sexta-feira, 22 de maio de 2009

Colégio renasce na internet


Encontro é objectivo dos promotores


Oito ano depois de fechar portas o Externato de Nossa Senhora do Incenso volta a reunir quem por lá passou.


Um grupo de antigos alunos do colégio de Penamacor está a reunir fotografias, documentos e outras informações para contar a história deste estabelecimento de ensino que marcou várias gerações de penamacorenses e não só.
O blogue http://www.alunos-ensi.blogspot.com/ nasceu em Fevereiro deste ano, depois de Daniel Lopes e Nuno Fonseca trocarem dois dedos de conversa pelo Messenger, o sistema de troca de mensagens escritas através da internet. Os dois amigos e antigos colegas de carteira estão agora separados por milhares de quilómetros. Daniel vive em Castelo Branco e Nuno Fonseca está em Fortaleza, no Brasil. Diogo Gaspar juntou-se ao projecto e o espólio de memórias tem crescido ao ritmo diário, graças também à colaboração de Manuela Martins, antiga secretária do colégio. Mas Daniel Lopes tem a noção que há muito material que se encontra disperso, nomeadamente em colecções pessoais. E por isso o blogue está aberto à contribuição de todos os que por lá passaram.
O projecto não se esgota na internet e já se fala num encontro de antigos alunos, à semelhança das chamadas romagens da saudade que têm sido notícia em Castelo Branco.
Uma ideia que Francisco Ribeiro, proprietário do Externato de Nossa Senhora do Incenso, vê com bons olhos. Contactado pelo Reconquista, o professor recorda que nos anos 90 chegou a ser organizado um encontro de antigo alunos, mas não teve seguimento. Os anos que dedicou ao colégio foram tantos que deu aulas a pais de jovens que também foram seus alunos.
Não terá sido o caso de Maria de Lurdes Lopes, que ainda assim esteve 12 anos na escola. A professora Milú, como ainda é conhecida, veio directamente de Lisboa e durante anos fez a viagem entre Castelo Branco - onde hoje dá aulas – e a vila raiana. Os 100 quilómetros diários eram feitos na companhia de outras professoras que viviam na cidade. Ainda hoje mantém muitas amizades e confessa a alegria de encontrar antigos alunos. “Foi muito enriquecedor principalmente do ponto de vista humano”.O colégio nasceu a meio da década de 1950 em frente à Casa do Povo, num espaço hoje ocupado por um prédio de habitação. A partir de 1961 ocupa o edifício junto ao Bairro 1.º de Maio, que foi ampliado na década de 1990. A escola fechou portas em 2001 e nos últimos anos tem sido a casa do arquivo municipal e da escola de música, entre outros.

Autor: José Furtado in jornal A Reconquista

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