terça-feira, 8 de julho de 2014

POPULAÇÕES EM PROTESTO

 
 
Muitas dezenas de pessoas marcaram presença, na vigília em defesa da escola do primeiro ciclo de Aldeia do Bispo para contestarem o encerramento daquele estabelecimento de ensino no próximo ano lectivo. Para 2014/2015 estão matriculados 24 alunos. Um número que sobe se forem contabilizadas as crianças que frequentam o pré escolar e que por isso está acima do número de 21 alunos definido pelo ministério da educação.
 
José Aníbal Birra, presidente da união de freguesias de Aldeia do Bispo, Águas e Aldeia de João Pires sublinha que esta decisão não faz qualquer sentido, até por força da reorganização administrativa do território que entrou em vigor depois das últimas eleições autárquicas “se a escola já era essencial para Aldeia do Bispo mais o é agora uma vez que existiu o processo de agregação de freguesias com Águas e com Aldeia de João Pires e o governo devia ter isso em atenção; quando foi celebrado o acordo que previa o encerramento das escolas com a construção do centro escolar foi dito que a medida ia abranger apenas as escolas com menos de dez alunos, agora fala-se em 21 mas mesmo assim nós temos um número de crianças superior” Também a vereadora com o pelouro da educação na câmara de Penamacor marcou presença nesta acção de protesto. Ilidia Cruchinho refere que a autarquia foi apanhada de surpresa com esta decisão e já enviou um ofício ao ministro da educação com o intuito de procurar reverter esta decisão “a escola tem condições, tem um número superior de alunos ao que consta da portaria, há uma vontade muito grande dos pais para que a escola fique aberta, os transtornos que a autarquia vai ter nomeadamente no que diz respeito à questão dos transportes; tudo isto são razões que constam dum ofício que já foi enviado para todas as entidades competentes e espero que oiçam as nossas razões”. Uma acção de protesto que também contou com a participação do coordenador da união de sindicatos de Castelo Branco. Para Luís Garra “o encerramento de qualquer serviço público no interior do país é contrário às perspectivas de desenvolvimento que a região necessita; não há aldeias vivas se não houver crianças e fechar a escola é contrariar a lógica de desenvolvimento que a Beira Interior precisa e lhe é devida”.
 
 
Autor: Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"

Sem comentários: