseia no localismo. Cada comunidade deve tomar nas mãos o seu destino”, diz o presidente nacional.
Os casos de negligência ou abandono escolar são de um modo geral os que mais preocupam as comissões. A partir de agora se verá se Penamacor foge ou não à regra.
Bemposta
”Jões” marcam encontro
Os “Jões” da freguesia de Bemposta marcaram encontro para 26 de Junho nesta aldeia do concelho de Penamacor. O convívio acontece há quatro anos e desta vez a organização promete muita farra, bons petiscos e muitas surpresas.
As inscrições estão a decorrer até 24 de Junho pelos telefones 93 253 80 74 e 96 013 06 59, ou ainda pelo correio electrónico joesbemposta@hotmail.com.
In jornal "A Reconquista"
Câmaras da região fazem mais um furo no cinto
COM OS ALARMES a soar bem alto, Portugal tenta arrepiar caminho para evitar que males ainda maiores se abatam sobre as finanças nacionais. O cenário económico e financeiro é de alta complexidade e risco e o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentado pelo Governo em Bruxelas não tardou em ter adendas restritivas impostas pela realidade. A começar pela realidade criada pelas agências de rating que elevaram o risco da dívida nacional, fazendo o país pagar mais pelos seus empréstimos ao exterior, levando-os aos limites do incomportável.
Adendas duras que implicaram uma generalizada subida de impostos e cortes nos gastos do Estado. IRS, IRC e IVA irão buscar maiores fatias do rendimento disponível dos portugueses. Com este plano, o Executivo planeia baixar o défice para 7,3 por cento este ano e 4,6 por cento em 2011. E ainda se está por saber se o cenário de austeridade não ficará ainda mais... austero. Há quem pense que a tal realidade que nos ronda vai obrigar a novas quedas na dita.
Portugal tenta, assim, resolver a questão do desequilíbrio – que é estrutural – das suas contas e evitar uma implacável intervenção “disciplinadora” internacional, que não o faria sem impor mais draconianas condições de austeridade. Uma acção que Portugal já conheceu em 1983, às mãos do Fundo Monetário Internacional e que muitos ainda recordam. No final de 2009, o défice nacional representava 9,4 por cento PIB, mais do triplo do tecto máximo imposto pela União Europeia aos países da Zona Euro, com uma taxa de desemprego acima dos dez por cento e uma dívida externa correspondente a 75 por cento do PIB.
As autarquias vão sofrer, para já, um corte nas transferências do Estado na ordem dos 100 milhões de euros. Num interior onde alguns municípios já desfalecem sob o peso dos encargos da dívida.
José Pires Manso, professor Catedrático da Universidade da Beira Interior e responsável do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social, sustenta que esta redução “vai, logicamente, prejudicar todas as autarquias e em particular as do interior, mais débeis em termos financeiros”. Sobre o aumento das três taxas do IVA, o docente destaca que este aumento não penaliza “quem ganha mais e favorece quem ganha menos. As empresas do interior e também as do resto do país vão ressentir-se, particularmente as mais débeis, e que já não têm margem de manobra para baixarem os preços como forma de manterem as vendas”, adiantando que esta medida “favorece a evasão fiscal”. A juntar a isto, outra agravante de em Espanha, o IVA continua mais baixo do que em Portugal, com incidências nos “produtos energéticos que mesmo com subida na parte espanhola vão continuar a ser bastante mais baratos lá, prejudicando as empresas e famílias do lado de cá da fronteira.
José Pires Manso sustenta ainda que “O acréscimo de IVA dos bens de primeira necessidade de cinco para seis por cento vai penalizar mais os reformados e os rurais do interior com rendimentos mais baixos e que possivelmente vão deixar de poder comprar alguns dos medicamentos de que precisam para comprar esses bens”.
Câmara do Fundão trava investimento futuro e os apoios a actividades recreativas
A CÂMARA Municipal do Fundão não vai realizar nos próximos tempos qualquer novo contrato ou assumir compromissos que impliquem investimento monetário. Uma decisão que é assumida pelo presidente do município, Manuel Frexes, e que foi comunicada aos restantes membros do executivo durante a última sessão (realizada dia 19). Visivelmente agastado com a situação económica do país e as consequências que a mesma traz para a autarquia, Manuel Frexes garantiu que tentará fazer face aos acordos previamente assumidos e que não abdicará das políticas sociais. Já os apoios às associações e a determinadas actividades terão de ser reduzidos.
“Face ao quadro de instabilidade e ao quadro de situações muito complicadas e gravosas que nos impõem, vemo-nos obrigados a reduzir o financiamento que fazemos a determinadas actividades, nomeadamente às de carácter regional, recreativo e cultural. Temos de reduzir esses apoios porque estamos a sofrer cortes muito avultados”, justificou. Mesmo assim, Manuel Frexes reiterou que fará “tudo o que for possível” para cumprir os acordos que estavam assumidos, não revelando contudo quando concretizará esses pagamentos e deixando mesmo em aberto a possibilidade de renegociar alguns desses compromissos.
“Nós vamos continuar a cumprir, enquanto podermos cumprir. No momento em que não conseguirmos cumprir chamaremos as pessoas e explicaremos a realidade e tentaremos encontrar soluções conjuntas”, disse, quando questionado pelos vereadores da oposição, a quem foi recordado as responsabilidades do Governo.
“Nós estamos a tentar cumprir, o que não acontece com o este Governo que faz acordos connosco e no dia seguinte já não os cumpre”. “Por exemplo temos mais de cinco milhões de euros executados nas obras que eram co-financiadas, mas há mais de um ano que não recebemos nem um cêntimo da CCDR”, apontou.
Manuel Frexes sublinha ainda que os reflexos do Plano de Austeridade se reflectem além do domínio das receitas. “Estas medidas não têm apenas a gravidade de nos tirarem o dinheiro que estava no Orçamento. A questão não reside só aí. Temos ainda o aumento das taxas de juro e das operações financeiras. Ora, num município que teve de se endividar para realizar o investimento, claro que isso terá grandes repercussões. Depois temos a questão dos impostos que se reflecte na actividade da câmara, no seu dia-a-dia e que resultará no esfriamento da actividade económica e a consequente diminuição de receita”, referiu. Constrangimentos que não se devem sentir no que concerne às políticas de apoios sociais. “Daremos prioridade a duas áreas. O pouco dinheiro que tivermos, seja muito ou pouco, terá de ser encaminhado para a assistência social e para a área da educação”. “A educação é estratégica para o desenvolvimento de qualquer concelho e por isso manteremos a aposta, sendo certo que já dei indicações para que as taxas sejam aplicadas com mais rigor”, assumiu. “Além disso, temos os apoios sociais, nessa área e no que depender de nós nenhum idoso ou criança passará fome. Aí os apoios da câmara nunca sofrerão cortes porque quando isso acontecer já não estaremos cá a fazer nada”, concluiu.
Investimentos em risco e cortes na despesa são cenários prováveis
O ANUNCIADO corte nas transferências do Estado para as autarquias está a gerar alguma apreensão entre os autarcas do interior, designadamente no presidente da Câmara de Penamacor, um dos concelhos mais debilitados e desertificados desta região. “Ainda não temos qualquer informação oficial e só depois de sabermos qual será, efectivamente, a redução de verbas decidiremos as medidas a adoptar”, disse ao JF Domingos Torrão. A perspectiva de ver reduzidas as transferências da administração central numa altura em que os orçamentos e planos de actividade estão aprovados motivar fundados receios à generalidade das autarquias numa região sistematicamente penalizada.
“Programámos investimentos e apoios para resolver os problemas das populações e somos agora confrontados com uma situação inesperada que terá inevitáveis consequências negativas nos municípios mais débeis”, sublinha o presidente da Câmara de Penamacor, admitindo ser obrigado a reequacionar a actividade municipal, compatibilizando as despesas com as receitas. “Alguns investimentos poderão ficar em risco e haverá necessidade de reprogramar apoios e subsídios em função da nova realidade”, alerta o autarca, considerando que os atrasos na disponibilização das verbas do III Quadro Comunitário, cuja execução já deveria estar em velocidade cruzeiro, estão a agravar significativamente as dificuldades.
E a situação dramática que o país está a viver, bem como a necessidade de todos contribuírem para resolver o problema, a oposição propôs, na última sessão da Câmara de Penamacor, um corte de 5% na despesa global do município. “Reduzindo em cinco pontos percentuais a despesa global estaremos a dar um passo firme no sentido de ajudar o país e as pessoas que mais precisam, reafectando recursos, revendo prioridades e investimentos”, explicou o vereador Vítor Gabriel, dando alguns exemplos de realizações e apoios cuja continuidade é de ponderar em tempo de crise. “Numa altura destas faz sentido continuar a apoiar o futebol com quase 200 mil euros por ano?”, questionou o vereador, manifestando também algumas reservas sobre as mais valias que o investimento de 200 a 250 mil euros na FACEP tem gerado para Penamacor.
Já António Cabanas, da maioria, discorda da redução das transferências pelo facto de os municípios do interior serem suficientemente penalizados, dada a debilidade e carência do seu tecido económico.
“Apertar o cinto é uma necessidade inevitável”
NA COVILHÃ, o presidente da Câmara, Carlos Pinto, referiu no decorrer da última reunião da Assembleia Municipal (AM), realizada no dia 14, que a sua autarquia irá também cortar nas despesas e admitiu que o apoio social poderá ser uma das áreas afectadas.
Contactado, terça-feira, pelo “JF”, Carlos Pinto disse que o executivo camarário ainda “não tomou qualquer decisão” e que é prematuro adiantar quaisquer medidas.
Seja como for, voltou a reafirmar que apertar o cinto é uma necessidade inevitável depois do Governo ter anunciado o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que prevê a redução das transferências do Estado central para as administrações regionais e locais.
Na Assembleia Municipal, Carlos Pinto foi claro ao afirmar que “não há volta a dar”, a Câmara “vai ter que cortar por causa do Governo do PS “.
Os próximos tempos são de contenção e redução e, num aviso à navegação, acrescentou: “Não sei se este ano vamos lançar mais uma única obra pública e não sei se aprovo mais algum protocolo com as freguesias”.
Na mesma reunião da Assembleia Municipal, dirigindo-se aos presidentes de junta, Carlos Pinto deixou ainda um alerta: “Se conseguirmos fazer as transferências correntes já não é mau”.
Em 2009 a Câmara da Covilhã registou 95 milhões de euros de dívida, reconhece Carlos Pinto que, no entanto, realça que “a dívida foi reduzida e vamos reduzi-la ainda mais”.
O autarca salienta ainda que em dez anos o património da Câmara da Covilhã mais do que triplicou e que a capacidade de endividamento está a 50 por cento.
