sexta-feira, 30 de abril de 2010

Passeio BTT da Páscoa 2010 - O Almoço









HIPÓTESE AVALIADA


Penamacor pode vir a lançar um concurso público para a concessão do sistema de abastecimento de água em baixa.

A hipótese foi lançada pelo presidente da autarquia na última reunião da assembleia municipal em resposta a uma proposta apresentada pelo presidente da Junta de Freguesia da Benquerença.
António Beites considera "urgente avançar com a revisão do actual contrato" com as “Águas do Zêzere e Côa”, uma vez que "a concessão àquele sistema multi-municipal causa prejuízos financeiros à autarquia na ordem dos 200 mil euros por ano".
O presidente da câmara municipal de Penamacor admite que "o actual sistema é deficitário e está a causar dificuldades financeiras a todos os municípios accionistas e quase todas as autarquias gostariam de seguir o caminho que foi seguido pela câmara da Covilhã que, através de uma portaria, conseguiu sair do sistema".
Domingos Torrão acrescenta que "uma das formas encontradas para inverter a situação passa pelo lançamento de concursos para a concessão do sistema de água em baixa" e acrescenta que "essa hipótese está a ser discutita no seio da associação de municípios da Cova da Beira".
Autor: Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"

Regulamento para breve

Câmara vai rever apoios a clubes desportivos
O presidente da Câmara Municipal de Penamacor vai apresentar em sessão de câmara um regulamento de apoio aos clubes desportivos do concelho. O anúncio foi feito por Domingos Torrão na última assembleia municipal, depois de António Luís Soares ter chamado a atenção para os montantes gastos pela autarquia.
O presidente da Junta de Freguesia de Benquerença recordou que a câmara “despende neste momento com os três clubes (Adep, Pedrógão e Casa do Benfica) uma verba superior a 250 mil euros por ano”, dinheiro que segundo este poderia ser aplicado de outra maneira.
“Seguramente a autarquia podia ter disponibilidade, se calhar, para todos os anos oferecer uma viatura para a nossa associação de bombeiros voluntários, que beneficiaria todo o concelho de Penamacor e a nossa população”, afirmou.
António Luís Soares lamenta que haja poucos jovens do concelho a praticar futebol nos três clubes, onde segundo este “são praticados elevados vencimentos e que pura e simplesmente não nos deixam rigorosamente nada no concelho de Penamacor”.
O presidente da Junta de Freguesia de Benquerença frisou que não tem nada contra as associações, recordando até que faz parte do conselho fiscal de uma delas.
Domingos Torrão saudou a “frontalidade” de António Luís Soares e recordou que na elaboração do orçamento para 2010 “me comprometi a trazer à assembleia municipal a elaboração de um regulamento em que sejam contemplados os apoios”.
O autarca reconhece ainda assim o trabalho na área da formação feito pelas escolinhas da Associação Desportiva Penamacorense e esclarece que o apoio financeiro directo não chega aos 250 mil euros, embora na realidade ultrapasse esse valor, com deslocações, horas extraordinárias e outros consumos.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Porfírio Saraiva defende

Freguesias devem gerir centros de dia
O presidente da concelhia do Partido Socialista de Penamacor defendeu na assembleia municipal que as freguesias devem assumir a gestão dos centros de dia pertencentes ao Lar D. Bárbara Tavares da Silva. Porfírio Saraiva entende que a vocação do lar “é de facto o internamento”e que por isso as forças vivas das aldeias de Bemposta, Pedrógão de S. Pedro, Águas, Meimão e Vale da Sr.ª da Póvoa deveriam ficar com a gestão dos centros de dia, para que o lar possa concentrar esforços no internamento.
“Pensamos nós que quando há direcções próprias nas freguesias e nos centros de dia a receptividade é maior”, afirmou Porfírio Saraiva. Segundo este a mudança na gestão iria também facilitar a candidatura a programas de apoio.
O presidente da Câmara Municipal de Penamacor vê a ideia com bons olhos, concordando que a vocação do lar “é para o internamento e para a prestação de cuidados continuados”.
“O repto está lançado e cada uma das populações terá isso em conta”, afirmou ainda Domingos Torrão, que é também presidente do Lar D. Bárbara Tavares da Silva.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Malcata

Segundo lince morre em Silves

O segundo bebé lince ibérico, que nasceu em Abril no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico de Silves (Algarve), morreu no último domingo. O Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade está a analisar as causas da morte dos dois animais, os primeiros a nascerem em Portugal após a reprodução em cativeiro.
"Ambas [as crias] terão morrido de forma aguda, num curto espaço de tempo. Não se registam lesões que indiciem maus tratos ou abandono por parte da mãe", explicou à Lusa o director do Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, Rodrigo Serra.
Os animais criados em Silves são uma esperança para o regresso do lince a espaços como o da Reserva Natural da Serra da Malcata, nos concelhos de Penamacor e do Sabugal.
In jornal "A Reconquista"

Partidos aprovam moção na assembleia municipal

Partidos preocupados com falta de alunos em Penamacor

Penamacor perdeu 30 jovens no último ano lectivo por não conseguir formar turmas. No concelho pede-se uma excepção à lei para que o ensino secundário não morra.


