segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Comunicado Águascoop: Cooperativa esclarece caso das Termas

Considerando a notícia publicada no Jornal "Reconquista" de 21 de Agosto (pág. 16) onde o Sr. Presidente da Câmara de Penamacor refere que "A Câmara Municipal de Penamacor vai assumir a propriedade das termas de Águas para avançar com projeto de exploração e dinamização daquele espaço.", tem, esta cooperativa, na qualidade de usufrutuária do imóvel, em causa, de tomar posição pública sobre tais desígnios do Edil de Penamacor, na medida em que colidem diretamente, quer com o direito de usufruto que está registado a favor desta cooperativa, mas, principalmente, com a posição e forma de estar que esta cooperativa sempre revelou junto de todos os intervenientes, nomeadamente, a Câmara Municipal de Penamacor (CMP).
Efetivamente, é inaceitável que tal entidade pública se venha agora arrogar a necessidade de se apropriar de um património que sempre pertenceu e pertence à população de Águas com a justificação de que apenas com essa "expropriação" permite fazer o que sempre foi feito nos últimos anos sem qualquer problema - com exceção do corrente ano -, a abertura e exploração das nossas termas!
O projeto de recuperação das termas de Águas não está, nem nunca esteve condicionado à propriedade das mesmas e que conforme é do conhecimento de todos continua a ser um bem público.
Apenas está condicionado à vontade e disponibilidade de todos os intervenientes, sendo que não se aceite nem entende a ausência de resposta da Câmara Municipal de Penamacor às missivas e contactos que lhe foram endereçados sobre a necessidade de abrir as termas no corrente ano e a total disponibilidade desta Cooperativa em fazer parte da melhor e mais vantajosa solução para a gestão e exploração de tal património que consideramos de todos.
Porém, até ao momento, a Câmara sempre se remeteu ao silêncio, não se tendo dignado em apresentar uma resposta formal, nem sequer qualquer proposta ou deliberação sobre tal assunto que permitisse, pelo menos, aferir de algum interesse em assegurar o funcionamento de tão importante valência quer para a população de Águas, quer para o concelho, mas sobretudo para todos os utentes que regularmente beneficiam dos tratamentos que as termas proporcionam.
A posição agora revelada pela CMP, para além de não corresponder à verdade - pois qualquer projeto de exploração e/ou dinamização das Termas de Águas, não está condicionado à propriedade das mesmas -, é um verdadeiro atentado à população da localidade que deve o seu nome ao maior património que tem, e que esta Cooperativa se comprometeu defender e preservar: as suas Águas!
Pelo que não se entende o alcance de uma pretensa "apropriação" de tal património que será, como é desígnio desta cooperativa, sempre preservado e defendido por todos os meios, legalmente admissíveis, mas estando sempre, como já foi transmitido a todos os intervenientes, disponível para colaborar na melhor solução que garanta o desenvolvimento socioeconómico da Freguesia de Águas e a gestão e administração comum dos bens móveis e imóveis cujo usufruto lhe foi outorgado, sem quaisquer "bairrismos", mercantilismos, negócios lucrativos ou outros interesses, que não sejam os dos utentes de tal valência termal e da população e localidade onde tal património existe e sempre será considerado como nosso, e que nos comprometemos a salvaguardar e preservar.

A direção da ÁguasCoop
 
In jornal "A Reconquista"

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