Apesar de se congratular com a decisão, o vice-presidente António Cabanas (PS) disse à agência Lusa que a demora na conclusão do processo de classificação "mostra que o Estado não funciona de todo, mesmo para estas questões".
"Sabemos que os estudos já estavam concluídos e a importância dos edifícios reconhecida", referiu.
No entanto, "a burocracia é de tal ordem que, com mais um parecer que sempre faltava, mais uma mudança de organismo ou mais um diretor que caía, o processo foi se arrastando durante anos e anos".
Apesar de a decisão tardar, o castelo não ficou ao abandono e beneficiou da manutenção feita pela Câmara de Penamacor, "que sempre o tratou como se fosse um espaço classificado", acrescenta António Cabanas.
Em 2011, o município requalificou a torre de menagem, abrindo-a como miradouro e espaço museológico, recorrendo ao trabalho de funcionários da câmara e com um investimento de 10.000 euros.
Nos anos anteriores, na mesma zona, a autarquia já tinha também reabilitado e transformado a antiga casa da Câmara em posto de turismo, recuperando ainda a torre do relógio e o respetivo mecanismo.
A câmara patrocinou escavações arqueológicas que permitiram delinear a antiga muralha, da qual restam alguns trechos, e a alcáçova, a zona mais protegida no topo do castelo.
A melhoria da iluminação pública naquela área é agora um dos trabalhos para os quais o município procura encontrar financiamento.
As origens do castelo de Penamacor remontam à época da Reconquista Cristã, no século XIII, e terá sido usado pela última vez com fins militares durante as Invasões Francesas, no início do século XIX.
In RTP
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