Cavaco Silva, José Sócrates, Isabel Alçada e os deputados da Assembleia da República. Estes vão ser alguns dos destinatários de uma moção aprovada na Assembleia Municipal de Penamacor, que defende a criação de uma excepção para que a Escola Ribeiro Sanches possa funcionar com todas as áreas de ensino a partir de 10.º e até ao 12.º ano.
O Conselho Geral de Educação (CGE) de Penamacor propõe à Direcção Regional de Educação do Centro “uma autorização especial para que possam funcionar os cursos sem o número mínimo de alunos legalmente exigido, de forma a garantir mais oportunidades nas ofertas educativas neste concelho”, diz o documento lido durante a assembleia.
O CGE propõe, por exemplo, que na constituição de turmas dos cursos do 10.º ano “se possam agrupar alunos de cursos diferentes nas disciplinas da componente de formação geral” e que na componente específica haja a possibilidade de grupos de turma “com número de alunos inferior ao previsto na lei”.
Aquele órgão lembra ainda que a escola tem recursos humanos suficientes e pode adoptar a proposta “sem acréscimo de custos ao erário público”. É também sugerida a formação à distância, através de videoconferência, até para rentabilizar o investimento feito nos últimos anos nas novas tecnologias, através do Plano Tecnológico da Educação.
O tema chegou à assembleia municipal pela mão do presidente da Junta de Freguesia de Águas. Francisco Barreto, que faz parte do CGE, diz que no último ano lectivo “perdemos 30 alunos e este ano podemos perder mais”. O receio é sustentado no facto de haver apenas 31 jovens a frequentar o 9.º ano. Se não houver alunos suficientes para formar as turmas a alternativa é sair do concelho e no entender de Francisco Barreto “se os jovens vão embora já não voltam”.
A moção acabou por ser aprovada por unanimidade e uniu poder e oposição nas críticas à política de Lisboa em relação ao interior.
António Bento, da Coligação Todos por Penamacor (PSD, CDS, Partido da Terra), diz que a população de Penamacor faz parte dos “marginalizados da democracia portuguesa” e falou de sinais de revolta como os que chegam de Valença do Minho, onde a população contesta há várias semanas o encerramento das urgências do centro de saúde, protestando com o içar de bandeiras espanholas.
“O Governo não se pode demitir de salvaguardar os interesses básicos das populações do interior”, diz o deputado da oposição.
Porfírio Saraiva, do Partido Socialista, afirmou que a culpa da desertificação do interior “é dos diversos governos” e que concelhos como Penamacor não podem pagar uma factura da qual não são culpados.
“Devemos reclamar porque também pagamos impostos (…) nós não podemos calar-nos”, disse o também presidente da concelhia socialista.


Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Ribeiro Sanches vai assinar contrato com a EDP

Escola de Penamacor vai vender energia

O painel para produção de energia solar foi instalado pelos alunos do curso profissional de energias renováveis. O investimento de 22 mil euros poderá ser recuperado em cinco anos.
As energias renováveis entraram em força no Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches, de Penamacor, que está a um passo de assinar um contrato com a EDP para se tornar em vendedora de energia. O projecto é mais uma etapa de uma aposta que começou há quatro anos com a abertura na região do primeiro curso profissional para formação de técnicos de energias renováveis, cujos primeiros finalistas terminaram o curso em 2009.
Para conseguir produzir e vender energia a escola começou por registar-se na internet através do portal Renováveis na Hora (www.renovaveisnahora.pt), investindo cerca de 22 mil euros em equipamento. Os alunos foram a mão-de-obra e assim aprenderam fazendo.
Esta não é aliás a primeira vez que o fazem dentro dos portões da escola. A mini-eólica instalada no telhado de um dos blocos da escola e o painel que aquece a água utilizada no refeitório também é obra dos professores e alunos. A estação meteorológica da escola funciona apenas com energia renovável, produzida através do sol e do vento.
Para vender energia à EDP a escola teve que obter um certificado, que foi emitido após uma fiscalização aos equipamentos. O painel já instalado permite um encaixe financeiro capaz de suportar 30 por cento dos custos da escola com energia.
“É uma boa aposta, uma vez que ao fazermos este contrato com a EDP nós vamos receber mais pela energia que vamos vender e pagamos aquela que gastamos por muito menos”, refere Helena Pinto, a directora do Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches.
Aumentar o número de painéis é por isso um objectivo, mas cuja concretização não é fácil, porque a escola tem apenas um quadro e de momento “só é permitido um registo por cada quadro”, explica António Tomás, da direcção da Ribeiro Sanches. Segundo o mesmo o investimento feito agora será amortizado “em cerca de cinco anos”.
A direcção da escola diz que gostaria de investir ainda mais, mas há dificuldades em obter apoios “porque não há autonomia financeira”.
A Ribeiro Sanches quer aumentar a produção de energia através de outras escolas do agrupamento, como o novo centro educativo da vila de Penamacor, que está a ser construído através da remodelação da escola do 1.º ciclo. Neste caso terá de ser feito um protocolo com a Câmara Municipal de Penamacor, já que o edifício escolar é da autarquia.

Sol para reduzir consumo de gás

A energia solar poderá ter outras aplicações na escola Ribeiro Sanches. Um dos objectivos da instalação de mais painéis é poupar no aquecimento da escola, que é feito a gás e com custos anuais de 15 mil euros. A energia solar não vai resolver todas as necessidades mas poderá dar uma ajuda. A ideia é simples e passa por um primeiro aquecimento da água através do sol fazendo com que não seja necessário utilizar tanto gás para que esta fique à temperatura desejada. A viabilidade do projecto está a ser estudada pelos alunos, cumprindo mais uma vez o objectivo da escola em proporcionar formação prática. Além da instalação dos painéis, os jovens estão a ajudar privados e instituições do concelho de Penamacor a obterem os registos para a produção de energia, como aconteceu com o Lar D. Bárbara Tavares da Silva.
O curso profissional funciona actualmente com três turmas, uma por cada ano. Mas a sua continuação nunca foi uma incógnita tão grande, já que nos últimos anos houve outras escolas do distrito a abrirem formação na mesma área, incluindo na cidade de Castelo Branco. Uma concorrência que é difícil de bater.
António Tomás defende que devia existir uma complementaridade entre as escolas da região, porque “não faz sentido estarmos todos a fazer a mesma coisa”.
A seu favor a escola tem o facto de o curso ser pioneiro, ter provas dadas e um protocolo com a câmara municipal que permite aos alunos de fora do concelho ficarem alojados na vila.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Fundão: Autarquia presta homenagem a Cunha Leal

Para assinalar o Centenário da República, a Câmara Municipal do Fundão vai homenagear, no próximo sábado, dia 1 de Maio, uma homenagem a Cunha Leal, um dos vultos da História do Portugal republicano.

Nascido em Pedrogão de S. Pedro, Penamacor, em 1888, Cunha Leal foi ao longo da sua vida pública, militar, deputado, presidentes do conselho de ministros de um dos Governos da Primeira Republica Portuguesa, Ministro das Finanças, e reitor da Universidade de Coimbra. Exilado por várias vezes, foi dos mais notáveis opositores do Estado Novo e da política de António de Oliveira Salazar e um dos primeiros proponentes de uma solução política de autodeterminação para o antigo Império Colonial Português. Faleceu em Lisboa a 26 de Abril de 1970 e está enterrado no Alcaide, terra da serra da Gardunha que considerava ser a sua “pátria Chica”.

O programa, com o apoio da Junta de Freguesia e da Liga dos Amigos do Alcaide, inicia-se com os ‘Sons da República, pela Banda Filarmónica de Peroviseu. No salão da Junta apresentar-se-á o filme “Cunha Leal-Um Rebelde com causa”, realizado por Alexandre Leonardo. Segue-se o colóquio “Cunha Leal: vida e obra”, com a participação de Albano Mendes de Matos, Fernando Paulouro, Carlos Vale, Manuel João Vieira e do grande especialista académico do político Luís Farinha que abordaram diversas facetas, moderados por Pedro Salvado. O evento é presidido por Manuel Frexes, Presidente da Câmara do Fundão, por António Pedro Pita, Delegado Regional da Cultura do centro e pela Governadora Civil de Castelo Branco, Alzira Serrasqueiro. Na antiga casa do estadista, entretanto já recuperada pela autarquia, Paulo Fernandes, Vice-Presidente da Câmara do Fundão, apresentará o projecto “O Muro da Palavra”, futuro espaço dedicado à oratória de Cunha Leal e o percurso pedestre, entre o Alcaide e o Pedrógão, “Os berços da vida de Cunha Leal”. Depois da inauguração de uma exposição bio-bibliográfica, segue-se a deposição de uma coroa de flores na sua sepultura e a leitura “Horizontes e pedras da ‘Pátria Chica”com textos sobre a Alcaide e a Gardunha de sua autoria.

"QUEREMOS SER PARCEIROS ACTIVOS"


Presidente do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade vai estar, em breve, de visita ao concelho de Penamacor. O anúncio feito por Domingos Torrão na última reunião da assembleia municipal.

O presidente da câmara de Penamacor refere que esteve recentemente reunido com o presidente do ICNB "com o intuito de o desafiar a envolver as autarquias na gestão da reserva natural da serra da Malcata pois acreditamos que o actual modelo em nada tem contribuido para o desenvolvimento do nosso concelho". Domingos Torrão acrescenta que "o presidente do ICNB vai brevemente visitar o nosso concelho e nós vamos aproveitar essa oportunidade para lhe apresentar um conjunto de propostas e de parcerias activas para a gestão daquela área protegida".

Domingos Torrão acrescenta que "este projecto envolve também a câmara municipal do Sabugal uma vez que nós acreditamos que é possível fazer uma melhor gestão daquela área e com vantagens para os 2 concelhos".
Autor: Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"

Processo de Licenciamento das Termas das Águas quase concluído


As Termas das Águas poderão reabrir em breve, logo que esteja concluído o processo de licenciamento e o contrato de concessão que vai permitir a exploração do centro termal que foi fundado em 1856 e que foi remodelado em 2003.

