O constante encerramento de escolas do primeiro ciclo já levou a que haja concelhos que só já têm uma estrutura para receber todos os alunos. É o caso de Penamacor, que perdeu a última escola rural há quase um ano. Em Aldeia do Bispo, a medida continua a não ser vista com bons olhos
É ASSIM todos os dias desde há quase um ano. À hora marcada (impreterivelmente antes das 8 e 30), Vera Ribeiro, Isabel Robalo, Sandra Geraldes e Lola Gillot encontram-se junto à paragem do Largo do Batoco, em Aldeia do Bispo, concelho de Penamacor, onde residem. É aí que vão deixar os respetivos filhos –Bárbara Domingues Ribeiro (6 anos), a Ana Rita Robalo Costa (9 anos), o Romeu Borrego e a Leone Gillot Martin (10 anos) – que hão de seguir de autocarro para Penamacor. À tarde, a partir das 17 e 30, o encontro repete-se, sendo que as crianças fazem a viagem no sentido inverso. Uma viagem que todos consideram desnecessária, mas que foi imposta pelo Governo na hora em que a decisão de fechar a escola da aldeia foi tomada sem apelo nem agravo, acabando também por ditar que neste concelho já não haja nenhuma localidade com escola primária a funcionar.
Toda a reportagem na edição semanal.
Por: Catarina Canotilho in "Jornal do Fundão"
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