Há investidores espanhóis interessados na compra de terrenos dentro do perímetro do regadio da Cova da Beira.
A confirmação deixada em entrevista à RCB por Mesquita Milheiro. Segundo o presidente da direcção da Associação distrital de agricultores o objectivo é apostar na fruticultura e horticultura aproveitando o excelente micro clima da região "tenho conhecimento de intenções de investidores espanhóis e não só em adquirirem terrenos". O dirigente recorda que "há uns anos também acompanhei alguns investidores espanhóis interessados em plantar olivais mas chegarm à conclusão que a região não tinha as condições climáticas necessárias para a plantação de olival intensivo e investiram no Alentejo, agora para a fruticultura e horticultura as condições podem estar reunidas".
Outro investimento que está a ser feito por parte dos produtores da região é a sul da Gardunha onde a quantidade de explorações agrícolas já justificava o alargamento do regadio a sul "é preciso olhar para o sul da Gardunha onde há grandes plantações de pomares de cerejeiras e pêssegos e onde não chega o regadio, penso que através de um transvase podia ser resolvido o problema daqueles produtores sempres dependentes das charcas para regar".
Segundo o presidente da direcção da Associação Distrital de Agricultores, o regadio da Cova da Beira, está a levantar problemas típicos de um projecto que começa a funcionar décadas depois de ter sido planeado "em sítios onde é necessário não chega depois há outros que lhes cai ali o regadio e não o utilizam".
O alargamento do regadio da Cova da Beira a sul da Gardunha, no concelho do Fundão, a sul do concelho de Penamacor e a norte do concelho de Belmonte são expansões ao actual perímetro de regra que terão que ser equacionadas "após o investimento estar concluído", segundo adiantou o próprio ministro da agricultura quando confrontado recentemente com estas reivindicações.
Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"
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