O processo de licenciamento está agora na fase final com vista à sua conclusão, esta é a opinião de José Perdigoto, Director Geral de Energia e Geologia, que esteve a convite da Assembleia Municipal no Concelho de Penamacor.
Há quem diga que as águas são santas e hoje as Termas das Águas estão apetrechadas para oferecer tratamentos de irrigação nasal, pulverização faríngea, aerossol, duche jacto, hidromassagem, maca vapor e banho de imersão. Tratamentos que poderão em breve ser ministrados logo que seja dada a exploração do centro termal.
Na chave da solução está o processo de licenciamento das termas situadas na aldeia com cerca de 400 habitantes. O balneário com uma área de 80 metros quadrados continua aguardar pela licença da DGS e enquanto não chegar o aval do licenciamento nem um copo de água pode ser dado na estância termal.
Recordam os habitantes das Águas que "as águas santas eram utilizadas para tratar feridas e sobretudo doenças de pele".
A população que vive sobretudo da agricultura vê nas termas o futuro económico. Como não existe oferta de trabalho, após o processo de licenciamento a abertura das termas pode trazer emprego e riqueza para a Freguesia.
Autor: Jaime Pires in "Gazeta do Interior"

SERÁ CRIADA UMA MINI URGÊNCIA E A CONTINUIDADE DO SAP SERÁ "EQUACIONADA"

Obras da Unidade de Cuidados Continuados podem arrancar já em Maio
Nuno Lucas, director-geral do Lar D. Barbara, destacou porém a urgência em criar um novo lar. "É urgente criar um novo lar para que o Concelho possa dar resposta às necessidades existentes", referiu.

As propostas das quatro empresas que concorreram ao concurso público para a construção da Unidade de Cuidados Continuados de Penamacor foram conhecidas na sexta-feira passada, sendo que decorreu durante o dia de sexta-feira uma reunião da direcção do Lar D. Bárbara Tavares da Silva, para ser deliberado qual a proposta vencedora. Até ao fecho desta edição, ainda não era conhecido o resultado desta reunião.
A obra para a construção desta unidade deverá arrancar ainda no mês de Maio, já que desde que é entregue à empresa vencedora, a obra tem que arrancar passados 30 dias.
De recordar que a Unidade de Cuidados Continuados será construída nos terrenos da Quinta da Senhora do Incenso, onde se localiza o Lar D. Barbara Tavares da Silva. A unidade vai ter 10 camas de média duração, e 20 camas de longa duração.

Agricultura do Meimão morre à sede entre duas barragens

Freguesia vive com a água a seus pés mas não a pode utilizar para a agricultura. Meimão reclama regadio para travar desertificação e assegurar a sobrevivência. Sem água para regar, a aldeia acabará por morrer.

DE TÃO injustas que são, há realidades difíceis de entender. A aldeia do Meimão vive uma situação caricata. Está praticamente rodeada pela água da Barragem da Meimoa mas não a pode utilizar para a agricultura. A água está ali tão perto, mas as culturas morrem à sede no Verão.“É uma tremenda injustiça”, protesta o presidente da Junta, Francisco Campos, que se tem batido pelo regadio. É desta aldeia do concelho de Penamacor que sai a água para o Regadio da Cova da Beira, mas, ironicamente, os agricultores desta terra não têm água para regar.

Francisco Moiteiro e a mulher, Beatriz Nabais, aproveitam a tarde soalheira para amanhar a terra no Lagoeiro, nas imediações da barragem. Andam a “gradear” batatas. A albufeira atingiu a sua capacidade máxima e a água invade a zona mais baixa do terreno. É uma espécie de fruto proibido. “É triste. Temos a água aqui tão perto e não a podemos usar. Para regar, tiramos água do poço”, lamenta Francisco Moiteiro, com o desânimo estampado no rosto. Já perdeu a conta aos anos em que as culturas morreram à sede, a poucos metros da barragem.

É esta situação caricata que os agricultores do Meimão pretendem alterar. A maioria cultiva os campos para comer, mas há quem recolha da terra mais do que é necessário para o consumo familiar: “Há quem vá vender na praça do Sabugal”, explica o presidente da Junta, que faz o que pode para sensibilizar quem decide para este problema do Meimão.

Ilda Costa e Francisco Barata sempre cultivaram a terra e aos 70 anos continuam a fazê-lo. “Semeamos batata, milho, feijão e sorgo para os animais”, explicam, interrompendo o amanho da terra, onde vão semear milho. Este ano a chuva atrasou a lavoura e agora que a primavera chegou há que recuperar o tempo perdido.Os braços já não são o que eram, mas a mula sempre dá uma ajuda.

