segunda-feira, 27 de abril de 2009

ÁGUIAS DO MORADAL-1 PEDRÓGÃO S.PEDRO-0


O Estreito venceu, mas teve de se empregar a fundo para levar de vencida um Pedrógão moralizado e determinado em consolidar a terceira posição que actualmente ocupa nesta agradável segunda fase da Liga Piornos. Com resultados moralizadores há uma semana atrás, Estreito e Pedrógão proporcionaram um jogo agradável de seguir. Nem sempre bem jogado é certo, mas a intensa disputa pela posse do esférico para depois tentarem alvejar a baliza contrária, fez com que a incerteza no resultado se mantivesse mesmo depois do golo de Saturnino ao minuto 41.

Curiosamente até foi o Pedrógão a entrar melhor na partida. Sem nada a perder mas com tudo a ganhar, Alexandre Gaspar armou a sua equipa de forma a que sua baliza não corresse muitos riscos. Com um meio campo povoado e a não dar espaços à criatividade dos comandados de António Belo, conseguia jogar no meio campo contrário e assim foi praticamente até aos vinte minutos. Pelo meio apenas por uma vez as redes de Ruben I correram perigo, mas o egoísmo de Saturnino que preferiu o remate de ângulo difícil em vez de endossar a David que estava sem marcação na pequena área, embargou aos festejos caseiros.
Praticamente na resposta valeu ao Estreito a boa leitura de Gil, que no sítio certo, efectuou um providencial corte a evitar a finalização fácil de Ruben II.
A partir da vintena de minutos a partida passou então a ter maior predominância caseira e Rui Paulo quase surpreendia quando de costas para a baliza, tentou cruzar e obrigou Ruben I a defesa apertada para canto.
Ao minuto 36 numa bela jogada de ataque Gil serviu David para este desperdiçar rematando ao lado e cinco minutos depois o Estreito chegava mesmo ao tão desejado golo. Pira bateu um pontapé de canto, para Saturnino, à ponta de lança, surgir embalado a cabecear para o fundo das redes da baliza de Ruben I. Este golo era preciosa vantagem para a segunda parte, até porque o Pedrógão se mostrava um osso duro de roer.
A segunda metade foi mais pausada. O jogo era muito disputado no miolo, as faltas sucediam-se e o ritmo decresceu de intensidade, mas a incerteza no resultado não se alterava. Se os da casa eram agora mais cautelosos na forma como se desdobravam nas lides ofensivas, os forasteiros não conseguiam desfeitear a boa organização defensiva que Pira comandava, pelo que os guarda-redes raramente eram chamados a intervir.
Nos últimos dez minutos tudo foi diferente. Aos 80`Manuel Silva com a defesa da tarde evitou que Fábio Portugal festejasse o empate: lance de ataque pela esquerda com cruzamento ao segundo poste onde Fábio Portugal cabeceou de cima para baixo e Manuel Silva com um mergulho perfeito junto do seu poste esquerdo defendeu para canto. Grande jogada, grande cabeceamento, grande defesa!
A quatro minutos dos noventa regulamentares Zé Augusto com um remate acrobático fazia o esférico rasar a trave da baliza do Pedrógão e este seria o último lance a levar perigo para qualquer das balizas, porque no tempo de compensação (5 minutos) os da casa geriram bem o jogo e o resultado, pelo que o resultado não se alteraria.
A vitória do Estreito é justa e foi bastante valorizada pela excelente réplica do Pedrógão.
O trabalho da equipa de arbitragem chefiada por Ricardo Fontes foi de bom nível.

Autor: João Perquilhas in Rádio Cova da Beira

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