quarta-feira, 4 de maio de 2016

AMP: PASSADO “ENSOMBRA” CONTAS

Rádio Cova da Beira

A Assembleia Municipal de Penamacor (AMP) aprovou o relatório e contas de 2015 da autarquia com seis abstenções, cinco da bancada da coligação “Juntos por Penamacor”, que não se pronunciou sobre os documentos, e uma abstenção da bancada do Partido Socialista. 

Apesar do elogio ao trabalho da maioria, Francisco Abreu recusa-se a votar favoravelmente as contas da autarquia enquanto não estiverem esclarecidas outras contas “não posso votar favoravelmente estas contas enquanto as questões da Malcatur e GDTP não estiverem devidamente esclarecidas, mas não é esclarecido só em parte, é na íntegra, eu não pactuo com estas questões”.
Mas este não é o único processo que levanta dúvidas a Francisco Abreu, o agora membro da bancada do Partido Socialista na assembleia municipal de Penamacor desenterrou outra obra do anterior executivo - o inacabado centro de congressos Ribeiro Sanches “eu não posso crer que estejam enterrados 753 mil euros no centro de congressos Ribeiro Sanches, vamos lá ver as obras, as pinturas, os mármores que justifiquem este montante”.
António Beites diz que se trata de valores herdados do anterior executivo e que nada têm a ver com as contas de 2015 em discussão. O presidente da câmara de Penamacor garante que, independentemente do que já terá sido ali investido, a obra não avança se não tiver apoio de fundos comunitários.
Relativamente às participações do município nas empresas Malcatur e Grupo de Desenvolvimento das Termas de Portugal apesar de ainda não estarem reflectidas nas contas de 2015, já estão reflectidas nas contas das empresas. O autarca penamacorense considera que também esta questão em nada prejudica a análise das contas do município “aliás, se estas questões fossem incorporadas devidamente apenas melhorariam as contas da autarquia”.
António Beites apresentou ainda à assembleia o documento de execução do plano de saneamento financeiro que demonstra um ligeiro desvio, fruto de uma nota de débito inesperada, de 204 mil euros, de juros referentes ao contrato celebrado com a empresa Águas do Zêzere e Côa, em 2012, “não era expectável que acontecesse, era desconhecida do actual executivo e obviamente inferiu negativamente na previsão de redução da dívida, mesmo assim conseguimos ainda recuperar parte, mas provocou um ligeiro desvio”.
O autarca penamacorense está confiante que será possível, este ano, recuperar o desvio de 50 mil euros na execução do plano de saneamento financeiro da autarquia.

Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"

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