A produção de gado constitui um suporte fundamental da ecomonia local. “A aldeia deve ter perto de duas mil cabeças de gado”, contabiliza Francisco Campos, também ele produtor de gado, avisando que a dinamização da agricultura e do turismo é indispensável para estancar a sangria da desertificação. O solo do Meimão é generoso, mas falta água para regar. “A barragem alagou uns 100 hectares de boa terra para a agricultura e não recebemos nada em troca”, lembra o autarca. A água vem da Barragem do Sabugal para a da Meimoa, seguindo, depois, para os terrenos agrícolas dos concelhos de Penamacor, Belmonte, Covilhã e Fundão. Fora deste circuito ficou o Meimão. Os solos são de qualidade mas falta a água, sem a qual a agricultura tem os dias contados. A construção do túnel que transporta a água do Sabugal reduziu as nascentes. “É preciso recuperar os açudes tradicionais e as levadas, para haver água em quantidade suficiente para regar”, explica o presidente da Junta, acrescentando que o investimento previsto deverá rondar os 800 mil euros. Nas últimas autárquicas, a população ameaçou com um boicote eleitoral, mas o pré-aviso chegou a Lisboa e o projecto para recuperar o regadio tradicional deu os primeiros passos. De Lisboa veio o secretário de Estado para assinar o protocolo. Foi há um ano, mas continua tudo na mesma. O projecto aguarda apoios do PRODER. O povo está descontente e começa a esgotar-se a paciência. A população (cerca de 400 pessoas) sabe que aldeia do Meimão não poderá continuar assim, sob pena de continuar a morrer à espera da água!

A ALDEIA do Meimão tem cedido os seus recursos sem receber nada em troca. É a freguesia do concelho que mais energia éolica produz e será a primeira do concelho a produzir energia hídrica. O sentimento de injustiça generalizou-se por estas paragens. Ainda recentemente a Junta de Freguesia apelou à produção de eólica para ajudar a aldeia. De nada valeu. Os mais novos sabem que para arranjar trabalho têm de sair da aldeia. Muitos regressam ao fim-de-semana. Para rever amigos, matar saudades das raízes e participar na vida da aldeia. É o caso de Mónica. É bancária em Castelo Branco, mas regressa sempre que pode. “Para mim esta terra é tudo”, confessa. Viveu em Lisboa, mas resolveu regressar. Pior está o namorado que tem feito de tudo para se mudar, mas ainda não conseguiu. A falta de oportunidades de trabalho constitui, aliás, o maior problema, consideram os mais jovens. “Não há trabalho e temos de sair de cá para ganharmos dinheiro”.

Milagres do Padre Manuel deram fama

O MEIMÃO ficou famoso por obra e graça do Pe. Miguel. O padre “milagreiro” curava doenças e outros males e atraía milhares de pessoas à freguesia que paroquiou durante quase trinta anos. Morreu, mas ficou a fama: “Ainda esta semana aí apareceu um casal à procura do Pe Miguel”, contou ao JF Teófilo Amaral, de 75 anos e que foi vizinho do padre milagreiro.

A “casa dos milagres” situa-se na Rua General Ramalho Eanes. Está abandonada e guarda muitas histórias para contar. Por lá terão passado milhares de pessoas de todo o país e até do estrangeiro, recordam os habitantes da aldeia. “Vinham excursões de todo o país. Como ele não levava nada, deixavam dinheiro por todo o lado. Até nos buracos da parede”, recorda o vizinho, que acompanhou de perto o “fenómeno” Pe. Miguel. “O quintal dele pegava com o meu e costumávamos beber um copo juntos. Conversávamos muito. De tudo e mais alguma coisa. Cheguei a contar 38 camionetas (autocarros) em apenas um dia”, recorda este reformado, que assistiu à debandada de muitos naturais do Meimão para outras paragens.

Passou boa parte da vida no mar, como carpinteiro da marinha mercante. Apresenta-se, aliás, como o habitante do Meimão mais viajado de sempre. Diz que conheceu os cinco continente e ainda guarda as flores da Holanda na memória. “Os portugueses eram muito bem vistos onde quer que fosse. E encontrávamos sempre algum compatriota por esse mundo fora”. Episódios difíceis diz que viveu poucos. O mais marcante aconteceu no antigo Congo Belga e meteu armas e tudo.

Diz que viu “o caso mal parado, mas tudo se resolve”. Teófilo Amaral regressou à sua aldeia há um par de anos. Assistiu à construção da barragem e à submersão de uns “valentes hectares de boa terra. Ficámos sem os terrenos para cultivar e continuamos sem água para regar”. Por enquanto, o problema da rega não se coloca. O ano foi particularmente chuvoso e a terra de cultivo não precisará de água, pelo menos para já. Mas o problema de fundo subsiste. Alguns habitantes do Meimão já desistiram. “Uns foram embora e outros abandonaram o campo”. O êxodo continua. Sobretudo para os mais novos que não encontram razões para continuar no Meimão. Há muito que a escola fechou por falta de alunos. Nas ruas da aldeia, pequenos grupos de idosos espreitam o sol. Nos campos em redor ouvem-se os chocalhos do gado.
Leia toda a reportagem na edição semanal.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Escola de Penamacor vai vender energia à EDP

Agrupamento de ensino vai assinar contrato com a eléctrica


O Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches, de Penamacor, anunciou esta quarta-feira que vai assinar um contrato com a EDP para se tornar vendedor de energia, noticia a Lusa.

