Ilídia Cruchinho, vereadora da Acção Social de Penamacor
Correio da Manhã – Há muitos anos que Penamacor é dos concelhos com uma baixa taxa denatalidade do País. Porquê?
Ilídia Cruchinho –
O principal problema do Interior é a falta de postos de trabalho. Sem
emprego, os jovens vão embora e criam a sua família onde encontram
melhores oportunidades. Mas, em Penamacor, estamos optimistas porque nos
últimos tempos conseguimos atrair investimentos para o concelho que vão
criar emprego. Nos próximos meses vão instalar-se na região algumas
empresas e serviços que vão criar postos de trabalho. É um sinal
positivo.
– Ao contrário de outros
municípios, Penamacor não atribui subsídios de nascimento. Qual é
aestratégia para fixar jovens efomentar a natalidade?
–
A autarquia não atribui subsídio porque optou por uma política que
passa por um apoio continuado às famílias, sobretudo ao longo do
percurso educativo da criança. Por exemplo, a câmara oferece os manuais
escolares às crianças do 1º ciclo, além de apoios aos agregados
carenciados, na alimentação e no transporte escolar. São incentivos que
visam fomentar a fixação de famílias no concelho.
– O encerramento de escolas não desencoraja a natalidade?
–
É óbvio que Penamacor sofreu com a política de encerramento de escolas
nas aldeias. Mas,ainda assim, a autarquia pro-porciona transporte
gratuito para todos os alunos, desde o pré-escolar ao 1º ciclo. Temos um
centro escolar novo com as melhores condições de ensinoe aprendizagem.
Nesse aspectoos pais podem ficar tranquilos.
– Já se nota alguma alteração positiva na taxa de natalidade?
–
Acho que a tendência está a inverter, e já este ano vamos bater o
recorde de nascimentos e deixar o grupo de municípios com a mais baixa
natalidade do País. Isso deixa-nos satisfeitos.
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