segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

PEDRÓGÃO 1 ESTREITO 0

Vitória nos descontos Quando Fábio Portugal marcou o único golo da partida a escassos segundos do termo da compensação, logo se viu que não havia volta a dar. Os pupilos de António Belo viam interrompida a senda vitoriosa que ia encurtando distâncias para o líder Alcains, enquanto que os de Pedrógão, com esta vitória, acabaram por ganhar pontos em todas as frentes …

Pelo inicio de jogo logo se percebeu que ambos os conjuntos estavam apostados primeiro em tapar muito bem todos os caminhos da sua baliza, para depois espreitar o possível erro adversário. Ainda assim, a qualidade individual que é reconhecida em muitos elementos das duas equipas conseguia por vezes criar alguns desequilíbrios.
Esteves ao minuto 7 foi o primeiro a desfrutar de tempo e espaço para alvejar a baliza contrária, mas o seu remate acabou por sair ao lado. Na resposta seria Leonel a contar com os mesmos requisitos, mas também ele tirou mal as medidas à baliza de Manuel Silva.
Ao 18`o capitão Mário Pina, de livre directo obrigou Manuel Silva a uma grande defesa para canto e oito minutos depois seria Fábio Portugal a forçar o experiente guardião do Estreito a uma defesa de recurso com os pés, após remate à meia volta desferido à entrada da área.
Passado este período de maior acerto por parte dos donos do terreno, a partida entrou depois numa toada de equilíbrio total com o esférico sempre longe das balizas, pelo que, até ao intervalo nada mais há a realçar.
Para a segunda metade a turma forasteira parecia querer inverter o cariz do jogo, mas tal não aconteceu. Gil bem deu o mote quando ganhou o esférico na sua defensiva, tabelou com Pira e se isolou pela direita para aparecer em zona de conclusão a rematar ligeiramente ao lado do poste da baliza de Carlos Soares, mas esta reacção foi sol de pouca dura. Muito por culpa do Pedrógão, há que dizê-lo.
Doze minutos após o reatamento os da casa reclamaram grande penalidade por corte de Gil com o braço no interior da sua área, mas o entendimento do árbitro, que nós corroboramos, foi de que o remate desferido à queima-roupa com o atleta caído no solo, terá sido feito de forma totalmente involuntária e sem hipóteses de ser evitado, pelo que o jogo prosseguiu sem lugar ao atendimento dos protestos caseiros. A meio da segunda metade Navarro no interior da área de Manuel Silva teve o golo nos pés mas demorou uma eternidade a efectuar o remate, o que permitiu o corte da defesa do Estreito e o nulo não era desfeito.
À passagem do minuto 73 finalmente o Estreito criou uma oportunidade de ouro para se adiantar no marcador. David com um toque de classe isolou Rui Paulo na direita, e este já na área desperdiçou incrivelmente, rematando ligeiramente ao lado do poste esquerdo da baliza de Carlos Soares.
Pouco depois o Pedrógão marcou mas a sinalética de José Foito para o seu chefe de equipa da posição irregular de Leonel foi prontamente atendida e mais uma vez os protestos dos donos do terreno se fizeram ouvir. Entrava-se na parte final do desafio e quando já ninguém esperava um golo, eis que ele surge!
Jogavam-se os últimos segundos dos três minutos de compensação dados pelo árbitro da partida, quando num lance de insistência, Fábio Portugal surgiu sem qualquer oposição perante o desamparado Manuel Silva e cabeceou para o fundo das suas redes, garantindo a conquista dos três pontos.
A arbitragem de Alexandre Rato e seus pares foi, para nós, de grande nível.

Autor: João Perquilhas in Rádio Cova da Beira

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