O projecto representa mais uma nova etapa da aposta iniciada há quatro anos com a abertura no distrito de Castelo Branco do primeiro curso profissional para formação de técnicos de energias renováveis, cujos primeiros finalistas terminaram o curso em 2009.

Para conseguir produzir e vender energia, a escola começou por se registar na internet através do portal Renováveis na Hora, investindo cerca de 22 mil euros em equipamento. Os alunos foram a mão-de-obra e, assim, aprenderam fazendo.

O painel já instalado permite um encaixe financeiro capaz de suportar 30 por cento dos custos da escola com energia, disse a direcção do estabelecimento de ensino.

«É uma boa aposta, uma vez que ao fazermos este contrato com a EDP nós vamos receber mais pela energia que vamos vender e pagamos aquela que gastamos por muito menos», adiantou à agência Lusa Helena Pinto, directora do Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches.

Nos últimos anos, os alunos do curso profissional instalaram um painel que permite o aquecimento da água utilizada no refeitório da escola e uma pequena torre eólica que, combinada com outro painel solar, produz toda a energia consumida pela estação meteorológica do estabelecimento de ensino.

Além da instalação dos painéis, os jovens estão a ajudar privados e instituições do concelho de Penamacor a obterem os registos para a produção de energia.

In TVI24

Passeio BTT da Páscoa 2010








AMP:DOCUMENTOS APROVADOS

Com 5 votos contra e 2 abstenções, a assembleia municipal de Penamacor aprovou por maioria o relatório de actividades e conta de gerência da autarquia referente ao ano 2009.


Documentos fortemente criticados pela bancada da oposição que salienta "o aumento do valor da dívida que nos últimos 2 anos ultrapassou o limite de endividamento previsto na lei e ainda uma acentuada diminuição do investimento per capita" refere Abel Martins.
O deputado da bancada da coligação “Todos Por Penamacor”, acrescenta que "há outros indicadores preocupantes que evidenciam a necessidade de uma mudança de rumo para o concelho nomeadamente uma taxa de execução pouco superior a 50% e ainda o facto de grandes obras emblemáticas deste executivo continuarem, há anos, por concretizar".
Críticas desvalorizadas pelo presidente da câmara de Penamacor. Domingos Torrão diz estar "satisfeito com os níveis de execução que se registaram em 2009 uma vez que ainda foi no ano passado que o QREN entrou totalemente em vigor pelo que vários projectos ainda não puderem ser candidatados e, por outro lado, foi um ano atipico onde se verificaram 3 actos eleitorais".
Já quanto à situação financeira, Domingos Torrão garante que "as contas da autarquia, ao contrário do que diz a oposição estão equilibradas; não ultrapassámos o limite do endividamento e tivémos um resultado liquido positivo superior a 1 milhão de euros".


Autor: Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"

BD Mania - Biblioteca Municipal de Penamacor (LocalVisão TV)

O atirador de cavalaria Almeida que se fez padeiro...

No blogue "Cavaleiros do Norte*Quitexe", um espaço dinamizado pelo sr. Celestino José Viegas e que reúne a história e as estórias do Batalhão de Cavalaria 8423, encontramos referência a um Pedroguense, Joaquim Figueiredo de Almeida.
Para a posteridade, aqui transcrevemos o respectivo artigo, com a devida autorização do seu autor a quem agradecemos.


Miltares do PELREC. Em cima, da esquerda para a direita, Hipólito, Monteiro (furriel),
ALMEIDA e Vicente. Em baixo, Garcia (alferes), Leal, Neto (furriel) e Aurélio (barbeiro).
O 1º. cabo Almeida era atirador de Cavalaria e um ano mais velho que todos nós - os gloriosos «pelrec´s» da CCS dos Cavaleiros do Norte. Rezava a lenda de caserna que tinha ele fugido para França, a salto, e, por isso, teve incorporação militar um ano depois. Era de 72, nós 1973. Nunca ele, mesmo perguntado, confirmou se assim foi.
O 1º. cabo Almeida era a paz em pessoa! Quiçá, envergonhado da sua condição humilde, parido que foi lá pelas serranias da Estrela, nas abas de Penamacor. Nunca dele se teve um problema. Foi sempre zeloso, cumpridor e aprumado, humilde até parecer excesso. A equipa de combate que comandava era do PELREC e disciplinada, corajosa, sem medos... E ele, para além das missões que lhe competiam, como atirador de cavalaria - comendo o pó das picadas e vencendo o medos dos trilhos de perigos das matas... - , emprestava-se ainda às tarefas internas da guarnição, sem um ai de queixume e indo para além do curial - por exemplo, fazendo-se padeiro e coordenando as tarefas de ordenação do refeitório.
Ocorre-me isto, por ler um louvor do comando do BCAV. 8423, relevando «um militar muito disciplinado, correcto e sempre pronto a cumprir quaisquer serviços, mesmo voluntários, que se solicitassem». O documento dá especial ênfase ao período dramático de Junho de 1975, quando milhares de civis foram socorridos no BC12 e tinham de... comer. Pois o 1º. cabo Almeida, atirador de cavalaria que se fez padeiro, teve «esforço especialmente notório» nesse período de incidentes, «trabalhando dia e noite, para apoiar tão elevado número de pessoas».
O militar Almeida, evoco-o como sempre disponível, sempre cumpridor e sempre atento, sem uma qualquer exuberância ou algum deslumbramento, sempre consciente dos momentos que se viviam. E também o lembro pelo pão quentinho que barrávamos de manteiga, às vezes recheávamos de queijo ou goiabada, ou presunto em dia de festa. Era pelas noites dentro, quando estávamos de serviço, no Quitexe ou em Carmona.E como era bom o casqueiro amassado e cozido pelo padeiro Almeida, no forno da CCS!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Passeio BTT da Páscoa 2010










segunda-feira, 26 de abril de 2010

Passeio BTT da Páscoa 2010










DISTRITAL ESTÁ AO RUBRO

A duas jornadas do fim, as duas equipas que melhores condições têm para poderem sagrar-se campeãs distritais, Águias do Moradal e Atalaia do Campo, mantém a mesma distância com que partiram para a jornada deste domingo, ficando tudo em aberto para a jornada do próximo domingo, quando ambos se encontrarem no recinto da Atalaia do Campo.

Neste domingo o Águias tinha a tarefa bem mais complicada que a Atalaia, visto ter como adversário o Pedrógão de S. Pedro enquanto que a equipa do concelho do Fundão jogava em Oleiros, ante uma equipa fragilizada.
O Águias conseguiu os seus intentos, vencendo, por 1-0, com o golo a ser apontado, na conversão de uma grande penalidade, por Edmilson, aos 81 minutos do encontro, três minutos depois do Pedrógão ter ficado a jogar com dez unidades por expulsão de Ricardo Santos, que viu duas cartolinas amarelas por entradas algo duras sobre adversários. A vitória assenta bem aos comandados de António Belo, porque foram a equipa que mais acreditou que podia vencer, num jogo que não foi nada bem disputado e jogado de forma lenta na grande maioria do tempo. O calor não devia servir de desculpa para tanta lentidão!
A Atalaia ainda deixou que o Oleiros se adiantasse no marcador, mas depois acabou por golear. A equipa da casa, por Norberto, marcou aos 14 minutos mas um minuto depois Bruno Correia recolocou a partida, de novo empatada. Não foi por muito tempo, aos 26 minutos Trindade dava a volta ao marcador e colocava a equipa de Joca na frente do marcador. Ainda na primeira parte, aos 34’, Carlitos marcou o terceiro, dando maior volume ao placard. Na segunda parte o Oleiros ainda pôde reduzir, por Bruno, que converteu com sucesso uma grande penalidade, mas dois minutos depois, também de penalti, a Atalaia, por Ucha, voltava a ter dois golos de vantagem. O marcador ganhou maior amplitude com novo golo de Carlitos, aos 82’, que fez o 2-5 e Pina, que tinha entrado na partida alguns minutos antes, fixou o resultado final nesta goleada, por 2-6.
Em Cernache, num jogo para cumprir calendário, a equipa do Vitória venceu por 3-0, com dois golos de Rabãa e um de Santolini. O primeiro aconteceu aos 45 minutos, com Santolini a oferecer o golo a Rabãa e a levar o jogo para intervalo com esta vantagem, na segunda parte, logo aos 10 minutos a equipa da casa fica reduzida a 10, por expulsão de Fernando Miguel, por duplo amarelo, mas, mesmo em inferioridade numérica, foi a equipa da casa a aumentar a conta do marcador. O segundo da tarde foi obra de Santolini, em jogada individual e o mesmo jogador construiu o terceiro que ofereceu a Rabãa. Alan Santolini, com duas assistências para golo e um tento marcado foi indiscutivelmente o homem do jogo.
Após esta jornada o Águias do Moradal mantém a liderança, com 46 pontos, seguido da Atalaia do Campo, com 44, Pedrógão de S. Pedro e V. Sernache partilham a 3ª posição, com 34, a Desportiva do Fundão tem 27 e o Oleiros 18.
No próximo fim de semana realiza-se o jogo que vai valer o titulo, entre a Atalaia do Campo e o Águias do Moradal, para que se cumpra calendário jogam, também: Fundão – Pedrógão e Oleiros – V. Sernache.
Para apuramento de finalista da Taça de Honra José Gonçalves Farromba, o Águias do Moradal tem mais três pontos que a Atalaia. 22 para o Águias e 19 para a Atalaia.
Apuramento do outro finalista da Taça de Honra
Os dois clubes que estão capazes de discutir o primeiro posto e que lhes irá garantir estar na final, tinham neste domingo deslocações acessíveis e no final confirmou-se o que era expectável. O Proença jogou em Unhais da Serra e venceu por 1-0, com o único golo da partida a ser apontado por Fábio, aos 32 minutos de jogo. Na Lardosa a equipa da casa ainda pregou um susto ao Teixosense, quando virou o jogo a seu favor, mas a equipa de Paulo Serra com uma ponta final demolidora, conseguiu somar os três pontos. Ricardo Sousa foi o primeiro a marcar, para o Teixosense, aos 47 minutos, a Lardosa virou o resultado aos 72 e 77 minutos, com golos de André e Luís Pedro, mas aos 85 Miguel colocou o resultado em 2-2, dois minutos depois João Bruno, de penalti, fez o 2-3 e no último minuto do encontro Ricardo Casteleiro fixou o resultado em 2-4.
Em Valverde a equipa da casa desenvencilhou-se do Vilarregense a quem venceu por 3-1, num jogo sem história e que conta apenas para que os clubes dignifiquem esta sua presença no distrital.Teixosense e Proença têm 35 pontos, Valverde 27, Vilarregense 15, Lardosa 9 e Unhais da Serra 5. No próximo fim de semana o Unhais recebe o Valverde, o Vilarregense joga em casa com a Lardosa e no jogo que pode garantir a presença na final da Taça, jogam em Proença a equipa da casa e o Teixosense.

Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

REVOLUÇÃO E REGIONALIZAÇÃO

A necessidade de colocar no topo da agenda política a regionalização foi um dos temas escolhidos por duas das intervenientes na sessão solene da assembleia municipal de Penamacor, comemorativa do trigésimo sexto aniversário do 25 de Abril. O representante da coligação "Todos por Penamcor" salientou a necessidade de ser feita "uma nova revolução democrática".

36 Anos depois, estão defraudadas as expectativas geradas pelos ideiais de Abril. Para Manuel Robalo, da bancada da coligação “Todos por Penamacor”, a sociedade actual está doente e as relações sociais estão infectadas. Existe falta de respeito, civismo e autoridade, uma situação que angustia os portugueses, um mau estar geral.
Os elevados salários dos gestores de empresas públicas e privadas são , para Manuel Robalo, um atentado à dignidade e à coesão social. Por tudo isto, o autarca defende a necessidade urgente de repensar o país e de fazer uma revolução democrática.
“Uma nova revolução democrática ao nível dos costumes, mentalidades e das leis colocando-as ao serviço efectivo dos portugueses. Uma revolução democrática, mas necessariamente vigorosa e determinada, que já está em marcha com a urgência da revisão da constituição portuguesa” , referriu Manuel Robalo.
Foi uma mulher que falou em nome da bancada do PS. Para Guida Leal, comemorar Abril significa reforçar a vontade de fazer da democracia portuguesa um regime mais vivo e democrático com menos desequilíbrios e adiamentos, aproveitando a data para recarregar as baterias democráticas. O interior tem problemas específicos que urge resolver, e a regionalização tem que voltar a ser tema de debate.
“A regionalização e o combate à desertificação são assuntos que têm que ser novamente colocados à discussão. Temos que melhorar a vida dos cidadãos e combater a saída de jovens do concelho. Penamacor precisa deles”, afirmou a autarca.
Foi também uma mulher, a única no executivo, que por indicação do presidente da edilidade, falou em nome da câmara municipal. Depois de sublinhar a importância do 25 Abril, um ponto de viragem na vida de cada cidadão, Ilídia Cruchinho destacou o papel das mulheres na construção da democracia no país, que a lei da paridade veio reforçar. A autarca afirma a necessidade urgente de combater a desertificação e de promover políticas que fixam os jovens no interior do país. A regionalização é um tema que urge avançar. Ilídia Cruchinho disse que “enquanto o direito à educação, justiça, saúde, emprego e habitação não forem privilégios de todos o 25 de Abril não estará totalmente cumprido. A não existência da regionalização, prevista na constituição desde 1976 e sucessivamente adiada, tem contribuído para acentuar as assimetrias regionais entre interior e o litoral”, afirmou a vereadora da CMP.
O papel das mulheres na vida portuguesa e de Penamacor em particular, foi também salientado pelo presidente da assembleia municipal. Jorge Seguro destacou dois nomes que estão ligados a duas das obras sociais mais relevantes no concelho: Carlota Pina Ferraz (instituiu o actual instituto Pina Ferraz) e Bárbara Tavares da Silva, que dá nome à instituição que mais apoio dá a nível social em Penamacor.
O envelhecimento e o poder compra dos concelhos do interior, este último abaixo da média nacional, são duas das preocupações do actual deputado na AR. Jorge Seguro deixou, por isso, um apelo de Abril:
“ É que em Penamacor e no interior em geral, os agentes políticos e a sociedade em geral se unam naquilo que os preocupa. Só um concelho e um interior unido conseguirão junto do Governo, da Assembleia da República e da União Europeia a atenção que merecem e que a história sempre deu”, sublinhou o deputado da AR.
A sessão comemorativa do 25 de Abril em Penamacor, que pela primeira vez foi antecipada para a noite de 24, por consenso entre as bancadas da AM, foi abrilhantada pela banda de Aldeia de João Pires.

Autor: Paulo Pinheiro in "Rádio Cova da Beira"

PENAMACOR QUER SERRA DA ESTRELA

Penamacor quer passar a integrar de pleno direito a entidade regional de turismo da Serra da Estrela. O presidente da câmara municipal não se conforma com o critério que colocou o concelho sob a alçada da região de turismo do Centro.
Autores: Paulo Pinheiro e Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"

sexta-feira, 23 de abril de 2010