Autarquias do distrito adiam alguns projectos importantes
ESTIVESSEM as contas do país tão boas como as de Castelo Branco (são os últimos Anuários Financeiros dos Municípios que o provam) não seriam necessárias medidas de austeridade.
A capital de distrito pertence ao grupo restrito de concelhos com melhor gestão municipal. Certo é que o corte de transferência obriga Joaquim Morão, autarca de Castelo Branco, a fazer contas. O socialista aponta que o valor da redução atingirá os 600 mil euros, mas independentemente desse corte, garante que a Câmara de Castelo Branco continuará a “assegurar todos os seus compromissos e seguiremos o mesmo rumo que temos seguido até agora”. Joaquim Morão refere que a redução de transferência obrigará “às cautelas devidas” do município albicastrense para que a Câmara “continue a ter uma saúde financeira que lhe possibilite continuar a honrar os seus compromissos”. “Temos acauteladas todas as nossas receitas e é evidente que não será no investimento que os cortes se sentirão, nem nos apoios essenciais para o bem estar e qualidade de vida de todos os albicastrenses”, apoios portanto na área social e escolar, por exemplo.
Idanha corta 430 mil euros
As associações e a própria Câmara de Idanha-a-Nova vão ter de apertar o cinto quanto a gastos na realização de eventos. Álvaro Rocha, autarca local, lamenta que tenha de ser assim, mas os 430 mil euros que espera receber a menos do Estado a isso obriga. “Nestas coisas, quem fica atingido é quem nós prestamos apoio”, refere. As despesas correntes vão ter ainda mais controlo. “Como deve calcular não podemos deixar uma obra a meio nem deixar de pagar aos funcionários”, diz o autarca do município que mais tem apostado na sua promoção turística com a realização de eventos. Haverá investimentos previstos que poderão ser adiados, no entanto Álvaro Rocha esclarece que serão seleccionados aquando da elaboração do próximo Orçamento. Os apoios no âmbito social serão também reavaliados já que para Álvaro Rocha “não existem áreas intocáveis quando temos de fazer sacrifícios”.
Ródão desconhece valor de corte
É o caso da autarca de Vila Velha de Ródão, que desconhece em quanto se situará o valor do corte. Maria do Carmo Sequeira entende que a redução do valor de transferência terá de ser encontrada com base na dimensão do município e nas transferências a que tinham direito. “Uma redução de 500 mil euros para Ródão não é comparável com a mesma redução na Câmara de Lisboa ou do Porto”.
A autarca, que tem participado em várias reuniões no seio da Associação Nacional de Municípios (na próxima segunda-feira acontecerá mais uma), entende que a haver sacrifícios, “têm de ser feitos por todos, é assim em Portugal e em todo o mundo”. Maria do Carmo Sequeira garante ter eliminado na sua autarquia “desperdícios” e que o facto de não se ter atingido em Ródão o limite de endividamento (está a 80 por cento de ser atingido), diz, “os investimentos em curso no concelho não estão em perigo, porque temos capacidade de nos endividar. Mas não queremos entrar em endividamentos que depois tenham que ser assumidos por alguém, pelo que estamos tranquilos e com despesas controladas”. Maria do Carmo Sequeira por fim assegura que o plano de ajuda a famílias necessitadas “está em curso já que iniciámos esse apoio há algum tempo de forma preventiva”, com o grupo de voluntariado e Loja Social.
O calendário de investimentos lançados directamente pelo município não vai sofrer alterações. “É o caso da estrada panorâmica Ródão ao castelo, mas todas as outras têm de ter comparticipação do município e para estas não tenciono fazer nenhum empréstimo. A situação actual do país não altera em nada a estratégia que tem sido seguida em Ródão”, assegura por fim.
Proença-a-Nova segura obras
Em Proença-a-Nova, a autarquia “vai continuar a ser gerida de forma rigorosa”. João Paulo Catarino, presidente da Câmara, garante que vai estar de olho nas despesas correntes. “O valor total desta rubrica no ano passado diminuiu cerca de cinco por cento. Prevemos que no final deste ano conseguir mais uma diminuição de despesas correntes na ordem dos 3,5 a 4 por cento”, aponta, custos que dizem respeito, por exemplo, a consumos, deslocações, entre outros. A redução de funcionários está completamente afastada em Proença. “No ano passado, aumentando mais 50 mil euros com as despesas com funcionários, conseguimos reduzir as despesas correntes”.
O corte de transferências para Proença, nas contas de João Paulo Catarino, vai situar-se entre 350 a 400 mil euros. “O valor do corte dava para fazer uma obra. Não somos uma Câmara rica, é evidente que nos afectará”, reconhece, garante contudo que é nas despesas correntes e em investimentos pontuais que os seus efeitos se farão sentir. “Estamos a pagar de 30 a 40 dias aos nossos fornecedores e queremos manter essa média”, reitera João Paulo Catarino. Esta autarquia não atingiu o limite de endividamento, mas recorrer à banca “para já, é uma questão que não se coloca”, garante. Na mesma semana em que foi lançada umas das mais importantes obras deste ano, a variante sul de Proença-a-Nova, com valores que ultrapassam um milhão de euros, na vila está a ser construído um Centro Educativo e aguardam-se apoios do Quadro de Referência de Estratégia Nacional (QREN) para o saneamento básico na Pedra do Altar. “Todas as obras que temos estado a lançar têm apoios do QREN, pelo que não se trata neste caso de reduzir investimentos”, explica. O caso muda de figura no que toca a investimentos que dependem directamente do esforço do município e não de investimentos comunitários. Estão nesta situação projectos de requalificação em algumas freguesias que devido a medidas de contenção emanadas do Terreiro do Paço, vão ser adiadas. Adiadas “para daqui a um ano”, diz, estão “obras mais pequenas” como a requalificação da rua do Comércio na Sobreira Formosa ou do largo da Igreja de São Pedro do Esteval.
