terça-feira, 7 de agosto de 2012

AS HISTÓRIAS DE JOLON

Foi perante um sala repleta de amigos que Jolon lançou o seu primeiro livro, o segundo das edições A.23, com sede no Fundão. "As estranhas e fantásticas histórias de Jolon" foram apresentadas pelo secretário geral do Partido Socialista.
De regresso a casa para apresentar o livro de Jolon, o secretário geral do PS não poupou nos elogios ao autor: homem simples, sensível directo e falador. É assim que António José Seguro se dirige ao amigo que um dia foi convidar para integrar a redacção do jornal A verdade de Penamacor, “o jornal eram três folhas A4 escritas numa máquina Royal preta em casa do meu tio, e como não tínhamos vários exemplares, entregávamos o jornal e ficávamos à espera que alguém o lesse”.
Esta poderia ser uma das estranhas e fantásticas histórias que Jolon reuniu em livro depois de publicadas ao longo de quase quatro décadas no Jornal do Fundão. Repórter do instante, assim lhe chama Fernando Paulouro no prefácio do livro que o director do JF considera importante “porque se pode inscrever na batalha pela memória”, porque se pode inscrever naquilo que é importante para “a identidade de uma terra, de um lugar, de um concelho, de uma região”.
É assim quando Jolon escreve sobre os ofícios, as lendas, as terras da raia, as curiosidades, as gentes, as tradições ou os sabores “fala das nossas bicas de azeite, da azeitona, das tabernas, do madeiro, não apenas o maior mas o mais bonito madeiro do país, da nossa serra da Malcata, do lince,dos pelourinhos, das igrejas, das fontes, fala de tudo isto e muito mais neste livro” recorda António José Seguro.
Um livro povoado de gente a que Jolon chama de “meus heróis”, que eternizou no seu primeiro livro. Num segundo volume, se o houver, promete outras histórias, desta vez, inéditas “algumas talvez do Tó Zé Seguro, outras do ex-presidente da câmara que um dia foi à pesca com um amigo e quando chegou a casa, de gravata, a filha perguntou-lhe se tinha ido à pesca ao que ele respondeu que não, que vinha de Penamacor. Então porque é que trazes as botas de borracha calçadas?”. A história arrancou uma gargalhada da sala.


Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"

Sem comentários: