António Beites admite que a câmara de Penamacor pode vir a recorrer a mecanismos extraordinários para ultrapassar o seu problema de endividamento.
Domingo, 05 de Janeiro de 2014 por Nuno Miguel in "Rádio Cova da Beira"
Na última reunião da assembleia municipal, onde as grandes opções do plano para 2014 foram aprovadas por maioria, o chefe do executivo admitiu que o orçamento para este ano está fortemente condicionado pela dívida e admite rever o documento por forma a conseguir a reestruturação dos compromissos assumidos pelos anteriores executivos “temos um orçamento de 11 milhões e 600 mil euros mas onde parte dele incide claramente na liquidação de dívidas contraídas por executivos anteriores e claro que isso limita a nossa acção; por isso este será um orçamento de transição e que pode vir a sofrer uma alteração significativa, sobretudo se tivermos necessidade de recorrer a mecanismos externos de reestruturação do nosso passivo”. Apesar das dificuldades, o presidente da câmara de Penamacor refere que há alguns projectos prioritários como a ampliação do quartel da GNR e a conclusão dos trabalhos do centro de congressos Ribeiro Sanches. A requalificação da zona industrial e o desenvolvimento do projecto da casa Ribeiro Sanches são outros dos projectos que o autarca enumera. Para António Beites “2014 será claramente um ano de transição onde, por um lado, vamos procurar candidatar vários projectos ao próximo quadro comunitário e em simultâneo definir um verdadeiro plano estratégico a médio prazo para o futuro do nosso concelho”. Os argumentos não convenceram a bancada da coligação “juntos por Penamacor” que se absteve na votação dos documentos. Hélio Silva mostra mesmo alguma preocupação com o desequilíbrio nas contas resultante da adesão ao sistema multi-municipal das “Águas do Zêzere e Côa”. O deputado da oposição afirma que “temos aqui uma situação deficitária de 459 por cento entre aquilo que o município cobra e aquilo que paga e isto é um crime às contas da autarquia”. Em defesa dos documentos apresentados pela maioria, Guida Leal, da bancada do PS, reconhece que “esta não é o orçamento que Penamacor precisava mas é o possível em virtude dos constrangimentos financeiros e que apresenta uma forte componente na reestruturação da dívida que, esperamos, seja concretizada durante este ano”.
Sem comentários:
Enviar um comentário