quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PS entrega requerimento no Parlamento

Deputados querem casas da Malcata abertas

Os dois imóveis situados no coração da serra estão fechados, apesar do investimento feito na sua recuperação. Os socialistas querem que sejam rentabilizados para turismo da natureza.

Os deputados do Partido Socialista consideram “inaceitável” o não aproveitamento das casas de natureza que a Reserva Natural da Serra da Malcata (RNSM) possui no interior daquela área protegida. O caso acaba de chegar à Assembleia da República, onde o PS aproveitou o Dia Mundial do Turismo para um requerimento sobre o assunto.

O documento é assinado pelos deputados eleitos pelos distritos de Castelo Branco e da Guarda, já que a reserva é partilhada pelos concelhos de Penamacor e do Sabugal.

Os autores do requerimento lembram que o Estado investiu milhares de euros na recuperação das casas que agora não está a aproveitar convenientemente, desperdiçando um investimento avultado e uma oportunidade de promoção turística da Malcata.

Jorge Seguro, eleito pelo distrito de Castelo Branco, afirma que com esta proposta os deputados querem “que haja um aproveitamento destas casas para efeitos turísticos, que foi para isso que elas foram construídas”. Os socialistas pretendem ainda que os serviços públicos se entendam e sugerem até que o Inatel entre no processo enquanto parceiro, aproveitando a experiência que tem na gestão de alguns destes equipamentos, nomeadamente no distrito de Bragança.

“Há aqui uma oportunidade de criar emprego com pessoas que possam trabalhar nesta área”, referiu o deputado do PS esta semana em Penamacor.

Em declarações aos jornalistas Jorge Seguro lembrou ainda que também não estão a ser aproveitados da melhor maneira os espaços que a RNSM possui na vila de Penamacor, nomeadamente o pequeno alojamento na sua sede. A Malcata possui ainda uma casa na zona histórica que foi cedida à Câmara Municipal de Penamacor, depois de o presidente Domingos Torrão ter chamado a atenção para o estado do imóvel durante a visita que o então presidente da República Jorge Sampaio fez ao concelho. Para evitar a degradação do espaço a autarquia instalou na zona histórica o seu departamento cultural, que funcionava nos Paços do Concelho.

Sem comentários: