Colégio deixou saudades e vontade de reencontro
Alunos, professores e funcionários do antigo colégio de Penamacor encontraram-se para recordar os tempos de escola. Alguns não se viam há 40 anos.
“Nós não tínhamos contactos, não tínhamos nada. Foi tudo com a prata da casa”, conta Manuela Lourenço, antiga aluna e uma das organizadoras do encontro. O objectivo é organizar uma comissão que junte as várias gerações que percorreram os mais de 40 anos de história da instituição.
“Esperemos que daqui saia uma nova iniciativa e que as pessoas passem a encontrar-se pelo menos uma vez por ano”, diz João António Pinto, que chegou ao colégio em 1965. Nesse tempo as escadarias do átrio ainda dividiam raparigas e rapazes, mas apenas isso. “Havia uma grande solidariedade e camaradagem entre as pessoas, que já não existe hoje”, conta o antigo aluno.
O encontro juntou pessoas que não se viam há 40 anos e a organização quer que seja o primeiro de muitos. João António Pinto espera “que daqui saia uma nova iniciativa e que as pessoas passem a encontrar-se pelo menos uma vez por ano”.
São José e Gorete Brito são vizinhas do colégio e antes de lá entrarem como alunas viram passar muita gente pela escola. Da passagem por esta dizem sem hesitar que foram os melhores anos das suas vidas. Mesmo quando “levavam nas orelhas” do conhecido professor Quinhoy, que não pôde estar presente.
“Havia um respeito muito grande entre professores e alunos. Nós sabíamos muito bem onde é que acabava a nossa liberdade e começava a liberdade deles. Mas havia ao mesmo tempo uma grande amizade”, diz Gorete Brito. Valores que gostariam de ver aplicados aos dias de hoje.
“Esses valores são muito importantes para as pessoas que estão em Penamacor e que têm como referência que Penamacor deve ser uma família num espaço pequeno e que não deve haver nada nem ninguém a dividir o concelho”, diz uma das irmãs. Mas falar do colégio é também falar das festas que ficaram na memória de muitos, como o dia da Senhora da Conceição em que as mães eram homenageadas e havia oferta de enxovais, até aos carnavais em que todos participam e à feira do livro, que o colégio organizava sozinho no Jardim da República. Memórias para continuar a desfiar numa próxima oportunidade.
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