Ouro furtado em ourivesaria de Penamacor
O Comando Territorial de Castelo Branco da GNR registou, durante o período de 17 a 23 de Maio, um total de 33 furtos, dos quais se destacam quatro efectuados no dia 17 de Maio.
Na Covilhã, os militares daquela força de segurança registaram um furto a uma residência, com recurso a chave falsa, de onde foi subtraída uma arma de caça avaliada 1.000 euros.
Ainda na Covilhã, foi praticado um crime por furto em propriedade agrícola de castanheiros, no valor de 8.000 euros.
(…) A notícia continua na íntegra na edição impressa do Jornal.
PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS
Penamacor já tem Comissão
Com a entrada em funcionamento da CPCJP e para que a cobertura ao nível do Distrito de Castelo Branco seja completa ficam apenas a faltar os concelhos de Belmonte e Vila Velha de Ródão, os únicos que ainda não possuem em funcionamento esta instituição ofícial não judiciária.
(…) A notícia continua na íntegra na edição impressa do Jornal.
SEGUNDO CASO EM MENOS DE UM ANO

Em declarações à Gazeta do Interior, o presidente da autarquia explicou que tudo indica que os assaltantes "sabiam ao que iam, pois foram directos aos serviços de tesouraria e ao cofre ali existente, de onde subtraíram o dinheiro".
(…) A notícia continua na íntegra na edição impressa do Jornal.
OPOSIÇÃO QUER REDUZIR DESPESA EM 5%
A oposição na Câmara Municipal de Penamacor propõe a redução da despesa global da autarquia em 5%. A proposta foi apresentada na última reunião do executivo.
Segundo Vítor Gabriel, o objectivo é que também a autarquia de Penamacor possa dar um contributo na recuperação económica do país "é um passo firme que estamos a dar no sentido de ajudar o país, reafectando recursos e revendo prioridades".
Na resposta, António Cabanas diz que o corte está previsto no plano de austeridade apresentado pelo governo que vai reduzir as transferências para os municípios. Quanto ao município de Penamacor, o vice presidente da autarquia refere que "o esforço de redução é permanente" mas não deve atingir o investimento "principalmente em concelhos do interior como o nosso, com debilidades e carências económicas em que são necessários investimentos, muito menos numa altura em que está em velocidade cruzeiro o Quadro de Referência Estratégica Nacional".
A proposta da oposição acabou por não ser votada, numa reunião em que esteve ausente o presidente da câmara municipal.
Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"
quarta-feira, 26 de maio de 2010
A23 vai ter portagem no futuro diz o Ministro das Obras Públicas

Penamacor: Autarca do PS acusa organismos do Estado de estarem a levar o País à ruína

Em declarações à Rádio Voz da Raia, o autarca do PS diz desconhecer o valor que a Câmara vai receber a menos, face às medidas de austeridade impostas pelo Governo.
O autarca de Penamacor pode que o Estado possa intervir numa série de entidades para diminuir o défice público a par de alguns investimentos públicos que estavam anunciados.
Para o autarca Domingos Torrão ha organismos do estado que não têm razão de ser e que estão a levar o País à ruína.
O Presidente da Câmara, face às medidas de austeridade impostas pelo governo, referiu à rádio do concelho que desconhece ainda o valor que a Câmara vai receber a menos, uma vez que haverá cortes na ordem dos 10% nas verbas destinadas às autarquias.
Domingos Torrão diz desconhecer a extensão do corte e pede que a máquina do Estado seja reduzida.
O autarca, num discurso critico fala mesmo numa ataque às autarquias em nome da crise.
Autor: Jaime Pires in "Diário Digital Castelo Branco"
terça-feira, 25 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Penamacor: Depois de casa roubada trancas à porta
sexta-feira, 21 de maio de 2010
PENAMACOR : CÂMARA ASSALTADA
É a segunda vez, em menos de um ano, que o edifício da câmara municipal de Penamacor é assaltado. Sistemas de alarme e videovigilância vão avançar.
Desta vez os larápios arrombaram as grades e porta das traseiras e foram direitos ao cofre da tesouraria de onde levaram mais de 1.500 euros. Para além do dinheiro e de alguns envelopes com chaves remexidos não existem outros danos a registar “ em termos de documentação não levaram nada”, assegura o presidente da CMP.
De acordo com Domingos Torrão, e referindo informações dos agentes do núcleo de investigação criminal da GNR que estiveram no local, “ devem ser as mesmas pessoas que estiveram envolvidas no anterior assalto”.
Desde o assalto do ano passado, a câmara tinha colocado grades nas portas e janelas, mas vai ter que continuar a reforçar a vigilância do edifício com a colocação de um sistema de alarme e videovigilância, garante o autarca de Penamacor.
Segundo Domingos Torrão, numa recente reunião com o secretário de estado da administração interna a segurança no concelho foi um dos temas abordados. O autarca espera que Penamacor seja contemplado com o reforço de efectivos anunciados pela tutela para todo o país “o director geral e o inspector da GNR já estiveram no posto de Penamacor para analisar as obras de requalificação das instalações, assegura o edil.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Festas Populares 2009
Visita de Estudo a Constância e a Santa Margarida
Às voltas com o planeta
A maior parte dos alunos, professores e auxiliares do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas de Penamacor fizeram, dia 10 de Maio, uma visita de estudo a Constância e Santa Margarida.
Os alunos da EB 1 de Águas viajaram no terceiro autocarro, juntamente com os seus colegas do Pedrógão de São Pedro, da Aldeia do Bispo, da Benquerença e do Salvador.
Esta visita estava relacionada com diversos temas de Estudo do Meio dos vários anos de escolaridade. Com esta visita todos aprenderam mais sobre o Sistema Solar e a importância da preservação da Natureza.
In jornal "A Reconquista"
Obras profundas salvam templo da degradação
A romaria do concelho de Penamacor começa este domingo e mostra uma capela renovada após sete meses de restauro.
Lá fora ouve-se o sino enquanto é colocado na fachada da capela. Lá dentro é o barulho das vassouras que faz eco. As mordomas da Senhora da Póvoa não têm mãos a medir para pôr o chão de pedra a “brilhar”. Afinal não convém destoar com o resto da capela, que por dentro está como nova após sete longos meses de trabalhos de recuperação.
Carlota da Silva gosta do que vê. “Estão muito bonitas” diz quando a questionamos sobre as obras que chegam agora ao fim. Filomena Mujeiro e Otília Capelo são da mesma opinião, encantadas que estão com a recuperação da capela. A romaria está entranhada no espírito da população do Vale da Senhora da Póvoa, que ainda há poucos meses ficou angustiada com o desaparecimento da imagem da santa, entretanto recuperada. E hoje até se graceja com o episódio.
“A Nossa Senhora não quis daqui abalar”, diz Carlota da Silva entre risos e vassouradas, que o trabalho não pode ficar para trás.
Joaquim Capelo, do Santuário de Nossa Senhora da Póvoa, conta que foi feita “uma renovação por completo”, depois de anos em que as obras não foram mais que pequenos remendos. O responsável da obra é Luís Pires, que apesar de estar a viver em Sesimbra conhece a romaria desde pequeno, ou não fosse a mãe de Idanha-a-Nova e o pai da Meimoa, aldeia do concelho de Penamacor.
Na obra estiveram envolvidas 14 pessoas e segundo Luís Pires “o mais complexo foi consolidar e trabalhar as madeiras podres, com a reconstrução dos altares”. Pelo meio houve algumas surpresas, como a descoberta de cinco figuras na parte de dentro do altar-mor, que acabaram por ser recuperadas.
Com a capela como nova, o pároco desta aldeia do concelho de Penamacor já pensa no próximo passo.
“Ainda há muito para fazer no exterior, mas pelo menos a capela já tem um outro aspecto” diz o padre César Nascimento, que está na paróquia há um ano e meio. O ponto alto da festa acontece na próxima segunda-feira. As confissões começam às 9 horas, seguindo-se às 11h30 a Procissão e ao meio-dia a Eucaristia. O adeus acontece às 16 horas. Quem não tem este dia livre pode deslocar-se ao santuário no domingo, para a missa das 16 horas, seguida de Procissão. César Nascimento vai mesmo apelar à autarquia de Penamacor para que o feriado de segunda-feira volte a ser uma realidade, para que a festa possa ser feita no dia devido.
Ocorrências
Câmara de Penamacor assaltada de madrugada
A Câmara Municipal de Penamacor foi assaltada na madrugada desta quinta-feira.
Domingos Torrão, o presidente da autarquia, referiu aos jornalistas que o assalto “foi directo à tesouraria e ao cofre”, tendo desaparecido um valor na ordem dos 1500 euros.
Os assaltantes entraram no edifício camarário a partir de uma porta lateral, utilizando o mesmo método de assaltos anteriores.
O comandante distrital da GNR de Castelo Branco, Hélder Almeida, disse à Agência Lusa que o Núcleo de Investigação Criminal da GNR procedeu a averiguações no local, não acrescentando mais pormenores.
Domingos Torrão disse ao Reconquista que ainda aguarda “que seja dito alguma coisa relativamente à investigação de um assalto ocorrido em Agosto de 2009”, cujos contornos são semelhantes.
MAIS INFORMAÇÃO NA PRÓXIMA EDIÇÃO DO RECONQUISTA
Câmara de Penamacor assaltada durante a noite
Uma porta das traseiras do edifício municipal terá sido forçada e usada para entrar no edifício, referiu o responsável.
«O Núcleo de Investigação Criminal da GNR procede a averiguações no local», acrescentou, sem adiantar mais pormenores.
Segundo referiu, já no último ano o edifício foi assaltado a partir da mesma zona.
Penamacor: Camara assaltada durante a noite funcionários impedidos de entrar

Entrevista com o Presidente da Câmara
Gazeta do Interior (GI) – Como classifica a qualidade das escolas do Concelho? Que tipo de intervenções têm sido feitas?
As EB1 e Jardins-de-Infância, embora não sendo edifícios novos, têm recebido, nos últimos anos, melhoramentos ao nível de iluminação, sanitários e outras obras de requalificação, bem como apetrechamento com equipamentos informáticos, de forma a permitir melhores condições de ensino aprendizagem.
GI – Quais as necessidades mais urgentes?
DT – Neste momento não existem necessidades urgentes nas escolas do 1º Ciclo e Jardins-de-Infância que ainda estão em funcionamento, uma vez que todos os edifícios escolares têm as condições necessárias para um bom funcionamento até à conclusão do Centro Educativo de Penamacor. No entanto, sempre que são detectados quaisquer problemas ou necessidades pontuais elas são resolvidas.
(…) A notícia continua na íntegra na edição impressa do Jornal.
OBRAS JÁ ESTÃO A DECORRER
Centro Educativo de Penamacor concluído no próximo ano lectivo O Centro Educativo de Penamacor, que está em construção, vai acolher todos os alunos do Ensino Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho.
O presidente da Câmara de Penamacor, Domingos Torrão, realça que o Centro Educativo de Penamacor, que já está a ser construído, estará concluído no próximo ano lectivo, sendo esse um passo importante para o ensino, uma vez que é aí que se concentrarão todas as crianças que frequentam o Ensino Pré-Escolar e o 1º Ciclo do Ensino Básico, no Concelho.
Perante esta nova realidade, Domingos Torrão, questionado se no parque escolar concelhio há edifícios que necessitam de obras de requalificação e quais, responde que "com a finalização das obras do Centro Educativo e com a transferência dos alunos para este complexo escolar apenas serão efectuadas pequenas obras nos edifícios escolares que se apresentem como urgentes e efectivamente necessárias".
(…) A notícia continua na íntegra na edição impressa do Jornal.
PENAMACOR: OS INCOMPATÍVEIS
O presidente da câmara de Penamacor enviou um ofício ao ministério da educação questionando a incompatibilidade do vereador da oposição Jorge Antunes, com o cargo de director do agrupamento de escolas Pêro da Covilhã.
O ministério respondeu que não existe qualquer incompatibilidade no cargo, mas a atitude de Domingos Torrão não foi bem recebida pela oposição que acusa o autarca de "perseguição política e profissional" e falta de lealdade e frontalidade "podem acusar-nos de muita coisa mas nunca de falta de frontalidade" argumenta Vítor Gabriel. Já para o visado, Jorge Antunes, questiona-se que objectivos teria a questão colocada "prejudicar-me política e profissionalmente".
António Cabanas, que presidiu à reunião do executivo devido à ausência do presidente, desconhece o envio do ofício mas considera que Domingos Torrão esteve bem quando pediu o esclarecimento à tutela, "se o senhor presidente pediu esclarecimentos, como o senhor diz, fez bem porque é assim que deve ser feito, primeiro esclarecer as dúvidas nos locais próprios e não lançar suspeitas", o vice presidente da autarquia diz que a oposição de estar a criar "um não caso".
Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"
quarta-feira, 19 de maio de 2010
CASTELO BRANCO CONHECE MEIOS
729 homens, 146 viaturas, 8 meios aéreos e 22 postos de vigia. É este o dispositivo que vai ficar no distrito durante o período mais crítico da época de combate a incêndios florestais.
Um dispositivo que, em relação ao ano passado, tem mais um meio aéreo que vai ficar no concelho de Penamacor e mais um posto de vigia privado no concelho de Proença-a-Nova.
Para a governadora civil de Castelo Branco "a aposta neste dispositivo é para manter uma vez que os resultados alcançados são muito positivos pelo que qualquer alteração só deve ser introduzida se se chegar à conclusão de que a resposta é insuficiente".
A fase Charlie de combate a incêndios florestais vai entrar em vigor no próximo dia 1 de Junho; ao contrário de anos anteriores em que chegou ao terreno a 15 de Maio. Alzira Serrasqueiro refere que essa alteração se fica a dever "às condições climatéricas excepcionais que se verificaram em toda a Europa ao longo das últimas semanas e que, neste caso concreto, nos permitiram ter mais 2 semanas para uma melhor planificação".
No distrito de Castelo Branco os índices de área ardida, afirma o comandante operacional distrital, "tem vindo a diminuir". Para Rui Esteves a grande aposta deste ano vai incidir "na diminuição do número de ignições pois nos últimos anos assistimos a um aumento do número de incêndios. Nesse sentido é fundamental reforçar a aposta na prevenção e também numa política diferente para a floresta; a melhor forma de combater um incêndio é evitá-lo".
Um dispositivo que vai ficar no terreno até ao dia 30 de Setembro.
Autor: Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"
terça-feira, 18 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Antiga enfermeira não faltou à homenagem
Maria Estela Camejo foi aluna do primeiro curso de enfermagem criado por José Lopes Dias. Mas o médico marcou a sua vida desde os primeiros momentos.
Maria Estela Camejo é um caso especial por várias razões. Foi aluna do primeiro curso de enfermagem em 1948, mas o seu percurso cruza-se com a figura de José Lopes Dias desde o primeiro ano de vida. Ainda bebé é atingida por uma difteria, que naquele tempo levava para a cova muitas crianças da sua idade. Lopes Dias salvou-lhe a vida graças a um tratamento de papas de linhaça com mostarda, contou ao Reconquista.
Estelinha, como também é conhecida, é natural da Lardosa, no concelho de Castelo Branco, onde nasceu há 84 anos. O seu pai foi colega de liceu do pai de José Lopes Dias e a ligação à família nunca mais se quebrou.
