O Tribunal de Contas (TC) reduziu, de dois milhões e 400 mil euros para um milhão 132 mil, o valor do saneamento financeiro pedido pela câmara municipal de Penamacor. Não são boas notícias para Penamacor, diz António Beites, uma vez que o valor aprovado pelo Tribunal de Contas já não vai dar para liquidar a totalidade da dívida à empresa Águas do Zêzere e Côa.
"Penamacor tem um problema orçamental que tem a ver com as dívidas e processos judiciais com a empresa Águas do Zêzere e Côa, e o que pretendíamos era resolver essas dívidas, não são boas notícias para nós porque não iremos resolver o problema da forma que queríamos mas estamos a entrar em contacto com a empresa para encontrarmos outras formas de resolver o resto da situação”.
Segundo o presidente da câmara municipal de Penamacor esta redução, imposta pelo Tribunal de Contas, teve em consideração as contas do município do ano 2013 e não do ano passado “neste momento temos uma nova capacidade de nos financiarmos porque nas contas de 2014 temos uma margem superior que não tínhamos em 2013”.
Uma capacidade que vai permitir a contracção de um empréstimo para investimento no valor de um milhão e 100 mil euros, para assegurar a realização de várias obras em curso, "como os arranjos urbanísticos da vila”, e outras que segundo o autarca vão ser lançadas brevemente “a ampliação dos cemitérios de Penamacor e Salvador, a criação de mais sete lotes na zona industrial, ou seja, o intuito é aproveitar esta oportunidade para criar um cash flow que nos permita olhar com optimismo para as oportunidades do novo quadro comunitário”.
Os dois vereadores da bancada da oposição abstiveram-se na votação do empréstimo e da proposta do TC, e mais uma vez lamentaram a recepção tardia da documentação que suporta a ordem de trabalhos da reunião. Vítor Gabriel garante que se a situação se mantiver na próxima reunião do executivo o voto da bancada será contra.
Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"
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