sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Imagens da nossa terra










Vento forte

Meteorologia decreta aviso vermelho para sábado

O Instituto de Meteorologia colocou Castelo Branco em aviso vermelho devido à previsão de vento forte para este sábado.

O aviso vermelho é o mais grave da escala e no caso do distrito de Castelo Branco foi decretado devido à previsão de vento forte a excepcionalmente forte de sudoeste com rajadas na ordem de 150 km/h nas terras altas.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil recomenda a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes que possam ser arrastados.

É também aconselhada a fixação das estruturas exteriores para evitar que caiam por força do vento e a condução a baixas velocidades reduzindo as deslocações ao estritamente necessário.

O aviso vermelho abrange todos os distrito a norte da faixa Castelo Branco - Leiria, com excepção de Bragança.

A informação é actualizada nas páginas da Autoridade Nacional de Protecção Civil e do Instituto de Meteorologia.

http://www.meteo.pt/pt/

http://www.proteccaocivil.pt/Pages/default.aspx

In jornal "A Reconquista"

DISTRITAL - 22ª JORNADA

É a jornada de todas as decisões, no que diz respeito à equipa que ainda falta para a fase seguinte. Oleiros, Teixosense e Valverde lutam pela sexta posição.

O Oleiros - Valverde vai ser dirigido por Paulo Abrentes e o Pedrogão - Teixosense por Tiago Gonçalves. Destes dois encontros vai sair a última equipa para a fase de campeão onde já estão Pedrógão, Águias do Moradal, Atalaia do Campo, V. Sernache e ADF. Nos restantes encontros, deste jornada, o Sernache - Vilarregense vai ser dirigido por Dálio Rolo; no Proença - ADF vai estar Ricardo Fontes, Márcio Lopes vai dirigir o Lardosa - Unhais da Serra e no Atalaia - Águias do Moradal, o árbitro nomeado foi Carlos Silva.
O sorteio para a segunda fase está marcado para as 17h30, da próxima segunda-feira.
No futsal, jogo em atraso da quinta jornada, o Ladoeiro recebe o Alcaria, a partir das 17 horas de sábado, com arbitragem de Bruno Duarte. Também sábado, começa uma hora depois o encontro relativo às meias-finais da taça AFCB de seniores femininos, entre o Grupo de Convívio e Amizade nas Donas e o Bairro do Cansado, com arbitragem de João Ventura.

Autor: César Duarte Ferreira in "Rádio Cova da Beira"

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TORRÃO LAMENTA ATRASOS DO QREN

Segundo o presidente da câmara municipal de Penamcor, o QREN já deveria estar "em velocidade cruzeiro" mas ainda está "numa fase embrionária".

Segundo Domingos Torrão "estamos em 2010 e em vez de estarmos na fase de pagamentos de candidaturas ainda estamos a receber regulamentos". O autarca lamenta ainda que apesar de estarem a ser elaboradas as candidaturas ao novo programa de cooperação transfronteiriça, "há ainda verbas para receber do Interreg III do anterior quadro comunitário". A autarquia penamacorense tem ainda a receber 350 mil euros relativos à obra da Av. da República e quartel, um valor que "para uma câmara da dimensão da nossa, bem falta faz".

Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"

Reunião é esta sexta-feira

Assembleia de Penamacor debate desenvolvimento rural

Gabriela Ventura é a primeira convidada das reuniões temáticas da Assembleia Municipal de Penamacor, que vai avançar com sessões nas freguesias do concelho.

O Programa de Desenvolvimento Rural Proder é o assunto central da primeira reunião da Assembleia Municipal de Penamacor com debate temático. O modelo foi uma das promessas do socialista Jorge Seguro na última campanha eleitoral, que avança com o acordo dos grupos políticos representados. Formalmente ainda não foi aprovado o novo regimento do órgão – que permite este tipo de reuniões – mas o Partido Socialista e a Coligação Todos por Penamacor (PSD, CDS, Partido da Terra) concordaram com a importância da sua realização.

O Proder será apresentado pela gestora Maria Gabriela Ventura, havendo ainda espaço para as questões dos eleitos e do público. A reunião começa pelas 20 horas, no salão nobre da autarquia penamacorense. Depois seguem os trabalhos habituais da assembleia.

Para Jorge Seguro as assembleias municipais “podem ter um papel muito importante na dinamização do concelho e da região trazendo para o debate os temas que são mais relevantes”. Por isso o presidente da Assembleia Municipal de Penamacor espera colocar outros temas em cima da mesa, como a energia, ambiente, turismo, desenvolvimento regional ou a educação “porque são áreas que nos parecem decisivas para o interior”. Envolver a população é outra das intenções.

O projecto de regimento que será votado esta sexta-feira contempla ainda reuniões nas freguesias do concelho.

“Logo que seja aprovado passaremos rapidamente para as sessões descentralizadas e iremos fazê-lo de acordo com a agenda, nomeadamente as sessões temáticas”, diz Jorge Seguro. As reuniões descentralizadas serão alternadas com as dos Paços do Concelho e a escolha dos locais vai depender dos espaços disponíveis nas freguesias, entre outras condições.

Na assembleia de sexta-feira será ainda discutido e votado o plano de actividades da assembleia municipal para 2010 e as grelhas de tempo que regulam as intervenções dos deputados municipais.

Na ordem do dia está ainda um convénio de colaboração que envolve Penamacor e outros municípios dos distritos de Castelo Branco e Portalegre e da província espanhola de Cáceres para o desenvolvimento de acções comuns no âmbito do projecto Taejo Internacional.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Aldeia de João Pires

Homens com ladainha na rua

A Ladainha dos Homens de Aldeia de João Pires percorre esta sexta-feira as ruas da freguesia de Penamacor. Aquela que é uma das tradições mais singulares do concelho acontece todas as sextas-feiras até 26 de Março, com inicio sempre às 20 horas.

Tal como o nome diz apenas os homens participam no cortejo, que é iluminado com archotes feitos com pinhas.

O vídeo com a reportagem do cortejo em 2009 pode ser visto no dossiê “Tradições da Quaresma” na página do Reconquista na internet, em www.reconquista.pt/dossier.

In jornal "A Reconquista"




Vereadores comentam visita de Cavaco

Oposição diz que não há inovação

Os vereadores da Coligação Todos por Penamacor (PSD, CDS, Partido da Terra) consideram que o presidente da República não incluiu o município no Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras porque "não foi encontrado nada de inovador no concelho". As palavras são de Vítor Gabriel, citado pela Rádio Cova da Beira (RCB).

O vereador da oposição considera que o facto de Penamacor não ter sido incluído no roteiro pelo distrito "diz muito do estado em que se encontra o concelho".

Vítor Gabriel diz ainda que Cavaco Silva "veio inaugurar uma variante de utilidade duvidosa", referindo-se à Av. da República, que liga a Sr.ª dos Caminhos à Água Férrea. E acrescenta que gostaria de ter visto Cavaco Silva "inaugurar a suite presidencial do hotel que os senhores já andam a falar há oito anos".

António Cabanas, o vice-presidente da Câmara Municipal de Penamacor, respondeu às críticas enumerando projectos que podiam ter sido mostrados a Cavaco Silva.

"É o caso da central meleira, da salsicharia tradicional de porco preto ou da marca Terras do Lince", afirmou o vereador.

