sábado, 31 de dezembro de 2011
Processo de investigação à autarquia de Penamacor foi arquivado
PENAMACOR: ORÇAMENTO APROVADO SEM DISCUSSÃO
Demografia. Beira Interior tem os municípios mais envelhecidos do país
Nas asas de um tempo que nos fez menos e mais velhos
Mais velhos, menos população activa, famílias cada vez mais reduzidas. Retratos precisos de um Interior que continua a clamar por uma justiça que se arrisca a tardar... E a falhar. Continuamos demasiado longe das decisões
HÁ UM tempo que corre nestas veias, a seiva de uma existência colectiva que nos trouxe até longe, até aqui, ao patamar onde nos encontramos. Poderá ter sido um qualquer desvio que nos que imputou estes ditames, mas esta é, mesmo, a realidade que nos cerca. O agravamento do fenómeno do envelhecimento da população portuguesa manifesta-se em diferentes graus, mas é um sustentáculo de um tempo em que apenas 16 dos 308 municípios apresentam, em 2011, indicadores de envelhecimento inferiores aos de 2001. Entre os dois Censos à população a realidade alterou-se e adensou-se, nomeadamente na Beira Interior. Mais uma vez, as frias estatísticas abrem caminho para o quotidiano que nos rodeia. Nada com que não nos cruzemos, mas quantos tirarão ilações do que vêm?
É na zona da raia que os tons do mapa escurecem quando falamos de envelhecimento da população. Penamacor é, de resto, o concelho do país com o maior índice de envelhecimento: 599,5. Ou seja, residem nesta geografia quase 600 idosos (população com 65 ou mais anos) por cada cem jovens (até aos 14 anos). Os números são demasiado claros para ilustrar uma realidade que, afinal, nunca nos foi distante, só passando desapercebida a quem não quer ver. A tal realidade que está bastante visível em todos os caminhos que cruzam os destinos desta vasta Beira Interior, embora com densidades e tonalidades diferentes. Nas proximidades desta geografia, há, assim, o peso de um intemporal fôlego que nos conduz por entre estes espaços combalidos ao peso de uma renovação demográfica que simplesmente não se consegue alcançar. Nem sequer aproximar. Falamos de vãs aspirações contra um determinismo que se afigura de combate hercúleo. Os indicadores há muito que estão invertidos por estas terras do interior, onde parece instituído um movimento perpétuo de retracção, de esvaziamento, de enviesamentos avulso, onde poucos se conseguem intrometer. O Interior continua demasiado longe e... demasiado vazio. Porquê chatearem-se?
Centrando a leitura no Censos 2011, o Instituto Nacional de Estatística (INE) salienta que “em Portugal, a proporção da população com 65 ou mais anos é, em 2011, de 19 por cento. Este valor contrasta com os oito por cento verificados em 1960 e com os 16 por cento da década anterior”.
Destaca ainda o INE que estes números têm, naturalmente, impacto no índice de envelhecimento. Em 2011, este indicador “acentuou o predomínio da população idosa sobre a população jovem. Os resultados dos Censos 2011 indicam que o índice de envelhecimento do país é de 129, o que significa que Portugal tem hoje mais população idosa do que jovem. Em 2001, havia 85 municípios com o índice de envelhecimento menor ou igual a 100. Em 2011, este valor é de 45”.
Em Portugal, há, portanto, 129 cidadãos com 65 ou mais anos por cada cem cidadãos até aos 14 anos. Ou seja, um índice de envelhecimento de 129. Em Penamacor, como sabemos, este indicador é quase de 600. Um retrato não apenas de um concelho, mas também de uma região, embora em escalas distintas.
Estes números têm particular interferência com outro dos indicadores utilizados pelo INE:o índice de sustentabilidade potencial do município, ou seja, a relação existente entre a população em idade activa (entre os 15 e os 64 anos) e a população idosa (com 65 ou mais anos). Nos Censos de 2011, os resultados nacionais ditam que há 3,4 activos por cada indivíduo com 65 ou mais anos. Em 2001, este indicador era de 4,1.
Dos quatro menores índices de sustentabilidade do país, três deles são de municípios do distrito de Castelo Branco. Penamacor, Vila Velha de Ródão e Idanha-a-Nova apresentam um indicador de sustentabilidade potencial de 1,1. Ou seja, há cerca de um indivíduo em idade activa por cada cidadão com 65 ou mais anos. Para além do evidente retrato social que este indicador transmite, dá uma preciosa visão sobre o dinamismo económico subjacente a uma região. Estes três municípios são também daqueles que têm a mais baixa média de pessoas por família: menos de 2,2 indivíduos por agregado. Este é apenas mais um momento desta longa caminhada. Para a agonia.
