quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

PENAMACOR: ACADEMIA APADRINHA SEIS CRIANÇAS MOÇAMBICANAS

Rádio Cova da Beira

A Academia Sénior de Penamacor, a Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro Sul (ADRACES), o Município penamacorense e a Organização Não Governamental (ONG) “The Big Hand” estão de braços dados numa ação de voluntariado internacional. 

A ONG tem como missão um trabalho de parceria com as comunidades e organizações particulares de Moçambique que ajuda a construir “Escolas Amigas” baseadas nas boas práticas da UNICEF.

O projeto, que prevê o apadrinhamento de seis crianças da Aldeia de Matsinho, em Moçambique foi apresentado esta semana no auditório da Academia de Música e Dança de Penamacor, no ex-quartel.
Para o diretor executivo da Adraces, António Realinho, este género de iniciativas só engrandecem e torna mais forte quem as dinamiza
“Ajudar estes projetos de voluntariado é uma forma de nos engrandecer, ajudando os outros. É dar dimensão a um projeto da ADRACES através da forma com que tem desenvolvido a Academia Sénior de Penamacor, nesta cruzada de voluntariado que vai permitir ajudar a educar crianças e contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades onde estas se inserem a saírem da pobreza e garantir o direito à saúde, educação e a um futuro melhor. O apadrinhamento vai também possibilitar a ligação com as crianças, as suas famílias e as comunidades locais que estabelecem uma rede de intercâmbio, através de troca de cartas, fotografias ou mesmo de visita dos padrinhos à comunidade”, refere aquele responsável.

A colaboradora da ONG, Romy Fortes, presente na cerimónia não esconde a satisfação pela concretização deste projecto, que vai contribuir para quebrar o ciclo de pobreza destes jovens moçambicanos
“Com todos os esforços que os nossos parceiros/padrinhos estão a fazer poderemos quebrar este ciclo e assim formar estes jovens para que eles próprios, no futuro, possam apoiar outros que estejam a passar pela mesma situação de dificuldade. Fomos contatados pela ADRECES e depois a Academia aceitou este desafio de apadrinhar estas seis crianças o que é fantástico para nós porque, desta forma, consegue resgatar estas crianças. Vamos ver o que o futuro reserva”, disse
De acordo com Romy Fortes , a ajuda da Academia Sénior de Penamacor vai tornar possível melhorar a escola e a educação das crianças e resolver alguns projetos da comunidade, dando como exemplo “executar um furo de água para garantir que haja água potável ou construir latrinas na escola para que as crianças possam desfrutar do processo de aprendizagem num ambiente limpo e seguro”.
A contribuição monetária dos padrinhos é investida na alimentação, num plano de saúde oral e na educação das crianças garantindo a diminuição do absentismo escolar”, conclui Romy Fortes

Na sessão de apresentação da iniciativa foram visualizados slides da situação em que os jovens vivem, em comunidades desfavorecidas. Imagens que comoveram o presidente da câmara municipal de Penamacor que garante que este é a primeira de outras parceiras entre a câmara e a ADRACES
“Este é o primeiro de vários projetos de parceria entre a Câmara a Academia e ADRACES porque estas causas humanitárias são muito importantes nos dias de hoje e que comovem as pessoas, como eu hoje aqui fiquei. A Academia Sénior de Penamacor, com este gesto que atravessa o nosso Continente, estende a mão a seis crianças, contribui para que uma aldeia inteira saia da pobreza e engrandece este projeto social”.
Um projeto a que se associou também o agrupamento de escolas Ribeiro Sanches “por uma boa causa”, disse Helena Pinto, a diretora da escola.
A comunidade académica de Penamacor quis de forma voluntária ser parte de um projeto de mudança e passa a integrar a família de padrinhos e madrinhas que tornam sonhos em realidade para seis crianças de Chipaco, uma comunidade rural situada a sete quilómetros da aldeia de Matsinho, onde a população pratica uma agricultura de subsistência, vivendo abaixo do limiar da pobreza e sem água potável, o que leva a índices de higiene muito baixos potenciando várias doenças.
Passa haver cartas a circular entre Portugal e África, uma vez que os padrinhos podem escrever aos afilhados e até enviar presentes. Os afilhados também escrevem, os que já o sabem fazer, ou em alternativa fazem um desenho que podem pedir ajuda aos responsáveis pelo projeto.

c/ Luís Seguro

Autor: Paulo Pinheiro in "Rádio Cova da Beira"

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