Já em relação ao hotel, o presidente Domingos Torrão garantiu que a construção está "por um fio" e em declarações à RCB no final da reunião camarária detalhou que está a ser ultimado o caderno de encargos “e que o concurso terminará ainda durante este primeiro trimestre".

In jornal "A Reconquista"

Fotos de penamacorense Sandra Vicente premiadas na Hungria

Sandra Vicente é o nome que está por detrás da objectiva que registou duas das fotografias que foram escolhidas entre as 15 melhores num concurso realizado na Hungria.

Eternizou dois momentos fotográficos que a colocou na lista de concorrentes de um concurso internacional promovido pela Europe Direct Szolnok et Agrária-Apure.
Sandra Vicente conseguiu através da fotografia cimentar a coesão territorial e criar parcerias com outros mundos tão rurais quanto o seu. Enviou para a Hungria 10 fotografias das mais de 12.500 que tem reunido desde que descobriu a fotografia como "quem escreve com o coração e lê com a alma".
In jornal "Gazeta do Interior"

AINDA NÃO ESTÁ PREVISTA A DATA DE INÍCIO DA OBRA

Hotel de Penamacor em estudo por questões energéticas
A empresa Malcatur está a estudar as formas da unidade ser auto-suficiente em termos energéticos.
Ainda antes da primeira pedra surgir no local, a empresa responsável pela construção e exploração do futuro hotel de Penamacor, a Malcatur, tem acautelado a questão energética. António Cabanas não avança com prazos para "não criar expectativas que podem ser defraudadas" quanto ao arranque da obra, embora o concurso público esteja previsto arrancar em Março. O vice-presidente recorda que a Lei prevê que estes edifícios tenham certificação energética, o que para os projectistas, não foi descurado. Entende que Penamacor não precisa de um hotel que esteja no topo da inovação, mas que sirva os interesses do Concelho e venha resolver a crise que se sente em termos de alojamento.
In jornal "Gazeta do Interior"

DEMOCRACIA A BRINCAR EM PENAMACOR

Vítor Gabriel diz que em Penamacor não se vive uma "democracia a sério".

O vereador da oposição, na última reunião pública do executivo, disse que "as pessoas em Penamacor sentem-se ameaçadas no seu emprego e nas suas actividades". E deixou como exemplo a visita "cirúrgica" de Domingos Torrão, na segunda-feira a seguir às eleições, a "alguns gabinetes da câmara, para deixar claro quem é que mandava".
Outro dos exemplos deixados pelo autarca foi o cancelamento do tradicional almoço de Natal com os funcionários da autarquia, "uma inovação política de baixo nível", afirmou Vítor Gabriel, para quem o cancelamento do almoço fica a dever-se a duas razões "por um lado o receio que a maioria dos funcionários não aparecesse pelos motivos que todos sabem, por outro, porque este almoço realiza-se sempre num restaurante cujos proprietários apoiaram a lista da Coligação nas últimas eleições".
Na ausência do presidente, o vice presidente da câmara municipal, respondeu a Vítor Gabriel. À crítica que em Penamacor não se vive uma democracia a sério, António Cabanas responde com uma gargalhada "mais do que um sorriso é quase uma gargalhada e não vou falar de quem andou a perseguir empresários nas últimas eleições, fico-me por aqui".
Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Município do Fundão assinala centenário da República

Um documentário sobre a vida e a personalidade de Francisco Cunha Leal, uma mesa redonda sobre o antigo deputado e ministro da república, exposições concursos e várias iniciativas pedagógicas assinalam no Fundão, as comemorações do primeiro centenário da República.

A iniciativa da Câmara Municipal do Fundão conta com a participação da maioria das escolas do concelho e o programa estende-se até Janeiro de 2011.Compreender e recordar Cunha Leal que foi " uma voz contra a opressão e que promoveu a liberdade de expressão" é um dos propósitos da iniciativa agora apresentada. Oriundo da Beira Baixa, Francisco Cunha Leal teve ligações familiares a Pedrógão de São Pedro, no concelho de Penamacor, e ao Alcaide, no concelho do Fundão. Aproveitando a recuperação da antiga Casa Cunha Leal e porque em breve vai abrir ao público o restaurante temático do Alcaide, a CMF vai aproveitar a geografia de Cunha Leal para destacar o valor do antigo ministro na sua relação com a Beira.

Ouvir peça Rádio.

Autora: Dulce Gabriel in "Jornal do Fundão"

Serra da Malcata pré finalista

Das duas candidaturas multi-concelhias, promovidas em parceria pela Câmara Municipal do Sabugal e pela Câmara Municipal de Penamacor, foi aprovada a candidatura da SERRA DA MALCATA à categoria de “Florestas e matas” encontrando-se já entre as 77 maravilhas Pré-Finalistas das “7 Maravilhas Naturais de Portugal®”.

Das duas candidaturas multi-distritos, promovidas pela Associação de Municípios do Vale do Côa, foi aprovada a candidatura do VALE DO CÔA à categoria de “Zonas Aquáticas não-marinhas” encontrando-se também entre as 77 maravilhas Pré-Finalistas das “7 Maravilhas Naturais de Portugal®”.
As nossas “Maravilhas Naturais” estão já parabéns pois das 323 candidaturas apresentadas estamos entre as 77 escolhidas. A 7 de Março de 2010 serão escolhidas as 21 finalistas que ficarão sujeitas à votação pública que se iniciará nessa data e terminará a 7 de Setembro. A 11 de Setembro serão dadas a conhecer as 7 Maravilhas vencedoras, numa cerimónia a realizar nos Açores.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Imagens da nossa terra










Agenda Cultural renovada (Local Visão TV)

Rosalina Cruz em Penamacor - Exposição de pintura até 12 de Março (Local Visão TV)

DISTRITAL DE CASTELO BRANCO

Com os resultados que se verificaram na penúltima jornada da 1ª fase do distrital de Castelo Branco, passaram a ser dois os líderes do campeonato. Agora Águias do Moradal e Pedrógão, por esta ordem, partilham o primeiro lugar, com 47 pontos, mas a luta maior discute-se pelo sexto posto, aquele que também dá passagem à discussão do título. Oleiros, Teixosense e Valverde são os clubes que vão lutar por conseguir esse objectivo.

