António Bento pede a intervenção do Ministério Público no sentido de ver esclarecidos alguns aspectos que considera irregulares em torno do processo de construção de uma unidade hoteleira na vila de Penamacor.
Na última reunião da assembleia municipal, o líder da bancada da coligação “Todos Por Penamacor” voltou a mostrar muitas dúvidas a propósito da realização de capital por parte do parceiro privado envolvido neste projecto "umas vezes diz-se que está todo realizado, outras vezes está só parte e ainda recentemente se afirmou que nenhuma parte do capital está realizada".
O líder da bancada da oposição desafia ainda o presidente da autarquia "a apresentar publicamente as actas das assembleias gerais de aprovação de contas" da sociedade "Malcatur". António Bento afirma que "se as actas não existem, a sociedade também não existe".
O deputado acrescenta que "a câmara de Penamacor nunca quis dar resposta a estas questões e solicitamos por isso a intervenção do ministério público no sentido de ver esclarecidas todas estas questões que, no meu entendimento, são um caso de polícia".
Críticas desvalorizadas pelo presidente da câmara de Penamacor. Quanto à apresentação das actas da “Malcatur”, Domingos Torrão garante que "esses documentos não tem de ser submetidos à assembleia municipal uma vez que se trata de uma sociedade por quotas". Já quanto à realização de capital, o autarca garante que o acordo entre as 2 partes está a ser cumprido "falta apenas subscrever uma pequena parte que, tal como está no acordo parassocial, vai ser realizado quando as obras arrancarem".
Sobre o pedido de intervenção do ministério público, Domingos Torrão garante que "não há qualquer irregularidade neste processo como se comprova no relatório preliminar da inspecção que a IGAL efectuou ao município onde nada consta sobre esse assunto".
Autor: Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"
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