segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Governo desbloqueia financiamento

Contrato do hotel assinado em Outubro

Os mais de três milhões de euros para a comparticipação do projecto acabam de receber luz verde e o concurso poderá ser lançado ainda este ano.
O contrato para a construção do hotel de Penamacor deverá ser assinado dentro de duas semanas. Esta é a convicção dos promotores do projecto que acabam de ver aprovado o financiamento para a obra, no âmbito do Programa Operacional Factores de Competitividade, uma das iniciativas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). São três milhões e 300 mil euros de financiamento para um projecto que na totalidade deverá rondar os seis milhões e 300 mil euros.
De acordo com os promotores, o hotel a construir na Quinta do Cafalado – junto à estrada que liga Penamacor a Aldeia do Bispo – terá 102 camas divididas por 50 quartos duplos e duas suites, piscina e restaurante. A infra-estrutura ficará classificada com três estrelas (superior) e segundo as previsões irá gerar 18 postos de trabalho directos. O anúncio foi feito esta terça-feira numa conferência de imprensa que juntou a Câmara Municipal de Penamacor, a Turismo da Serra da Estrela e Carlos Barros, o investidor privado que detém a maioria do capital da sociedade.
A obra foi uma das promessas feitas por Domingos Torrão em 2001 e já devia estar concluída com base nas previsões iniciais. Algo que segundo os responsáveis não aconteceu devido ao financiamento, que só agora recebe luz verde. Ainda há menos de um mês o autarca admitia que sem financiamento a obra não seria possível, já que tanto o privado que se associou ao projecto como a própria câmara não tinham capacidade para assumir todos os encargos.
Ultrapassado aquele que era tido como o último obstáculo, o presidente da Câmara Municipal de Penamacor diz ao Reconquista que o empreendimento “pode ser uma mola impulsionadora do desenvolvimento sustentável do concelho”, relacionando o investimento com a promoção da Reserva da Malcata, da barragem de Meimoa, dos produtos tradicionais, das termas de Águas e em especial do turismo ligado à caça.
O concurso da obra, de acordo com o previsto, avançará logo após a assinatura do contrato. O prazo de execução é de dois anos e para os mais cépticos o presidente da Turismo da Serra da Estrela garante: “Tudo o que temos anunciado, temos vindo a construir”.
Jorge Patrão diz que o projecto será importante para a competitividade da região que na última década tem vindo a crescer no número de dormidas. No final da década de 1990 registavam-se 150 mil dormidas anuais na então Região de Turismo da Serra da Estrela. Em 2008 já foram cerca de 500 mil.
Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

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