Esta foi também a jornada em que se bateu mais um record de golos marcados por uma única equipa. Foi no Campo do ventoso, no Estreito que o Águias do Moradal “ aplicou “ chapa doze à frágil equipa da Lardosa. Foi uma partida que deu para que muitos jogadores marcassem neste jogo, mas o destaque vai para Esteves e Bruno Vieira, que foram quem mais marcou, três golos para cada um, numa partida muito fácil para os comandados de António Belo. Importa dizer que a equipa do Estreito é a mais concretizadora, com 59 tontos apontados e é também a que sabe defender melhor a sua baliza. Só sofreu 12 golos nos 21 jogos realizados.
No derby do concelho do Fundão não houve golos, as equipas de Valverde e Atalaia do Campo não conseguiram criar condições para que os ataques se sobrepusessem às defesas. Na primeira parte a equipa de Micas soube fechar-se muito bem e a formação comandada por Joca, que jogava lenta, também não criava situações que lhe pudessem dar vantagem. Na segunda parte a Atalaia entrou mais afoita, teve um bom primeiro quarto de hora, mas depois voltou a monotonia, embora continuasse a ter mais posse de bola e mais desenvoltura nos processos ofensivos. O Valverde utilizou a arma do contra-ataque, que acabaram por, também, não resultar. Quando assim é, o espectáculo fica mais pobre, embora a emoção tenha perdurado durante toda a partida. A luta pelo sexto posto vai manter-se até ao final desta primeira fase. Pode ler a crónica deste jogo à parte neste site.
No Fundão a equipa do Pedrógão de S. Pedro foi mais afortunada e conquistou os três pontos. A primeira parte foi jogada sem que se tenham criado grandes oportunidades para que o marcador sofresse alterações, a Desportiva teve que optar pelo futebol directo, ou muitos passes laterais devido à pressão alta que o seu adversário lhe estava a fazer. A única situação em que o golo esteve eminente aconteceu por intermédio de Hélder Rodrigues, que falhou na cara do golo. Na segunda parte a Desportiva veio com outras intenções, teve um reinicio muito prometedor, criou algumas situações de perigo junto da área adversária, mas passados 15 minutos voltou a baixar a sua produção de jogo e a deixar que o adversário equilibrasse a contenda e saísse em perigosos contra-ataques. Foi numa dessas jogadas rápidas que resultou o único golo do encontro. Ricardo ganhou a posse de bola a meio campo, fez, rapidamente o cruzamento e Fábio Portugal, antecipando-se aos centrais do Fundão, atirou a contar. Com este golo o Pedrógão baixou as linhas e o Fundão podia ter chegado ao tento da igualdade, tendo feito o suficiente para o merecer.
Noutro jogo onde o alvo principal era chegar ao 6º lugar, o Oleiros não deixou os seus créditos por mãos alheias e foi a Vila de Rei vencer, categoricamente o Vilarregense, por 4-0. Gelson, Ludvico e Tomás (2) apontaram os golos que valeram os três pontos e que contribuíram para que os comandados de José Ramalho colocassem o clube no lugar pelo qual estão empenhadamente a lutar.
No Teixoso a partida foi muito bem disputada, quer pela equipa da casa, quer pela formação que veio de Cernache do Bom Jardim. A equipa de Simões Gapo apresentou-se muito bem exposta no pelado, fez uma boa circulação de bola, optou mesmo por ter posse em contraste com o futebol mais directo da equipa de Mário Pereira. A equipa do Vitória, na primeira oportunidade que criou marcou, por intermédio de Toni, o Teixosense, que teve, três minutos depois de ter sofrido o golo, uma grande penalidade, que Toni cometeu sobre Luís Pedro, mas que João Bruno desperdiçou, permitindo a defesa ao guardião contrário. O 0-2 teve lugar aos 28’, numa boa iniciativa de Santolini. O Teixosense ainda relançou o encontro, quando Luís Pedro, o homem mais inconformado dos teixosenses, marcou aos 38. Na segunda parte o Sernache controlou a partida e o resultado.
O jogo de Unhais da Serra não teve grande história, em face da postura que a equipa da casa tem tido neste campeonato, o resultado final de 1-3, favorável ao Proença, encaixa-se perfeitamente no padrão de resultados daquela equipa serrana.
Com estes resultados, Águias do Moradal e Pedrógão de S. Pedro lideram o campeonato, com 47 pontos, seguidos de Atalaia do Campo, com 46, V.Sernache, com 42, AD Fundão, 37 e Oleiros 33. Importa referir que a uma única jornada do fim, são três os candidatos ao 6º posto da classificação, aquele que também dá direito a disputar os jogos que vão atribuir o titulo de campeão distrital: Oleiros, Teixosense e Valverde. Na última jornada jogam entre si dois desses pretendentes, Oleiros – Teixosense e o Valverde desloca-se a Pedrógão de S. Pedro.
O jogo mais importante da última ronda realiza-se em Atalaia do Campo entre a equipa da casa e o Águias do Moradal, um jogo apenas para somar pontos e que pode ditar o vencedor desta primeira fase.
Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

CINEASTA JOAQUIM LEITÃO EM PENAMACOR

O realizador de cinema Joaquim Leitão desloca-se a Penamacor na próxima sexta-feira, 26 de Fevereiro, para dar uma aula de cinema ao curso que está a ser leccionado nesta área na Escola Ribeiro Sanches.

Nesse mesmo dia, mas à noite, a gestora do PRODER, Maria Gabriela Ventura, é a convidada do presidente da Assembleia Municipal de Penamacor para, no período antes da ordem do dia, às 20h, falar do Programa de Desenvolvimento Rural.
A iniciativa está inserida na ideia deixada por Jorge Seguro no início do mandato de, sempre que possível, levar a Penamacor pessoas ligadas às mais diversas áreas, que possam dar um contributo para o desenvolvimento do concelho.
Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"

NADA DE INOVADOR EM PENAMACOR

O facto de Penamacor não ter sido incluído no roteiro das comunidades locais inovadoras que o Presidente da República promoveu durante dois dias ao distrito "diz muito do estado em que se encontra o concelho".

Para Vítor Gabriel, se Penamacor não foi incluído no roteiro foi porque "não foi encontrado nada de inovador no concelho" e recorda os projectos visitados por Cavaco Silva noutros concelhos, "em Penamacor veio inaugurar uma variante de utilidade duvidosa". O líder da bancada da oposição gostaria de ter visto Cavaco Silva "inaugurar a suite presidencial do hotel que os senhores já andam a falar há 8 anos".
Às criticas da oposição a maioria responde com exemplos de projectos inovadores do concelho que podiam ter sido mostrados ao Presidente da República, "é o caso da central meleira, da salsicharia tradicional de porco preto, ou da marca terras do lince". Para António Cabanas, de Penamacor, o PR levou uma ideia nova para o país "a necessidade de repovoar o interior".
Quanto ao hotel, Domingos Torrão garantiu que a construção está "por um fio". No final, em declarações à RCB, o presidente da câmara municipal de Penamacor explicou o significado da expressão "significa que estamos a ultimar o caderno de encargos e que o concurso terminará ainda durante este primeiro trimestre".
Autora: Paula Brito in "Rádio Cova da Beira"

Penamacor

Corpo de desaparecido encontrado na barragem de Meimoa

O corpo de um homem de 41 anos, dado como desaparecido desde o dia 10 de Fevereiro, foi encontrado esta quinta-feira na barragem da Meimoa, concelho de Penamacor, confirmou à Lusa fonte da GNR. O pai alertou o posto da GNR de Belmonte para o desaparecimento do filho e respectiva viatura, mas só seis dias depois as autoridades encontraram o veículo, junto da barragem da Meimoa. Para o local, foi mobilizada uma equipa de mergulhadores dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova, que acabaram por encontrar o corpo da vítima, dentro da albufeira.
De acordo com a Lusa o caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária, para apurar as circunstâncias em que se deu a morte.
Segundo fonte policial, suspeita-se que o corpo seja o de um homem residente em Inguias, concelho de Belmonte, desaparecido desde dia 10 e cuja viatura foi encontrada nas imediações na barragem na terça feira.
In jornal "A Reconquista"

Recolha de fundos decorre até Abril

Vale mobiliza-se para homenagem a Lopes Dias

O fundador da antiga Escola de Enfermagem de Castelo Branco vai ter um busto na aldeia do concelho de Penamacor, onde nasceu há quase 110 anos.
O seu nome está ligado à Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Castelo Branco, mas José Lopes Dias nasceu próximo da fronteira com o distrito da Guarda, em Vale da Senhora da Póvoa. A aldeia do concelho de Penamacor está a preparar uma homenagem ao médico que em 1948 criou a então Escola de Enfermagem de Castelo Branco, através de um busto a inaugurar em Maio. É nessa altura que passam 110 anos do seu nascimento.
Américo Valente nasceu no ano da criação da escola de enfermagem e é um dos entusiastas da homenagem, a par de outros seus conterrâneos do Vale da Senhora da Póvoa. Foi através da sua página na internet – em http://senhorapovoa.com.sapo.pt/ – que lançou no último mês de Outubro a subscrição pública. Até ao momento cerca de 20 pessoas já contribuíram.
Américo Valente justifica a iniciativa recordando que José Lopes Dias foi um homem “que fez muito bem à terra e às pessoas de lá”, permitindo um futuro diferente para quem em princípio estaria condenado a viver da agricultura. Hoje o Vale da Senhora da Póvoa é terra de enfermeiros, mas também de funcionários da Câmara Municipal de Lisboa, neste último caso por “culpa” de outro Lopes Dias, o irmão Jaime.
Jaime Lopes Dias foi homenageado pela aldeia em 1988 com um busto, que hoje se encontra num largo da freguesia. Agora procura-se fazer o mesmo com José Lopes Dias.
Américo Valente recorda que o primeiro contributo de José Lopes Dias para a melhoria das condições de vida dos naturais da sua aldeia foi motivá-los a obter a antiga quarta classe, que em tempos de analfabetismo já abria muitas portas.
“Todo o concelho começou a ter no Dr. José Lopes Dias uma espécie de paizinho, por isso é que o distrito começou a ter muitos enfermeiros”, diz Américo Valente.
Joaquim Martins, que foi presidente da Junta de Freguesia do Vale da Senhora da Póvoa até às últimas eleições, é um desses casos. “A ele devo a profissão que exerci durante 33 anos”, confessou em Junho do ano passado ao Reconquista, por ocasião de um encontro de naturais da aldeia.
O molde do busto já está feito e a subscrição pública rendeu até ao momento mais de 1 700 euros. A meta está fixada nos 7 mil euros, que a organização espera atingir nos dois meses que faltam.
“A 15 de Abril espero já ter lá o pedestal e o busto”, diz Américo Valente. A intenção é inaugurar a obra a 8 de Maio, na semana dos 110 anos do nascimento do médico.
“Se não houver donativos que cheguem mobiliza-se o povo”, diz o promotor, que gostava de ver outros contributos, como o do Instituto Politécnico de Castelo Branco, onde se encontra a Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias.
Os donativos podem ser entregues em dinheiro na Junta de Freguesia de Vale da Senhora da Póvoa, às terças e quintas-feiras, das 18 às 19 horas. Quem não o puder fazer tem como alternativa a transferência bancária, através da conta com o NIB 0035 0603 0001 4584 20031, da Caixa Geral de Depósitos de Penamacor.
Entre o Vale e Castelo Branco
José Lopes Dias Júnior nasceu a 5 de Maio de 1900 em Vale de Lobo, hoje Vale da Senhora da Póvoa. É filho do professor primário José Lopes Dias (1864 –1948) e irmão de Jaime Lopes Dias (1890-1977), autor de “Etnografia da Beira” e de outras obras dedicadas ao tema.
José Lopes Dias estudou em Castelo Branco e Coimbra, onde terminou o curso de medicina em 1923. Exerceu medicina em Penamacor e em 1928 fixou-se em Castelo Branco. Foi médico da Misericórdia local, tendo exercido as funções de director clínico durante vários anos.
Em 1948 funda a Escola de Enfermagem de Castelo Branco, que em 2001 é integrada no Instituto Politécnico de Castelo Branco, assumindo a designação de Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias.
Nos primeiros 60 anos de existência formou mais de 3 700 profissionais de saúde, de acordo com o próprio politécnico.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Pintura

Rosalina Cruz expõe nos Paços do Concelho
A pintora Rosalina Cruz é a autora da exposição que pode ser vista até 12 de Março no edifício da Câmara Municipal de Penamacor.
Rosalina Cruz tem 62 anos e é natural da Covilhã. Apaixonada pela pintura entrou há cerca de 30 anos para o Núcleo Cultural da Covilhã, onde aprendeu com Rodolfo Passaporte, Luís dos Santos e Lígia Peixeira. A formação ajudou-a a desenvolver técnicas como a pintura a óleo, aguarela, pastel, pintura em tecido e porcelana. O óleo e a aguarela foram as que abraçou para as suas criações.
Do seu currículo consta a participação em várias exposições colectivas, tendo ainda recentemente realizado uma exposição individual para assinalar os trinta anos de pintura.
A exposição em Penamacor pode ser vista durante a semana, em horário laboral.
In jornal "A Reconquista"

Penamacor

Agenda cultural com nova cara
A agenda cultural de Penamacor surge em 2010 com um novo formato, grafismo e periodicidade. A publicação da Câmara Municipal de Penamacor é agora semestral, em vez de trimestral. O formato muda do quadrado para o rectângulo. Quanto aos conteúdos mantém muito do que já havia na velha agenda, dando conta não só das manifestações culturais como das festas e romarias, calendário desportivo e informações úteis, como sítios onde comer e dormir.
O destaque desta edição vai para os Rituais da Quaresma, com o calendário das tradições para os próximos meses. A primeira dessas actividades é já esta sexta-feira, dia 19, com o regresso da Ladainha dos Homens a Aldeia de João Pires. O cortejo sairá às ruas desta freguesia todas as sextas-feiras pelas 20 horas, até ao dia 26 de Março.
A agenda cultural de Penamacor pode ser consultada também na internet, em www.cm-penamacor.pt/agenda30/02.html.
In jornal "A Reconquista"

Projecto escolar

Na história, na lenda e na net

O projecto "Penamacor na História e na Lenda" pode ser acompanhado na internet através do blogue criado pelos alunos que integram esta iniciativa conjunta do Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches e da Adraces, a Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro Sul.
O blogue fica no endereço http://penamacornahistoriaenalenda.blogspot.com/.
O “Penamacor na História e na Lenda” é um projecto integrado no Programa "Juventude em Acção" e conta com a produção de 15 jovens do concelho. A iniciativa decorre ao longo de todo o ano lectivo e tem como um dos objectivos o lançamento de um DVD sobre o concelho.
Além da pesquisa de conteúdos para a edição do DVD, os jovens da Ribeiro Sanches estão a receber acções de formação ao nível da dicção, colocação de voz e técnicas de representação.

In jornal "A Reconquista"

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Exposição de coleccionismo - Museu Municipal de Penamacor (Local Visão TV)

CALENDÁRIO ACERTADO

Os jogos em atraso da jornada 15, trouxeram um novo líder ao campeonato distrital de Castelo Branco. A Atalaia do Campo venceu a ADF e ultrapassa o Pedrógão no primeiro lugar.

Num jogo com grande incerteza no marcador, o Atalaia do Campo recuperou de uma desvantagem de três golos, e acabou por vencer por 4-3, a ADF. Com este resultado os comandados de Joca, são os novos líderes do distrital com mais um ponto, que o duo constituído por Pedrógão e Águias do Moradal. Os comandados de António Belo não facilitaram e golearam o Vilarregense por 4-0.

Outro dos grande beneficiados da jornada foi o Teixosense, que bateu o Unhais da Serra por 2-3 e aproveitou a derrota do Oleiros em Proença (2-1), para voltar ao sexto lugar. Na perseguição pelo último lugar que dá acesso à fase final, está o Valverde que goleou a Lardosa (1-4), está com os mesmo pontos que o Oleiros, a apenas dois pontos do Teixosense.

Recorde-se que já se tinha realizado, no passado dia 10 de Janeiro, o Pedrógão 1-1 V. Sernache.

Autor: César Duarte Ferreira in "Rádio Cova da Beira"

DISTRITAL DE CASTELO BRANCO

A Jornada deste fim-de-semana foi dividida em partes iguais pelo sábado e pelo domingo. A antecipação de três dos seis jogos para sábado ficou a dever-se ao facto de na próxima 3ª feira se realizarem os jogos que se encontram em atraso da jornada nº. 15, do dia 10 de Janeiro.

No sábado foi assim:

O jogo mais importante desta 20ª jornada realizou-se em Cernache do Bom Jardim, entre o Vitória local e a Desportiva do Fundão. O triunfo sorriu à equipa da casa, por 2-1. Foi uma vitória que teve o mérito de ser obtida quando a equipa de Simões Gapo se via reduzida a 10 unidades, por expulsão de Dário, que fez a falta que originou o golo do empate da Desportiva fundanense. A formação da casa conseguiu marcar o primeiro golo aos 16’, por intermédio de Rabat, depois de já ter enviado uma bola aos ferros de João Augusto, por Santolini. Era o melhor período da equipa do Sernache. Foi com esta vantagem se se esgotaram os primeiros 45 minutos. Na segunda parte a Desportiva veio mais afoita, principalmente a partir dos 70 minutos. Enviou uma bola aos ferros por Chiquinho, Hélder Rodrigues, um minuto depois, rematou para o empate mas o guardião contrário defendeu bem e aos 72’ Dário faz uma carga à margem das lei, dentro da sua grande área, viu o cartão vermelho e viu a equipa da Desportiva chegar ao empate, por intermédio de Ricardo Morais, que bateu com êxito a grande penalidade. Com este golo, sempre galvanizador, com cerca de 20 minutos para serem jogados e com o seu adversário reduzido a 10 unidades os fundanenses ainda acreditaram que seria possível alcançarem o triunfo. Puro engano, a equipa do Vitória foi quem se galvanizou, acreditou e alcançou um triunfo que acaba por lhe assentar muito bem. O golo do triunfo foi alcançado aos 86, por intermédio de Ricardo André.

Em Valverde a equipa de Micas não deu quaisquer hipóteses aos comandados de Nuno Alves, vencendo por 4-0. A equipa do concelho do Fundão abriu o activo aos 8 minutos, por Ângelo e aumentou a conta em período de descontos para o intervalo, por intermédio do central Forte. Na segunda parte ainda se esperou que o Vilarregense reagisse a este resultado, mas não foi isso que aconteceu. O jogo manteve o mesmo cariz e Rui Salvado, aos 75, fez o 3-0 e Janilson, com nove minutos para se jogar, fez o tento que ditou o resultado final.

Na Lardosa a equipa da Atalaia do Campo cumpriu aquilo que era expectável que acontecesse. A formação de Joca venceu por 3-0, com a sua equipa a adiantar-se no marcador à passagem do minuto 29, por Zé Luís, resultado que se manteve até ao intervalo. No segundo período marcaram-se os restantes dois golos, o primeiro por Bruno Correia, aos 75m e Zé Luís fixou o resultado final, quando se jogava o minuto 83.
No domingo concluiu-se a jornada e o destaque vai para a vitória do Oleiros sobre o Teixosense, fazendo com que na classificação se invertessem posições, passado o sexto lugar a ser ocupado pelo Oleiros:

A partida tinha esse particular atractivo: saber quem iria ficar no último lugar que dá acesso à disputa do titulo, na segunda fase do campeonato. O Oleiros, como se impunha, tinha que fazer as despesas do jogo e criar condições para que no final pudessem somar os três pontos. Foi o que fizeram os homens de José Ramalho. Tiveram mais iniciativa de jogo e tiveram também a felicidade de abrirem o activo, aos 24m, na sequência de um lance infeliz de Chasqueira, que, na ânsia de aliviar uma bola na sua defensiva, mais não fez que introduzi-la na sua própria baliza. Foi com este resultado que se chegou ao descanso. Na segunda parte, se as intenções da equipa de Mário Pereira eram de tentar virar o jogo a seu favor, as coisas complicaram-se quando aos 58m Paulo Costa recebeu ordem de expulsão. Reduzido a 10 unidades os intentos dos Teixosenses ficaram substancialmente mais atenuadas. Ainda tentaram, mas a equipa da casa, nos últimos 10 minutos arrumaram a partida a seu favor, com dois golos obtidos por Ludvico, o primeiro ao converter uma grande penalidade que sobre ele próprio foi cometida e o segundo a concluir uma jogada rápida de contra-ataque.

Em Proença a equipa da casa soube resistir aos melhor futebol do Águias do Moradal e às muitas oportunidades que a equipa do Estreito criou ao longo da partida. Os avançados da equipa de António Belo tiveram que se haver com uma defensiva bem organizada, um guarda-redes muito atento e ainda com os ferros da baliza da equipa da casa. A partida terminou com o marcador em branco, mas que não corresponde, minimamente ao que se passou na partida. O mérito da equipa de Quim Manuel foi saber tapar todos os caminhos da sua baliza.

Quem não se deixou surpreender foi o líder do campeonato. O Pedrógão tinha como adversário o último classificado e, embora não tenha rubricado uma grande exibição, foi suficiente para que somasse, com toda a tranquilidade, os três pontos em disputa. A equipa de Xana venceu por 2-0, com golos de David Marques, aos 33 minutos e Caronho aos 44. Na segunda parte a equipa da casa limitou-se a gerir a partida e o resultado e preparar-se para a folia do Carnaval, até porque, na próxima terça feira o líder não vai ter jogo.

Com os desfechos desta jornada, o Pedrógão mantém-se na liderança, com 44 pontos, mas com mais um jogo realizado, seguem-se: Atalaia do Campo, com 42, Águias do Moradal 41, Sernache 39 mas mais um jogo, AD Fundão, 37 e o Oleiros encerra os lugares de acesso à 2ª fase, soma 30 pontos. Na peugada pelo 6º posto seguem Teixosense ( 29 pontos) e Valverde ( 27 pontos ).

Na próxima terça-feira, dia de Carnaval, realiza-se os jogos que ficaram adiados da jornada 15, que não se realizaram no dia 10 de Janeiro devido ao nevão que se abateu sobre a nossa região. O destaque vai para o Atalaia – Fundão. Os outros jogos são: Unhais - Teixosense, Moradal – Vilarregense, Lardosa – Valverde e Proença - Oleiros.

Autor: José Joaquim Ribeiro in "Rádio Cova da Beira"

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Street View

Primeiras imagens no Google

As primeiras imagens do Google Street View captadas no distrito de Castelo Branco já se encontram na internet. O sistema desenvolvido pela empresa norte-americana permite aos cibernautas viajar por diversos locais com uma visão ao nível da rua e uma rotação capaz de mostrar quase tudo, das pedras da calçada ao azul do céu.

A Rua da Carapalha, em Castelo Branco, é a primeira artéria da cidade com imagens no Street View, mas pode continuar a viagem até ao Ladoeiro (Idanha-a-Nova) passando por Monforte da Beira (Castelo Branco).

