segunda-feira, 6 de outubro de 2008

PEDRÓGÃO S.PEDRO 2 OLEIROS 2


Justa divisão de pontos Num jogo repartido em que entrou melhor a equipa forasteira, o empate justifica-se plenamente, porque mais uma vez os da casa, que tiveram de correr em busca do prejuízo, souberam depois controlar a ansiedade e a precipitação, o que lhes valeu mais um ponto. O Oleiros que esteve muito bem no decorrer da primeira parte, perdeu depois gás e capacidade para segurar dois golos de vantagem.

Não poderia ter começado melhor o conjunto orientado por João Paulo, visto que ainda não tinha sido completo o primeiro minuto de jogo e já via a sua turma adiantar-se no marcador. Zé Bernardo foi o autor do tento que deu vantagem à equipa de Oleiros, quando apareceu ao 2º poste a concluir um lance que principiou num lançamento de linha lateral. Os da casa reagiram bem mas a precipitação na frente de ataque obstava a que a finalização fosse bem aproveitada. Mário Pina aos sete minutos deixava o sinal de inconformismo com um remate ao lado, mas os tranquilos oleirenses espreitavam o erro e podiam a qualquer momento provocar maiores dores de cabeça ao conjunto de Alexandre Gaspar. À passagem da meia hora de jogo o empate esteve à vista, mas nem Ângelo nem Navarro aproveitaram a benesse do guardião João Luís que largara a bola.
Com o jogo repartido mas com maior tranquilidade e melhor circulação de bola, o Oleiros alcançou o segundo tento. Lance de bola parada (onde o Pedrógão revela fragilidades) a favorecer os do pinhal, e se Ludovico cabeceou á barra, o seu companheiro Cássio não esteve pelos ajustes e perante a passividade da defensiva da casa, ampliou a vantagem. O resultado penalizava em demasia a equipa de Xana que procurava mas não conseguia encontrar o caminho certo para as redes contrárias. Até que, a quatro minutos do intervalo, Roque pleno de oportunidade, reduzia diferenças e colocava o resultado em 1-2.
Com duas alterações para a segunda metade Xana procurou dar maior acutilância ofensiva à sua equipa e saiu-se bem. De facto, o experiente Horácio deu imaginação no centro do terreno enquanto que Mikael dava profundidade ao jogo ofensivo. Ao invés, o Oleiros dava os primeiros sinais de incapacidade para segurar o resultado. Os lances de perigo junto da baliza de João Luís sucediam-se sem que a equipa conseguisse reagir, pelo que não foi portanto estranho, ver a defensiva oleirense passar por constantes sobressaltos. Quatro minutos após o reatamento Roque desperdiçava incrivelmente o empate no frente a frente com João Luís mas também o seu colega Filipe o imitou quando se atingiu a hora de jogo. A pressão dos da casa acentuava-se e a dez minutos do final foi a vez de Navarro enjeitar a possibilidade de empate, quando cabeceou ao lado uma bola vinda de um cruzamento mortífero de Ângelo. Estava-se neste estado de coisas, quando o merecido empate acabou por acontecer. Minuto 84: lance confuso na área de João Luís que Quim Garcia não conseguiu sacudir e Navarro, com um remate pleno de força e colocação concluiu da melhor forma, acabando desta forma por sentenciar a divisão de pontos.
A arbitragem de Luís Cruz foi coerente ao logo de toda a partida. Houve dois lances, um para cada equipa, em que se reclamou grande penalidade, mas em ambos o árbitro estava bem posicionado e mandou jogar, pelo que, em nossa opinião, fez um bom trabalho.
Xana dizia-nos no final que a sua equipa merecia mais pela forma como reagiu à desvantagem de dois golos, enquanto que, João Paulo se mostrava desgostoso pela incapacidade que a sua equipa revelou ao não conseguir conservar uma vantagem tão confortável.


Autor: João Perquilhas in Rádio Cova da Beira

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