As obras de requalificação e ampliação da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Benquerença, no valor de meio milhão de euros, não resolvem problema ambiental na freguesia. A situação foi denunciada pelo presidente da junta, Álvaro Leitão, na última assembleia municipal de Penamacor.
“A ETAR não está a filtrar como devia, tivemos obras de ampliação porque cada vez que chovia era sempre um problema, já que as condutas que ligavam à ETAR não eram suficientes para absorver toda essa água porque tínhamos as redes de águas pluviais ligadas à rede de esgotos. Com toda a intervenção que este município fez de separação das condutas houve uma redução da entrada de caudal na ETAR mas continuamos a não assistir ao filtramento das águas, parece uma obra toda pomposa mas não serve para nada”.
António Beites, que já tinha colocado o problema à empresa Águas do Zêzere e Côa, e garante que vai voltar a falar da situação agora à empresa de Águas de Lisboa e Vale do Tejo “a responsabilidade é deles, já os chamamos à atenção porque não faz sentido depois de investido meio milhão não funcione, há qualquer coisa que não ficou bem feita e vamos chamar a empresa à responsabilidade, neste caso as Águas de Lisboa e Vale do Tejo”, garante o presidente da câmara de Penamacor.
Para já o problema ambiental mantém-se com as descargas e irem directamente para a ribeira da Benquerença, o que levou já a GNR, através do SEPNA – Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente – várias vezes ao local, na zona sul da Ribeira, próximo do limite com o concelho do Fundão.
Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"
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