Teve nota máxima a natacão... E não sabe nadar
Albano Lopes Nunes tem uma vida plena de histórias. Desde os tempos da recruta em que acabou com nota máxima a natação, mas que de lhe nada valeu porque não sabe nadar, ao mundo dos negócios, até à tentativa da criação de um exército para a defesa das.... Aranhas
QUANDO em 1960, com apenas 13 anos de idade, Albano Lopes Nunes saiu de Aranhas rumo a Lisboa, não pensava seguramente regressar às origens. Tirou o curso de eletricista montador de quadros na Sotécnica, onde se manteve até ingressar na marinha para cumprir o serviço militar.
O seu espírito de negociante revelar-se-ia aqui, quando frequentava o curso de fuzileiro naval. Sabendo que a maioria dos que terminavam este curso eram mobilizados para o ultramar, convenceu um colega que frequentava o de fogueiro motorista a trocar, o que conseguiu. “ O rapaz foi mobilizado para a Guiné e passados seis meses morreu”, recorda com tristeza. Entretanto, incluído no curso tinha natação. Curiosamente, conclui-o com nota máxima, porém, continua sem saber nadar. “ O monitor do meu curso, António Bicho, era meu amigo. Para eu poder ter fins de semana às sextas feiras dava-me sempre boas notas “, explica.
Quatro anos depois regressou às Aranhas mas por pouco tempo, pois resolveu emigrar para Alemanha com ideia de seguir para Angola. A revolução de abril alterou-lhe os planos. E a terra natal foi uma vez mais o seu destino. O pai, com estabelecimento de mercearias e taberna, já tinha uma idade avançada. Com a concordância dos irmãos, Albano Nunes tomou conta dos negócios. “O meu pai era representante e distribuidor dos refrigerantes de Caria. Negociava em adubos, cereais, azeite e azeitonas, sal a granel e outros. Eu dei continuidade e passei a negociar também figos, marmelos e mais recentemente cogumelos. Fui dos primeiros portugueses a comprar e vender para Espanha”.
Autor: Jolon in "Jornal do Fundão"
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