(Leia toda a reportagem da edição semanal)
Por: Nuno Francisco in "Jornal do Fundão"
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
PORFÍRIO SARAIVA REELEITO
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
ENTRADA DE PENAMACOR EM OBRAS ATÉ FINAL DE MAIO
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
LIGA COVIFIL - 12ª JORNADA
Teixosense 1-3 Proença ( 0-1 10' Acácio, 1-1 26' Velho, 38 1-2 Rodrigo, 65' 1-3 Zé Tó)
Oleiros 1-4 Atalaia do Campo (0-1 19' Pedro Silveiro, 0-2 30' Bruno Correia, 39' 0-3 P.Silveiro, 0-4 45+2 Fábio Brito, 63 Ricardo Costa 4-1)
Sertanense B 1-1 V.V.Ródão ( 1-0 20' Luís Marcelo, 68 1-1 Adilson)
Sernache 1-0 Águias Moradal ( 62' 1-0 Fredy)
Belmonte 1-0 Pedrógão ( 40 Hugo Geraldes)
Alcains 1-1 Vilarregense ( 1-0 17' Rui Reis, 40 1-1 Nuno Alves)
Jogos das equipas do distrito nos campeonatos nacionais
Liga Orangina: 15h30
Prenafiel 0-1 Sp. Covilhã (Idris 11' 0-1)
Camp. Nacional da 2ª divisão z/sul
Juventude Évora 2-2 Sertanense ( 43 Diogo 0-1, 55 Vivaldo 1-1, 75' 1-2 ?, 90+6 2-2 ?)
Camp. Nacional da 3ª Divisão - série D
Benfica C. Branco 1-1 Sourense ( 42 Telmo, 75 1-1 Tomás)
sábado, 17 de dezembro de 2011
Penamacor: Carro incendiado
Penamacor: Empresa entra na gestão do cemitério

Toca... (na A23) e foge (pelas nacionais)
No primeiro dia de portagens, dia 8, comparado com idêntico feriado de 2010, a A23 registou uma quebra de tráfego de 42 por cento nos sub-lanços com portagem
SE ALGUÉM esperava o contrário, desengane-se. A palavra de ordem foi mesmo: “ fuga”. Entre o primeiro dia de cobrança de portagens (quinta-feira, dia 8, feriado nacional) na A23, comparado com idêntico feriado de 2010, registou-se uma brusca diminuição de tráfego na via. A média apurada de todos os sub-lanços da Auto-estrada da Beira Interior determinou uma diminuição de tráfego de 38,1 por cento relativamente ao mesmo dia de 2010. Ou seja, numa via que tem uma média diária de passagem de cerca dez mil veículos, tal representa uma diminuição de mais de três mil veículos em circulação. Mas se tivermos apenas em conta os sub-lanços com portagens, a quebra foi ainda mais acentuada: menos 42,3 por cento.
Outro facto que merece destaque a partir dos dados de tráfego a que o JF teve acesso é que é nos sub-lanços localizados nos distritos de Castelo Branco e Guarda que se registam as diminuições mais significativas de tráfego, nomeadamente de Alcains para Norte. O troço onde houve a maior quebra foi o de Alcaria – Covilhã Sul, onde se registou a passagem de menos 52,75 por cento de veículos. Segue-se a quebra no sub-lanço Guarda – Benespera (menos 49,6 por cento), Belmonte Norte – Benespera (menos 49,5 por cento) e Belmonte Sul – Belmonte Norte (decréscimo de 47,8 por cento). Outro dos troços com uma quebra significativa é precisamente aquele que se situa após os túneis da Gardunha.
Outros dos números a que o JF teve acesso referem-se à forma de pagamento de quem continuou a utilizar a A23. Assim, no dia 8 de Dezembro, quase 57 por cento dos automobilistas pagaram a portagem através do Dispositivo Electrónico de Matrícula (DEM), enquanto que 43 por cento passaram pela via sem este sistema, tratando-se, portanto de um pagamento que irá ser feito posteriormente nas estações do correio ou na rede payshop. Neste caso, o sistema instalado nos pórticos da auto-estrada fotografou a matrícula do veículo e o seu proprietário terá alguns dias úteis para proceder à regularização da dívida.
Toda a reportagem na edição semanal, incluindo o testemunho de pessoas e empresas.
Autores: Nuno Francisco, Célia Domingues e Filipe Sanches in "Jornal do Fundão"
Projeção de filme sobre o Madeiro de Penamacor marcada para o próximo dia 21