Anos mais tarde, Estelinha decidiu que queria ser enfermeira e estava decidida a ir estudar para Lisboa, após ler um anúncio no jornal. Conta que já tinha entregue a candidatura quando certo dia se cruza em Castelo Branco com José Lopes Dias, a quem confidencia a vontade. Ele mostra-se contra, perante a desilusão da jovem Estela.
“Olhe que já me basta a minha mãe que não quer que eu vá tirar o curso de enfermagem”, disse-lhe então. Afinal era apenas um mal entendido e Estelinha ficou a saber naquele momento, pela boca do próprio, que estava para abrir uma escola de enfermagem em Castelo Branco.
Findo o curso e o estágio, José Lopes Dias pediu-lhe para ir exercer enfermagem para a Benquerença, aldeia de origem do pai do médico. Estelinha foi “encantada” e exerceu a profissão numa terra onde antes da sua chegada não havia um Verão sem a morte de uma criança por falta de assistência e onde os bebés tomavam gema de ovo com cinza para se desenvolverem.
“Para mim foi extraordinária aquela terra, era gente boa, amigos”, recorda hoje.
Maria Estela Camejo passou ainda por Oledo, em Idanha-a-Nova, e esteve 11 anos nas Termas de Monfortinho, no mesmo concelho.
Familia e antigos alunos marcaram presença
A população de Vale da Senhora da Póvoa uniu-se para erguer um busto ao fundador da actual Escola Superior de Saúde de Castelo Branco.
Um grupo de naturais desta freguesia do concelho de Penamacor iniciou há alguns meses uma recolha de donativos para reunir sete mil euros. Américo Valente deu a cara pela iniciativa, alimentando a campanha através da sua página pessoal na internet. Mas o mérito é entregue por ele ao povo da sua aldeia.
“Este povo deve sentir-se orgulhoso por ter conseguido tudo sozinho, sem apoios oficiais”, referiu ao Reconquista no dia da homenagem. A Junta de Freguesia e a Associação dos Amigos de Vale da Senhora da Póvoa também ajudaram na concretização do objectivo.
No dia da inauguração, Américo Valente era um homem feliz, não só pela ideia ter chegado a bom porto mas também por ter reunido 35 elementos da família Lopes Dias.
José Lopes Dias, o filho mais velho do médico, lembrou “a forma afectiva” como o pai se referia à aldeia natal e aos seus conterrâneos, afectividade que segundo este “se manifestava de várias formas, desde as consultas médicas graciosas quando aqui vinha, à disposição para ajudar os seus jovens a frequentarem a Escola de Enfermagem que fundou e dirigia em Castelo Branco”.
Além de médico, José Lopes Dias foi também jornalista, escritor, historiador e um estudioso de médicos como Amato Lusitano. Tinha ainda a paixão pela pintura e pelas raízes, razão pela qual nunca deixou o território que o viu nascer.
“Nunca quis sair de Castelo Branco e teve vários convites vindos de Lisboa e de Coimbra”, lembra o filho José.
O apego de José Lopes Dias à terra e ao desenvolvimento do interior foi também referido por António Reis Bogas, o presidente da Junta de Freguesia de Vale da Senhora da Póvoa.
“A desertificação sucessiva e cada vez maior a que se tem vindo a assistir, deve-se ao modo como os diversos governos tem olhado para o interior (…) Com homens como o Dr. José Lopes Dias o cenário actual seria com certeza outro”, afirmou o autarca no seu discurso. E lembrou que foi ele que também criou o posto de saúde da aldeia “onde os medicamentos não faltavam”.
Domingos Torrão também lembrou José Lopes Dias como um homem que nunca esqueceu as raízes e que deu a mão a muitos dos conterrâneos, que tiveram na enfermagem a sua profissão. Para o presidente da Câmara Municipal de Penamacor se foi difícil implantar uma faculdade de medicina no distrito, por decisão do Governo de António Guterres, “imaginem as dores de cabeça que deve ter tido para avançar (há 62 anos) com uma escola de enfermagem em Castelo Branco”.
Posse a 20 de Maio
A eleição do presidente da comissão concelhia vai acontecer apenas após a instalação, apurou o Reconquista.
Penamacor
Os naturais da freguesia de Pedrógão de S. Pedro, em Penamacor, voltam a encontrar-se na zona de Lisboa a 12 de Junho.
O convívio pedroguense acontece na Associação Desportiva e Cultural de Vila Fria, em Oeiras, numa organização do G12 com o apoio da Junta de Freguesia de Pedrógão de S. Pedro e da Câmara Municipal de Penamacor.
A recepção está marcada para o meio-dia, seguindo-se o almoço e uma tarde cultural.
Os interessados em deslocar-se até Oeiras devem inscrever-se até 2 de Junho na sede da junta de freguesia, informa aquela autarquia.
Alunos e professores envolvidos em iniciativa conjunta
Nove mil alunos de seis concelhos do distritos vão estar envolvidos na iniciativa escolar para assinalar o Centenário da República. Durante 20 minutos as actividades lectivas vão parar.
Os cerca de nove mil alunos e 800 professores dos vários ciclos de ensino das escolas públicas de seis concelhos do distrito poderão participar nesta iniciativa para celebrar o centenário da República por intermédio da leitura.
A ideia partiu do núcleo de responsáveis pelas bibliotecas escolares, acabou por contar com a adesão das várias bibliotecas municipais e consistirá na suspensão simultânea das actividades lectivas, durante 20 minutos, para que os alunos usufruam do prazer de ler, tal como explica o responsável da biblioteca escolar do Agrupamento de Alcains, Rui Mateus.
“Já foram escolhidos diversos textos, que serão disponibilizados em diferentes suportes para que, à hora marcada, todos tenham algo para ler.” A República serviu de critério de selecção dos textos e funcionou também como ideia norteadora do evento, dado que este ano se comemoram os 100 anos da sua implantação em Portugal.
“O grande objectivo da actividade é a promoção da leitura, sublinhando a perspectiva de partilha alargada de uma experiência que se quer um momento único e diferente no dia-a-dia das escolas”, sublinha o bibliotecário escolar.
Oleiros quase não tem e Castelo Branco resiste
Oleiros é o concelho do País com a menor taxa de desemprego, segundo um estudo divulgado esta semana. Os últimos dados do Instituto do Emprego revelam que, na região, o Centro da Sertã é o que menos desempregados apresenta na Região Centro. Castelo Branco continua a resistir à crise. O Norte do distrito é o mais afectado.
O Centro de Emprego de Castelo Branco, que inclui além da capital de distrito, os concelhos de Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão, tinha no final de Março um acumulado de 3544 desempregados, dos quais 306 procuravam primeiro emprego e 3238 um novo emprego.
Os dados revelam que a Norte do distrito a situação é mais complicada. O Centro de Emprego da Covilhã, que inclui ainda os concelhos do Fundão, Belmonte e Penamacor, apresentava um total de 5927 desempregados, dos quais 629 procuravam o primeiro emprego e 5298 procuravam novo emprego, ou sejam já tinham trabalhado.
Os Centros de Emprego têm em curso diferentes programas de apoio a quem não tem emprego. Mas a abertura de novos postos de trabalho passa também pelo dinamismo e capacidade de atrair novos investimentos pelas próprias autarquias. Fernando Serrasqueiro, Secretário de Estado do Comércio e da Defesa do Consumidor, lembrou isso mesmo, na passada sexta-feira, na Sertã. “O desafio que se coloca na administração local é económico, de empreendedorismo e imaginação, de forma a potenciar o aparecimento de empresas”, disse.
Cidade resiste
Castelo Branco continua a resistir à crise e surge como um exemplo do que as autarquias podem fazer. Um outro estudo divulgado, na última edição do Semanário Sol revela isso mesmo e coloca a cidade albicastrense como uma das que (de igual dimensão) apresenta menor taxa de desemprego do país, com um total de 12,1%. Joaquim Morão, presidente da autarquia, considera esta uma questão importante. “A criação de condições para que fossem criados novos postos de trabalho no concelho sempre foi uma prioridade. Fizemos um grande esforço para atrair empresas que trouxessem novos empregos”, assegura.
O autarca adianta que “foi feito um grande investimento, para que se criassem mais de novos mil e 200 postos de trabalho no concelho, nos últimos quatro anos. Foi um forte contributo para que, na situação em que o país se encontra, o desemprego não tivesse disparado em Castelo Branco”.
Joaquim Morão garante “continuar a fazer esforços para que novas empresas venham para a cidade”. O presidente da Câmara diz que a aposta na área dos serviços foi ganha. “A nossa obrigação é apostarmos naquilo que é possível. Essa é uma área em crescimento em Portugal e nós não desperdiçámos a oportunidade para trazermos para Castelo Branco essas empresas. Fomos das primeiras cidades do País a aproveitá-la. Esta aposta permite-nos ter um índice de desemprego muito menor que outras cidades de dimensão idêntica a Castelo Branco”.
Pinhal melhor
Na Zona do Pinhal a situação surge como a menos preocupante. Os números do IEFP revelam isso mesmo. O estudo do Semanário Sol coloca o concelho de Oleiros como o segundo do país com menor taxa de desemprego, com 4,3%. A situação não surpreende os residentes do concelho, nem as empresas ali instaladas, que em muitos casos têm que recrutar mão de obra em concelhos vizinhos.
José Marques, presidente da Câmara de Oleiros, diz ainda assim “que basta haver uma pessoa desempregada para nós estarmos preocupados”. O autarca sublinha a política que a autarquia tem seguido no sentido de dar oportunidades às empresas para se instalarem em Oleiros. Nalguns casos, como na fábrica de peluches Steiff, a autarquia ampliou as instalações fabris (que são propriedade municipal), de forma a garantir um aumento de produção.
“Os dados vêm ao encontro daquilo que tem sido a nossa política nessa matéria. E os números só não são melhores, porque as acessibilidades ao concelho ainda não são boas”, diz José Marques, para depois acrescentar: “quero acreditar neste Governo, que as nossas reivindicações vão ser atendidas e as novas estradas construídas”.
O estudo do Semanário Sol, coloca outros concelhos da região bem colocados como os que possuem menores taxas de desemprego. É o exemplo de Mação (5,2%), Vila Velha de Ródão (5,9%), Proença-a-Nova (7,4%), Penamacor (8,6%), Sertã (9,1%) ou Vila de Rei (10%). O esforço do poder autárquico nesta matéria tem dado alguns frutos. Como exemplo refiram-se os fortes investimentos anunciados para Proença-a-Nova, os quais resultaram de uma forte intervenção da autarquia presidida por João Paulo Catarino, ou em Vila Velha de Ródão, como o demonstra a abertura da fábrica de papel.