segunda-feira, 8 de setembro de 2014

BANHO DE MULTIDÃO EM PENAMACOR

 
 
António José Seguro acusou António Costa de "deslealdade" e de provocar uma "divisão profunda" no PS, numa altura em que o país precisava do partido unido. A jogar em casa, Seguro, encheu o pavilhão desportivo de Penamacor.
 
Vieram às centenas, sobretudo de Penamacor e Idanha-a-Nova, encheram o pavilhão desportivo da vila, deixando emocionado o secretário-geral do PS à chegada. Em fim-de-semana de eleições nas federações distritais, e escusando-se a comentar o facto da distrital de Castelo Branco estar com o seu adversário, António José Seguro leu os resultados das eleições pelos dos dois ângulos possíveis “os resultados permitem aos apoiantes do António Costa dizerem que têm mais uma federação e aos meus apoiantes dizer que ganharam por uma diferença de mais 1.200 votos, mas aquilo que me preocupa é esta divisão profunda no Partido Socialista, e esta divisão, esta crise, é causada pela ambição pessoal do António Costa, o PS não merecia isto e os portugueses que querem uma alternativa ao governo desejavam ter hoje o PS concentrado numa oposição ao governo e numa afirmação da nossa alternativa”.
Depois do banho de multidão, que juntou socialistas, simpatizantes, dissidentes do PS, e ex-autarcas, como Domingos Torrão ou Amândio Melo, António José Seguro aproveitou a energia do momento. Emotivo e motivado, discursou durante 30 minutos: lembrou os valores que aprendeu em Penamacor, e prometeu levá-los para a política, acusou António Costa de deslealdade quando rasgou o acordo que ambos tinham feito de não provocar eleições no PS até às próximas legislativas e lembrou o que está em causa nestas eleições “cada um de vós tem no dia 28 a oportunidade de fazer uma escolha: aqueles que querem votar nos interesses dos mesmos e de sempre não votem em nós, mas aqueles que querem lutar por valores, por princípios, por honrar a palavra, por não dizerem hoje uma coisa e outra amanhã, por separar a política dos negócios, então dêem-me o vosso apoio”.
Assumindo-se como um candidato “livre de interesses”, “de mãos limpas” e “sem compromissos com ninguém”, num país que precisa de políticos de palavra, António José Seguro lembrou as causas do projecto que tem para Portugal “a preocupação com aqueles que precisam de uma boa escola pública, um bom serviço nacional de saúde e uma boa protecção social que garanta apoio na doença, aos desempregados e que garanta a pensão e a reforma a quem trabalhou uma vida inteira são as marcas e causa deste projecto”.
Para além do presidente da câmara de Penamacor, que elogiou as qualidades do filho da terra, discursou ainda Armindo Jacinto, o presidente da câmara de Idanha-a-Nova, num comício onde foi notada a ausência da federação distrital do Partido Socialista.
 
Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira

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