quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

PENAMACOR: ASSEMBLEIA MUNICIPAL ELOGIA OBRAS

Rádio Cova da Beira

A requalificação urbana efetuada na vila mereceu aplausos dos membros do órgão tendo sido enaltecida “ a coragem do executivo” em levar por diante a empreitada. Apesar disto, Francisco Abreu para a fala de pessoas e de emprego no concelho e os taxistas não concordam com a nova localização da praça (terreiro do mercado). 

A intervenção global de requalificação da vila de Penamacor, cujas obras foram inauguradas este fim-de-semana, custaram um milhão de euros e, até ao momento, o município não recebeu qualquer financiamento, disse o presidente da câmara na última sessão da assembleia municipal
“Provavelmente as obras serão pagas sem a câmara receber um único cêntimo uma vez que todas as candidaturas que fizemos estão inseridas em regime de overbooking e o recebimento do respetivo financiamento irá transitar integralmente para 2016” disse António Beites que, no entanto, garante o pagamento integral das obras efetuadas através do orçamento camarário
“Estão todas devidamente comprometidas contabilisticamente, por isso, os empreiteiros podem estar à vontade que não irão ficar sem receber o valor de todas as empreitadas lançadas”.
O autarca recordou uma intervenção feita há um ano, também numa sessão da assembleia municipal, por um membro do órgão, onde foi criticado o fato da câmara fazer obras apenas em algumas freguesias e não existir qualquer intervenção na vila
“Isto foi há um ano, está em ata, e um ano depois a câmara municipal teve a coragem de lançar uma obra com esta envergadura, uma empreitada que provavelmente devia ter sido feita há muitos anos”, disse o edil.
O presidente da junta de Vale da Senhora da Póvoa saudou o executivo pela requalificação realizada em Penamacor e pela iluminação natalícia “porque hoje Penamacor é hoje uma vila mais bonita e atraente pena é que obras destas não possam chegar a todas as freguesias”.
Também António Frazão, da bancada Juntos por Penamacor, felicitou a câmara pela oportunidade da iniciativa que embelezou a vila
“Uma obra com caraterísticas semelhantes não será tão cedo que se voltará a repetir, mas algumas soluções encontradas não terão sido as mais corretas. A curva da Igreja em nada melhorou podendo ter sido encontrada solução mais conveniente; tantos semáforos num espaço tão pequeno parece-me exagerado e quanto a eficiência ponho as minhas dúvidas”.
Com certezas quanto à coragem do executivo em realizar a requalificação urbana com a dimensão efetuada está o presidente da junta de freguesia de Penamacor, que admite a correção de algumas decisões tomadas. Para António Gil, Penamacor está a mudar
“Com este executivo, há aqui um clique de viragem com a aposta em projetos que anteriormente nunca se fizeram. As pessoas de Penamacor ficarão eternamente gratas ao atual presidente da câmara por ter feito uma revolução tão grande e que vai continuar”, sustenta o autarca.
Uma estratégia que Francisco Abreu espera “não fique por aqui”. O membro da bancada do PS gostaria que o Jardim da República também beneficiasse de uma intervenção forte. Admitindo que a dinâmica do atual executivo tem contribuído para alterar o espírito de como se vê Penamacor para o futuro, com vontade e crença que o concelho seja diferente, Francisco Abreu defende a necessidade da preocupação de todos os autarcas do concelho ser o de apontar pistas para minimizar o mais grave problema do território: a falta de pessoas
“E se nestes dois anos que o executivo tem pela frente, neste primeiro mandato, e se as juntas de freguesia não se preocuparem efetivamente com este problema nós daqui por meia dúzia de anos nem concelho temos. Este deve ser o foco central de todos. Somos cada vez menos, os jovens vão-se embora, não há trabalho, os idosos vão falecendo… isto é gravemente preocupante”, afirma o autarca.
No período da intervenção do público, Maria Helena Capelo, em representação dos quatro taxistas da vila, primeiro o elogio às obras depois o descontentamento pela nova localização da praça de táxis, no terreiro do mercado
“Consideramos que a nova localização para além de ser desproporcionada limita o acesso dos cidadãos deste município ao serviço por nós prestado. Cidadãos que na maioria são pessoas idosas, com problemas graves de mobilidade ou outros problemas de saúde que os impossibilita de subir a barreira de acesso à praça de táxis.”. Para os taxistas, a visibilidade deve ser ponderada porque o serviço que prestam é de proximidade.
O presidente da autarquia não fez declarações, mas prometeu analisar o assunto.

Autor: Paulo Pinheiro in "Rádio Cova da Beira"

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