Actualmente já se encontram disponíveis alguns troços das estradas nacionais do distrito, como a 233 entre Castelo Branco e Meimoa (Penamacor), o que permite viajar por entre Escalos de Cima (Castelo Branco), S. Miguel D´Acha (Idanha-a-Nova), Pedrógão de S. Pedro e Penamacor.

As imagens disponibilizadas pelo Google em http://maps.google.pt/ foram recolhidas nos últimos meses através de um carro equipado com máquinas fotográficas, uma história que o Reconquista contou em Outubro de 2009.

Para ver o resultado basta aceder ao endereço, seleccionar o local e arrastar para o mapa o boneco amarelo que aparece do lado esquerdo, por cima da barra de lupa. Nas faixas que ficarem azuis há imagens do Street View. Boa viagem.

In jornal "A Reconquista"

Burocracia é problema

Torrão desvaloriza 300 euros do PIDDAC

Penamacor deverá receber 300 euros do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) de 2010, de acordo com os mapas financeiros divulgados. O concelho é um dos três menos abonados em todo o país, tendo ainda assim melhor sorte que Figueiró dos Vinhos, que recebe…299 euros. E segundo a agência Lusa cerca de 25 por cento dos concelhos do continente não têm qualquer verba inscrita na listagem concelhia.

Para o presidente da Câmara Municipal de Penamacor o PIDDAC não aquece, nem arrefece. Confrontando pelo Reconquista com o valor – inferior ao ordenado mínimo nacional – o autarca reagiu dizendo que “há coisas que de uma vez por todas devem ser alteradas”, não encarando o PIDDAC como essencial para que haja obra no concelho.

Domingos Torrão dá como exemplo a Avenida da República, que foi paga com recurso a fundos comunitários e portanto fora do PIDDAC. O mesmo se passa com o financiamento para o hotel e outros projectos.

“Eu às vezes vejo lá tantos milhões inscritos que depois no ano seguinte tornam lá a meter porque está a zero, não é isso que me preocupa”, diz Torrão, que aponta a burocracia como o verdadeiro entrave ao desenvolvimento.

“Aquilo que me preocupa é haver um conjunto de potencialidades que este concelho tem e leva tempo para aparecer a aprovação das candidaturas”.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

Animação

Da biblioteca com amor

A Biblioteca Municipal de Penamacor vai assinalar o Dia de S. Valentim, no próximo domingo, com uma visita aos casais apaixonados que forem jantar ao restaurante “O Quartel”. As animadoras da biblioteca prometem uma animação surpresa para a ocasião, aceitando reservas até sexta-feira para o 277 394 931.

In jornal "A Reconquista"

Castelo Branco recebe visita

Rancho de Aranhas desce à cidade

O grupo foi cantar as janeiras à governadora civil e aos conterrâneos na Associação do Bairro do Valongo. A intenção é repetir o gesto anualmente.

O Rancho Folclórico de Aranhas meteu-se ao caminho e veio até Castelo Branco para cantar as janeiras e conviver com os conterrâneos na capital de distrito.

A primeira paragem foi o Governo Civil de Castelo Branco, onde foram recebidos por Alzira Serrasqueiro.

Depois partiram rumo à Associação do Bairro do Valongo, cujo presidente, Joaquim Neto, tem raízes familiares na aldeia do concelho de Penamacor.

António Geraldes, o presidente do Rancho Folclórico de Aranhas, quer fazer desta uma deslocação anual “com um convivo para juntar os conterrâneos”. A ida até ao Governo Civil foi também o reconhecimento pelo apoio financeiro atribuído em 2009 ao rancho.

Por resolver está ainda o processo de reintegração na Federação do Folclore Português (FFP). O rancho já foi avaliado por mais de uma vez, mas a decisão tarda. António Geraldes conta que ainda recentemente teve oportunidade de contactar com o presidente da FFP “que nos pediu desculpas pelo atraso”.

“Ele garantiu-nos que era este ano que vinham fazer a última vistoria”, refere ao Reconquista.

Nas suas visitas os responsáveis da federação analisam a autenticidade dos grupos, não só no aspecto musical mas também nos trajes, entre outros parâmetros. O rancho diz que tem vindo a corrigir alguns dos defeitos apontados, sobretudo nos trajes, continuando a colaboração com Lopes Marcelo, autor do livro “Os moinhos, a moenda e o moleiro”. Ao título lançado no último Verão deverá juntar-se um próximo dedicado ao linho.

Autor: José Furtado in jornal "A Reconquista"

CALENDÁRIO RELIGIOSO

Penamacor enfatiza Rituais da Quaresma
A Quaresma ou Quadragésima, é o período de quarenta dias em que católicos e outros ramos do cristianismo se preparam para a Páscoa, isto é, para a celebração dos mistérios da morte e ressurreição de Jesus, questão central na fé cristã .

Tempo de penitência por parte dos fiéis, outrora marcado pela observância severa do jejum e da abstinência com vista à purificação, a Quaresma era, e ainda é, um período de grande religiosidade participada no seio das gentes penamacorenses, demonstrada pela pervivência de liturgias e rituais seculares, verdadeiras manifestações de fé, mas também de memória.
Algumas destas manifestações assumem, ainda hoje, no Concelho de Penamacor, formas muito peculiares, de que são exemplo as Ladainhas dos Homens e a Ladainha das Mulheres, em Aldeia de João Pires, constituindo um património etnográfico precioso.
Muitas vão ser as celebrações a concretizar nas diversas aldeias das freguesias de Penamacor.
In jornal "Gazeta do Interior"

PROJECTO FOI LANÇADO PELA UNIÃO EUROPEIA

Escolas de Penamacor distribuem fruta
Os alunos do 1º Ciclo vão ser contemplados com fruta escolar para promover bons hábitos alimentares. A candidatura foi aprovada.

A Comissão Europeia lançou o programa de distribuição de fruta nas escolas do 1º ciclo e a Câmara de Penamacor concorreu, tendo sido aprovada a candidatura. Todos os alunos do 1º Ciclo passam a ser contemplados, duas vezes por semana, com fruta da época.
O passo que se segue diz respeito ao contrato de fornecimento, que segundo a vereadora com a pasta do Ensino na autarquia, Ilídia Cruchinho, caberá a um produtor do Concelho.
Alguns pormenores vão agora ser ajustados, uma vez que ainda não está decidido se caberá aos serviços da autarquia a distribuição ou à empresa fornecedora.
Ilídia Cruchinho diz que com esta medida a autarquia, em articulação com as escolas, vão contribuir para a promoção de hábitos de consumo de alimentos benéficos para a saúde.
A candidatura agora aprovada, para além da distribuição de fruta vai exigir a elaboração de estratégias que in cluam iniciativas educativas e de sensibilização para a partilha de bons hábitos alimentares.
In jornal "Gazeta do Interior"

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Imagens da nossa terra










A estrada da memória nos despojos do progresso

Velhas estradas onde a distância para Lisboa se contava em horas e não em quilómetros. Regressámos às estradas nacionais. Sim, recuamos mais de 20 anos e fomos ao passado à boleia das curvas e contracurvas.

DESENGANEM-SE. E avivem a memória. Ainda anda à solta esta vertigem sem freio aparente. Estamos no limbo onde os quilómetros são contados pelo relógio. “Falta uma hora, faltam duas horas, faltam três horas...”. Não faltavam quilómetros, faltavam horas. Ou melhor, sobravam quilómetros e horas. Lisboa estava à distância dos relógios e não dos conta-quilómetros. Reza a lenda que eram seis horas (no mínimo) para Lisboa e não 300 quilómetros: 300 mil metros. Esta era a definição correcta e precisa da realidade.

Esse tempo arredou-se e, indiferente, definhou no asfalto da memória. Por aqui ficaram os passos perdidos das intermináveis jornadas, do farnel à beira da estrada, das fontes de água límpida que saciavam as sedes, as sombras do descanso, das curvas e contracurvas até ao limite do enjoo, dos bizarros sinais triangulares com “z´s” a avisar o que aí vinha, das vetustas paisagens, das horas a fio em busca de um destino de perpétua lonjura. Uma hora, duas, três, quatro, cinco, seis... Da Beira a Lisboa. Cada quilómetro sofridamente desafiado pela perícia, sofregamente vencido no teste aos limites da paciência. Esta viagem não era para meninos, mas para detentores de barba rija. E, convenhamos, que em seis horas dá para se ganhar alguma barba.

Ar condicionado? Ficção científica. Vidros eléctricos? Só na “Galáctica”. Auto-rádio leitor de cd´s e Mp3, direcção assistida? Júlio Verne. RDS, ABS, e outras abreviaturas tais? Demências. Eram carros de barba rija para condutores de barba rija. Volante, pedais, caixa de quatro velocidades, piscas, rádio AM e FM e leitor de cassetes (com sorte) e sofagem. Chegava. Bastava. Tens frio? Liga-se a sofagem. Tens calor? Dá à manivela e abre o vidro. Tens fome? Espera mais uns quilómetros, que sei de uma sombra boa para atacarmos o frango panado e até lá há uma fonte para matar a sede”. Estás desanimado? Tem calma... faltam quatro horas.

Esta era a viagem dos pontos de referência e das capelinhas. Um sítio indicado para tudo. Os audazes das nacionais, que cruzavam a Beira, Alentejo e Ribatejo até se chegar à lezíria que abria as portas de Lisboa, sabiam os melhores “spots” para tomar o pequeno-almoço ou almoçar, para beber água e abastecer as garrafas vazias, para esticar as pernas, para comprar as melhores bifanas ou para provar o melhor peixe do rio.

O progresso passou ao longe e fez a jornada até Lisboa transitar do patamar da aventura para o de passeio. Os de barba enrijecida pela necessidade e os que nunca colocaram pneu neste asfalto da aventura rejubilaram. Uns por experiência própria, outros pelo respeito pelas lendas. Rasgaram-se itinerários principais e auto-estradas, abriram-se áreas de serviço, abreviou-se e simplificou-se tudo na emergência dos dias. O tempo passou a ser factor relativo, entre uma ida e vinda a Lisboa no próprio dia. “Ir lá almoçar e voltar”. “Ir ver um jogo de futebol” e voltar. “Ir ver um concerto e voltar”. Antes, as frases começavam em “Ir a Lisboa” e poucos se atreviam a concluí-la com um ousado regresso no próprio dia.

Foi nestes despojos do progresso que encontrámos a estrada da memória, caricatura de uma Beira demasiado longe de tudo e de todos. A tal Beira dos 300 mil metros até Lisboa e não a dos 300 quilómetros, onde cada metro tinha peso redobrado de uma insigne lonjura dada a esquecimentos profícuos e de fácil desculpa. Estávamos longe da vista e do coração do país. Hoje, continuamos longe da vista, mas, ao menos, estamos mais perto do coração. Muito mais. São 300 quilómetros para Lisboa? Sim, quase. Mas já foram seis horas para Lisboa. E a diferença está aqui.

Fizemo-nos à estrada. Da Covilhã a Lisboa pelas velhas nacionais. Sem IPês ou auto-estradas a atrapalhar. Sem tédios. A caixa de velocidades e a embraiagem vão ter que suar e a nossa barba vai ter que crescer ao volante. Quantos quilómetros não sabemos, mas uma coisa é certa: são seis horas... pelo menos. Reza a lenda.

A SAUDADE NÃO PAGA PORTAGEM

Vila Velha de Ródão em fim de trajecto na Beira. A Covilhã já ficou para trás. Muito para trás. Estamos a acusar o choque do primeiro assalto súbito de memórias, das velhas curvas sobranceiras ao fundeiro Tejo em subida sinuosa e pouco submissa que nos levará a entrar no Alentejo, devidamente assinalado por vetusta placa. Nisa é o próximo ponto de referência. Estamos na ponte sobre o incontrolável Tejo, com as portas de Ródão à direita. Navegamos num postal e a marcha tem que ser interrompida no fim da travessia. Imperativo dos sentidos. É tempo de se descobrir um pequeno templo de contemplação. Queremos ver este rio. Na Nacional 18 que nos acompanha desde o início da jornada está plantada uma placa de idade respeitável. Em termos de estradas a Beira termina aqui, à saída da ponte de Vila Velha de Ródão. Lê-se: “Direcção de Estradas de Portalegre”. A subida está logo a seguir. Entramos no carro e telegraficamente vos informamos do que se seguiu: curva ataca com curva em direcção oposta. Folga. Curva ataca com curva. Folga. Curta, pois claro! Curva e contracurva. Curva para rematar. Estamos safos! Não. Outra. Sobe. Desce. Curva.

Uma abandonada casa de cantoneiros dá um panorama mais geral e situa-nos no nosso devido lugar como humilde ponto algures em mapa desdobrado. Na parede exterior, a preciosa informação pintada a negro: Nisa 7. Uma mal disfarçada correcção deixa transparecer “Niza”. Em baixo: Alpalhão 19. Não se vê nem se adivinha viva alma. Os cantoneiros são folha amarelecida de um diário aberto em ode a tempos idos, traduzidos na semi-ruína da casa amarela e branca caiada a informações quilométricas. Ninguém nas fontes, ninguém nas sombras. Ninguém nas casas dos cantoneiros. Ninguém em todo o lado. Ninguém.

Neste breve parêntesis entre o ponto de informação e a entrada na vila alentejana, a primeira ultrapassagem do percurso. Não foi motivo de celebração, mas serviu de contestação do vazio que pulula por estas vias, agora reduzidas ao trânsito local. Não temos rádio. Quer dizer, fisicamente temos, mas as ondas do FM não chegam até ele, em parte por culpa nossa, porque nos esquecemos da antena. Também não temos CD´s para o leitor. Podemos ouvir a barba crescer. Não há tema de conversa para tantas horas.

11 e 37. Nisa. A soalheira Nisa. No centro da vila o sol é chamariz que aproveitaremos para pedir informações, até porque este mobilizou possíveis voluntários em número considerável. Estão 11 graus e estes cálidos raios são dádiva. “Desculpe, qual é a estrada para Gavião?”. “Olhe, vá ali à rotunda e vire à esquerda... é pela velha estrada para Lisboa”. A velha estrada para Lisboa! Frase mágica. Sim, o prestável auxiliar de ocasião colocou-nos na rota certa: a Nacional 118 até perto de Gavião, onde faríamos uma inflexão à esquerda rumo a Ponte de Sor - o marco geodésico da viagem. Este é o caminho dos contrastes, das serras eivadas de luz, dos assomos de planície dos campos debruados a verde... das aves em voo rasante, dos pachorrentos tractores, do tempo a dar tempo a si mesmo na multiplicação das paisagens. Vivem-se solenes caminhares para o campo pelas bermas da estrada, sondam-se com o olhar os infindáveis ninhos de cegonhas, atravessamos aldeias com imperativos semáforos a controlar a velocidade.

