terça-feira, 25 de novembro de 2014

Padre Quim Tó sente-se realizado no serviço às pessoas

Arciprestado de Penamacor
Joaquim António Morais Martins, mais conhecido por Quim Tó, é padre desde 8 de Dezembro de 1999. Natural da Guarda adoptou a Miuzela, concelho de Almeida, como terra de origem. É de lá que são naturais os pais e é por lá que passa os dias de descanso. Depois de frequentar os Seminários Diocesanos, Fundão e Guarda, fez uma experiência missionária em Nampula, Moçambique, inserido no Movimento da Juventude Hospitaleira, onde participou no projecto de “apoio às crianças de rua”. 
Peroviseu e Silvares, no arciprestado do Fundão, e Trancoso foram outras das localidades por onde passou, antes de tomar conta das paróquias de Aldeia do Bispo, Aldeia de João Pires, Aranhas e Salvador, no arciprestado de Penamacor. Desde há um ano que também é administrador paroquial de Benquerença, Meimoa e Penamacor. 
Sem ter mãos a medir para responder a todas as solicitações galga quilómetros de um extremo ao outro das terras que tem ao seu cuidado. No desempenho da missão paroquial tem sido preciosa a ajuda de outros colegas e de leigos que fazem a Celebração da Palavra. 
“As paróquias têm muitas pessoas mas a grande maioria com mais de setenta anos”, explica o padre Quim Tó. Num concelho com pouco mais de cinco mil habitantes, nos últimos três anos houve mais de 400 óbitos. “Jovens quase não há e dos poucos que há, apenas alguns arriscam fazer aqui o 12º ano, pois a grande maioria vai estudar para outros lugares”, acrescenta.
O reduzido número de crianças é bem visível na catequese cujos centros estão a diminuir de ano para ano. “ Tenho duas paróquias em que já não há catequese, não só devido à falta de crianças como de catequistas”, adianta o padre Quim Tó. Para resolver este problema está apostado na criação de um Centro de Catequese na sede do arciprestado. 
Num arciprestado em que a pastoral da terceira idade ocupa grande parte do tempo, o padre Quim Tó diz que o que mais o realiza é “estar ao serviço das pessoas”. E acrescenta: “Sinto-me bem como padre, mas o ser padre tem outros desafios que aqui quase não consigo concretizar devido à elevada idade das pessoas. Independentemente da idade devemos servir as pessoas”. Na distribuição do tempo destina “um dia por semana para dar a volta a todas as paróquias”.
Desde que foi para a zona de Penamacor já realizou algumas obras, nomeadamente em Aldeia do Bispo, onde foi necessário arranjar a Igreja, a capela do Espírito Santo e a casa paroquial. Para breve, estão programados trabalhos em Penamacor tendo em vista a melhoria dos Santuários de Nossa Senhora do Incenso e de Nossa Senhora do Bom Sucesso.  
Ao serviço paroquial tem associado o serviço social que é prestado pelos Centros Paroquiais de Aldeia de João Pires e Benquerença e pela Fundação Instituto Pina Ferraz de Penamacor. A Fundação apoia crianças e jovens em situação de risco e, em parceria com a Universidade da Beira Interior, atribui bolsas de estudo a estudantes carenciados do Ensino Superior, naturais do concelho. A Fundação dispõe ainda de mais de 7 mil hectares de terreno, onde estão a ser desenvolvidos projectos agrários e florestais, com a introdução de porcos bizarros, ovelhas churras e a plantação de 250 mil sobreiros.

In jornal "A Guarda"

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