E o tempo avança, cândido. E Lisboa tão longe.

Rosmaninhal. Hora de “esticar” as pernas. Rente à via, Maria Antónia Vital, alentejana de todos os costados, faz de sentinela à sua banca de venda de hortaliças e frutas. Laranjas, batatas, cebolas... tudo o que se arranja lá na horta. Já lá vão 33 anos, tempo de sobra para testemunhar a ascensão, glória e decadência da via. Com as novas ligações rápidas “perdi para aí 80 por cento das vendas. Os carros são já muito poucos, só os que vão para os lados de Portalegre. Os que vão para os lados de Castelo Branco vão todos pela auto-estrada. Por aqui só passam aqueles que mantiveram o hábito de me comprar a fruta”. Há hábitos que nem as auto-estradas mudam. Nada que não se resolva com um desvio para ir até esta horta de Maria, à beira estrada plantada.

Debruçado sobre o seu carro está o filho, José, um árbitro de futsal a tratar da mecânica. A evidência é difícil de contrariar: “isto com as auto-estradas caiu muito. Mais de metade do tráfego perdeu-se”. As recordações tomam de assalto o discurso do árbitro que também guinava que nem gente grande por esta estradas: “quando comprei o meu primeiro carro fui até à Serra da Estrela pela antiga estrada”. Agora, “são mais os camiões para fugirem às portagens. E na altura do Natal há uns carros que vêm por aqui para fugirem ao trânsito... Fora isso, são só mesmo aqui as pessoas da zona”.

O voo das cegonhas sobre os campos do Rosmaninhal abre caminho para a decisiva etapa da viagem até Ponte de Sor. Serão cerca de quinze minutos até um dos pontos míticos da viagem: a cidade alentejana é o meio da viagem. São 12 e 40. Chegamos.

A Avenida da Liberdade concentrava, até há uns anos atrás, um fervor dificilmente ultrapassável. Condutores e passageiros em demanda pelos inúmeros cafés e restaurantes que asfixiavam a principal via de passagem por Ponte de Sor. Carros e autocarros a vomitarem gente para felicidade dos comerciantes. Quem fez esta viagem sabe do sentido que Ponte de Sor tinha neste roteiro. “Senhores passageiros, Ponte de Sor. Paragem de 15 minutos”. Solene e preciso. Infalível. Ponte de Sor era um porto nesta viagem entre Lisboa e a Beira. Olha as sandes, olha a bifana, olha o bolo... Hoje, este frémito do passado não tem colocação na película onde o presente se desenrola. A machadada foi dada com o rasgar das auto-estradas.

Vamos almoçar ao “Rei das Bifanas”. Sopa da pedra e bifanas acabarão por ser o menu ideal para reavivar memórias. Este negócio começou pela mão do sogro de Miguel Silva que, agora, gere juntamente com a mulher. Aos 37 anos, Miguel constata que “a A23 veio fazer a diferença” neste negócio da comida rápida. “As auto-estradas quando são pagas não fazem muita diferença, mas quando não são...”. Apesar de tudo “ainda há pessoal da vossa zona a passar por aqui, que vai para a margem sul”. Mas “isto não era nada como era antes. É muito diferente, perdeu-se para aí 50 por cento”. Perdeu-se também, algures, o refúgio da palavra, os celebrados encontros de ocasião.

Sandra recorda que “nos sábados e domingos chegávamos a ter aí 50 autocarros. Éramos cinco pessoas atrás do balcão e não dávamos conta disto... agora são um, dois...” Tal como são dois atrás do balcão. “Todos estes edifícios que estão nesta avenida há dez anos estavam a trabalhar e, hoje em dia, fecharam dois aqui ao lado e não voltaram a abrir. Há aqui outro que era café e também fechou... Lá ao fundo também fechou. Aqui na avenida, pelo menos cinco cafés fecharam...”, acrescenta Miguel, fazendo a sua própria viagem mental pela rua que acolhe este negócio há décadas. Mas ainda há súbditos do Rei das Bifanas que saem da auto-estrada e aqui vêm prestar vassalagem. “Quando não têm pressa, vêm por aqui”. Ri-se. E assim não dá aval à entrada da desgraça. Não abdica do trono. Obrigado. A sopa da pedra estava excelente. As bifanas do Rei das Bifanas também. Felicidades.

13 e 45. Rumo a Mora. Serão cerca de 45 minutos de viagem, menos rugosa, mas igualmente dada a abandonos, como o restaurante “O Manjar do Comandante”, cuja ruína se instalou mesmo junto à estrada.

No centro da cidade alentejana, António Baptista mete combustível com parcimónia que os seus 69 anos lhe permite. “Isto antes da auto-estrada era uma coisa e depois da auto-estrada era outra. Antes havia mais trânsito. O trânsito para Norte já passa menos de metade por aqui”. “Antes”, sempre o “antes” a entrar nas conversas... o “antes” de quando estas estradas eram importantes, nacional atrás de nacional, entrelaçando-se, dando as mãos, levando e trazendo gente e gentes para bem longe. Das Beiras à praia, com o Alentejo como testemunha. “Isso era para aí filas de carros. Era muita gente”. O era e o é. E o que falta? Falta muito. Ainda. Sigamos para Coruche, pelos extensos campos do um Ribatejo que se vai adivinhando. “Seis magníficos Touros. Seis”. Aqui e acolá, desgrenhados pelo tempo, os cartazes da festa brava acumula-se em lugares prováveis e improváveis.

14 e 45. Faltam 100 quilómetros para Lisboa. A recta do Infantado aparece-nos às 15 e 30. Entramos na Nacional 10. As coisas começam a piar mais fininho. Lisboa pressente-se, o tráfego aumenta exponencialmente. Com cinco horas de viagem já contabilizadas, avançamos rumo a Porto Alto e depois para Vila Franca de Xira, pela qual entraremos ao cruzar o Tejo pela Ponte Marechal Carmona. Nos tempos já reféns do pretérito o cruzar desta ponte era a entrada efectiva em Lisboa. Era um fim de viagem antecipado. A partir daqui não avançamos mais. A A1 está já ali, infrene.

É o fim da jornada. Entramos na Marechal Carmona precisamente seis horas depois do início da viagem.

É a lenda, sabiam?
Em jeito de homenagem a todos os que tiveram que abandonar a nossa terra, rumo à capital, em busca de melhor sorte, aqui fica este excelente artigo publicado no Jornal do Fundão e que só agora encontrámos.
É também uma forma de os mais novos perceberem como era “antigamente”, antes da auto-estrada, e de os mais crescidos reavivarem um pouco a memória. A mim trouxe-me, com alguma nostalgia, a lembrança das minhas primeiras viagens de e para Lisboa mas também o alívio por já não ter que fazer o mesmo caminho.
Acredito que muitos outros sintam o mesmo.

Numa pesquisa ao acaso na Internet, deparei-me com a referência a uma formação rochosa na nossa terra, no blogue "Na Rota das Pedras". O autor deste espaço virtual, que fica a fazer parte das ligações do nosso blogue, é alguém que se dedica ao estudo de formações rochosas e monumentos antigos.
O artigo dá pelo nome de "O Monstro do Pedrógão de S.Pedro (Penamacor)" e pode ser consultado AQUI.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Imagens da nossa terra